892 resultados para Mercado de Trabalho


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Trata da análise das formas de incorporação das mulheres universitárias ao mercado de trabalho da Venezuela atual, apontando as distintas ocupações que elas desempenham no setor econômico onde elas se inserem. Aborda as características do processo de industrialização de Venezuela que deram origem a estrutura de mercado heterogênea e a conformação do mercado de trabalho venezuelano.

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Analisa estratégias de posicionamento no mercado de trabalho de formandos no curso de graduação em Administração de Empresas da FGV-EAESP recorrendo aos conceitos de campo e Habitus. Explora práticas e representações relativas particularmente à primeira posição após o términon do curso como produto da relação dialética entre uma situação e um sistema de disposições para agir incorporadas por agentes sociais ao longo de trajetórias de vida socialmente localizadas

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Dentro do mercado de trabalho sempre existiram diversos tipos de vínculos, com alguns contratos com melhores condições de trabalho, normalmente associados a contratos estáveis e em tempo integral. Os trabalhadores qualificados em geral tinham acesso a esse tipo de vaga. No entanto, nas últimas décadas as relações de trabalho têm passado por profundas transformações e houve uma proliferação de vínculos menos estáveis e muitas vezes com piores condições entre trabalhadores qualificados. Este é um fenômeno que tem atingido os mercados de trabalho tanto no Brasil quanto no exterior. No Brasil, o mercado de trabalho tem caminhado na direção de uma maior flexibilização e da disseminação de contratos de trabalho fora do sistema CLT. Este fenômeno tem ocorrido no mercado de trabalho brasileiro de forma abrangente, atingindo trabalhadores qualificados e não-qualificados. No entanto, os tipos e intensidades dos efeitos são específicos de acordo com os diferentes perfis profissionais. Pesquisas sobre os efeitos das mudanças das relações de trabalho nos trabalhadores e nas suas trajetórias profissionais são escassas no Brasil. O objetivo deste trabalho foi conhecer o perfil do trabalhador qualificado brasileiro que tenha trabalhado de forma exclusiva para empresas e que tenha vivenciado em sua vida profissional dois tipos de vínculo de trabalho: padrão (associado a contratos CLT) e não-padrão (associado a contratos Não CLT). A pesquisa investigou também a trajetória profissional deste tipo de trabalhador e o sentido que ele atribui aos seus diferentes vínculos de trabalho. Para o levantamento de dados foram realizadas 50 entrevistas em profundidade semi-estruturadas. A análise das entrevistas revelou que entre trabalhadores qualificados brasileiros existe uma grande variedade de vínculos de trabalho e o presente trabalho propôs uma classificação com 15 tipos diferentes de vínculos fora do padrão CLT. Destes 15, 12 deveriam ser vínculos CLT, pois de acordo com a legislação trabalhista suas condições de trabalho caracterizariam vínculo empregatício. Os dados mostraram que a existência de vínculos Não CLT depende do tamanho e do segmento da empresa e da função do indivíduo. Ficou clara também a importância dos contextos político, social e econômico na disseminação ou diminuição deste tipo de vínculo. A vinculação Não CLT revelou-se um artifício utilizado pelas empresas e pelos trabalhadores para diminuir a carga tributária. Os vínculos Não CLT tinham remuneração mais alta e menor acesso a benefícios quando comparados com os vínculos CLT. No entanto, a maior flexibilidade e liberdade que normalmente são associadas a esse tipo de vínculo foram citadas apenas por uma parte dos entrevistados. A maior parte do grupo pesquisado tinha atitudes positivas em relação aos vínculos Não CLT e muitos preferiam esse tipo de vinculação. A análise dos dados revelou também um descompasso entre a realidade atual do mercado de trabalho e os diversos elementos deste ambiente: sociedade, legislação, organizações e trabalhadores. A sociedade e a legislação estão estruturadas com base no mercado de trabalho do passado. As organizações não sabem lidar com uma força de trabalho com diferentes tipos de vínculo. E os trabalhadores muitas vezes não estão preparados para atuar neste mercado de trabalho diferenciado.

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Este estudo identifica e analisa determinantes quantitativos e qualitativos das remunerações do trabalho (salários e ordenados; gratificações e vantagens pecuniárias) intra-empresas estatais vinculadas às esferas dos governos federal e estadual, e entre estes dois grupos, além de compará-las com as empresas do setor privado, da economia, como pré-requisito para testar a hipótese de que os diferenciais dos ganhos do trabalho de cargos idênticos originam-se de padrões de comportamento administrativo-empresarial culturalmente adquiridos. A tese segue uma linha teórica multidisciplinar ainda não percorrida para este fim.Teoria da Segmentação do Mercado de Trabalho, Teoria do Mercado Interno de Trabalho, e Teoria das Organizações dos Recursos Humanos - aplicando instrumentos de análise disponível na Economia do Trabalho e na Administração dos Recursos Humanos

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A presente dissertação visa investigar, dentro de uma abordagem dialética, a visão do trabalhador-executivo, pertencente ao grupo dos "bem-sucedidos", a cerca da realidade de deterioração da qualidade de vida no trabalho. Definimos como "bem-sucedidos" aqueles cuja alta qualificação acadêmica e profissional lhes possibilitam maior poder de escolha dentro do mercado de trabalho e, teoricamente, acesso a empregos por eles considerados mais próximos do ideal. No âmbito dessa dissertação nossos "bem-sucedidos" serão os "white-collars" detentores de MBA pela Harvard Business School, atualmente ocupando posições de gerência média em organizações. Ao longo desse trabalho discutiremos o papel dos downsizings e das reengenharias, bem como da nova revolução tecnológica, da redução do espaço fisico de trabalho a cubículos e da primazia da mentalidade gerencial "Wall-Street" na geração crescente de estresse e medo no trabalho e, consequentemente deterioração da QVT. Em seguida, avaliaremos os custos dessa deterioração da QVT e de que forma as próprias organizações estão indiretamente gerando as bases de uma emergente crise de criatividade, de saúde no trabalho e de corrosão de caráter dos seus trabalhadores. Partiremos, então, para a caracterização de nosso grupo amostral, levantando também a provável influência da cultura "Harvard" e do estigma de sucesso (com todos, os seus paradoxos) como fatores relevantes a serem considerados na análise das entrevistas e das possíveis contradições do discurso. Finalmente, a análise das entrevistas nos levará a conclusão de que QVT parece estar sendo transacionada por outros atributos como remuneração, justamente por aqueles que estariam em posição de almejarem ambos. A aparente perda da importância da QVT parece estar associada, principalmente, à transformação do trabalho em experiências transitórios sob a primazia da empregabilidade e do culto à flexibilidade. O desconcertante das reações apreendidas nas entrevistas é a sinalização de uma tendência que a cada dia parece se tornar mais realidade: a de que as práticas organizacionais trouxeram como efeito colateral danoso não apenas a corrosão do caráter do trabalhador, mas a própria fragmentação da idéia de vida no trabalho e fora dele

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O presente estudo consiste numa contribuição ao estudo da carreira sob o enfoque da relação Homem trabalho. A construção e gerenciamento da carreira profissional no contexto organizacional são discutidos como expressão do desenvolvimento da relação homem trabalho, condição ontológica de indeterminância do homem. O conceito de carreira em sua forma tradicional e emergente, é revisto e criticado em sua capacidade de expressão desse desenvolvimento. A carreira revela o processo de determinantes do ser humano. No presente momento histórico, o desenvolvimento da carreira e, portanto da relação homem- trabalho, ocorre sob a influência do capitalismo flexível, mudando o padrão tradicional de carreira. Assim, o gerenciamento da carreira profissional nas organizações reflete não apenas as características do modo de produção e a relação que a organização pretende estabelecer com os seus colaboradores, mas também as condições na quais o indivíduo vivencia a relação homem trabalho através da construção de sua carreira. Sobre essa teórica, os resultados de uma pesquisa empírica realizada com alunos formados em administração de empresas de escolas da grande São Paulo, para investigar a percepção que estes desenvolveram sobre suas carreiras futuras, são apresentados e discutidos. Essa percepção do atual mercado de trabalho para administradores é entendida como subsídio importante para avaliar como eles pretendem construir suas carreiras profissionais. Os resultados indicam a existência de uma percepção limitada e diferenciada por mediadores como tipos de escola e turno de estudo

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Este trabalho de pesquisa, realizado com crianças que executam alguma atividade ligada ao setor coureiro-calçadista no município de São Leopoldo, teve por objetivo localizar e diagnosticar a incidência do trabalho infantil no referido setor, bem como traçar o perfil desses trabalhadores e verificar como se dá sua inserção no mercado de trabalho. Houve também a preocupação de resgatar a história do trabalho infantil de forma geral e ao longo da história do processo de industrialização no Brasil, no sentido de verificar como se deu a inserção e a regulação dessa mão-de-obra. Foi entrevistada uma amostra de cem crianças entre 7 e 14 anos incompletos e de adolescentes na faixa etária dos 14 aos 17 anos, localizados nas escolas municipais, em bairros de periferia do município de São Leopoldo. Os resultados a que chegamos estão expostos ao longo do desenvolvimento deste trabalho, mais especificamente na terceira parte. Em relação às conclusões, percebemos que o trabalho infantil é uma luta constante na história da humanidade, que várias são as causas que justificam a inserção da criança no mercado de trabalho, o que é visto, pela sociedade que o legitima, como uma solução e não como um problema. Constatamos que, ao longo do desenvolvimento da industrialização brasileira, houve o emprego massivo de crianças e que, paradoxalmente, havia uma preocupação em regulamentar essa mão-de-obra amparada por legislação específica. Hoje observamos uma desregulamentação dessas conquistas, tendo em vista que as crianças trabalham no setor informal, de forma precarizada, no chamado processo de terceirização da produção, que não protege esses trabalhadores em relação aos benefícios previdenciários nem os ampara através de uma legislação específica.

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Este trabalho apresenta uma revisão dos principais modelos de ciclo de vida para posteriormente discutir a necessidade de um modelo específico para o ambiente brasileiro. Apesar de toda discussão sobre a crise na instituição família em função das amplas mudanças ocorridas na sociedade contemporânea, tais como o aumento dos domicílios unipessoais, das famílias chefiadas por mulheres, da média de idade ao se casar, de casais que convivem no mesmo domicílio sem necessariamente estarem casados, da participação da mulher no mercado de trabalho e do crescente poder de compra dos domicílios, o conceito "família" vem se flexibilizando para refletir as transições da rígida estrutura familiar nuclear para novos modelos familiares e os estilos de vida associados a eles. O desafio passa a ser um olhar minucioso para as necessidades específicas desta diversidade de arranjos familiares para uma melhor compreensão dos seus desejos e motivações, bem como as mudanças no decorrer dos vários estágios do ciclo de vida. O presente estudo procurou explorar o construto ciclo de vida familiar como uma importante ferramenta de segmentação, a partir da definição de padrões de consumo de acordo com os principais eventos da vida do individuo e da família. Para verificar a utilidade do modelo desenvolvido, será apresentado um teste feito a partir dos micro dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2002 e 2003. Uma das grandes contribuições deste trabalho é o esforço em desenvolver uma teoria de Marketing, na área de segmentação de mercados, ancorada na realidade brasileira, ao invés de simplesmente copiar modelos desenvolvidos em outros países.

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Um ser glorificado, realizador de grandes feitos e exemplo de sucesso social e profissional. Argumenta-se que os novos cenários do trabalho, e os modos de trabalhar que o dinamizam, forjam um trabalhador que precisa se caracterizar, mais do que nunca, pela busca em ser um empreendedor. As novas configurações do mundo do trabalho refletem, entre outros aspectos, nos modos de inserção no mercado de trabalho, na sua organização, no tipo de relações humanas que se estabelecem, e na forma de se fazer negócios. Nesta pesquisa buscou-se analisar o impacto desta demanda contemporânea, por uma disposição empreendedora e imaterial, na construção da subjetividade de sujeitos empreendedores. Na revisão teórica discute-se o trabalho imaterial e as transformações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho. Na discussão sobre o sujeito empreendedor busca-se pensar o que vem a ser o empreendedorismo, assim como, quem é o sujeito empreendedor, analisando as abordagens existentes sobre o tema. Discute-se, em seguida, a realidade do dono do próprio negócio, abordando a lógica econômica em que as organizações capitalistas estão inseridas, pregando pressupostos como sobrevivência, lucratividade e competitividade. Por fim, é realizada uma reflexão sobre a conjunção entre trabalho imaterial e demanda empreendedora na realidade do empreendedor. Esta pesquisa é definida como qualitativa, com delineamento exploratório. O instrumento de coleta utilizado foi a entrevista semi-estruturada enriquecida por narrativas. Ao todo foram pesquisados 12 sujeitos empreendedores dos mais diversos perfis. A análise foi dividida em dois momentos particulares, mas conseqüentes. Num primeiro momento buscou-se fazer uma análise vertical da história de cada sujeito, preservando as particularidades de cada realidade. Num outro momento realizou-se uma análise horizontal das narrativas dos empreendedores pesquisados, com o intuito de mapear as divergências e convergências dos pontos de vista. A análise foi feita à luz do referencial teórico norteador, entretanto, sem se restringir a este, estando aberta a novas categorias e relações emergentes do campo. Os principais tópicos tratados foram: trajetória profissional de cada entrevistado até abrir o seu negócio próprio; as atividades e a rotina destes empreendedores, seus planos para o futuro, os relacionamentos que estabelecem, os conflitos que vivenciam, sentimentos e experiências. O empreendedor demandando pela dinâmica empreendedora e pelo trabalho imaterial se caracteriza por ser um sujeito auto-gestionário, autônomo, auto-controlado, polivalente, super-qualificado, com habilidades inter-pessoais hiper-desenvolvidas, com um senso de responsabilidade internalizado, adaptável e centrado no mercado. Um perfil glamoroso que parece imperativo para quem quer bem viver a vida de empreendedor, ao invés de ser engolido por ela. Entretanto, o impacto desta demanda vai atingir cada empreendedor de uma maneira diferente, tanto que em alguns casos a demanda não é sentida como tal, mas sim, vai ao encontro da natureza de alguns. Em outros casos, a resposta do empreendedor não parece corresponder às exigências da dinâmica empreendedora e do trabalho imaterial, revelando o exercício de atividades estritamente operacionais, baixa qualificação e competência reduzida de gestão. Esses casos, caracterizam um perfil de empreendedor incapaz de corresponder à nova demanda contemporânea, ficando a margem dos holofotes.

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Este trabalho busca estimar a relação entre a oferta de trabalho, gasto público e transferências diretas no Brasil. Esta estimativa é fundamental para calcular o custo marginal do financiamento do setor público, em um regime de orçamento equilibrado e com provisão de cestas de bens físicos e monetários (Duarte e Mattos, 2008). São levadas em consideração transferências individuais (o Bolsa-Escola, PETI, previdência etc.) como gastos públicos apropriados pelos indivíduos e não como renda involuntária, diferentemente da literatura. Busca-se com isto, separar os efeitos destes gastos apropriados daqueles agregados, em termos de resposta da oferta de trabalho. Usando os dados para o Brasil – PNAD 2004, separamos os gastos agregados e os gastos apropriados pelo governo para estimarmos a resposta da oferta de trabalho. Os resultados sugerem que os gastos públicos (apropriados e não) podem ter um efeito significativo na oferta de trabalho o que implica que devem ser considerados para estimar o custo marginal do financiamento do setor público no Brasil.

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O Brasil possui um dos maiores mercados de telefonia celular do mundo, resultado de um crescimento impulsionado, sobretudo, pela expansão agressiva do modelo de serviço pré-pago. Este crescimento se deu por meio de grandes investimentos em subsidio como forma de aumentar a atratividade dos aparelhos celulares comercializados nos pontos de venda. Estes investimentos ao mesmo tempo em que aceleraram a captação de novos clientes comprometeram a rentabilidade deste segmento e da margem EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) consolidada do setor no Brasil quando comparada a outros países. Portanto, um entendimento apropriado dos atributos mais valorizados pelos consumidores no processo decisório de compra de um aparelho celular é de fundamental importância para melhorar a alocação dos recursos e maximizar o retorno, sem perda de mercado. Este trabalho aplica a Metodologia de Preços Hedônicos como ferramenta para auxiliar na identificação dos atributos relevantes dos aparelhos celulares comercializados no mercado de massa brasileiro e seus respectivos preços implícitos. São 96 aparelhos celulares monitorados semanalmente ao longo do ano de 2007, constituindo mais de 37.000 registros. Como resultado, no estágio de maturidade do mercado na época, foram identificados intensos prêmios de preço associados às características físicas (design) e à presença de atributos relacionados à itens de multimídia (câmeras digitais, vídeos e MP3 player). Por fim, utilizamos o modelo econométrico desenvolvido para simular e identificar o preço sugerido ou potencial de novos celulares, não presentes na amostra utilizada para a regressão, mas constituídos por novas combinações de atributos com preços implícitos já identificados.

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O Brasil possui um dos mercados de serviços de comunicação e mídia que mais cresce no mundo. Grande parte deste crescimento pode ser atribuída à evolução tecnológica e às recentes alterações no ambiente competitivo, os quais favoreceram a convergência de serviços antes vendidos separadamente - voz, dados e TV. Isto elevou a atratividade destes serviços, contribuindo também para a redução de seu preço, por meio, principalmente, dos ganhos de escala, impulsionando seu crescimento. Este crescimento atraiu mais competidores ao mercado, o que, intensificado por mudanças regulatórias, eleva a importância da correta precificação dos pacotes de serviços. Portanto, um entendimento apropriado dos atributos mais valorizados pelos consumidores no processo decisório de compra destes serviços é de fundamental importância para melhorar a alocação dos recursos e maximizar o retorno, sem perda de participação de mercado. Este trabalho aplica a Metodologia de Preços Hedônicos como ferramenta para auxiliar na identificação dos atributos relevantes dos pacotes de serviços multimídia comercializados no mercado da cidade de São Paulo e seus respectivos preços implícitos. São 371 pacotes distintos contendo de um a três tipos diferentes de serviços analisados com base nos preços praticados em março de 2009. Como resultado, foram identificados intensos prêmios de preço associados aos canais do grupo Telecine, aos canais esportivos, infantis e de filmes e séries, bem como às variáveis ligadas às velocidades de download e upload.

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A tese tem por objetivo analisar o processo de construção identitária dos operários porto-alegrenses no final do século XIX e primeiras décadas do século XX, no qual a interação das vivências pessoais e sociais é considerada de forma relacional, engajando-se, assim, em uma opção historiográfica na qual a análise das experiências constitutivas dos sujeitos sociais vêm ocupando um espaço cada vez maior. Parte-se de três hipóteses norteadoras: 1) A construção da identidade operária tem como um de seus fundamentos a busca de reconhecimento através do orgulho de sua capacidade produtiva. Isto implica que os operários se distingam tanto dos “exploradores capitalistas” e das “classes perigosas” quanto da imagem construída pelo discurso dominante, que os associa ao vício, à preguiça e à indisciplina sempre que eles ameaçam sair do controle e/ou reivindicam melhores condições de vida e trabalho; 2) As identidades sociais existem sempre em relação umas com as outras, influenciando-se mutuamente e contribuindo para que ocorram permanentes transformações identitárias. Optou-se, na tese – devido à importância percebida ao longo do trabalho com as fontes – por analisar as interfaces entre as identidades operária, étnicas e de gênero; 3) A identidade operária é construída não apenas a partir das peculiaridades do local e do contexto em que se encontram os trabalhadores, mas também da conjugação dessas peculiaridades com idéias, símbolos e características que aparecem em diversos lugares e circulavam em diferentes países, possibilitando aos operários manter contato com as múltiplas dimensões dessa realidade, auxiliando na formação de uma identidade coletiva que ultrapassa barreiras geográficas. No Primeiro Capítulo, foi analisado o processo de construção da identidade operária através das operações de reconhecimento dadas pela aproximação aos “iguais” e pela valorização do trabalho, transformado em emblema, bem como pela oposição aos “outros”, através tanto da denúncia dos “exploradores capitalistas”, quanto pela demonstração das diferenças em relação às “classes perigosas”. O Segundo Capítulo analisou as transformações identitárias motivadas pela convivência de novos contingentes populacionais que, chegados à cidade a partir da segunda metade do século XIX, trouxeram novas características étnicas e/ou nacionais, que foram redimensionadas e/ou transformadas a partir da convivência no mundo produtivo. Também se analisou as relações estabelecidas entre as características identitárias de gênero e operárias, ocasionadas pela crescente entrada do “elemento feminino” no mercado de trabalho da cidade. No Terceiro Capítulo buscou-se compreender as relações identitárias estabelecidas entre o movimento operário porto-alegrense com os de outras partes do Brasil e do exterior, observando, para isso, tanto a circulação de militantes locais em outras cidades do interior do Estado e do centro do país, quanto os textos de autores nacionais e estrangeiros, publicados nos jornais locais, bem como as influências de militantes que, vindos do centro do país, aqui residiram. Analisou-se ainda as comemorações do Primeiro de Maio, observando-se como sua memória e simbologia foram apropriadas e permitiram diferentes visões da data entre o operariado local, transformando-a tanto em momento de festa e confraternização, quanto em ritual de reconhecimento, distinção e luta.

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A cada dia aumentam os requerimentos por mão-de-obra especializada na área de gestão. Em decorrência deste aumento de demanda, o mercado também passa a requerer mais, desta mão-de-obra que é insumo dos resultados empresariais. Isto impõe que as instituições de ensino estejam muito alinhadas com o mercado, visando apresentar ofertas que atendam na plenitude os novos requerimentos destas organizações. O objetivo deste trabalho foi levantar a percepção dos contratantes empresariais, observando quais fatores estes contratantes consideram relevantes no momento da contratação de candidatos pósgraduados com título de MBA. Buscou-se tomar como referência o quanto, determinadas características associadas à formação do profissional imputam maior peso, ou não, no processo seletivo, sempre assumindo a premissa de que o MBA é um componente relevante no processo decisório para as contratações em discussão. O trabalho foi realizado com a utilização de uma pesquisa qualitativa, a partir de entrevistas em profundidade realizadas com contratantes de empresas médias e grandes nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Os resultados observados permitiram elencar categorias como o conhecimento técnico, experiência profissional, fator diferencial, habilidade na tomada de decisão, flexibilidade, liderança, trabalho em equipe, comunicação e relacionamento interpessoal, capacidade de aprendizado e desenvolvimento pessoal. Pelo aspecto da instituição, a marca do MBA também mostrou ter relevância. O estudo também aponta a percepção negativa, gerada pela competição excessiva, a despeito da preservação dos parâmetros de qualidade da oferta, gerando a perda de prestígio da instituição junto a estes contratantes. Finalmente o trabalho lança insights sobre o tema, e pode servir de base para desdobramentos e novas pesquisas.

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Este trabalho pretende analisar as reais exigên. cias de educação e qualificação da força de trabalho utilizada pelo moderno processo de produção implantado na Zona Franca de Manaus. A análise é realizada a partir do estudo da forma de constituição do processo produtivo de uma grande fábrica do Distrito Industrial de Manaus, tendo como base o entendimento do caráter capitalista desse processo produtivo e da peculiaridade que ele assume ao decorrer de uma forma específica de internacionalização do capital monopolista, como se :caracteriza a industrialização das chamadas Zonas de Livre ProduçãoObjtiva-se demonstrar as .condições concretas de trabalho a que a classe trabalhadora é'submetida na grande industria da Zona Franca de Manaus e de como a fábrica sup~e as suas necessida des de qualificação da força de trabalho, "formando" o trabalhador que interessa aos objetivos de reprodução ampliada do capital.