1000 resultados para Ensino público, investimento, Brasil


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Trata do problema principal-agent entre investidor e administrador de fundos no Brasil. Aborda as evidncias de conflitos de interesses, os efeitos positivos e negativos da competio de mercado, as formas de controle via regulamentao e auto-regulamentao no Brasil e em outros pases. Explora os mecanismos utilizados por uma amostra de instituies administradoras de fundos no Brasil para lidar com a questo, com suas vantagens e fraquezas.

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H diferenas significativas nos nveis de fluncia digital entre os alunos da Rede Pblica de Ensino de Porto Alegre em funo de suas diferentes condies de acesso e utilizao de computadores, conectividade e sociabilidade. Utilizamos uma amostra de 430 casos obtidos em 19 escolas da Rede Pblica de Ensino com o objetivo de mapear as relaes tecidas na rede de interaes entre agentes humanos e no-humanos que compem o entorno das Escolas Estaduais de Ensino Mdio. Para reconstituirmos as mltiplas relaes que se estabelecem no processo de produo do conhecimento, utilizamos a idia de rede sociotcnica, principalmente, no que se refere a interesses polticos, econmicos e sociais dos grupos envolvidos, evitando, sobretudo, luz de tal abordagem, a dimenso meramente instrumental da cincia. Trabalhamos com mtodos estatsticos para o estabelecimento de indicadores de acessibilidade, usabilidade, interconectividade, sociabilidade e fluncia no uso do suporte informtico. O conceito weberiano de tipo ideal serviu de subsdio construo de parmetros de anlise. Com o uso deste aporte metodolgico-conceitual estabelecemos distncias existentes entre os diferentes pontos dessa rede de interaes. Os indicadores permitiram identificar sete nveis distintos de fluncia digital entre os alunos, sendo dois relacionados acessibilidade (No Fluentes I e II), dois usabilidade do suporte e da Internet (No Fluentes III e IV) e trs relativos ao nvel de domnio que estes possuem com relao utilizao do suporte informtico (Fluente no Suporte Informtico; Fluente Potencial; Fluente no Uso do Suporte Informtico e das Tecnologias da Informao e Comunicao).

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Alguns movimentos de atualizao do plano educao se efetuam no funcionamento de mquinas abstratas. A partir de uma abordagem genealgica do processo de informatizao das escolas pblicas, ocorrido no Brasil, este trabalho de Dissertao marca alguns movimentos de desterritorializao e de territorializao no plano Informtica Educativa. Um movimento de abordagem genealgica analisa o modo como estamos inseridos num dispositivo especfico e ser objetivo desta Dissertao assinalar a produo e a mutao do que denomino dispositivo informtico que se produz no acontecendo. Para efetivar esta anlise utilizei como referncia as perspectivas poltico-filosficas de Michel Foucault e Gilles Deleuze, produzindo desdobramentos entre as aproximaes que efetuo desses autores. Utilizando o conceito foucaultiano de dispositivo articulado com outros conceitos que se avizinham em linhas segmentares e de fuga, conecto os campos da informtica, da militarizao e da economia ao campo educacional. Em tal movimento, conceptualizo a Informtica Educativa como plano de imanncia, configurando uma poltica, cujos traos diagramticos, informatizao, pedagogizao e democratizao, atravessam os agenciamentos concretos, escola, comunidade, secretarias de ensino, equipamentos informticos, Estado, alunos, professores, entre outros, produzindo uma rede de tensionamentos. As trajetrias percorridas indicam possibilidades de produzir uma experimentao, no sentido de Deleuze trajetrias mltiplas que possibilitam produzir mltiplos devires.

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Este trabalho trata da indstria de private equity brasileira. A dinmica desta indstria descrita com base em sua comparao com a indstria americana. Faz-se uma anlise das perspectivas de obteno dos elevados retornos esperados pelos investidores e desenvolve-se propostas de adaptao do modelo de private equity americano realidade brasileira

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Reconhecendo que a busca da qualidade no ensino superior se tornou hoje uma preocupao maior dos sistemas educativos de muitos paises tentou-se, neste estudo, compreender este fenmeno, particularmente na forma em que se desenvolveu como componente dos sistemas de avaliao do ensino superior de Brasil e Portugal. Tomando como ponto de partida realidades que manifestam diferentes aproximaes e interpretaes do tema em discusso, formularam-se hipteses de trabalho para considerar o que poder ter influenciado as discusses e negociaes que ocorreram para implantao dos sistemas de avaliao do ensino superior de ambos os pases: por exemplo, o efeito de novas formas de regulao dos sistemas de ensino superior; o grau de autonomia das instituies pblicas de ensino superior; o comportamento e o relacionamento dos Conselhos de Reitores com os governos respectivos; e o funcionamento do mercado e das zonas de influncia econmica (no caso do Brasil, o Mercosul e, no caso de Portugal, a Unio Europia). Tendo em conta estas hipteses, foram analisadas as atas dos Conselhos de Reitores em ambos os pases e feitas entrevistas com diversos atores com o objetivo de compreender de forma comparada os processos que decorreram em ambos os pases em estudo Com base nesta anlise foi possvel concluir que, em ambos os pases, os sistemas de regulamentao do ensino superior influenciaram a implantao dos sistemas de avaliao. Contudo, no Brasil, esta influncia foi caracterizada pelo modelo de controle do Estado, enquanto que em Portugal foi o modelo de superviso estatal que predominou. No que respeita influncia do grau de autonomia das instituies de ensino superior, existem diferenas importantes entre os dois pases: no Brasil, por exemplo, h falta de autonomia enquanto em Portugal a autonomia tem uma expresso importante. Em relao aos Conselhos de Reitores o seu papel foi importante: no Brasil pela sua ausncia e em Portugal por meio de uma participao ativa e decisiva. Em relao ao mercado, foi considerado que tinha alguma importncia na universidade mas que a sua influncia no se fez sentir diretamente no estabelecimento dos sistemas de avaliao do ensino superior. Quanto influncia das zonas econmicas ficou claro que o Mercosul no teve participao na implementao do sistema de avaliao do ensino superior brasileiro. Contudo, a Unio Europia foi uma das razes que levaram o Conselho de Reitores Portugus a iniciar o processo de avaliao nas universidades. Alm de tudo isto, verificou-se que a lgica por trs do desenvolvimento da autonomia e da avaliao foi inversa nos dois pases: no Brasil o ponto de partida foi a avaliao vista como conduzindo autonomia; em Portugal, a autonomia foi o ponto de partida para o desenvolvimento da avaliao.

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Esta dissertao trata do crescimento da dvida do setor pblico no Brasil no contexto da implementao do Plano Real. Discute-se quais foram os fatores determinantes da evoluo da razo dvida lquida do setor pblico durante o perodo 1994-1998. Inicialmente discute-se a conjuntura em que se deu a formulao do plano de estabilizao monetria, argumentando-se que a poltica econmica adotada correspondia a um novo momento poltico do pas e ao mesmo tempo baseava-se em outras experincias latino-americanas de planos de estabilizao. Apresenta-se uma breve resenha tratando da incidncia intergeraes da dvida pblica e do debate sobre as relaes entre dficit pblico e inflao. Em seguida discute-se como quatro fatores contriburam para o crescimento do endividamento pblico. O dficit primrio do setor público, os gastos com juros reais, os custos fiscais do Proer e as privatizaes so analisados enquanto determinantes da evoluo do endividamento. Argumenta-se que o resultado primrio das contas pblicas no foi deficitrio nesse perodo e verifica-se que o fator determinante para o crescimento da dvida entre 1994 e 1998 foi o gasto com juros reais. Conclui-se que o volume desses gastos foi determinado em grande medida pela necessidade de atrair capitais externos de curto prazo para financiar o dficit em conta corrente e pelo custo de manuteno de um alto nvel de reservas internacionais. Constata-se tambm que o custo fiscal do Proer significativo e que as privatizaes, embora tenham gerado receitas muito expressivas, no foram capazes de impedir o crescimento da dvida provocado por outros fatores.

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A dissertao analisa a organizao institucional que molda a deciso no gasto pblico no Brasil de meados dos anos sessenta Constituio de 1988, e da at o fim da dcada de noventa. Procura destacar a funo desempenhada pelos Poderes Executivo e Legislativo na disputa oramentria

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Por meio de entrevistas com adnnistradores de fundos de capital de risco e advogados com experincia em transao de investimentos em empresas, esta dissertao busca levantar os instrumentos/aes utilizados pelos fundos de capital de risco brasileiros para gerir os problemas de agncia que surgem do seu relacionamento com os empreendedores da empresa investida. Elaborou-se, tambm, um estudo de caso de uma empresa brasileira, que recebeu investimentos de um fundo de capital de risco e chegou a uma situao pr-falimentar aps duas etapas de investimento. A abordagem ao estudo de caso feita luz dos instrumentos/aes identificados na literatura e das entrevistas realizadas com os profissionais do mercado. O presente trabalho tenta explicar se algum dos instrumentos/aes esto relacionados a particularidades encontradas no ambiente de negcios brasileiro, e se os problemas de agncia levantados na elaborao deste documento so barreiras ao desenvolvimento da indstria de private equity I venture capital no Brasil

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Esta tese trata de um tema fundamental na sociedade moderna: gesto escolar. O objetivo deste trabalho contribuir com o gestor, ou a gestora, de Instituies de Ensino Superior de tal forma que ele, ou ela, tenha uma orientao calcada em resultados cientficos sobre que aes e medidas devem ser tomadas para melhorar o desempenho de seus formandos em exames padronizados como o Exame Nacional de Cursos (ENC), tambm conhecido como Provo. Com base em uma extensa pesquisa de modelos de desempenho escolar, foi desenvolvido um modelo conceitual estimvel pela tcnica dos Modelos Lineares Hierrquicos. A seguir, o modelo estatstico foi ajustado utilizando-se os dados de desempenho escolar dos formandos do curso de Administrao de Empresas que realizaram o de 2003. Com base nos resultados obtidos, procurou-se sugerir aos gestores escolares aes. Dessa forma, procurou-se preencher dois objetivos no incio deste trabalho: (1) identificar variveis que ajudem a explicar o desempenho de formandos nos cursos de graduao em Administrao de Empresas em exames nacionais como o Provo e o ENADE e (2) oferecer insumos aos gestores de IES de Administrao de Empresas sobre como seria possvel gerenciar aquelas variveis que estejam dentro do controle da instituio. Trs variveis, em especial, tiveram um efeito acentuado sobre o desempenho escolar no Provo: fluncia na lngua inglesa, freqncia de uso de computadores e avaliao que os respondentes fazem das competncias a que foram expostos durante o curso superior. Porm, duas dificuldades de medio associadas a esses resultados devem ser consideradas. Em primeiro lugar, a fluncia em ingls e o uso de computadores incorporam, em seu efeito, o efeito de variveis latentes no incorporadas neste estudo. Dessa forma, a origem do efeito dessas duas variveis no pode ser totalmente esclarecida e o gestor deve tomar diversas aes a fim de cobrir diversas possibilidades distintas. Em segundo lugar, est o fato de que a avaliao que se faz das competncias baseada na percepo de cada aluno e no em medidas intrnsecas de competncias desenvolvidas ao longo do curso. Portanto, parte-se da premissa de que os alunos, em mdia, avaliam, corretamente, as competncias que seus cursos os ajudaram a desenvolver. Nas limitaes a este estudo, destacaram-se a unidimensionalidade do construto de eficcia escolar e o fato de que a varivel utilizada considera o desempenho bruto dos alunos, no sendo uma medida de valor agregado. Alm disso, mencionou-se, como limitao, a impossibilidade de se precisar a origem dos efeitos da fluncia em ingls e do uso de computadores. Finalmente, as oportunidades de pesquisas futuras tratam de quatro reas de pesquisas possveis: (1) estudos comparativos com os resultados de cursos superiores em outras reas; (2) estudos longitudinais; (3) ampliao do construto eficcia escolar e (4) construo de escalas e indicadores. Cada uma dessas reas de pesquisa auxiliariam na superao das limitaes encontradas no desenvolvimento deste trabalho.

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Este trabalho investiga o efeito das caractersticas das organizaes de private equity e venture capital (PE/VC) no desempenho dos respectivos fundos. Mais especificamente, a anlise procura detectar como os perfis dos veculos de investimento, gestores e investidores determinam o sucesso nas sadas realizadas das empresas do portfolio. O estudo utiliza como base os dados de PE/VC da FGV-EAESP, coletados no Primeiro Censo Brasileiro de Private Equity e Venture Capital e no Guia GVcepe-Endeavor. A amostra usada nas anlises composta por 63 veculos de investimento que realizaram pelo menos uma sada, entre 1999 e o final do 1 semestre de 2007. Como medidas de desempenho dos veculos de investimento, foram utilizadas a porcentagem e o nmero de desinvestimentos realizados via abertura de capital (IPO), venda estratgica (trade sale) ou venda para outro investidor (secondary sale) das sadas realizadas pelo fundo. Segundo a literatura relacionada, estes mecanismos de desinvestimento constituem os meios mais eficientes e lucrativos de liquidao da participao de private equity e venture capital nas investidas. As principais concluses encontradas indicam que apenas as caractersticas dos veculos de investimento e dos gestores influenciam o sucesso nas sadas dos fundos de PE/VC no Brasil, no se comprovando a existncia do efeito Smart Money para esta indstria. Assim, as evidncias encontradas levam concluso de que no possvel afirmar que alguns investidores possuem a habilidade de identificar melhores gestores, investir com eles e, assim, alcanar melhor desempenho. Os resultados obtidos neste estudo so robustos e esto de acordo com a teoria e com as hipteses previstas.

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Na literatura econmica, encontramos o argumento de que as polticas salariais que resultem em uma remunerao inferior no setor pblico podem funcionar como um estmulo ao corrupt behavior por parte do funcionalismo pblico. No Brasil, a existncia de fracos controles administrativos e a baixa punio corroboram para validade desta relao sem, porm existirem indcios de que o salrio pago no setor pblico seja inferior ao praticado no setor privado. Diante disso, este trabalho tem como objetivo testar a dinmica dos salrios pagos pelos governos estaduais brasileiros de forma a verificar se o nvel de remunerao praticado, comparativamente ao setor privado, pode ser apontado como um dos fatores que causem a corrupo no pas. Para o desenvolvimento da pesquisa emprica, trabalhamos com os micro dados da PNAD para os vinte e seis estados brasileiros e o Distrito Federal entre os anos de 1995 a 2004. Os resultados foram calculados utilizando a tcnica de Oaxaca (1973) onde foi estimada a existncia de um diferencial de salrios pblico privado. A estimativa dos diferenciais foi realizada para a media dos salrios e tambm para diferentes coortes de renda atravs do emprego de Quantile Regression sendo que, de forma geral foi detectada a presena prmios nos salrios do funcionalismo pblico estadual em praticamente todas as regies brasileiras. Com base nos resultados encontrados, este trabalho conclui que, dada sua inexistncia no h indcios de que os baixos salrios no setor pblico possam ser apontados como causa da corrupo nos governos estaduais brasileiros.

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Ao longo da dcada de 1990, as decises sobre endividamento pblico no Brasil passaram por processo de institucionalizao, no qual se destacou a atuao do Senado Federal. A Cmara Alta tem a prerrogativa constitucional de fixar os limites de endividamento das trs esferas de governo, bem como tem a competncia de analisar e autorizar os pedidos de cada ente federativo. O fato de essas prerrogativas estarem sujeitas a uma intensa disputa poltica, evidenciada nas presses irrecusveis exercidas pelos governadores e mesmo prefeitos, motivou os senadores a delegarem a anlise tcnica das autorizaes de endividamento para o Executivo Federal, como forma de se protegerem das presses polticas e ampliarem o comprometimento com o ajuste fiscal. Dessa forma, as autorizaes s so examinadas no Senado depois de passarem pelo crivo da Secretaria do Tesouro Nacional, rgo do Ministrio da Fazenda, que faz avaliaes prvias das possibilidades de endividamento seguindo normas bastante rgidas. primeira vista, a delegao da anlise tcnica para a burocracia parece ter configurado o afastamento dos polticos do controle do endividamento. No entanto, um olhar mais aprofundado permite identificar a presena da ao poltica nesse processo. Nesse sentido, com base nas proposies weberianas acerca da relao entre polticos e burocratas, e na conseqente necessidade de controle poltico sobre a burocracia, o presente trabalho procurou examinar a problemtica fiscal no presidencialismo brasileiro a partir do ngulo especfico das relaes entre o Senado e a burocracia governamental ligada ao controle do endividamento pblico. A metodologia qualitativa, atravs de um estudo de caso exploratrio, mostrou-se mais adequada, pois mesmo perdendo em generalizao, permitiu ganhar em profundidade, possibilitando observar como os vnculos de tenso entre polticos e burocratas se configuram concretamente e se desdobram para situaes ora de conflito, ora de acomodao. Foram analisados os casos de dois pedidos de autorizao de crdito por parte dos governos estaduais que foram autorizados pelo Senado Federal, com uma diferena significativa entre eles: o pleito de Minas Gerais utilizado como exemplo de um caso tpico foi aprovado pela STN, enquanto o pedido do Rio Grande do Sul utilizado como exemplo de um caso fora dos padres institucionalizados no passou pelo crivo da avaliao tcnica daquela secretaria, no devendo, portanto, pelas normas estabelecidas, ser encaminhado ao Senado. Da anlise dos casos foi possvel lanar luz, ainda que na forma de hipteses, sobre novos aspectos que devem ser considerados em futuros estudos sobre as relaes entre poltica e burocracia no federalismo fiscal brasileiro. Primeiramente, a dimenso poltica demonstrou ainda desempenhar um papel importante nas autorizaes de endividamento estadual. No entanto, a ao poltica foi mais acentuada em momentos nos quais a tenso entre polticos e burocratas se exacerbou, como por exemplo, quando a deciso tcnica contrariou a vontade poltica. Ademais, a participao do Poder Judicirio mostrou-se importante para a soluo do conflito entre polticos e burocratas, sugerindo que a incluso desse Poder nos futuros estudos pode enriquecer o debate terico no Brasil. E, por fim, foi possvel detectar uma sinalizao de que a flexibilizao das regras fiscais j seria desejvel no novo contexto fiscal brasileiro.

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A utilizao do regime de metas para a inflao no Brasil est constantemente na pauta do debate econmico no pas. Desde a sua implementao, em meados de 1999, h questionamentos sobre sua viabilidade e eficcia no controle da inflao, especialmente em virtude do setor pblico no Brasil ser altamente endividado e da sempre presente ameaa de crise cambial, dado o papel importante desempenhado por esta varivel na economia. Tais crticas se intensificaram aps o perodo de forte volatilidade nos prmios de risco e no cmbio ocorrido em 2002, quando aumentou a corrente dos defensores da hiptese de que o Brasil estaria sob uma situao de dominncia fiscal. A ocorrncia deste efeito seria capaz de tirar a eficcia da poltica monetria no controle da inflao. Diante disso, algumas questes so colocadas: a dominncia fiscal uma situao permanente na economia brasileira ou especfica de uma determinada conjuntura? Ou seja, as condies necessrias para a ocorrncia deste evento so satisfeitas sob quais situaes? Outro ponto importante refere-se volatilidade dos prmios de risco no ano de 2002: argumentamos que fatores polticos, especialmente relativos credibilidade do governo, foram cruciais na variao destes indicadores. A incerteza eleitoral aparece como um evento fundamental na explicao desta crise de confiana, dado que pouco se sabia a respeito das aes que seriam tomadas pelo novo governo, principalmente no que tange poltica fiscal e ao cumprimento dos contratos e obrigaes financeiras. Conclumos que uma poltica fiscal saudvel, que mantenha o percentual da dvida estvel, e um governo que possua credibilidade so fatores fundamentais para que a poltica monetria, aqui exemplificada pelo inflation targeting, tenha sucesso no seu objetivo maior de manter a taxa de inflao controlada.

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Este trabalho busca estimar a relao entre a oferta de trabalho, gasto pblico e transferncias diretas no Brasil. Esta estimativa fundamental para calcular o custo marginal do financiamento do setor público, em um regime de oramento equilibrado e com proviso de cestas de bens fsicos e monetrios (Duarte e Mattos, 2008). So levadas em considerao transferncias individuais (o Bolsa-Escola, PETI, previdncia etc.) como gastos pblicos apropriados pelos indivduos e no como renda involuntria, diferentemente da literatura. Busca-se com isto, separar os efeitos destes gastos apropriados daqueles agregados, em termos de resposta da oferta de trabalho. Usando os dados para o Brasil PNAD 2004, separamos os gastos agregados e os gastos apropriados pelo governo para estimarmos a resposta da oferta de trabalho. Os resultados sugerem que os gastos pblicos (apropriados e no) podem ter um efeito significativo na oferta de trabalho o que implica que devem ser considerados para estimar o custo marginal do financiamento do setor pblico no Brasil.

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Esta tese fundamenta-se na descrio e interpretao das polticas e da gesto do ensino pblico desenvolvido em Porto Alegre durante os 16 anos (1989-2004) em que o PT- Partido dos Trabalhadores, atravs da Administrao Popular, governou a cidade, tendo como problemtica os avanos, os limites e as contribuies dessa experincia na produo de um outro mundo possvel. O referencial terico, fundamentado em autores do campo da poltica, sociologia, da educao e de teorias crticas de outros campos do conhecimento, como Karl Marx, Henri Lefebvre, Immanuel Wallerstein, Boaventura de Sousa Santos e Stephen Stoer, apresentado nos 3 primeiros captulos. O mesmo desloca-se do mais global e abstrato, da globalizao econmica, poltica e social, inserindo nela a discusso dos conceitos Estado, de gesto (gerir, surfar e pilotar), de poltica (polity, politics e policy) e as reconfiguraes dos sistemas de ensino (STOER, 2004) na transio paradigmtica (SANTOS, 1999) e da crise do sistema-mundo (WALLERSTEIN, 2005), para o mais cotidiano (LEFEBVRE, 1973, 1991) das relaes sociais e educativas na cidade. Chegando a este ponto, se verificou como estabeleceram as relaes da gestora da educao em Porto Alegre (a Secretaria Municipal de Educao) no sistema municipal de ensino, em particular, na sua relao com as escolas e professores, no processo de implementao das polticas educativas durante os 16 anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve frente da Prefeitura Municipal da cidade. Na parte emprica do estudo, captulos 4 ao 8, apresento e discuto o que o PT, em seus documentos nacionais, percebia e qualificava como educao no contexto de nosso pas ao longo dos anos oitenta e noventa, como pano de fundo e paralelo ao desenvolvido em Porto Alegre atravs da SMED. Detalho manifestaes de dirigentes da educao e do governo municipal, das atividades de cada gesto (1989-2004) e das Leis encaminhadas pelo Executivo e/ou vereadores como as que criaram o Conselho Municipal de Educao, os Conselhos Escolares, as Eleio de Diretores e o Sistema Municipal de Ensino. Apresento manifestaes das escolas e dos professores e alunos, publicadas em mbito acadmico. Portanto, a partir do referencial terico (dialtico-histrico-espacial, HARVEY, 2004) que articulou o descritivo, o analtico-regressivo e o histrico-gentico (LEFEBVRE, 1984), na descrio, sistematizao e interpretao do material emprico (polticas, documentos, panfletos, programas do PT; mais Leis, relatrios de gesto, manifestaes de dirigentes da SMED; teses, dissertaes, pesquisas e artigos de pesquisadores da UFRGS), aponto os avanos, limites e contradies revelados na produo da democracia sem fim (SANTOS, 1998, 2005), desta experincia contra-hegemnica . Disto, a tese: foras polticas contra-hegemnicas ao sistema capitalista em que vivemos, ao ocuparem espaos de poder, podem avanar no desenvolvimento de polticas alternativas quele, bem como na produo de novas relaes sociais. Neste sentido, as escolas, professores, comunidades escolares e movimentos sociais podem se tornar sujeitos de suas prprias aes e obra educativa, na relao com o Estado/governo, ainda que o Estado e suas instituies estejam circunscritos a regras legais, normas e procedimentos e prticas sociais a grupos vinculados ao status quo e ao establishment. Isto depende da forma como as polticas, os contedos e as formas de implementao so geridas. Agindo assim, constri-se um Estado como novssimo movimento social (SANTOS, 1998, 2005), para o qual, a experincia de gesto da e na educao municipal de Porto Alegre, pelo PT e partidos de esquerda por 16 anos, aportaram contribuies significativas para a efetivao de um outro mundo possvel, em alternativa ao que vivemos.