871 resultados para Sentimento de Pertencimento
Resumo:
Na gravidez, a mulher experiencia mudanças desenvolvimentais ao nível dos seus relacionamentos significativos. Este estudo compara a qualidade do relacionamento com o companheiro e com outra figura significativa em grávidas adolescentes e adultas, e analisa preditores sócio-demográficos para a qualidade destes relacionamentos. Uma amostra de 130 grávidas (66 adolescentes e 64 adultas) foi avaliada no terceiro trimestre de gestação quanto às características sociais e demográficas e à qualidade do relacionamento com figuras significativas. Os resultados mostram que as adolescentes referem menor confiança (χ2 = 3.365, p = 0,055) e maior discórdia (χ2 = 3.842, p = 0,041) no relacionamento com o companheiro e maior sentimento de ligação (χ2 = 19.126, p = 0,000) e apatia (χ2 = 8.568, p = 0,004) no relacionamento com a outra figura significativa, comparativamente com as adultas. Verifica-se ainda que a gravidez na adolescência associa-se a relacionamentos de menor qualidade, especialmente devido a situações sócio-demográficas mais desfavoráveis e não tanto à condição de ser ou não adolescente.
Resumo:
O estudo apresentado neste artigo destinou-se a investigar a qualidade da vinculação e das relações significativas na gravidez. Mais precisamente, teve por objectivos (1) determinar as características sociais e demográficas e as condições anteriores de existência que se associam e permitem prever um estilo de vinculação (in)seguro e (2) estimar o impacto do estilo de vinculação na qualidade do relacionamento e do apoio por parte do companheiro e de uma outra pessoa significativa, na gravidez. Uma amostra de 130 grávidas (66 adolescentes e 64 adultas) foi avaliada no último trimestre de gestação quanto ao estilo de vinculação e à qualidade do relacionamento e do apoio por parte do companheiro e de uma outra pessoa significativa (com base na Attachment Style Interview, ASI; Bifulco, Figueiredo, Guedeney, Gorman, Hays et al., 2004; Bifulco, Moran, Ball & Bernazzani, 2002a; Bifulco, Moran, Ball & Lillie, 2002b). A amostra foi recolhida na Maternidade de Júlio Dinis (Porto) e é bastante heterogénea do ponto de vista social e demográfico, em características como: a idade, o nível educacional, o estado civil, o estatuto ocupacional e o tipo de agregado familiar, embora fundamentalmente constituída por grávidas primíparas. Os resultados mostram que um estilo inseguro de vinculação pode ser previsto na sequência de separação ou divórcio parental durante a infância ou adolescência e quando a grávida está desempregada, e que a gravidez na adolescência se associa ao estilo de vinculação desligado. Mostram ainda que um estilo inseguro de vinculação permite prever um pior relacionamento na gravidez, quer com o companheiro, quer com a outra pessoa significativa, principalmente a presença de relações discordantes com o companheiro e de relações apáticas com a outra pessoa significativa. As estratégias emaranhadas afectam a relação com o companheiro (em aspectos como menos confiança, menos suporte emocional e mais interacção negativa), mas não a relação com a outra pessoa significativa; enquanto as estratégias desligadas afectam a relação com a outra pessoa significativa (em aspectos como menos actividades partilhadas e menos interacção positiva), mas não a relação com o companheiro, e as estratégias amedrontadas afectam o relacionamento, tanto com o companheiro (em aspectos como menor sentimento de ligação) quanto com a outra pessoa significativa (em aspectos como menos confiança). De acordo com a Teoria da Vinculação, conclui-se que condições adversas de existência (anteriores e actuais) propiciam vinculação insegura e que o estilo de vinculação interfere na qualidade do relacionamento com o companheiro e com outras pessoas significativas, nomeadamente na capacidade da grávida recorrer a apoio.
Resumo:
Para a grande maioria dos professores, tornarem-se melhores profissionais passa pelo alcance máximo de sucesso pelos seus alunos (Guskey, 2002), sendo este o principal foco deste relatório. A interligação entre as quatro áreas de intervenção do estágio pedagógico, permite potencializar cada uma. A reflexão sobre o desenvolvimento pessoal e profissional enquanto professora estagiária tendo em conta um sentimento de auto-eficácia positivo (Jardim & Onofre, 2009) e uma inteligência emocial (Mouton, Hansenne, Delcour & Coles, 2013) foi fundamental para contribuir para uma gestão correta da sala de aula através do modelo ecológico (Hastie e Siedentop, 1999) em conjunto com as 4 dimensões de uma intervenção pedagógico de sucesso (Sidentop, 1983; citado por Onofre, 1995). Tornando-se essencial entender a evolução e as diferenças entre os alunos por ser o centro do processo de ensino-aprendizagem. Assim, o trabalho do professor, começa muito antes do espaço de sala de aula (Fentermacher & Soltis, 1986). A comunidade escolar da Escola Secundária José Gomes Ferreira, compreende que a disciplina tem benefícios educacionais, mas nem sempre a consegue suportar. Assim, é necessário promover experiências positivas no 1º ciclo, de forma a desenvolver atitudes positivas face à Educação Física.
Resumo:
Mestrado em Economia e Políticas Públicas
Resumo:
Na pesquisa aqui apresentada teve-se por objetivo identificar e analisar as variáveis que influenciam o processo de lealdade dos torcedores atleticanos e cruzeirenses em Belo Horizonte em relação ao consumo dos produtos oficiais dessas equipes. Estruturada em modelo teórico usado para identificar os atributos de lealdade, a investigação foi desenvolvida com 300 clientes-torcedores, cujos dados foram submetidos a análises uni e multivariadas. Os resultados, obtidos por meio da modelagem de equações estruturais, confirmaram que a oferta de produtos e serviços impacta de forma positiva no investimento, no sentimento de dependência e na confiança. Verificou-se que: quanto maior o investimento no relacionamento comercial, maior é o sentimento de dependência do cliente; quanto mais intensa a troca de informações, maior é o sentimento de confiança; quanto maiores a dependência e a confiança, maior é o comprometimento do cliente no relacionamento comercial; e quanto maior o comprometimento, maior é a lealdade à empresa. O modelo proposto explicou 53,6% das inter-relações entre os construtos e desses com suas variáveis manifestas. O modelo de mensuração explicou 53,1% da variabilidade dos construtos e o modelo estrutural explicou 54,1% dessas mesmas variáveis. Tendo em vista que se trata de uma pesquisa social, em que o controle das respostas é mais restrito, esses resultados foram considerados satisfatórios, por conseguirem explicar mais da metade da variabilidade das variáveis avaliadas.
Resumo:
O objetivo neste artigo é analisar de que forma trabalhadores de uma empresa utilizaram o humor para manifestar-se contra demissões e terceirizações ocorridas nos anos 2000. Enquanto ela pregava a implantação de uma nova maneira de ser da empresa, que seria mais moderna, transparente e participativa, os trabalhadores produziram dois vídeos, postados no YouTube, para contar outra história, ridicularizar o discurso oficial e protestar. Ao combinar a utilização do humor com a Internet, os trabalhadores demonstraram sua capacidade de atualizar-se e encontrar novas formas de manifestar-se diante das situações vividas por eles, o que parece ter ampliado seu poder na luta simbólica. Embora as demissões e terceirizações não tenham sido revertidas, a "nova" gestão foi substituída pelos acionistas após dois anos de mandato. Os vídeos foram analisados a partir da técnica de análise de discurso de base francesa, que considera textos orais e escritos como discursos, e com o suporte da semiótica para a análise das imagens que acompanham a letra. A análise indica que os trabalhadores denunciam o rompimento do contrato psicológico estabelecido pela empresa, que se baseava na estabilidade do emprego. Os autores dos vídeos associam a empresa a uma figura feminina, ora mãe, ora amante, e o trabalho nela como algo que estava predestinado em sua vida. Eles demonstram o sentimento de abandono e traição, condizente com esse tipo de situação.
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Este trabalho apresenta a trajetória de estudos e de reflexões sobre a utilização de grupos na assistência de enfermagem. Através de uma perspectiva qualitativa buscamos identificar, na percepção dos entrevistados, aspectos que os motivam para essa atividade, suas fontes de aprendizagem e os pontos relevantes da sua experiência concreta com grupos. Verificamos que os enfermeiros reconhecem o valor terapêutico desse trabalho e providenciam condições físicas e estruturais adequadas. No entanto, um dos fatores limitantes no desenvolvimento dessa atividade é a dificuldade no manejo de situações grupais que revelam os meandros do sentimento humano, indicando que o enfermeiro coordenador de grupo, necessita além de recursos teóricos, exercitar seu autoconhecimento para prover um ambiente e relacionamento interpessoal capazes de otimizar o valor terapêutico dessa atividade.
Resumo:
Este estudo objetiva avaliar a percepção (reações emocionais frente aos valores pessoais e sociais) dos funcionários da equipe de enfermagem e identificar o sentimento presente durante o preparo do corpo pós-morte, tendo em vista que os profissionais que lidam com estes acontecimentos no seu cotidiano são, muitas vezes, estigmatizados como pessoas "frias". Foram entrevistados 23 profissionais de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva, num Hospital Privado da cidade de São Paulo, em agosto de 1996. O questionário constou de dados de identificação e de perguntas abertas sobre os sentimentos, pensamentos e opinião acerca do preparo do corpo pós-morte. Os resultados apontam que as pessoas encontram-se tristes durante o preparo do corpo, afirmando haver diferença deste procedimento em relação aos demais. Associam o vínculo com o paciente e o tempo de experiência profissional com a intensidade e a presença de determinados sentimentos e emoções. O momento do preparo do corpo para a equipe de enfermagem não é desprovido de profissionalismo e emoções.
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RESUMO O presente estudo teve como objetivo desvelar a percepção do aluno de enfermagem sobre o cuidado realizado no contexto de família. Para tal utilizou-se entrevistas analisadas com a perspectiva fenomenológica, que permitiram identificar 4 temas nos discursos, os quais revelaram existir uma dimensão relacional entre a situação motivadora, o sentimento emergido, a ação desencadeada e a reflexão elaborada sobre o processo. FAZENDO ALGO A MAIS configurou-se como o fenômeno deste estudo e consolidou-se assim, porque o aluno frente a situação motivadora é tocado por ela, se permitindo ver para e além do "ser-doente", sendo motivado a acolher o paciente e sua família. O aluno entende que ao assistir nesse contexto está fazendo algo além do habitual, compreendendo o "ser-doente" como um ser saudável, membro de uma família que no momento encontra-se doente. O aluno termina por refletir a demanda do papel profissional, principalmente a dimensão emocional do "ser-enfermeiro" e repensa toda a interação existente no cuidar em enfermagem.
Resumo:
O objetivo desse estudo foi compreender a representação social das puérperas acerca do Alojamento Conjunto (AC). Participaram 23 puérperas internadas no AC do HU-USP. A análise dos dados, obtidos por entrevistas individuais e grupos focais, baseou-se nas Representação Sociais. Uma das representações sobre sua internação mostra sentimento de medo, submissão às rotinas institucionais e equipe de saúde, um misto de acomodação e resistência a maneira impessoal como são tratadas. A Hospitalização: do abandono ao acolhimento, indica como a disponibilidade de interagir dos profissionais atua como elemento de re-significação das representações de abandono e indiferença sobre o atendimento à mulher.
Resumo:
Este artigo apresenta os fundamentos metodológicos que norteiam a construção de instrumentos para avaliação de variáveis psicossociais. Descreve os pólos teórico, empírico ou experimental e analítico e exemplifica o pólo teórico com a experiência do desenvolvimento de um instrumento para avaliar o sentimento de impotência, como um diagnóstico de enfermagem. Os procedimentos mais árduos na construção de medidas são os do pólo teórico. Exigem desenvolver a sensibilidade teórica, exercitando-a num constante ir e vir entre o mais concreto e o mais abstrato; exige desenvolver a tolerância à ambigüidade, sem abandonar o exame das evidências.
Resumo:
Este estudo qualitativo teve o objetivo de compreender como as puérperas-adolescentes vivenciam o cuidado do filho no âmbito domiciliar. Como referencial de análise, empregou-se o conceito de Maternidade e, no tratamento dos dados, utilizou-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Participaram do estudo 15 puérperas-adolescentes que ficaram internadas com o recém-nascido na unidade de Alojamento-Conjunto do Hospital Universitário da USP, e que foram entrevistadas após a alta hospitalar. Os resultados evidenciaram a construção diária do ser-mãe-adolescente que direciona o sentimento de segurança diante da superação das dificuldades ao cuidar do recém-nascido. A rede de apoio familiar mostrou-se importante para ajudar a jovem mãe nesta nova fase de sua vida. Ao final do puerpério foi possível constatar que a puérpera-adolescente atende, com competência, as necessidades de higiene, alimentação e afeto do recém-nascido.
Resumo:
Objetivou-se identificar a problemática da família de pessoas acometidas de acidente vascular cerebral hospitalizadas e discutir as dificuldades do cuidador familiar para o cuidado no âmbito domiciliar. A amostra constou de 154 famílias de pacientes internados em um hospital da rede pública de saúde, Fortaleza-CE. Conforme os resultados denotam, a maioria dos cuidadores são mulheres, 104 (67,5%); 122 casos (79,2%) apresentam comprometimento familiar e alterações na vida diária em 115 dos acompanhantes (74,7%); 150 (97,4%) não receberam orientações acerca dos cuidados, mas 143 (92,9%) sentem-se seguros para acompanhá-los. O sentimento predominante foi a tristeza, 125 (81,2%), e as dúvidas principais foram: alimentação, 64 (41,6%), administração de medicamentos, 49 (29,9%), e possíveis complicações clínicas após a alta, 49 (29,9%). Estes resultados alertam para o papel do enfermeiro como educador, não somente na prevenção das doenças crônico-degenerativas, mas, também, na orientação aos cuidadores familiares sobre os cuidados dispensados após a alta hospitalar.
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que objetivou compreender as representações sociais do pé diabético para pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, com dez pessoas com diabetes mellitus que participavam de um grupo de convivência. Da análise de conteúdo emergiram duas categorias: a doença do pé com alterações percebidas e ameaças presentes e; o cuidado com os pés, com o cuidado como preocupação com o futuro e não cuidado como sentimento de culpa. Os resultados mostraram que movidos pelas representações de alterações e ameaças os sujeitos buscam no cuidado uma esperança de não desenvolver a doença do pé ou controlar a situação. Quando o não-cuidado ocorre, surge o sentimento de culpa por terem conhecimentos e não se cuidarem. As representações sociais contribuíram na busca da compreensão do modo como os sujeitos com diabetes mellitus constroem saberes que expressam sua identidade e guiam seus comportamentos, especialmente vinculado ao pé diabético.
Resumo:
Este estudo descritivo e exploratório objetivou descrever e analisar a vulnerabilidade de casais sorodiscordantes ao HIV, e foi realizado em um Serviço Ambulatorial Especializado em aids de um município do estado de São Paulo. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais com 11 portadores do HIV/AIDS, que convivem com parceria sabidamente sorodiscordante. Para organização e análise dos dados, empregamos o método de análise de Prosa e o conceito de vulnerabilidade como referencial teórico. A naturalização da infecção do HIV/aids como doença controlável por medicamentos, crença na impossibilidade de transmissão do HIV relacionadas com carga viral indetectável, sentimento de invencibilidade que surge com o tempo de convívio entre o casal, e sua influência na manutenção do sexo seguro são fatores de vulnerabilidade para a parceria sexual soronegativa. Serviços especializados no atendimento a indivíduos com HIV/aids necessitam incluir a parceria sexual nas ações educativas/preventivas promovidas pelos profissionais de saúde.