999 resultados para Jovens Conduta


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A deficincia da desidrogenase de acilas de cadeia mdia (MCAD) o mais freqente erro inato da oxidao de cidos graxos. Os indivduos afetados por esse distrbio apresentam-se sintomticos durante perodos de descompensao metablica, caracterizado pelo acmulo de cidos graxos de cadeia mdia (AGCM), particularmente os cidos octanico (AO), decanico (AD) e cis-4-decenico (AcD). Durante as crises, os pacientes apresentam hipoglicemia hipocettica, hipotonia, rabdomilise, edema cerebral e, finalmente, entram em coma, podendo ter um desenlace fatal. O tratamento de urgncia baseado na infuso de glicose nos pacientes durante as crises, enquanto uma dieta rica em carboidratos e pobre em gorduras recomendada nos perodos fora das crises. Uma parte considervel dos pacientes que sobrevivem s crises apresenta um grau varivel de manifestaes neurolgicas. Entretanto, os mecanismos responsveis pelos sintomas neurolgicos da deficincia de MCAD so praticamente desconhecidos. No presente estudo avaliamos a influncia dos principais metablitos acumulados na deficincia de MCAD, os cidos AO, AD e AcD, e , em alguns casos, tambm de seus derivados de carnitina e glicina, sobre as atividades de enzimas importantes do metabolismo energtico em crtex cerebral de ratos Wistar de 30 dias de vida. AO, AD, AcD e octanoilcarnitina inibiram a atividade da Na+, K+-ATPase, com nfase ao AcD, o inibidor mais potente da atividade da enzima. Alm disso, verificamos que a co-incubao do AO com glutationa (GSH) ou trolox (vitamina E solvel) evitou seu efeito inibitrio sobre a atividade da enzima. A inibio da enzima pelo AcD foi tambm prevenida quando o mesmo foi co-incubado com as enzimas catalase (CAT) e superxido dismutase (SOD) juntas, mas no com GSH. Alm disso, AO, AD e AcD aumentaram a lipoperoxidao em homogeneizados de crtex cerebral de ratos, medidos por quimioluminescncia e TBA-RS. Tais resultados sugerem que esses metablitos inibiram a atividade da Na+, K+-ATPase via radicais livres. Observamos ainda que somente AD e AcD inibiram atividades dos complexos da cadeia respiratria, ao contrrio do AO que no teve qualquer ao sobre essas atividades. Enquanto o AD diminuiu somente a atividade do complexo IV a uma concentrao muito alta (3 mM), o AcD diminuiu as atividades dos complexos II, II-III e IV dentro da faixa de concentraes encontrada na deficincia de MCAD (0,25-0,5 mM). Alm disso, AO, AD e AcD inibiram a produo de CO2 a aprtir de glicose e acetato radiativos como substratos, indicando uma inibio do ciclo de Krebs. No entanto, somente AD e AcD reduziram a produo de CO2 a partir de citrato, enquanto AO no alterou a mesma. Alm disso, nenhum dos trs metablitos testados alterou a atividade da citrato sintase. Demonstramos ainda que o AcD reduziu as atividades da creatinaquinase mitocondrial e citoslica, mas em uma concentrao muito alta no encontrada na deficincia de MCAD. Este efeito no foi evitado por GSH, vitamina C+E ou L-NAME, sugerindo que o mesmo deve ter ocorrido via mecanismo distinto do estresse oxidativo. AcD foi o inibidor mais potente das atividades enzimticas testadas neste trabalho, indicando que deve ser o metablito de maior toxicidade nesta doena, ao menos no que se refere ao comprometimento do metabolismo energtico. Espera-se que nossos resultados possam contribuir para um melhor entendimento dos mecanismos responsveis pelos sintomas neurolgicos envolvidos na deficincia de MCAD.

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A via das quinureninas a principal rota de degradao do aminocido triptofano. Os metablitos dessa via, comumente chamados de quinureninas, esto envolvidos em vrios processos fisiolgicos e patolgicos e, recentemente, algumas quinureninas foram relacionadas fisiopatologia de vrias doenas neurodegenerativas. Tendo em vista que dados da literatura so contraditrios no que se refere gerao de espcies reativas a partir de algumas quinureninas e considerando que as concentraes de alguns desses metablitos esto elevadas em vrias doenas neurodegenerativas, este trabalho teve por objetivo investigar os efeitos in vitro de alguns intermedirios da via das quinureninas, particularmente a 3-hidroxiquinurenina (3HKyn), a quinurenina (Kyn), o cido 3-hidroxiantranlico (3HAA), o cido antranlico (AA) e o cido quinolnico (QA) sobre alguns parmetros de estresse oxidativo em crtex cerebral de ratos de 30 dias de idade. Verificamos que a 3HKyn e o 3HAA diminuram as substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBA-RS) e a quimiluminescncia em crtex cerebral de ratos jovens, o que indica um efeito antioxidante desses compostos, ao passo que a Kyn e o AA no alteraram os parmetros de lipoperoxidao. Por outro lado, o QA aumentou a peroxidao lipdica nesta estrutura cerebral por aumentar significativamente as medidas de TBA-RS e quimiluminescncia. Alm disso, se pode verificar uma preveno significativa da oxidao da GSH causada pelo 3HAA, enquanto o QA, na presena de on ferroso e cido ascrbico, diminuiu significativamente as concentraes de glutationa reduzida, o que indica que esse efeito seja mediado por radicais hidroxila gerados atravs da reao de Fenton. J a 3HKyn, a Kyn e o AA no alteraram significativamente as concentraes de GSH. Tambm se verificou que a 3HKyn diminuiu a oxidao do diacetato de 2, 7-diclorofluorescena, alm de mostrar a propriedade de seqestrar radicais peroxila e hidroxila. Por outro lado, o 3HAA somente seqestrou radicais peroxila, sugerindo que a estrutura orto-aminofenlica essencial para o composto possuir propriedades antioxidantes. Com o objetivo de verificar se o tempo de exposio 3HKyn alterava a sua atividade antioxidante, determinamos a reatividade antioxidante total (TAR) e os valores de TBA-RS em clulas C6 cultivadas de glioma de ratos ao longo de 48 h na ausncia (controle) ou presena de 3HKyn. Os resultados demonstraram um aumento da TAR e uma diminuio das TBA-RS pela 3HKyn em tempos curtos de exposio (1-6 horas), sendo que o metablito no alterou significativamente esses parmetros em tempos maiores de exposio, sugerindo uma diminuio da capacidade antioxidante da 3HKyn ao longo do tempo. Tambm verificamos uma diminuio do potencial antioxidante total (TRAP) e da TAR pelo QA em homogeneizado de crtex cerebral Finalmente, foi evidenciado qua a 3HKyn, na concentrao de 100 M, foi capaz de prevenir os efeitos txicos causados pelo QA e pelo cido glutrico (GA). O GA a principal neurotoxina que se encontra acumulada na acidemia glutrica tipo I. Em resumo, nossos resultados sugerem um efeito antioxidante da 3HKyn e do 3HAA e um efeito pr-oxidante do QA in vitro em crtex cerebral de ratos jovens. As alteraes provocadas pelas vrias quinureninas foram obtidas nas concentraes de 10, 100 e 500 M. Embora no saibamos as concentraes dessas substncias em doenas neurodegenerativas em que eles se acumulam, possvel que, em uma situao in vivo, a produo de substncias antioxidantes atravs da rota das quinureninas poderia contrabalanar os efeitos txicos causados por outros metablitos como o QA.

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Dividida em trs blocos principais, a presente dissertao pretende apontar as relaes entre o gosto da juventude pela histria de terror e a Psicologia da Educao.

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O pressuposto que a motivao influi no comportamento e a internalizao um fator de percepo de normas sugeriu esse tema: Motivao como fator de efetivao na percepo e cumprimento das normas de conduta social. Assim foi feito um trabalho de campo sobre caractersticas pessoais em estudantes do 2 grau e sua percepo quanto as normas de tica pblica. Variveis de personalidade e atitude foram inseridas atravs de 4 escalas. Foi elaborado e testado um questionrio de tica pblica tendo sua fidedignidade comprovada. O tratamento estatstico das Escalas x Questionrio foi feito atravs da Regresso Mltipla. Os resultados mostraram que 2 das variveis medidas (personalidade e atitude) obtiveram correlao significativa em relao as normas de tica pblica.

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O atual mundo do trabalho vem sofrendo transformaes importantes nas ltimas dcadas. O cenrio econmico em constante mudana, as inovaes tecnolgicas em alta velocidade e a forte competio global so fatores importantes que tm influenciado de forma decisiva os mercados, as empresas e o conceito de trabalho de forma geral. Neste contexto, inegvel a relevncia que o trabalho exerce em nossas vidas, e a busca pelo entendimento de seus sentidos, significados e concepes vm despertando o interesse dos estudiosos do campo dos estudos organizacionais h alguns anos. A produo cientfica brasileira tambm vem buscando conhecer, por meio de pesquisas empricas e/ou tericas, como o trabalho se organiza e se estabelece em nossas vidas. Nesta pesquisa, tem-se como objetivo conhecer como os jovens, que j nasceram neste contexto de mudana, percebem o trabalho em suas vidas. A partir de um estudo qualitativo, esta pesquisa, que incluiu entrevistas e desenhos com 92 jovens de diferentes estratos sociais, mostrou que existe uma homogeneidade de percepes sobre o trabalho. Em outras palavras, independente do estrato social ao qual pertencem, para a grande maioria destes jovens o trabalho percebido exclusivamente como meio para se ganhar dinheiro e consumir, e no como um fim em si mesmo. Os discursos destes jovens reforam a importncia que o dinheiro exerce em suas vidas, sendo inclusive o grande protagonista na conquista da felicidade. Com base em uma perspectiva crtica de anlise, argumenta-se que o trabalho no tem centralidade na vida destes jovens, e a centralidade que se estabelece no discurso dos participantes sim o papel que o dinheiro exerce em nossa sociedade do consumo

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Este estudo investigou o canto intermediado pelas mdias eletrnicas e os processos de aprendizagem musical de cinco jovens, procurando responder seguinte questo: que funes pedaggico-musicais exercem as mdias sobre as prticas msico-vocais dos jovens? E como subquestes: quais mdias eletrnicas os jovens utilizam para o canto? De que maneira os jovens o fazem? A metodologia adotada foi o estudo de caso, utilizando entrevistas e observaes. Para compreender as relaes dos jovens com a msica, com o canto e as mdias eletrnicas, a investigao se apoiou em autores tais como: Gembris, Kraemer e Maas (1997), Baacke, Sander e Vollbrecht (1988), Mnch (1998), Souza (1999; 2000; 2002) Schlbitz (1997; 2003) e Funk-Hennigs (2003). O estudo evidenciou que as mdias eletrnicas tm diferentes funes na atividade msico-vocal dos jovens e que, nesse ambiente miditico, incluem, muito particularmente, a auto-aprendizagem, a identificao e a autonomia nas escolhas musicais, alm da possibilidade de cantar acompanhando seus cantores e suas msicas escolhidos.

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Este trabalho examina a possibilidade de existncia de uma crise social na agricultura familiar, na medida em que os filhos dos agricultores no podem ou no querem exercer a mesma profisso de seus pais. Procura-se identificar as caractersticas sociais e econmicas que influenciam as aspiraes educacionais e ocupacionais dos jovens, assim como suas opes de local de moradia (rural ou urbana). A pesquisa foi desenvolvida no municpio de Santo Cristo, localizado na regio Fronteira Oeste, e no municpio de Candelria, localizado na regio Vale do Rio Pardo, ambos no Estado do Rio Grande do Sul. Foram aplicados questionrios padronizados e realizadas entrevistas com jovens rurais, alunos de escolas estaduais do ensino mdio, na faixa etria de 14 a 25 anos. Levando-se em considerao que muitos jovens decidiram cursar o ensino mdio na cidade aps terem optado por uma escolha profissional no-agrcola, a freqncia a este tipo de escola tende a reforar ou incentivar esta opo. Observam-se diferenas entre os jovens, pois as moas mostram maior inclinao a deixar a agricultura e o meio rural do que os rapazes. Embora as regies pesquisadas tenham perfil socioeconmico diferente, o comportamento dos jovens em relao atividade agrcola praticamente o mesmo, pois, nas duas regies, em sua maioria, eles formulam criticas semelhantes ao trabalho agrcola e descartam a possibilidade de suceder os pais como produtores rurais, pois recusam seu estilo de vida.

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Esta dissertao problematiza a internao psiquitrica de jovens, tomando-a no a partir de uma perspectiva psicopatolgica individual, mas de uma dimenso subjetivo-social contempornea, representada pelos percursos desses jovens pelas chamadas redes sociais. A presente pesquisa tem como campo emprico o Centro Integrado de Ateno Psicossocial para crianas e adolescentes (CIAPS) do Hospital Psiquitrico So Pedro (HPSP), na cidade de Porto Alegre/Brasil. Tambm fazem parte do campo investigativo o Frum Tcnico Macrometropolitano de Sade Mental (FTMSM), o Servio de Admisso e Triagem (SAT) do HPSP e o II Seminrio Internacional de Justia Teraputica. O objetivo do estudo investigar como se produz a internao psiquitrica, tendo como foco de visibilidade desta produo o percurso dos jovens pelas chamadas redes sociais. Para tanto, como metodologia, foram realizadas oficinas com os jovens que estavam em atendimento sob regime de internao no CIAPS/HPSP. Contudo, para que a discusso no se restringisse perspectiva dos jovens, ampliou-se o campo emprico para as instituies referidas com o intuito de problematizar-se as acepes de rede para os servios em sade mental envolvidos nos percursos juvenis. Percebeu-se uma recorrncia no modo de funcionamento da rede, acarretando na produo de um certo perfil dos jovens que internam, como pobreza scio-econmica e uso de drogas. Outro aspecto importante diz respeito ao papel da ordem judicial nos encaminhamentos internao, que por vezes obedece tanto a uma lgica de punio aos jovens e dos servios, como tambm de estratgia de acesso aos servios de sade.

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O Brasil possui uma rigorosa legislao no que consiste ao controle das relaes de consumo. No entanto, ainda no parece possvel perceber que a vulnerabilidade natural do consumidor, em relao ao fornecedor, conseguiu ser efetivamente minimizada. No entanto, alguns instrumentos, como a Ao Civil Pblica, o Inqurito Civil e o Compromisso de Ajustamente de Conduta, da forma como foram constitudos, teoricamente, podem contribuir significativamente para o alcance de uma maior eficcia jurdica da legislao consumerista e, consequentemente, para a efetividade social dos direitos dos consumidores, ainda que, na prtica, alguns desafios precisem ser enfrentados.

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Este trabalho tem por objetivo central compreender como se articulam prticas musicais de estudantes da Educao de Jovens e Adultos (EJA). Aborda sobre questes de repertrio, divergncias e convergncias de interesses, entre universos musicais de estudantes de distintas geraes no contexto educacional da EJA. Investiga sobre prticas daqueles/as que no se encontram em idade considerada ideal para iniciar ou aprofundar sua formao escolar nessa rea, embora a apropriao e a transmisso da msica ocupe um lugar importante em suas cotidianidades A metodologia utilizada o estudo de caso, tendo como campo emprico uma instituio escolar da EJA, localizada em Porto Alegre. Foram realizadas observaes nas aulas e oficinas de msica, entre outros espaos, bem como entrevistas com dezessete estudantes cujas idades variaram entre 21 e 78 anos. A presente pesquisa est apoiada em estudos que abordam a temtica geracional (Aris, 1991; Debert, 1998; Salles Oliveira, 1999; Ferrigno, 2003; Brito da Motta, 2005, entre outros), e em estudos da Educao Musical (Small, 1984; Arroyo, 1999, DeNora, 2000; Souza, 2004). Os resultados revelam que uma co-educao musical se gesta entre os/as participantes da pesquisa. Sem perder de vista as diferenas, e em um contexto educacional que preza pela busca de relaes igualitrias, aprendizagens musicais mtuas entre geraes, se tecem nesse cenrio.

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O exerccio fsico constantemente utilizado como coadjuvante em tratamentos de sade, funcionais ou at mesmo estticos. Normalmente prescrito em sries mltiplas, o treinamento de musculao, a partir da dcada de 90, passou a ser praticado tambm em sries simples, com iguais objetivos de hipertrofia e desempenho fsico. Entretanto, a melhor aptido de sade tambm passou a ganhar uma forte ateno, em especial para benefcios cardiovasculares e metablicos. O exerccio fsico uma forma de estresse celular, uma vez que incrementa o metabolismo oxidativo e proporciona a gerao de espcies ativas do oxignio que podem causar leso celular dependendo da intensidade e durao da atividade fsica. Protenas de choque trmico (HSP) so protenas expressas universalmente nas clulas sob condies de estresse, como choque trmico, privao de glicose e exposio a agentes indutores de estresse oxidativo, como espcies ativas do oxignio. Estes fatos justificam a expresso de HSP, particularmente da famlia de 70 kDa (HSP70), no tecido muscular aps o exerccio fsico. J a adaptao ao exerccio fsico reduz a expresso de HSP70 no msculo enquanto que indivduos treinados mostram reduo na expresso de HSP70 em leuccitos circulantes. Desta forma, investigamos, neste trabalho, a expresso da HSP70 em leuccitos circulantes de indivduos submetidos a diferentes seriaes em comparao com a funcionalidade do sistema imunolgico e o estresse oxidativo induzido por este treinamento. Comparamos ainda, o desempenho fsico e a composio corporal nas diferentes seriaes, e correlacionamos os resultados de composio corporal com o perfil lipdico dos participantes Voluntrios adultos saudveis foram treinados 3 vezes por semana a 75% da carga mxima (CM) em sries simples (SS) ou mltiplas (SM), por 12 semanas com incremento de carga a cada 4 semanas. Os indivduos foram avaliados antes, durante e ao final do protocolo de treinamento. Foram avaliados a composio corporal, a fora e a resistncia muscular, o perfil lipdico, estresse oxidativo, a expresso de HSP70 e o perfil imunolgico. Ao final das 12 semanas de treinamento o grupo SS melhorou a composio corporal, a resistncia muscular, e o perfil lipdico. Durante o desenvolvimento do treinamento observou-se contnua melhora do estresse oxidativo e do perfil imunolgico no grupo SS e melhora no perfil imunolgico do grupo SM, sendo que o grupo SS obteve melhor desempenho imunolgico que o SM. Quanto induo de HSP70, observou-se que o grupo SS no induziu maior expresso, enquanto que, o grupo SM aumentou a expresso de HSP70. Desta forma, na intensidade e perodo utilizados para o treinamento, o grupo SS mostrou ser mais eficiente que o grupo SM para os parmetros avaliados, incluindo melhora no perfil imunolgico.

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O cido glutrico (AG) o principal metablito acumulado nos tecidos e fluidos corporais de pacientes afetados por acidemia glutrica tipo I (AG I), um erro inato do metabolismo da via catablica dos aminocidos lisina, hidroxilisina e triptofano causado pela deficincia severa da atividade da enzima glutaril-CoA desidrogenase. Clinicamente, os pacientes apresentam macrocefalia ao nascimento e uma hipomielinizao ou desmielinizao progressiva do crtex cerebral. Crises de descompensao metablica com encefalopatia aguda ocorrem nestes pacientes principalmente entre 3 e 36 meses de vida, levando a uma marcada degenerao estriatal, que a principal manifestao neurolgica da doena. Depois de sofrer essas crises, os pacientes apresentam distonia e discinesia que progridem rapidamente e os incapacita para as atividades normais. Apesar dos sintomas neurolgicos severos e achados neuropatolgicos com atrofia cerebral, os mecanismos que levam ao dano cerebral na AG I so pouco conhecidos. O objetivo inicial do presente trabalho foi desenvolver um modelo animal por induo qumica de AG I atravs da injeo subcutnea do AG em ratos Wistar de forma que os nveis cerebrais deste composto atinjam concentraes similares aos encontrados em pacientes (~0,5 mM) para estudos neuroqumicos e comportamentais. Observamos que o AG atingiu concentraes no crebro aproximadamente 10 vezes menores do que no plasma e 5 vezes menores do que nos msculos cardaco e esqueltico. O prximo passo foi investigar o efeito desse modelo sobre parmetros do metabolismo energtico no crebro mdio, bem como nos tecidos perifricos (msculo cardaco e msculo esqueltico) de ratos de 21 dias de vida Verificamos que a produo de CO2 a partir de glicose no foi alterada no crebro mdio dos ratos, bem como a atividade da creatina quinase no crebro mdio, msculo cardaco e msculo esqueltico. A atividade do complexo I-III da cadeia respiratria estava inibida em crebro mdio de ratos (25%), enquanto no msculo esqueltico estavam inibidas as atividades dos complexos I-III (25%) e II-III (15%) e no msculo cardaco no foi encontrada nenhuma inibio dos complexos da cadeia respiratria. Em seguida, testamos o efeito in vitro do AG sobre os mesmos parmetros do metabolismo energtico e observamos uma inibio das atividades do complexo I-III (20%) e da sucinato desidrogenase (30%) no crebro mdio na concentrao de 5 mM do cido. A produo de CO2, a partir de glicose e acetato, e a atividade da creatina quinase no foram alteradas pelo AG no crebro mdio dos animais. Assim, conclumos que o AG interfere no metabolismo energtico celular, o que poderia explicar, ao menos em parte, a fisiopatogenia da AG I.