910 resultados para Portuguese as a non-native language
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During mild heat-stress, a native thermolabile polypeptide may partially unfold and transiently expose water-avoiding hydrophobic segments that readily tend to associate into a stable misfolded species, rich in intra-molecular non-native beta-sheet structures. When the concentration of the heat-unfolded intermediates is elevated, the exposed hydrophobic segments tend to associate with other molecules into large stable insoluble complexes, also called "aggregates." In mammalian cells, stress- and mutation-induced protein misfolding and aggregation may cause degenerative diseases and aging. Young cells, however, effectively counteract toxic protein misfolding with a potent network of molecular chaperones that bind hydrophobic surfaces and actively unfold otherwise stable misfolded and aggregated polypeptides. Here, we followed the behavior of a purified, initially mostly native thermolabile luciferase mutant, in the presence or absence of the Escherichia coli DnaK-DnaJ-GrpE chaperones and/or of ATP, at 22 °C or under mild heat-stress. We concomitantly measured luciferase enzymatic activity, Thioflavin-T fluorescence, and light-scattering to assess the effects of temperature and chaperones on the formation, respectively, of native, unfolded, misfolded, and/or of aggregated species. During mild heat-denaturation, DnaK-DnaJ-GrpE+ATP best maintained, although transiently, high luciferase activity and best prevented heat-induced misfolding and aggregation. In contrast, the ATP-less DnaK and DnaJ did not maintain optimal luciferase activity and were less effective at preventing luciferase misfolding and aggregation. We present a model accounting for the experimental data, where native, unfolded, misfolded, and aggregated species spontaneously inter-convert, and in which DnaK-DnaJ-GrpE+ATP specifically convert stable misfolded species into unstable unfolded intermediates.
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Teixint Cultures és un projecte de recerca-acció comunitari que intenta promoure des de I'educació d'adults, I'aprenentatge de la llengua catalana a partir dels recursos Iingüístics que les mares d'origen africà tenen en la seva llengua familiar. El programa atén a mares d'origen immigrat amb fills menors de tres anys no escolaritzats al seu càrrec (la majoria de les quals té altres fills en edat escolar que assisteixen a la tarda a la biblioteca per fer els deures escolars). Tot el projecte esta vehiculat a partir dels contes infantils. De fet, intenta recuperar els contes de tradició oral provinents del continent africà per posteriorment elaborar materials educatius bilingües (en català i en les seves llengües) que es puguin utilitzar com a llibres educatius de consulta, tant per les biblioteques públiques com pels centres educatius. El programa es realitza de forma setmanal, al llarg de dues hores, a la biblioteca pública infantil d'en Massagran de Salt. Les mares expliquen contes i llegendes rellevants de la seva infància en la seva llengua i, a partir de diferents activitats de narració, traducció i dramatització de les històries basades en una metodologia de a dual-language D, elaboren textos escrits i narracions orals en català i en la seva llengua. Posteriorment són les mateixes participants les que editen els contes a I'ordinador i elaboren digitalment un llibre de contes bilingüe. Les sessions s'han registrat en àudio i vídeo i hem estudiat el procés d'implementació del programa i les estratègies multilingües utilitzades per les participants, els educadors i voluntaris. Els resultats evidencien el progrés de les dones en I'aprenentatge del català, la modificació de les seves actituds lingüístiques i de la seva autoimatge, així com I ‘impacte positiu del programa a la comunitat pel que fa al reconeixement dels recursos lingüístics i culturals de les minories ètniques.
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ABSTRACT: BACKGROUND: Local adaptation can drive the divergence of populations but identification of the traits under selection remains a major challenge in evolutionary biology. Reciprocal transplant experiments are ideal tests of local adaptation, yet rarely used for higher vertebrates because of the mobility and potential invasiveness of non-native organisms. Here, we reciprocally transplanted 2500 brown trout (Salmo trutta) embryos from five populations to investigate local adaptation in early life history traits. Embryos were bred in a full-factorial design and raised in natural riverbeds until emergence. Customized egg capsules were used to simulate the natural redd environment and allowed tracking the fate of every individual until retrieval. We predicted that 1) within sites, native populations would outperform non-natives, and 2) across sites, populations would show higher performance at 'home' compared to 'away' sites. RESULTS: There was no evidence for local adaptation but we found large differences in survival and hatching rates between sites, indicative of considerable variation in habitat quality. Survival was generally high across all populations (55% +/- 3%), but ranged from 4% to 89% between sites. Average hatching rate was 25% +/- 3% across populations ranging from 0% to 62% between sites. CONCLUSION: This study provides rare empirical data on variation in early life history traits in a population network of a salmonid, and large-scale breeding and transplantation experiments like ours provide powerful tests for local adaptation. Despite the recently reported genetic and morphological differences between the populations in our study area, local adaptation at the embryo level is small, non-existent, or confined to ecological conditions that our experiment could not capture.
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L’ús de la cançó per a potenciar el desenvolupament del llenguatge d’un nen autista és un projecte que pretén donar una visió de la música com a eina per al desenvolupament del llenguatge verbal i no verbal dels nens amb diagnòstic de TEA (Trastorn de l’Espectre Autista). Busca també fer una revisió bibliogràfica en aquest camp per conèixer i relacionar una mica més aquests móns sovint desconeguts. Finalment, presenta un programa d’intervenció adreçat específicament a quatre alumnes amb TEA, amb necessitats i objectius diferents, amb el pertinent seguiment, anàlisi de les dades recollides durant la intervenció, conclusions, i noves vies de treball que es podrien dur a terme.
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Cabo Verde é um país de características bilingue, onde coexistem duas línguas: a Língua Materna – o Crioulo de Cabo Verde (CCV) ou a Língua Caboverdiana (LCV) e a Língua Não Materna – o Português que é a língua oficial e, portanto, a língua utilizada no processo de ensino e de aprendizagem. Esta situação gera conflitos tanto a nível linguístico como a nível cultural. As duas línguas apresentam algumas semelhanças lexicais, o que conduz, muitas vezes, a equívocos e erros linguísticos que dificultam a criança na aprendizagem, em particular, da leitura que constitui a base para a aprendizagem de outros saberes. A aprendizagem da leitura, na Língua Não Materna, requer um desenvolvimento da linguagem oral em Língua Portuguesa, para que o raciocínio da criança seja estimulado através de exercícios lúdicos e abordagens cognitivistas e construtivistas. Deste modo, as competências de processamento fonológico na aquisição das competências da leitura são importantes para a discriminação do texto escrito e favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura. A criança, através da descoberta, começa a elaborar conceitos no sentido de conseguir realizar de forma funcional a sua relação com a língua escrita. Adoptando uma metodologia de estudo de caso, e através de questionários, observação directa e recolha de informação documental, esta dissertação apresenta e analisa aspectos ligados à alfabetização de crianças caboverdianas no início da escolaridade e à aprendizagem da leitura como suporte básico para a aprendizagem da Língua Não Materna. Os subsídios recolhidos ao longo deste estudo, apresentados nesta dissertação contribuirão para fazer progredir o ensino da leitura e, também, para implementar com sucesso a aprendizagem da leitura por parte dos alunos, desenvolvendo a prática da leitura e as expectativas em descobrir a multiplicidade das dimensões da experiência nesse domínio e contribuir para uma relativa compreensão das competências do modo oral e do escrito.
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A afluência de imigrantes a Portugal, nas últimas três décadas transformou radicalmente todo o tecido social português, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. Até ao início da década de 90 do século XX, os fluxos migratórios provinham essencialmente dos Países de Língua Oficial Portuguesa, com maior incidência de Cabo Verde, Brasil e Angola. É nessa década que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrânia, Rússia, Roménia e Moldávia, assim como da Ásia, destacando-se os naturais da China, Índia, Paquistão e das antigas repúblicas soviéticas. De acordo com a análise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatística em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidadãos de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do século XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian “Diversidade Linguística na Escola Portuguesa”, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na área da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e têm como línguas maternas cinquenta e oito idiomas. É urgente uma intervenção diferente no que corresponde a esta nova realidade linguística em Portugal e sobretudo no que concerne à integração do “outro”, reconhecendo e respeitando as várias línguas maternas e culturas, como também a sua preservação a fim de possibilitar o desenvolvimento íntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impõe um olhar atento para com esta nova realidade no país, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da língua portuguesa outras línguas são também usadas como forma de comunicação entre os mesmos pares, situação esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Língua Portuguesa por jovens oriundos de outros países nos domínios privado, público e educativo. 10 de inícios da década de 90 do século XX, à excepção dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo “invadira” as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silêncio expectante. Aprender uma nova língua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implícita de tratar-se da língua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a língua materna e a segunda, de reencontro com a identidade linguística e cultural que não se quer perdidas, só tornado possível na diferença. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja intervenção teria de ser oposta à de então, uma vez que a aprendizagem do português era feita como língua segunda (L2), muitas foram e são as inquietações, um turbilhão de interrogações decorriam deste contacto constante de uma língua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da língua portuguesa confinar-se-á unicamente à escola com os professores e colegas ou despoletará curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e à história humana? Muitas são as interrogações que ocorrem, muitos são também os momentos de sabedoria mútua de línguas e países a desvendar num contínuo ininterrupto e é essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogações uma afigurava-se de forma latente, quiçá fonte de resposta para outras interrogações inerentes à língua portuguesa como língua segunda. A sua utilização por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domínios privado, público e educativo engloba domínios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma língua. Importa no entanto reforçar que estes alunos constituem um grupo heterogéneo sob diversos pontos de vista: etário, linguístico e cultural. Do ponto de vista linguístico a população que tem o português como língua segunda abrange alunos falantes de diferentes línguas maternas, umas mais próximas, outras mais afastadas do português, propiciando diferentes graus de transferência de conhecimentos linguísticos e de experiências comunicativas, como também em diferentes estádios de aquisição e que fora da escola o usam em maior ou menor número de contextos e com um grau de frequência desigual. Estudo de caso: O uso da Língua Portuguesa por jovens oriundos de outros países nos domínios privado, público e educativo. 11 Dispõem também de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequências linguísticas. Já do ponto de vista cultural apresentam diferentes hábitos de aprendizagem, bem como diferentes representações e expectativas face à escola. Todos estes factores determinarão ritmos de progressão distintos no que respeita à aprendizagem do português como língua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivíduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisição, desenvolvimento e aprendizagem de uma língua, variam bastante de indivíduo para indivíduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razões variadíssimas determinarão diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imersão não é suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposição a material linguístico rico e variado da L2. Essas oportunidades também se relacionam com a distância linguística entre língua primeira (L1) e a língua segunda, quanto mais afastadas são as duas línguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua língua materna, assim como também se associam aos hábitos culturais da comunidade e da família.
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A afluência de imigrantes a Portugal, nas últimas três décadas transformou radicalmente todo o tecido social português, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. Até ao início da década de 90 do século XX, os fluxos migratórios provinham essencialmente dos Países de Língua Oficial Portuguesa, com maior incidência de Cabo Verde, Brasil e Angola. É nessa década que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrânia, Rússia, Roménia e Moldávia, assim como da Ásia, destacando-se os naturais da China, Índia, Paquistão e das antigas repúblicas soviéticas. De acordo com a análise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatística em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidadãos de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do século XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian “Diversidade Linguística na Escola Portuguesa”, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na área da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e têm como línguas maternas cinquenta e oito idiomas. É urgente uma intervenção diferente no que corresponde a esta nova realidade linguística em Portugal e sobretudo no que concerne à integração do “outro”, reconhecendo e respeitando as várias línguas maternas e culturas, como também a sua preservação a fim de possibilitar o desenvolvimento íntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impõe um olhar atento para com esta nova realidade no país, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da língua portuguesa outras línguas são também usadas como forma de comunicação entre os mesmos pares, situação esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Língua Portuguesa por jovens oriundos de outros países nos domínios privado, público e educativo. 10 de inícios da década de 90 do século XX, à excepção dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo “invadira” as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silêncio expectante. Aprender uma nova língua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implícita de tratar-se da língua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a língua materna e a segunda, de reencontro com a identidade linguística e cultural que não se quer perdidas, só tornado possível na diferença. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja intervenção teria de ser oposta à de então, uma vez que a aprendizagem do português era feita como língua segunda (L2), muitas foram e são as inquietações, um turbilhão de interrogações decorriam deste contacto constante de uma língua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da língua portuguesa confinar-se-á unicamente à escola com os professores e colegas ou despoletará curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e à história humana? Muitas são as interrogações que ocorrem, muitos são também os momentos de sabedoria mútua de línguas e países a desvendar num contínuo ininterrupto e é essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogações uma afigurava-se de forma latente, quiçá fonte de resposta para outras interrogações inerentes à língua portuguesa como língua segunda. A sua utilização por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domínios privado, público e educativo engloba domínios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma língua. Importa no entanto reforçar que estes alunos constituem um grupo heterogéneo sob diversos pontos de vista: etário, linguístico e cultural. Do ponto de vista linguístico a população que tem o português como língua segunda abrange alunos falantes de diferentes línguas maternas, umas mais próximas, outras mais afastadas do português, propiciando diferentes graus de transferência de conhecimentos linguísticos e de experiências comunicativas, como também em diferentes estádios de aquisição e que fora da escola o usam em maior ou menor número de contextos e com um grau de frequência desigual. Estudo de caso: O uso da Língua Portuguesa por jovens oriundos de outros países nos domínios privado, público e educativo. 11 Dispõem também de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequências linguísticas. Já do ponto de vista cultural apresentam diferentes hábitos de aprendizagem, bem como diferentes representações e expectativas face à escola. Todos estes factores determinarão ritmos de progressão distintos no que respeita à aprendizagem do português como língua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivíduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisição, desenvolvimento e aprendizagem de uma língua, variam bastante de indivíduo para indivíduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razões variadíssimas determinarão diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imersão não é suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposição a material linguístico rico e variado da L2. Essas oportunidades também se relacionam com a distância linguística entre língua primeira (L1) e a língua segunda, quanto mais afastadas são as duas línguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua língua materna, assim como também se associam aos hábitos culturais da comunidade e da família.
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A qualidade do ensino depende da língua em que é ministrado, conforme o domínio que dela têm os aprendentes. Historicamente, nas escolas de Cabo Verde, o Português tem sido a língua veicular e de alfabetização e é assumido como instrumento de comunicação escrita e meio de acesso a diferentes áreas de saber, já que usufrui do estatuto de língua recomendada para o ensino das diferentes disciplinas. No entanto, a UNESCO recomenda ou reconhece que o ensino deve ser iniciado e/ou realizado em língua materna, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Todavia, a Língua Cabo-Verdiana (LCV), que tem o estatuto de Língua materna (LM), é ainda predominantemente oral, embora seja utilizada à escala nacional, a nível do quotidiano. A LCV ainda não é ensinada nas escolas, pelo que a instituição de um modelo de ensino que favoreça a situação actual de Cabo Verde exige uma complexa e reflectida decisão a tomar pelas autoridades educativas. O ensino será ministrado na Língua Cabo-Verdiana? Continuará a sê-lo em Português, como se fosse língua materna, ou como língua estrangeira, língua segunda? Ou será melhor um ensino bilingue? As respostas a estas e outras questões serão procuradas junto dos professores do Ensino Básico, alguns do Secundário que ensinam em Cabo Verde e altos responsáveis pelo sistema educativo caracterizarão o ensino, a língua de ensino no processo pedagógico, a hipótese de introdução da língua materna. É nossa perspectiva reunir ideias que justifiquem a proposta de um planeamento educativo, onde sobressaem aspectos relacionados com a escolha de língua (s) de ensino, visando introduzir melhoria na qualidade das aprendizagens, de modo a satisfazer as necessidades do país.
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Na elaboração do presente trabalho, que tem como tema “Os manuais de língua portuguesa e o desenvolvimento da expressão oral no ensino secundário de Cabo Verde”, procurou-se investigar, a partir da perspectiva dos manuais de Língua Portuguesa, até que ponto os mesmos podem servir ou não para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos do ensino secundário, na modalidade de expressão oral. Para isso foi adoptada uma metodologia situada no campo da investigação educacional, sem pôr de lado os métodos da pesquisa qualitativa e quantitativa, o que permitiu abordar as questões relacionadas com as constantes situações de insucesso na aprendizagem da Língua Portuguesa, cujas causas têm sido atribuídas, quase sempre, aos factores como as metodológicas, aos problemas linguísticos, decorrentes da forte presença da língua materna no quotidiano dos aprendentes e ao uso de materiais desajustados da realidade nacional. Assim, para o cumprimento dos objectivos propostos, foi possível trabalhar sobre dois corpora; por um lado analisaram-se os manuais do ensino secundário, por outro, foi examinado o inquérito aplicado tanto aos professores como aos alunos, e cujo tratamento dos dados permitiu confirmar a aceitação entusiástica dos manuais escolares no contexto pedagógico, apesar da descrença na potencialidade dos exercícios propostos em desenvolver a capacidade de expressão oral dos alunos. Outro aspecto digno de registo foi o desejo manifestado pelos informantes em ter outros materiais capazes de melhorar o ensino do Português como língua segunda. Em termos do ensino da citada disciplina, foram apresentadas algumas sugestões para que a sua melhoria reverta a favor do sucesso de aprendizagem de todos os alunos
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Background: The debate about a possible relationship between aerobic fitness and motor skills with cognitive development in children has recently re-emerged, because of the decrease in children's aerobic fitness and the concomitant pressure of schools to enhance cognitive performance. As the literature in young children is scarce, we examined the cross-sectional and longitudinal relationship of aerobic fitness and motor skills with spatial working memory and attention in preschool children.Methods: Data from 245 ethnically diverse preschool children (mean age: 5.2 (0.6) years, girls: 49.4%) analyzed at baseline and 9 months later. Assessments included aerobic fitness (20 m shuttle run) and motor skills with agility (obstacle course) and dynamic balance (balance beam). Cognitive parameters included spatial working memory (IDS) and attention (KHV-VK). All analyses were adjusted for age, sex, BMI, migration status, parental education, native language and linguistic region. Longitudinal analyses were additionally adjusted for the respective baseline value.Results: In the cross-sectional analysis, aerobic fitness was associated with better attention (r = 0.16, p = 0.03). A shorter time in the agility test was independently associated with a better performance both in working memory (r = -0.17, p = 0.01) and in attention (r = -0.20, p = 0.01). In the longitudinal analyses, baseline aerobic fitness was independently related to improvements in attention (r = 0.16, p = 0.03), while baseline dynamic balance was associated with improvements in working memory (r = 0.15, p = 0.04).Conclusions: In young children, higher baseline aerobic fitness and motor skills were related to a better spatial working memory and/or attention at baseline, and to some extent also to their future improvements over the following 9 months.
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Neste trabalho analisamos um conteúdo gramatical - o modo conjuntivo num contexto de aprendizagem formal, seguindo duas vias: a teórica, em que fizemos uma abordagem sobre as perspectivas de vários gramáticos; a prática, que se traduz na análise de um corpus. Desenvolvemos esta análise com base nas produções escritas dos aprendentes do terceiro ciclo, na Escola Secundária Manuel Lopes, Praia, com o objectivo de fazer uma abordagem crítica respeitante ao ensino do Português Língua Segunda, em particular, ao ensino e uso do conjuntivo na supracitada língua em Cabo Verde. Com efeito, foram abordadas questões relativas às teorias de aquisição/aprendizagem segundo as perspectivas de diversos autores. A análise dos textos escritos orientou-nos para o levantamento e estudo dos erros de uso do conjuntivo e para termos uma noção do perfil sociolinguístico dos aprendentes. A descrição linguística efectuada conduziu-nos a uma reflexão sobre as formas de tratamento e de recuperação dos erros . Os resultados sugerem que o insucesso na aprendizagem do Português Língua Segunda deve-se a factores vários, entre os quais, sociolinguísticos e políticos. Nesta sequência, perspectivamos a superação de erros mediante estratégias e sugestões metodológicas para um ensino eficaz do conjuntivo em Português Língua Segunda, neste país.
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Cabo Verde é um país de características bilingue, onde coexistem duas línguas: a Língua Materna – o Crioulo de Cabo Verde (CCV) ou a Língua Caboverdiana (LCV) e a Língua Não Materna – o Português que é a língua oficial e, portanto, a língua utilizada no processo de ensino e de aprendizagem. Esta situação gera conflitos tanto a nível linguístico como a nível cultural. As duas línguas apresentam algumas semelhanças lexicais, o que conduz, muitas vezes, a equívocos e erros linguísticos que dificultam a criança na aprendizagem, em particular, da leitura que constitui a base para a aprendizagem de outros saberes. A aprendizagem da leitura, na Língua Não Materna, requer um desenvolvimento da linguagem oral em Língua Portuguesa, para que o raciocínio da criança seja estimulado através de exercícios lúdicos e abordagens cognitivistas e construtivistas. Deste modo, as competências de processamento fonológico na aquisição das competências da leitura são importantes para a discriminação do texto escrito e favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura. A criança, através da descoberta, começa a elaborar conceitos no sentido de conseguir realizar de forma funcional a sua relação com a língua escrita. Adoptando uma metodologia de estudo de caso, e através de questionários, observação directa e recolha de informação documental, esta dissertação apresenta e analisa aspectos ligados à alfabetização de crianças caboverdianas no início da escolaridade e à aprendizagem da leitura como suporte básico para a aprendizagem da Língua Não Materna. Os subsídios recolhidos ao longo deste estudo, apresentados nesta dissertação contribuirão para fazer progredir o ensino da leitura e, também, para implementar com sucesso a aprendizagem da leitura por parte dos alunos, desenvolvendo a prática da leitura e as expectativas em descobrir a multiplicidade das dimensões da experiência nesse domínio e contribuir para uma relativa compreensão das competências do modo oral e do escrito.
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betaTC-tet cells are conditionally immortalized pancreatic beta cells which can confer long-term correction of hyperglycemia when transplanted in syngeneic streptozocin diabetic mice. The use of these cells for control of type I diabetes in humans will require their encapsulation and transplantation in non-native sites where relative hypoxia and cytokines may threaten their survival. In this study we genetically engineered betaTC-tet cells with the anti-apoptotic gene Bcl-2 using new lentiviral vectors and showed that it protected this cell line against apoptosis induced by hypoxia, staurosporine and a mixture of cytokines (IL-1beta, IFN-gamma and TNF-alpha). We further demonstrated that Bcl-2 expression permitted growth at higher cell density and with shorter doubling time. Expression of Bcl-2, however, did not inter- fere either with the intrinsic mechanism of growth arrest present in the betaTC-tet cells or with their normal glucose dose-dependent insulin secretory activity. Furthermore, Bcl-2 expressing betaTC-tet cells retained their capacity to secrete insulin under mild hypoxia. Finally, transplantation of these cells under the kidney capsule of streptozocin diabetic C3H mice corrected hyperglycemia for several months. These results demonstrate that the murine betaTC-tet cell line can be genetically modified to improve its resistance against different stress-induced apoptosis while preserving its normal physiological function. These modified cells represent an improved source for cell transplantation therapy of type I diabetes.
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Niche-based models calibrated in the native range by relating species observations to climatic variables are commonly used to predict the potential spatial extent of species' invasion. This climate matching approach relies on the assumption that invasive species conserve their climatic niche in the invaded ranges. We test this assumption by analysing the climatic niche spaces of Spotted Knapweed in western North America and Europe. We show with robust cross-continental data that a shift of the observed climatic niche occurred between native and non-native ranges, providing the first empirical evidence that an invasive species can occupy climatically distinct niche spaces following its introduction into a new area. The models fail to predict the current invaded distribution, but correctly predict areas of introduction. Climate matching is thus a useful approach to identify areas at risk of introduction and establishment of newly or not-yet-introduced neophytes, but may not predict the full extent of invasions.
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Introduction.- Pain and beliefs have an influence on the patient's course in rehabilitation and their relationships are complex. The aim of this study was to understand the relationships between pain at admission and the evolution of beliefs during rehabilitation as well as the relationships between pain and beliefs one year after rehabilitation.Patients and methods.- Six hundred and thirty-one consecutive patients admitted in rehabilitation after musculoskeletal trauma, were included and assessed at admission, at discharge and one year after discharge. Pain was measured by VAS (Visual Analogical Scale) and beliefs by judgement on Lickert scales. Four kinds of beliefs were evaluated: fear of a severe origin of pain, fear of movement, fear of pain and feeling of distress (loss of control). The association between pain and beliefs was assessed by logistic regressions, adjusted for gender, age, native language, education and bio-psycho-social complexity.Results.- At discharge, 44% of patients felt less distressed by pain, 34% are reinsured with regard to their fear of a severe origin of pain, 38% have less fear of pain and 33% have less fear of movement. The higher the pain at admission, the higher the probability that the distress diminished, this being true up to a threshold (70 mm/100) beyond which there was a plateau. At one year, the higher the pain, the more dysfunctional the fears.Discussion.- The relationships between pain and beliefs are complex and may change all along rehabilitation. During hospitalization, one could hope that the patient would be reinsured and would gain self-control again, if pain does not exceed a certain threshold. After one year, high pain increases the risk of dysfunctional beliefs. For clinical practice, these data suggest to think in terms of the more accessible "entrance door", act against pain and/or against beliefs, adpated to each patient.