1000 resultados para Saúde da Mulher- gestante


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Pesquisas recentes revelam que nos últimos 30 anos houve uma melhora considerável nas taxas de aleitamento materno, contudo estas, na sua maioria, ainda se encontram abaixo dos índices determinados como "bons" pela Organização Mundial da Saúde. Diante desta realidade e da importância do aleitamento materno (AM) para a saúde do lactente, o presente projeto objetivou implantar um programa de incentivo à amamentação na Unidade Básica de Saúde Branca II no município de Atalaia/AL. Fez-se pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual em Saúde , com os descritores: Aleitamento Materno. Promoção da saúde. Atenção Primária à Saúde e documentos do Ministério da Saúde. Almeja-se com a intervenção por meio de ações educativas, de grupos de apoio e de visitas domiciliares abordar a temática do desmame precoce e das vantagens do AM no tocante à saúde da criança, da mãe e, por fim, da família. Além de sensibilizar e capacitar os profissionais da Unidade de Saúde da Família para o tema, para que possam realizar uma escuta sensibilizada nas consultas de puericultura, mais especialmente, no pré-natal. Pois, durante este período, a mulher gestante encontra-se mais sensível e vulnerável às influências culturais, sociais e familiares, sendo, portanto, de suma importância o apoio e as orientações constantes da equipe de saúde e da comunidade para almejar o sucesso da amamentação.

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A assistência à gestante vem sendo realizada quase que unicamente vinculada à consulta médica. Nesta linha de atenção, a gestante é conduzida pelos profissionais de saúde para a realização de ações mais de caráter intervencionista que de promoção à saúde. A atenção à saúde da mulher é uma prioridade pelas altas taxas de morbimortalidade. Este estudo teve como objetivo elaborar uma proposta de intervenção para a implantação de grupos de gestantes na Unidade Básica de Saúde do Vale do Jatobá com vistas a melhorar a adesão das gestantes à assistência pré-natal. Foi realizada uma revisão bibliográfica para análise da produção científica já existente sobre o tema. Concluiu-se que os grupos operativos auxiliam as gestantes e sua família na quebra de tabus e fortalecimento do vínculo materno infantil, oferecendo maior tranquilidade nessa fase importante da vida familiar, permitindo a ela expressar seus medos, anseios e expectativas, além de proporcionar troca de experiências. Considerou também ser o grupo um espaço de aprendizagem para as gestantes e profissionais de saúde.

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Propõe-se um plano de intervenção, visando a reorganização do serviço de pré-natal na área 1 da Unidade de Saúde da Família de Monte Líbano, no município de Natal-RN. O plano tem como objetivos específicos: atualizar o cadastro das gestantes da área com o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde; estabelecer uma agenda de consultas médicas e de enfermagem durante o período gestacional; implementar condutas fortalecendo o trabalho em equipe; definir um protocolo para visitas domiciliares; e criar um grupo de gestantes para o desenvolvimento de ações educativas no âmbito coletivo. O grupo alvo é formado pelas gestantes da referida área e a meta é atingir 100% dessas gestantes. O plano será desenvolvido através de ações de caráter organizativo e educativo, priorizando o recadastramento das gestantes da área; a elaboração de um protocolo para o pré-natal; e a criação de um grupo de gestantes para realização de atividades educativas.

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Este trabalho teve como objetivo verificar se a equipe de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde Padre Chico do município de Campo do Meio/MG, atendem as gestantes conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde e quais são as ações que os mesmos executam para alcançar tal objetivo. Para tanto, utilizou-se de um estudo descritivo exploratório sobre o cuidado à saúde de gestantes no contexto do PSF no Município de Campo do Meio/ MG, por meio da qual pode-se concluir que as equipes de Saúde da Família de Campo do Meio, principalmente os cirurgiões dentistas realizam ações educativas preconizadas pelo Ministério da Saúde, tanto no atendimento individual quanto no coletivo no pré-natal. Existe um protocolo de cuidado odontológico à gestante. As ações educativas realizadas pelos cirurgiões dentistas têm destaque para freqüência, qualidade da alimentação e higiene oral. A avaliação odontológica é realizada em qualquer idade gestacional, garantindo consultas de avaliação e seguimento de acordo com a necessidade. As radiografias são evitadas no 1º trimestre, é obrigatório o uso de avental de chumbo; os dentistas não recomendam suplemento de Flúor no período pré-natal, uma vez que a água do município já é fluoretada e a maioria da população já faz uso de creme dental fluoretado. O anestésico utilizado durante a gravidez é sem vasoconstritor e de acordo com os dados clínicos e com a equipe médica. Os resultados permitiram concluir que a equipe odontológica da UBS Padre Chico de Campo do Meio, realizam ações educativas preconizadas pelo Ministério da Saúde tanto em atendimento individual e coletivo no pré-natal.

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As ações de Planejamento Familiar definidas pela Norma Operacional da Assistência (NOAS-SUS), em 2001, estão incluídas nas ações de Saúde da Mulher, como uma das sete área prioritárias de intervenção da Atenção em Saúde do SUS. O planejamento familiar deve incluir o cuidado pré-concepcional, porém na prática nas unidades de saúde observamos que ainda é incipiente o número de mulheres que realizam o planejamento familiar para a concepção, ficando a sua grande maioria focada apenas na contracepção, o que pode impactar diretamente como se desenvolverá a gestação, condição crônica que pode ser prevista e orientada para diminuição dos fatores de riscos. Uma atenção pré-concepcional de qualidade e humanizada é o primeiro passo para um nascimento mais saudável, é condição indispensável para a prevenção de agravos, fortalecimento dos potenciais na gestação. Nossa pesquisa objetiva a implementação de ações para o aumento do índice de adesão das mulheres ao cuidado pré-concepcional durante o planejamento familiar na Unidade Saúde da Família Sagrado Coração de Jesus em Mauriti - CE, Distrito da Palestina, território que abrange 1970 pessoas, das quais 533 são mulheres em idade fértil, e dentre essas apenas 20 % realizam planejamento familiar, sendo uma porcentagem mínima que realiza cuidado pré-concepcional. A partir desse contexto torna-se de fundamental importância a implementação do cuidado pré-concepcional durante o planejamento familiar, pois essa ação pode impactar diretamente na qualidade de vida da gestante, sua captação precoce, pré-natal realizado no primeiro trimestre, mulheres mais orientadas acerca dos cuidados que dispensam essa nova condição de vida.

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Neste trabalho é abordado o caso clinico de uma mulher com problemas de relacionamento amoroso,com uma gravidez não planejada e com diabetes gestacional. O trabalho na ESF em relação as doenças crônicas, a saúde do trabalhador e a saúde da criança.Visita domiciliar de um paciente com agorafobia e transtorno do pânico,tratamento comportamental e medicamentoso.O projeto de intervenção; assistência ao pré-natal a traves da saúde preventiva tem como objetivo a implementação de um grupo de gestantes para promover,vigiar e educar a saúde da gestante e da criança.

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A gravidez, parto e puerpério são momentos marcados por profundas alterações fisiológicas e emocionais. Embora estes períodos representem para alguns momentos únicos de alegria com forte potencial enriquecedor para diversos aspectos de sua vida; para outros, podem corresponder a condições permeadas de anseios, dúvidas, insegurança, tanto pela gestante como por sua família, cujas necessidades frequentemente não são sanadas em sua totalidade durante as consultas individuais de acompanhamento pré-natal, seja pelos intervalos distantes interconsultas, bem como pela duração das mesmas. Considerando este contexto, o presente trabalho propõe a aplicação do projeto terapêutico singular na assistência pré-natal através de consultas coletivas realizadas por equipe multiprofissional composta pelo NASF e ESF, com o objetivo de abranger de forma ampla as complexas e variadas necessidades do trinômio mãe-concepto-família. A intervenção foi desenvolvida com gestantes e puérperas em acompanhamento pré-natal na UBS Álvaro Pereira Corrêa, localizada na zona Norte de Macapá-AP, com incentivo para participação dos companheiros e familiares.

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A gestação é um acontecimento fisiológico com alterações orgânicas naturais, mas que exige da Equipe Saúde Bucal a necessidade de conhecimentos para uma abordagem diferenciada. A assistência odontológica à gestante com equipe multiprofissional subsidiará o profissional para decidir o período para as intervenções de acordo com a fase gravídica a fim de evitar riscos de saúde e eventual agravamento de doenças pré-existentes. O objetivo deste trabalho foi abordar as principais particularidades relacionadas às alterações bucais e atendimento odontológico no período gestacional, a fim de aprimorar a assistência às gestantes. Foi realizada uma revisão de literatura a partir do levantamento de artigos, documentos científicos relativos ao tema obtidos nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde: Literatura Latino - americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Scietific Electronic Library Online, manuais do Ministério da Saúde e trabalhos disponíveis na biblioteca virtual do Nescon e módulo Curso de Especialização em Saúde da Família. Concluiu-se que a gestante poderá submeter-se ao tratamento odontológico, correlacionando fase gestacional com procedimento a ser realizado, com ênfase em medidas preventivas, sendo que as alterações hormonais predispõem, mas não determinam o aparecimento de patologias bucais

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A mulher brasileira tem vivido mais que o homem, como ocorre em países industrializados centrais. Nesses países, paradoxalmente, as mulheres apresentam indicadores de morbidade mais altos que os homens. O conhecimento sobre o padrão nacional pode ajudar a compreender os determinantes de sua própria realidade, permitindo antecipar tendências futuras e adequar os serviços de saúde. Com esta perspectiva foi feito um estudo de morbidade, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 1986, em dez Estados brasileiros, construindo-se coeficientes de prevalência de morbidade, de demanda e de utilização de serviços segundo sexo, e padronizados por idade pelo método direto. Como medida dos diferenciais, usou-se razões entre os sexos. A sobremorbidade feminina foi constante em todas as regiões. Os diferenciais de uso de serviços apresentaram variação regional, sugerindo relação com a oferta de serviços de saúde. Os diferenciais foram nulos na infância; assumiram seus mais altos valores na idade reprodutiva das mulheres, diminuindo depois dos 60 anos. O padrão foi quase constante em todo o país. Parte do fenômeno pode ser explicada por fatores de ordem metodológica. Contudo, os resultados foram semelhantes aos de outros países. As transformações profundas no padrão reprodutivo e na inserção social da mulher brasileira têm seu impacto sobre a saúde e o consumo de serviços ainda não avaliado. Recomenda-se a realização de estudos mais específicos que contribuam para a reorganização do sistema de saúde de modo equânime e universal.

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Modelos matemáticos de localização têm tido aplicação crescente na área de saúde em nível internacional. No Brasil, embora de uso incipiente, existe enorme potencial para a utilização desses modelos na área de saúde pública. Nesse sentido são apresentados diversos modelos de localização com aplicação em saúde pública, analisando a localização de serviços não emergenciais, de serviços de emergência e a localização de serviços hierarquicamente relacionados. Mostrou-se a aplicação de um modelo hierárquico à localização de serviços de assistência materna e perinatal no Município do Rio de Janeiro, RJ (Brasil). Nesta parte, após a apresentação de alguns dados da assistência materna e perinatal no município, foi proposto um modelo hierárquico de quatro níveis (localização de unidades ambulatoriais, maternidades, centros de neonatologia e hospitais gerais) e analisado o impacto que a adoção da metodologia teria em comparação com o sistema atual.

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OBJETIVO: O trabalho tem sido incorporado ao cotidiano das mulheres, levando-as a realizar dupla jornada e conciliar múltiplos papéis. Assim, realizou-se estudo para conhecer as queixas de morbidade e o uso dos serviços de saúde pela mulher trabalhadora. MÉTODOS: Estudou-se, por meio de inquérito domiciliar, morbidade aguda (30 dias antes da coleta de dados) e crônica referida por população de 1.157 mulheres, na faixa etária de 10 a 49 anos, residentes na Região Sul do município de São Paulo. Os dados foram coletados de janeiro de 1992 a janeiro de 1993. Analisou-se a relação entre ter ou não atividade remunerada e idade, situação conjugal, escolaridade e nível social, baseado na ocupação informada pela mulher. RESULTADOS: Verificou-se que houve maior freqüência de queixa de morbidade aguda ou crônica entre mulheres que informaram ter atividade remunerada. Também foi entre essas mulheres que houve tendência à menor freqüência de procura por atendimento médico motivada pelo problema de saúde referido. As doenças respiratórias, em especial as gripes (72/1.000), foram as queixas agudas mais prevalentes, seguidas das queixas de dor abdominal e pélvica (13,2/1.000) cefaléia (11,4/1.000) e hipertensão (9,5/1.000). Quanto às queixas crônicas, as maiores prevalências foram de hipertensão (39,7%0), dorsopatias (26,5%0), bronquite (24,6%0) e gastrite e duodenite (24,6%0). CONCLUSÕES: As mulheres trabalhadoras queixaram-se mais de problemas de saúde que as donas de casa, mas utilizaram tanto quanto ou menos os serviços de saúde, para a maioria das causas de morbidade analisadas.

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OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemográfico e as condições de saúde das mulheres encarceradas em penitenciária feminina. MÉTODOS: Foi realizado estudo descritivo de março a setembro de 1997, em penitenciária feminina do Estado do Espírito Santo. Todas as presidiárias foram convidadas a participar da pesquisa. Participaram 121 mulheres com idade superior a 18 anos, avaliadas por meio de entrevista aplicada, explorando informações sociodemográficas, clínicas e criminais, registradas em questionário estruturado, seguida de exame clínico-ginecológico. RESULTADOS: Um total de 121 mulheres foram incluídas. A média de idade das participantes foi de 30,2 anos (DP 8,98) e de escolaridade, 4,8 anos (DP 3,50). Todas já haviam tido atividade sexual pregressa; a idade média do primeiro coito foi de 15,2 anos (DP 2,55), variando de nove a 27 anos; e 28% apresentavam história de doença sexualmente transmissível (DST). Doze (9,9%) mulheres estavam grávidas no momento da entrevista. História de gravidez na adolescência foi freqüente. A maioria não adotava nenhum método contraceptivo e nem fazia uso de preservativos. Laqueadura tubária foi observada em 19,8% e citologia cervical anormal em 26,9%. CONCLUSÕES: O conhecimento sobre problemas de saúde existentes dentro do sistema carcerário pode contribuir para fortalecer e ampliar o papel de reabilitação que lhe é conferido. Entretanto, somente a cooperação entre os órgãos de saúde pública e o sistema penitenciário pode produzir resultados eficientes.

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OBJETIVO: Analisar o atendimento ao pré-natal em unidades de saúde, com o intuito de obter uma linha de base que subsidie futuros estudos avaliativos. MÉTODOS: Realizou-se estudo exploratório para avaliação da atenção do Sistema Único de Saúde à saúde de mulheres grávidas, por meio de inquérito auto-aplicado em gestores municipais de saúde sobre amostra probabilística do tipo aleatória estratificada de 627 municípios que, submetida à técnica de expansão, permitiu análises para 5.507 municípios. O período de coleta de dados foi de outubro de 2003 a abril de 2004. O questionário captou informações sobre a prioridade às distintas modalidades de atenção, além de dados sobre a oferta de atenção e estimativa declarada de atendimento de demanda. Foram realizados os testes de qui-quadrado e t de Student para verificação de independência entre variáveis qualitativas e a igualdade entre médias, respectivamente. RESULTADOS: Dos municípios analisados, 43,8% (n=2.317) não atendiam ao risco gestacional; 81% (n=4.277) e 30,1% (n=1.592) referiram atender acima de 75% da demanda do pré-natal de baixo e alto risco, respectivamente; 30,1% (n=1.592) atendiam acima de 75% da demanda de alto risco. Atenção ao baixo risco (chi2=282,080; P<0,001 n=4.277) e ao alto risco (chi2=267,924; P<0,001 n=5.280) estiveram associadas à região geográfica, tamanho do município e modalidade de gestão no Sistema Único de Saúde. A garantia de vaga para o parto também esteve associada à modalidade de gestão. CONCLUSÕES: Houve lacunas relacionadas à oferta e qualidade da atenção ao pré-natal no Sistema Único de Saúde. A municipalização amplia a oferta de pré-natal, mas há desigualdades entre regiões e entre municípios de diferentes dimensões populacionais.

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As diferenças em saúde entre homens e mulheres têm sido objeto de grande interesse, mas as interpretações tendem a ser naturalizadas e essencialistas. Os estudos de gênero têm criticado essa literatura, oferecendo alternativas de análise promissoras. Assim realizou-se estudo com o objetivo de descrever o perfil e as tendências da atividade científica sobre gênero e saúde no Brasil. Foram utilizados dados do Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, e quatro periódicos da área da saúde. Foram identificados 51 grupos com pelo menos uma linha de pesquisa na temática, com concentração regional e institucional. Os resultados confirmam o crescimento acentuado da produção científica, sendo localizadas 98 dissertações, 42 teses e 665 artigos sobre gênero e saúde. As mulheres são autoras de 86,0% das teses e 89,0% das dissertações e 70,5% dos artigos. A maioria dos trabalhos acadêmicos foi divulgada na década de 2000, quando ocorreu também ampliação das questões abordadas. Os temas podem ser reunidos em cinco subgrupos: reprodução e contracepção; violência de gênero; sexualidade e saúde, com ênfase nas DST/Aids; trabalho e saúde, incluindo trabalho doméstico e trabalho noturno; outros temas emergentes ou pouco explorados. São grandes os desafios políticos, epistemológicos e metodológicos para consolidação dos avanços. A perspectiva de gênero oferece amplas possibilidades de enriquecimento da reflexão teórica na saúde coletiva, podendo-se somar a outros esforços intelectuais e políticos para a compreensão da saúde e seus determinantes na luta contra as desigualdades e pela justiça social.

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OBJETIVO: Estimar a prevalência de violência contra mulheres (física, psicológica e sexual), por parceiro íntimo ou outro agressor, entre usuárias de serviços públicos de saúde e contrastá-la com a percepção de ter sofrido violência e com o registro das ocorrências nos serviços estudados. MÉTODOS: Estudo realizado em 19 serviços de saúde, selecionados por conveniência e agrupados em nove sítios de pesquisa na Grande São Paulo, entre 2001-2002. Questionários sobre violência sofrida alguma vez na vida, no último ano e agressor foram aplicados à amostra de 3.193 usuárias de 15 a 49 anos. Foram examinados 3.051 prontuários dessas mulheres para verificação do registro dos casos de violência. Realizaram-se análises comparativas pelos testes Anova, com comparações múltiplas e qui-quadrado, seguido de sua partição. RESULTADOS: As prevalências observadas foram: qualquer violência 76% (IC 95%: 74,2;77,8); psicológica 68,9% (IC 95%: 66,4;71,4); física 49,6% (IC 95%: 47,7;51,4); física e/ou sexual 54,8% (IC 95%: 53,1;56,6) e sexual 26% (IC 95%: 24,4;28,0). A violência física e/ou sexual por parceiro íntimo na vida foi de 45,3% (IC 95%: 43,5;47,1) e por outros que não o parceiro foi de 25,7% (IC 95%: 25,0;26,5). Apenas 39,1% das que relataram qualquer episódio consideraram ter vivido violência na vida, observando-se registro em 3,8% dos prontuários. As prevalências diferiram entre os sítios de pesquisa, bem como a percepção e registro das violências. CONCLUSÕES: A esperada alta magnitude do evento e sua invisibilidade foram confirmadas pelas baixas taxas de registro em prontuário. Constatou-se ser baixa a percepção das situações vividas como violência. Sugerem-se estudos ulteriores que avaliem a heterogeneidade das usuárias dos serviços.