1000 resultados para Doenças cardiovasculares Teses
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RESUMO: Considerando que a presso arterial elevada constitui um dos maiores fatores de risco para as doenças cardiovasculares, a sua associao ao consumo elevado de sal, e o facto das escolas constiturem ambientes de excelncia para a aquisio de bons hbitos alimentes e promoo da sade, o objetivo deste estudo foi avaliar o contedo de sal presente nas refeies escolares e a perceo dos consumidores sobre o sabor salgado. A quantificao de sal foi realizada com um medidor porttil. Para avaliar a perceo dos consumidores foi desenvolvido e aplicado um questionrio a alunos das escolas preparatrias e secundrias e aos responsveis pela preparao e confeo das refeies. Foram analisadas um total de 898 componentes de refeies, incluindo refeies escolares e de restaurao padronizada. Em mdia, as refeies escolares disponibilizam entre 2,83 a 3,82 g de sal por poro servida (p=0,05), o que representa entre duas a cinco vezes mais as necessidades das crianas e jovens. Os componentes das refeies padronizadas apresentam um valor mdio de sal que varia entre 0,8 e 2,57 g por poro (p=0,05), o que pode contribuir para um valor total de sal por refeio mais elevado comparativamente com as refeies escolares. O sabor das refeies percecionado como sendo nem salgado nem insonso para a maioria dos estudantes, o que parece demonstrar habituao intensidade/ quantidade de sal consumida. Os responsveis pelas refeies, apesar de apresentarem conhecimentos sobre sal e a necessidade da sua limitao, demonstram barreiras e limitaes e percees sua reduo. A realizao de escolhas alimentares saudveis e adequadas s possvel se suportada por um ambiente facilitador dessas mesmas escolas. O impacto que o consumo de sal tem na sade, em particular nas doenças crnicas, torna imperativa a implementao de estratgias de reduo de sal ao nvel da indstria e dos servios de catering e restaurao, em particular direcionadas para o pblico mais jovem.------------ABSTRACT Considering the fact that high blood pressure is a major rick factor for cardiovascular disease and its association to salt intake and the fact that schools are considered ideal environments to promote health and proper eating habits, the objective of this study was to evaluate the amount of salt in meals served in school canteens and consumers perceptions about salt. Quantification of salt was performed using a portable salt meter - PAL ES2. For food perception we constructed a questionnaire that was applied to students from high schools. A total of 898 food samples were analysed. Bread presents the highest value with a mean of 1.35 (SD=0.12). Salt in soups ranges from 0.72 g/100 g to 0.80 g/100 g (p=0.05) and main courses from 0.71 g/100 to 0.97 g/100g (p=0.05). Salt in school meals is high with a mean value from 2.83 to 3.82 g of salt per meal, which is between 2 and 5 times more than the RDA for children. The components of standardized meals have an average value of salt ranging from 0.8 to 2.57 g per serving, which may contribute to a higher intake of salt per meal compared to school meals. Moreover, a high percentage of students consider meals neither salty nor lacking in salt, which shows they are used to the intensity/amount of salt consumed. Despite the knowledge and perceived necessity about salt reduction, those responsible for cooking and preparing meals, still demonstrate barriers and limitation in doing so. Making healthy choices is only possible if backed up by an environment where such choices are accessible. Therefore salt reduction strategies, aimed at the food industry and catering services should be implemented, with children and young people targeted as a major priority.
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As vitaminas so substncias orgnicas presentes em muitos alimentos, em pequenas quantidades e indispensveis ao funcionamento do organismo. A ausncia sistemtica destas resulta, quase sempre, em crescimento e desenvolvimento deficientes e em casos extremos pode conduzir a doenças graves, como por exemplo, a demncia (vitaminas do complexo B), o raquitismo (vitamina D), o escorbuto (vitamina C). Em 1968 a American Food and Nutrition Board reconheceu oficialmente a vitamina E como um nutriente essencial para os seres humanos, pois possui uma importante funo no organismo, como antioxidante, ao inibir a oxidao de lpidos insaturados e ao prevenir o dano oxidativo celular pela inativao de radicais livres e espcies reativas de oxignio. O interesse nesta vitamina cada vez maior, devido s funes que desempenha no organismo como agente antioxidante, envolvido no retardamento do envelhecimento e na proteo de doenças crnicas no transmissveis, como Parkinson, Alzheimer, cancro e doenças cardiovasculares. O presente trabalho tem como objetivo a implementao e validao de um mtodo de pesquisa e quantificao da vitamina E na manteiga por cromatografia lquida de alta eficincia, no laboratrio de Qumica da empresa SGS, expandindo desta forma, as capacidades da empresa nesta rea. Para tal foram avaliados parmetros como linearidade, limites de deteo e quantificao, repetibilidade, preciso intermdia e exatido. Os resultados mostram que o mtodo linear para uma gama de trabalho entre 5,00 e 50,00 mg/L com um limite de deteo e quantificao de 1,27 mg/L e 3,84 mg/L, respetivamente. O mtodo apresentou repetibilidade e preciso intermdia aceitveis, com coeficientes de variao inferiores a 5%, limite de repetibilidade de 1,37 mg/kg e variabilidade de resultados associados ao mtodo de 0,19 mg/L. A exatido do mtodo foi aferida recorrendo a ensaios de recuperao, tendo-se obtido percentagens de recuperao mdias superiores a 80%.
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De acordo com estatsticas recentes, as doenças cardiovasculares e as principais complicaes associadas, como a Aterosclerose e a Hipertenso Arterial, constituem a principal causa de morte em todo o mundo. Verifica-se ainda uma incidncia crescente na populao jovem, mas ainda no existem mtodos suficientemente eficazes para o diagnstico precoce de Aterosclerose. Deste modo, o objectivo principal do presente trabalho consiste no desenvolvimento da instrumentao e de um mtodo no-invasivo, rpido e barato, que permita caracterizar o estado dos vasos sanguneos na sua norma e patologia. Neste trabalho prope-se uma metodologia inovadora para a avaliao do estado dos vasos sanguneos, baseada na anlise do sinal fotopletismogrfico de propagao da onda de pulso, tendo-se efectuado um estudo comparativo de dois mtodos de aquisio de pulsos: Mtodo 1, no qual se adquirem pulsos das digitais da mo e do p; e Mtodo 2, pelo qual se obtm os pulsos da Radial e da pedis dorsalis. Os principais parmetros analisados neste trabalho foram o ndice de Rigidez (m/s) e ndice de Reflexo (%), que depende essencialmente do tnus das artrias perifricas. Igualmente, foi determinada a Velocidade da Onda de Pulso pelo Mtodo Gold-Standard e pelo Mtodo de Frank, e o ndice de Funo do Endotlio (%), que foi obtido recorrendo Hiperemia Reactiva. No Captulo 1 do presente trabalho, apresentam-se os aspectos mais importantes da Aterosclerose e os mtodos de diagnstico actualmente utilizados, bem como os fundamentos gerais da hemodinmica e as propriedades mecnicas e fisiolgicas dos vasos sanguneos. No Captulo 2 analisam-se os mtodos no-invasivos utilizados em estudos clnicos para a medio da velocidade de propagao da onda de pulso, e tambm se apresenta uma nova metodologia para a caracterizao do estado dos vasos sanguneos, que consiste na anlise de vrios de parmetros a partir do sinal fotopletismogrfico da onda de pulso. No Captulo 3 descreve-se a instrumentao utilizada na actividade experimental desenvolvida, assim como as principais caractersticas dos sensores para a aquisio do sinal fotopletismogrfico. Destaca-se ainda a calibrao efectuada, o software utilizado para o processamento das medidas experimentais, e a elaborao da rotina de aquisio de dados. Os dados experimentais, adquiridos atravs do mtodo proposto para diferentes faixas etrias, esto apresentados no Captulo 4, bem como a anlise e discusso dos resultados obtidos. E finalmente, no Captulo 5, apresentam-se as principais concluses e as perspectivas futuras.
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RESUMO: A populao mundial est a envelhecer de forma sustentada. O setor das farmcias em Portugal est a passar por um conjunto de alteraes que conduzir a uma ao mais interventiva ao nvel da prestao de cuidados de sade. Deste modo delineou-se um estudo descritivo, transversal e exploratrio sem interveno, de carcter qualitativo e quantitativo que compara diferentes grupos etrios com o objectivo de compreender melhor o papel do farmacutico no mbito do envelhecimento das populaes. Pretendemos assim optimizar prticas e servios que podem ser realizados nas farmcias e alertar os utentes, para gerir melhor a sua condio de sade, sensibilizando-os para o prprio processo de envelhecimento. Como principais resultados destacamos o papel de interveno crucial da farmcia, quer pela sua acessibilidade quer pela contribuio que pode ter para a condio de sade das populaes. Pela amostra estudada em 100% das farmcias so feitos despistes e controlo da hipertenso arterial e hipercolesterolemia, factores fundamentais no controlo da aterosclerose e das doenças cardiovasculares. Podemos ainda concluir que a farmcia pode ser o elemento de otimizao, reviso e reconciliao das teraputicas dos resistentes em lares e ao domiclio, junto da populao 65+. Em termos das pessoas idosas, o nosso estudo indicia que, apesar da crise scio econmica dos ltimos anos, continuam a tomar os medicamentos mais essenciais, o que se relaciona com a poltica do medicamento implementada. Este trabalho pretende tambm, contribuir para o desenvolvimento de uma rede de competncias da farmcia ao nvel do envelhecimento ativo, podendo ser uma oportunidade futura.--------------ABSTRACT: World population is getting older in a sustained way. Portuguese community pharmacies are going through a change process, leading to a higher intervention in healthcare delivery. The study designed is descriptive, transversal and exploratory, with no intervention, with a qualitative and quantitative component that compares different age groups. The purpose is to better understand pharmacists role in population aging. One of our main goals is to optimize practices and services with potential to be performed in pharmacies and aware patients to better manage their health, becoming more conscious of their aging process. As main results we highlight the intervention of pharmacies, not only by its accessibility but also sustained on the unique contribution pharmacies deliver in the best benefit of populations health condition. In the sample studied, 100% of pharmacies perform screening and vigilance of hypertension and hypercholesterolemia, essential for the control of atherosclerosis and cardiovascular diseases. We may also determine the importance of pharmacies intervention over therapeutics optimization, revision and reconciliation in nursing homes and in domicile, mostly focusing patients over 65. In what concerns to elderly population our study indicates that, despite social and economic crises of recent years, the elderly keeps taking its essential medicines, which is related with medicines politics implemented at the present moment. This project intends to pay a relevant contribution to the development of a group of core competencies in pharmacies, related to the promotion of an active and healthy aging process, which represents an important future opportunity for Portuguese Pharmacies.
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A esperana mdia de vida est a aumentar e Portugal um dos pases mais envelhecidos da Europa, sabendo-se que a populao idosa apresenta elevada prevalncia de doenças crnicas e problemas respiratrios. Estudos indicam que as pessoas desta faixa etria esto em mdia 19 a 20 horas em ambientes fechados. A Qualidade do Ar Interior (QAI) desempenha um papel crucial na qualidade de vida e na sade dos idosos. Os adultos pertencentes a faixas etrias mais avanadas, particularmente os idosos, podem ter sistemas imunitrios enfraquecidos e problemas de sade associados idade incrementando a sua vulnerabilidade a problemas de sade associados poluio do ar interior. Este facto torna-se ainda mais evidente e tem mais impacto em grupos de risco com doenças crnicas tais como infees respiratrias, doenças cardiovasculares e na doena pulmonar obstrutiva cronica (DPOC). Nesta dissertao estuda-se o a qualidade da ventilao analisando a concentrao de dixido de carbono (CO2) gerado atravs do metabolismo humano nos quartos de dormir e nas salas de estar. A dissertao foi desenvolvida no mbito do projeto GERIA (Estudo Geritrico dos Efeitos na Sade da Qualidade do Ar Interior em Lares da 3 Idade de Portugal) que pretende determinar o impacte da QAI na sade.
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Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), as doenças cardiovasculares (DCV) so a principal causa de morte nos pases desenvolvidos. H uma necessidade urgente de mtodos eficazes para a deteco precoce de doenças cardiovasculares, devido falta de factores de risco convencionais. Os nveis elevados de homocistena (Hcy) no sangue, homocisteinemia, so um factor de risco independente bem estabelecido para DCV. De acordo com alguns autores, a converso metablica de Hcy no metabolito txico Hcy-Tl e subsequente N-homocisteinilao de protenas induz a agregao e a formao de amiloide, contribuindo assim para a alteraes praterognicas no sistema cardiovascular. A enzima associada lipoprotena de alta densidade (HDL), paraoxonase 1 (PON1), capaz de hidrolisar o metabolito txico Hcy-Tl de volta a Hcy no soro humano, como observado em estudos recentes que indicam o papel de patognese em DCV da hPON1. As paraoxonases de soro (PON1, PON2 e PON3) so hidrolases dependentes de clcio, que pertencem a uma famlia de enzimas que exibem propriedades antioxidantes e anti-inflamatrias. Foram identificadas trs actividades catalticas principais para PON1: (i) actividade paraoxonase, que corresponde converso hidroltica de paraoxon em p-nitrofenol e a dietil fosfato, (ii) a actividade arilesterase que promove a hidrlise de steres aromticos, e a (iii) actividade de lactonase, que catalisa a hidrlise de Hcy a Hcy-Tl, sendo considerada a actividade principal da PON1. Vrios estudos tm relacionado estas actividades enzimticas a diversas patologias, o que sugere a sua potencial utilidade no diagnstico clnico. Neste trabalho pretende-se desenvolver um novo mtodo electroqumico para a deteco fcil do substrato e produto resultantes da hidrlise enzimtica de paraoxon pela hPON1. Utilizando uma clula electroqumica constituda por um elctrodo de referncia Ag /AgCl., um contra-elctrodo de Pt e um electrodo de trabalho de carbono vtreo, o paraoxon e p-nitrofenol foram detectados simultaneamente por voltametria de onda quadrada, numa janela de potencial de [-0,3;-1,2] V. Os resultados dos ensaios com a enzima testada a pH 7,6 e 37C, na presena de paraoxon e utilizando plasma humano como uma fonte de PON1 sero discutidos. Usando a mesma composio de clula electroqumica, Hcy e Hcy-Tl foram estudados utilizando diferentes interfaces e tipos de tratamento para testar a melhor maneira possvel de deteco das duas espcies na mesma experincia electroqumica.
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A medio da Velocidade da Onda de Pulso (VOP), enquanto meio complementar de diagnstico e tratamento das doenças cardiovasculares, considerada um marcador precoce de compromisso arterial em diversos contextos clnicos. O seu papel consolida-se na preveno primria da patologia arterial, atravs da avaliao das propriedades mecnicas dos vasos sanguneos, nomeadamente, quanto sua rigidez e distensibilidade. Neste trabalho pretende-se comparar os valores experimentais da VOP obtidos com dois mtodos de medio diferentes. Para a obteno das ondas de pulso, utilizaram-se dois equipamentos no-invasivos que permitem uma avaliao in-vivo das propriedades mecnicas dos vasos sanguneos. Estes distinguem-se pelo princpio fsico em que se baseiam: o Complior usa sensores de presso, baseando-se no princpio piezoelctrico e o prottipo do equipamento VasoCheck, desenvolvido no nosso grupo da NMT, usa sensores pticos de infra-vermelho, baseando-se no princpio fotopletismogrfico (FPG). As medies com os dois mtodos realizaram-se em ambiente controlado, numa amostra de 42 voluntrios dos 20 aos 30 anos de idade, de ambos os sexos, saudveis e sem diagnstico cardiovascular associado. Os dados experimentais obtidos com os mtodos e sensores acima enunciados foram tratados estatisticamente. Os valores da VOP obtidos com o mtodo FPG mostraram-se consistentes e em boa concordncia com os obtidos com o mtodo piezoelctrico. O mtodo FPG aparenta ser mais rpido na sua utilizao. Futuramente, evidencia-se importante repetir a srie de medies com os dois mtodos numa amostra maior, estendendo-a tambm a voluntrios com diagnstico cardiovascular conhecido. Com base neste trabalho foi apresentada a comunicao painel Anlise comparativa de dois mtodos de medio da Velocidade da Onda de Pulso na International Conference on Health Technology Assessment and Quality Management 2012, realizada a 3 e 4 de Fevereiro de 2012 na Escola Superior de Tecnologia da Sade de Lisboa.
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A compreenso da ocorrncia das doenças em termos de risco e o estabelecimento de relaes com os chamados estilos de vida, colocam na experincia de doena um acrscimo de conotaes morais, um dever de autodisciplina e responsabilidade. Estes princpios tm sido inmeras vezes sublinhados nos discursos e polticas da Sade Pblica, nomeadamente no que concerne s doenças cardiovasculares pela importncia epidemiolgica, econmica e social de que se revestem e consequente necessidade de reduo da sua grande incidncia na populao, como o caso de Portugal. A hipertenso, como doena crnica e fator de risco cardiovascular sujeita os doentes a controlo mdico peridico, teraputica farmacolgica e impele a um comprometimento com comportamentos alimentares e exerccio fsico adequado. Atravs das entrevistas realizadas a doentes hipertensos utentes da consulta especfica em Cuidados de Sade Primrios, verifica-se a presena de modos diversos de agir perante a circunstncia de se ter hipertenso arterial, mostrando a presena de vrias racionalidades, apreciaes e valoraes prticas dos comportamentos de sade e doena e do prprio corpo. Para os doentes hipertensos entrevistados, a hipertenso arterial no encarada como uma verdadeira doena, sendo vista sobretudo como resultado do envelhecimento e dos excessos que se acumularam no corpo, consequentes da prpria vida. Nas narrativas de experincia de doena, os conceitos de moderao e equilbrio, ter cuidado, parecem servir de mecanismo de operacionalizao entre aquilo que so as recomendaes mdicas e as prticas individuais. Constatam-se as capacidades dos doentes hipertensos construrem para si formas de gesto da doena e do medo, sendo que os seus comportamentos podem passar por assumir o controlo dos fatores de risco ou ignor-los. Em qualquer dos casos, as representaes e aes relativas hipertenso e s recomendaes mdicas a ela associadas integram-se nas prticas quotidianas dos doentes, ajustando-se a hbitos e representaes instaladas, constituindo-se em modos distintos de agir dos doentes hipertensos.
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RESUMO: Introduo - A utilizao de clulas e das suas propriedades para o tratamento das doenças cardiovasculares, uma promessa para o futuro e talvez a nica forma de ultrapassar algumas das insuficincias das teraputicas atuais. A via de entrega das clulas mais utilizada na investigao tem sido a intracoronria, ganhando a microcirculao especial relevncia, por ser onde ocorre a primeira interao com o tecido nativo. As clulas estaminais mesenquimais (CEM) tm propriedades que as tornam particularmente aptas para a Terapia Celular, mas as suas dimenses, superiores ao dimetro dos capilares, tem motivado controvrsia quanto sua entrega intracoronria. A cardiologia de interveno tem atualmente tcnicas que permitem a avaliao em tempo real e in vivo do estado da microcirculao coronria. A determinao do ndice da resistncia da microcirculao (IRM) fornece informao sobre a circulao dos pequenos vasos, de forma independente da circulao coronria e do estado hemodinmico, mas a aplicabilidade clnica deste conhecimento encontra-se ainda por definir. Objectivos Esclarecer o potencial do IRM no estudo dos efeitos do transplante de CEM por via intracoronria. Populao e Mtodos . Estudo pr-clnico com modelo animal (suno) desenvolvido em 3 fases. Na Primeira Fase foram utilizados 8 animais saudveis para estudar e validar a tcnica de determinao de estudo da microcirculao. Efetuou-se a determinao do IRM com duas doses diferentes de papaverina para a induo da resposta hipermica mxima (5 e 10 mg) e aps a disfuno da microcirculao com injeo intracoronria de microesferas de embozene com 40 m de dimetro. Na Segunda Fase foram utilizados 18 animais saudveis, randomizados em grupo controlo e grupo recetor de 30 x 106 CEM por via intracoronria. Foram avaliados de forma cega o IRM, a presso artica, o fluxo coronrio epicrdico e a ocorrncia de alteraes electrocardiogrficas. Na Terceira Fase foram utilizados 18 animais, com enfarte agudo do miocrdio provocado (EAM), randomizados em grupo controlo, grupo recetor de CEM expandidas de forma convencional e grupo recetor de CEM expandidas com metodologia inovadora e de menores dimenses. Foi realizada uma explorao da dose/efeito com infuso faseada de 10 x 106, 15 x 106 e 20 x 106 CEM, com determinao do IRM, da presso artica, do fluxo coronrio epicrdico e da ocorrncia de alteraes eletrocardiogrficas. Quatro semanas aps a entrega das clulas foi novamente avaliado o IRM e foi efetuado o estudo anatomopatolgico dos animais na procura de evidncia de neoangiognese e de regenerao miocrdica, ou de um efeito positivo da resposta reparadora aps o enfarte. Resultados Nas 3 fases todos os animais mantiveram estabilidade hemodinmica e eletrocardiogrfica, com exceo da elevao de ST de V1-V3 verificada aps a injeo das microesferas. Na Primeira Fase as duas doses de papaverina induziram uma resposta hipermica eficaz, sem traduo com significado na determinao do IRM (variao da presso distal de - 11,4 5 e de - 10,6 5 mmHg com as doses de 5 e 10 mg respetivamente (p=0,5). Com a injeo das microesferas o IRM teve uma elevao mdia de 310 190 %, para um valor mdio de 41,3 16 U (p = 0,001). Na Segunda Fase no houve diferenas significativas dos parmetros hemodinmicos, do fluxo epicrdico e da avaliao eletrocardiogrfica entre os dois grupos. O IRM de base foi semelhante e aps a infuso intracoronria observou-se uma elevao expressiva do IRM nos animais que receberam clulas em comparao com o grupo controlo (8,8 U 1 vs. 14,2 U 1,8, P=0,02) e quanto ao seu valor de base (aumento de 112%, p=0,008). Na terceira Fase no houve novamente diferenas significativas dos parmetros hemodinmicos, do fluxo epicrdico e da avaliao eletrocardiogrfica entre os trs grupos. Houve uma elevao do IRM nos animais que receberam clulas a partir da 2 dose (72% nas clulas convencionai e 108% nas clulas inovadoras) e que se manteve com a 3 dose (100% nas clulas convencionais e 88% nas inovadoras) com significado estatstico em comparao com o grupo controlo (p=0,034 com a 2dose e p=0,024 com a 3 dose). Quatro semanas aps a entrega das CEM observou-se a descida do IRM nos dois grupos que receberam clulas, para valores sobreponveis aos do grupo controlo e aos valores ps-EAM. Na avaliao anatomopatolgica e histolgica dos coraes explantados no houve diferenas entre os trs grupos. Concluses O IRM permite distinguir alteraes da microcirculao coronria motivadas pela entrega intracoronria de CEM, na ausncia de alteraes de outros parmetros clnicos da circulao coronria utilizados em tempo real. As alteraes do IRM so progressivas e passveis de avaliar o efeito/dose, embora no tenha sido possvel determinar diferenas com os dois tipos de CEM. No nosso modelo a injeo intracoronria no se associou a evidncia de efeito benfico na reparao ou regenerao miocrdica aps o EAM.---------------------------- ABSTRACT: ABSTRACT Introduction The use of cells for the treatment of cardiovascular disease is a promise for the future and perhaps the only option to overcome some of the shortcomings of current therapies. The strategy for the delivery of cells most often used in current research has been the intracoronary route and due to this microcirculation gains special relevance, mainly because it is the first interaction site of transplanted cells with the native tissue. Mesenchymal stem cells (MSC) have properties that make them suitable for Cell Therapy, but its dimensions, larger than the diameter of capillaries, have prompted controversy about the safety of intracoronary delivery. The interventional cardiology currently has techniques that allow for real-time and in vivo assessment of coronary microcirculation state. The determination of the index of microcirculatory resistance index (IMR) provides information about small vessels, independently of the coronary circulation and hemodynamic status, but the clinical applicability of this knowledge is yet to be defined. Objectives To clarify the potential use of IMR in the study of the effects of MSC through intracoronary transplantation. Population and Methods Preclinical study with swine model developed in three phases. In Phase One 8 healthy animals were used to study and validate the IMR assessment in our animal model. IMR was assessed with two different doses of papaverine for inducing the maximal hyperaemic response (5 and 10 mg) and microcirculation dysfunction was achieved after intracoronary injection with embozene microspheres with 40 m in diameter. In Phase Two we randomized 18 healthy animals divided between the control group and the one receiving 30 x 106 MSC through an intracoronary infusion. There we blindly evaluated IMR, the aortic pressure, the epicardial coronary flow and the occurrence of ECG changes. In Phase Three we used 18 animals with a provoked acute myocardial infarction (AMI), randomized into a control group, a MSC expanded conventionally receiver group and a MSC expanded with an innovative methodology receiver group. There was a stepwise infusion with doses of 10 x 106, 15 x 106 and 20 x 106 MSC with determination of IMR, the aortic pressure, the epicardial coronary flow and occurrence of electrocardiographic abnormalities. Four weeks after cell delivery we again measured the IMR and proceeded with the pathological study of animals in the search for evidence of neoangiogenesis and myocardial regeneration, or a positive effect in the reparative response following the infarction. Results All animals remained hemodynamically stable and with no electrocardiographic abnormalities, except for the ST elevation in V1-V3 observed after injection of the microspheres. In Phase One the two doses of papaverine achieved an hyperemic and effective response without significant differences in IMR (variation of the distal pressure -11.4 5 and -10.6 5 mmHg with the doses of 5 and 10 mg respectively (p = 0.5). With the injection of the microspheres the IMR had an average increase of 310 190% for an average value of 41.3 16 U (p = 0.001). In the second phase there were no significant differences in hemodynamic parameters, epicardial flow and electrocardiographic assessment between the two groups. The baseline IMR was similar and after intracoronary infusion there was a significant increase in animals receiving cells compared with the control group (8.8 U 1 vs. 14.2 1.8, p = 0.02) and with their baseline (112% increase, p = 0.008). In the third phase again there were no significant differences in hemodynamic parameters, the epicardial flow and electrocardiographic evaluation between the three groups. There was a significant increase in IMR in animals that received cells from the 2nd dose (72% in conventional cells and 108% in the innovative cells) that remained with the 3rd dose (100% in conventional cells and 88% in the innovative) with statistical significance compared with the control group (p = 0.034 with 2nd dose, p = 0.024 with 3rd dose). Four weeks after delivery of the MSC we observed the fall of the IMR in the two groups that received cells with values overlapping those of the control group. In pathological and histological evaluation of removed hearts there were no differences among the three groups. Conclusions The IMR allows for the differentiation of changes in coronary microcirculation motivated by intracoronary delivery of MSC in the absence of modification in other clinical parameters. IMR changes are progressive and enable the evaluation of the effect / dose, though it has not been possible to determine differences in the two types of MSC. In our model, intracoronary injection of MSC was not associated with evidence of repair or myocardial regeneration after AMI.
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Stents so estruturas entranadas utilizadas no tratamento de doenças cardiovasculares, uma vez que previnem ou impedem a constrio do fluxo sanguneo. A sua forma tubular essencial para que consiga atingir a sua finalidade e manter o normal fluxo sanguneo nos vasos sanguneos. Neste trabalho foram desenvolvidos stents fibrosos entranados, base de polister (PES), poliamida (PA) e polipropileno (PP). Alm disso, as propriedades mecnicas, que so influenciadas pelo ngulo de entranamento e o dimetro do mandril, foram testadas e discutidas. Este trabalho mostra que os stents fibrosos apresentam propriedades mecnicas adequadas e elevado potencial de mercado
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Dissertao de mestrado integrado em Biomedical Engineering Biomaterials, Biomechanics and Rehabilitation
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OBJETIVO: Um progressivo nmero de evidncias surge associando o uso de antipsicticos atpicos a dislipidemias, situao pouco atentada por considervel nmero de psiquiatras e preditora importante de doenças cardiovasculares (DCVs) e de morbimortalidade. O propsito deste estudo revisar a associao entre o uso de antipsicticos atpicos e o desenvolvimento de dislipidemias em pacientes com esquizofrenia. MTODOS: A pesquisa bibliogrfica utilizou os bancos de dados MEDLINE e Scientific Electronic Library Online (SciELO), com os descritores: schizophrenia, dyslipidemia, hyperlipidemia e lipids, para identificar artigos originais publicados no perodo de 1997 a setembro de 2006. RESULTADOS: Os artigos foram agrupados segundo cada agente teraputico, de acordo com o seu impacto sobre o perfil lipdico. CONCLUSO: Observa-se maior risco de desenvolvimento de dislipidemias em pacientes com esquizofrenia em uso de alguns antipsicticos atpicos. Intervenes comportamentais e farmacolgicas devem ser associadas nos indivduos com esquizofrenia em tratamento antipsictico e que desenvolvem dislipidemias.
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OBJETIVO: Realizar reviso bibliogrfica de artigos que abordam a relao entre hipertenso arterial e fatores emocionais, levando em considerao a relevncia do tema. MTODOS: Fez-se busca ativa na Biblioteca Virtual em Sade, na base de dados MedLine (1997-2008), utilizando palavras da lngua portuguesa. Os descritores de assunto escolhidos foram "hipertenso" e "doena cardaca coronria". Em seguida, refinou-se a busca com os termos "hostilidade", "raiva", "ansiedade", "comportamento impulsivo" e "personalidade impulsiva". No foram selecionados artigos que tratavam exclusivamente de doenças cardiovasculares e fatores psicolgicos ou que associavam hipertenso e doenças cardiovasculares com depresso e doena de Alzheimer. RESULTADOS E DISCUSSO: H inconsistncia nos achados que relacionam os fatores emocionais com a hipertenso arterial e cardiopatias. Foram encontrados tanto estudos que demonstram relao positiva da raiva, hostilidade, ansiedade, impulsividade e estresse com hipertenso e doenças cardiovasculares quanto estudos que retratam relaes negativas. CONCLUSO: O que se pode inferir das relaes pesquisadas que o risco de desenvolvimento da hipertenso arterial e a reatividade cardiovascular parecem ser influenciados por fatores emocionais como impulsividade, hostilidade, estressores, ansiedade e raiva. No entanto, mais estudos so necessrios para melhor elucidar essas relaes.
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OBJETIVO: Analisar o perfil de humor e fatores associados em participantes de um programa de reabilitao cardiopulmonar e metablica. MTODO: Cento e quarenta e quatro pacientes responderam a um questionrio de caracterizao e Escala de Humor de Brunel (BRUMS). O questionrio de caracterizao foi constitudo de perguntas sobre dados pessoais e clnicos, enquanto o BRUMS avaliou o humor por meio de seis fatores: tenso, depresso, raiva, vigor, fadiga e confuso. Os dados foram tratados com estatstica descritiva e inferencial (α = 0,05). RESULTADOS: De maneira geral, os pacientes com doenças cardiovasculares e metablicas apresentaram boa sade mental, com nveis elevados de vigor, associados moderada tenso, depresso, raiva, fadiga e confuso. Os participantes idosos apresentaram menor tenso, raiva, fadiga e confuso do que os adultos, enquanto os participantes com dislipidemia tinham maior tenso. Aqueles com insuficincia cardaca eram mais tensos e fadigados. Quem fuma apresentou menor vigor e maior tenso, depresso e raiva. CONCLUSO: Pacientes com doenças cardiovasculares participantes de um programa de reabilitao apresentaram boa sade mental na avaliao realizada, e os participantes adultos, com dislipidemia, insuficincia cardaca e que fumam tinham humor mais deprimido.
Resumo:
RESUMO Objetivo Avaliar a prevalncia de transtornos ansiosos e fatores associados em uma amostra populacional de idosos do Sul de Santa Catarina. Mtodos Estudo transversal com base em dados populacionais, que avaliou 1.021 indivduos idosos entre 60 e 79 anos. Foram realizadas entrevistas domiciliares para aferio de variveis sobre transtornos ansiosos, por meio do questionrio MINI, dados sociodemogrficos, hipertenso arterial sistmica (HAS), infarto agudo do miocrdio (IAM) e dosagem de colesterol. Resultados As prevalncias entre os transtornos ansiosos foram de 22,0% para o transtorno de ansiedade generalizada (TAG); 14,8% para fobia social (FS); 10,5% para transtorno do pnico (TP); e 8,5% para o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Alm disso, 40,5% dos indivduos apresentaram pelo menos um transtorno de ansiedade. A distribuio dos transtornos foi semelhante nos dois gneros; TAG foi mais prevalente nos indivduos de menor escolaridade; TOC foi mais presente em indivduos casados ou em unio estvel. Em relao s variveis clnicas, HAS foi associada presena de TOC; FS foi associada com IAM; TOC e FS foram associados com HDL > 40 mg/dL. Concluso Os dados demonstram que os quadros de ansiedade so muito frequentes em idosos da comunidade, se sobrepem de forma significativa e esto associados a algumas variveis clnicas cardiovasculares.