999 resultados para Desnutrição - Fatores de risco
Resumo:
OBJETIVOS: avaliar os fatores de risco associados recidiva das leses intra-epiteliais, aps conizao do colo com cirurgia de alta freqncia. MTODOS: estudo caso-controle aninhado em coorte de 201 pacientes que se submeteram conizao com cirurgia de alta freqncia por apresentarem leso intra-epitelial cervical, acompanhadas, em mdia, por dois anos. Participaram 94 portadoras do HIV e 107 no-portadoras do vrus. A conizao cervical foi realizada por cirurgia de alta freqncia e a pea cirrgica encaminhada para exame histopatolgico, que avaliou o grau da leso, as margens e a ocupao glandular. Aps a cirurgia, as pacientes foram examinadas a cada seis meses com citologia onctica e colposcopia. Foram consideradas recidivas as leses que, aps a cirurgia, foram confirmadas novamente por bipsia. Neste estudo, foram considerados casos as pacientes com recidiva e controles as sem recidiva. As comparaes entre os grupos foram realizadas pelo teste do chi2 e a anlise multivariada pela regresso logstica. Para a anlise de sobrevida foi utilizado o mtodo de Kaplan-Meier (teste log-rank). RESULTADOS: houve recidiva das leses em 40 pacientes. As variveis que inicialmente apresentaram significncia estatstica foram: nmero de parceiros, soropositividade, margens do cone e envolvimento glandular, como indicadores do risco para recidiva. A ocorrncia simultnea de ocupao glandular e margens comprometidas apresentou as recidivas mais freqentes. Aps anlise pela regresso logstica, permaneceram significativamente associados recorrncia das leses: ocupao glandular (OR=9,1; IC a 95%:13,0-27,5); presena do HIV (OR=4,6; IC a 95%:1,1-6,3); margens comprometidas (OR-2,6; IC a 95%:1,9-11,2). CONCLUSES: os fatores de risco associados recidiva das leses intra-epiteliais cervicais foram: soropositividade, ocupao glandular e margens comprometidas.
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OBJETIVO: analisar pacientes com candidase vulvovaginal quanto a sintomatologia, fatores de risco e resultados da cultura anal, identificar a freqncia de Candida albicans e no C. albicans e correlacionar as colonizaes anal e vaginal. MTODOS: foram includas 99 pacientes com suspeita clnica de candidiase vulvovaginal, procedentes de Natal, RN, atendidas entre maio de 2003 e maio de 2005, perfazendo-se o total de 294 coletas. O material clnico, colhido por zaragatoas, foi semeado em CHROMagar Candida. As leveduras foram identificadas pelo mtodo clssico, alm da prova de crescimento a 42 e 45C e da prova do caldo Sabouraud hipertnico. A sintomatologia, fatores de risco e colonizao anal foram analisados de acordo com a positividade ou negatividade para Candida spp. As culturas positivas para C. albicans nos dois stios foram comparadas com outros resultados encontrados. Para anlise estatstica utilizou-se o teste do chi2, com correo de Yates e o teste exato de Fisher. RESULTADOS: a espcie mais frequente foi C. albicans em 69% dos casos. Uso de roupas ntimas justas e/ou sintticas, presena de doenas alrgicas, ocorrncia de prurido, leucorria e hiperemia apresentaram associao com a positividade vaginal para Candida spp. A chance de uma paciente com colonizao anal positiva de apresentar positividade vaginal concomitante foi 2,8 e 4,9 vezes maior, respectivamente, para Candida spp e C. albicans. A chance de uma paciente com cultura anal positiva para C. albicans de apresentar resultado vaginal positivo foi 3,7 vezes maior quando comparada a espcies no C. albicans. CONCLUSES: C. albicans foi a espcie mais comum, tendo sido observada associao da positividade vaginal para Candida spp com uso de roupas justas e/ou sintticas, doenas alrgicas, prurido, leucorria e eritema (p<0,05). A positividade anal concomitante com a vaginal foi significativa, sugerindo uma possvel contaminao vaginal a partir do nus.
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OBJETIVO: conhecer a freqncia de cesarianas em Campinas (SP), e identificar fatores de risco para sua ocorrncia. MTODOS: estudo transversal no qual se analisaram dados das Declaraes de Nascidos Vivos de 2001. A varivel dependente foi o tipo de parto e as variveis independentes foram as caractersticas maternas, gestacionais, do parto e do recm-nascido. Na avaliao da associao entre variveis empregou-se o teste do chi2 e calcularam-se valores de odds ratio (OR) brutos e ajustados. RESULTADOS: a taxa de cesreas foi 54,9%. As chances de cesrea foram aumentadas 1,9 vezes para mulheres de 20 a 34 anos (OR ajustado (ORaj)=1,9; IC a 95%:1,7-2,1); 3,7 para as maiores de 35 anos (ORaj=3,8; IC a 95%:3,2-4,5); 1,5 para as que estudaram at o ensino mdio (ORaj=1,5; IC a 95%:1,4-1,6); 2,5 para as com ensino superior (ORaj=2,6; IC a 95%:2,2-2,9); 1,3 para as com companheiro (ORaj=1,3; IC a 95%:1,2-1,4); 1,6 para as que trabalhavam (ORaj=1,6; IC a 95%:1,5-1,8); 1,2 para as que moravam em regies com melhores ndices de Condio de Vida (ORaj=1,2; IC a 95%:1,0-1,3); 2,2 para as primparas (ORaj=2,2; IC a 95%:1,9-2,5); 1,6 para as multparas (ORaj=1,6; IC a 95%:1,4-1,9) e 3,1 vezes nas gestaes duplas (ORaj=3,1; IC a 95%:2,2-4,4). As mulheres com menos de sete consultas foram protegidas da cesrea (ORaj=0,6; IC a 95%:0,5-0,7). CONCLUSES: as chances para indicao de cesareana foram mais elevadas para mulheres de melhor nvel socioeconmico, para as com pr-natal adequado, as primparas, as multparas e nas gestaes duplas, sugerindo que essa indicao no se baseou somente em normas tcnicas, mas tambm em razes no-mdicas.
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OBJETIVO: identificar os fatores de risco maternos envolvidos na sepse neonatal precoce, pesquisando vaginose bacteriana, microorganismos isolados em cultura de urina materna e na hemocultura do recm-nascido na sala de parto. MTODOS: estudo de coorte longitudinal prospectivo, envolvendo, aleatoriamente, 302 mes e seus recm-nascidos, que foram acompanhados at sete dias de vida, a fim de diagnosticar sepse. RESULTADOS: diagnosticados 16 casos (5,3%) de sepse neonatal precoce. O nmero mdio de consultas no pr-natal foi 5,2 (DP=1,8). Das 269 (89,1%) grvidas que fizeram acompanhamento pr-natal, porm, 117 (43,4%) fizeram mais de seis consultas; 90 (29,8%) tiveram bolsa rota antes do parto, somente 22 (7,3%) tinham mais de 18 horas. Cento e vinte e trs grvidas (40,7%) queixavam-se de corrimento vaginal, entretanto 47 (15,6%) tinham vaginose bacteriana. Em 23 (7,6%), foi identificada bacteriria; duas (0,7%) apresentavam febre no domiclio e 122 (40,4%) fizeram antibioticoprofilaxia intraparto. Quarenta recm-nascidos (13,2%) foram prematuros, 37 (12,3%) com baixo peso. A avaliao do risco relativo mostrou significncia para prematuridade (RR=92,9; IC95%=12,6-684,7), nmero de consultas no pr-natal inferior a seis (RR=10,8; IC95%=1,4-80,8), febre no domiclio (RR=10,0; IC95%=2,3-43,5), baixo peso ao nascer (RR=21,5; IC95%=7,3-63,2) e Apgar inferior a sete no quinto minuto (RR=19,5; IC95%=9,0-41,9). Foram encontradas diferenas significantes no nvel de 5% na comparao das mdias para o baixo nmero de consultas no pr-natal, prematuridade e baixo peso ao nascer. CONCLUSES: o principal microorganismo isolado na hemocultura dos recm-nascidos foi o Streptococcus agalactiae. Prematuridade, ausncia de seguimento pr-natal e baixo peso ao nascer foram os fatores de risco mais associados com sepse neonatal precoce.
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OBJETIVO: descrever a prevalncia e o perfil comportamental para infeces genitais em mulheres atendidas em uma Unidade Bsica de Sade em Vitria, Esprito Santo. MTODOS: estudo em corte transversal, realizado em mulheres de 15 a 49 anos, atendidas numa rea atendida pelo Programa Sade da Famlia (PSF). Os critrios de excluso foram: ter sido submetida a um exame ginecolgico h menos de um ano e ter histrico de tratamento recente (nos ltimos trs meses) para infeces genitais. Foi aplicada entrevista contendo dados scio-demogrficos, clnicos e comportamentais. Espcimes genitais foram coletados para citologia, bacterioscopia pelo Gram e cultura; e amostra de urina para teste de biologia molecular para Chlamydia trachomatis. RESULTADOS: participaram do estudo 299 mulheres. A mediana de idade foi de 30,0 (intervalo interquartil: 24;38) anos; a mdia de idade do primeiro coito foi de 17,3 (dp=3,6) anos. A mdia de idade da primeira gravidez foi de 19,2 (dp=3,9) anos. Aproximadamente 70% relataram at oito anos de escolaridade; 5% relataram infeco sexualmente transmissvel prvia e 8% uso de drogas ilcitas. Somente 23,7% relataram uso consistente de preservativo. As queixas clnicas relatadas foram: lcera genital (3%); disria (7,7%); fluxo vaginal (46,6%); prurido (20%) e dor plvica (18%). As taxas de prevalncia foram: Chlamydia trachomatis com 7,4%; gonorria 2%; tricomonase 2%; vaginose bacteriana 21,3%; candidase 9,3%; e alteraes citolgicas sugestivas de vrus 3,3%. No modelo final de regresso logstica, os fatores independentemente associados a infeces genitais foram: muco cervical anormal, OR=9,7 (IC95%=5,6-13,7); realizao de teste de HIV prvio, OR=6,5 (IC95%=4,0-8,9); ter mais de um parceiro no ltimo ano, OR=3,9 (IC95%=2,7-5,0) e ter mais de um parceiro na vida, OR=4,7 (IC95%=2,4-6,8). CONCLUSES: os resultados mostram alta freqncia de infeces genitais e a necessidade de medidas de preveno, como o rastreamento de infeces sexualmente transmissveis e programas de reduo de risco em mulheres que procuram o servio ginecolgico de rotina.
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OBJETIVO: avaliar os fatores de risco para o desenvolvimento de prolapso genital na populao brasileira. MTODOS: estudo caso-controle envolvendo 316 pacientes que foram submetidas a estadiamento de prolapso, utilizando-se o sistema de quantificao de prolapso dos rgos plvicos. As pacientes foram divididas em dois grupos. No Grupo Caso, foram includas 107 pacientes com prolapso nos estdios III ou IV, e no Controle, 209 mulheres com estdios 0 ou I. As mulheres selecionadas respondiam anamnese na qual eram questionadas sobre a presena de possveis fatores de risco para prolapso genital, tais como: idade, idade da menopausa, paridade, tipos de parto (vaginal, cesariana ou frcipe), ocorrncia de macrossomia fetal, histria familiar em parentes de primeiro grau de distopia genital, tosse crnica e constipao intestinal. RESULTADOS: as variveis que se mostraram diferentes entre os grupos foram: idade, ndice de massa corprea, paridade, nmero de partos vaginais, de cesarianas, de partos frcipe, peso do recm-nascido e histria familiar positiva para prolapso. Raa, idade da menopausa, tosse crnica e constipao intestinal no se mostraram diferentes entre os grupos. Aps a regresso logstica, somente trs variveis se apresentaram como fatores de risco independentes: presena de pelo menos um parto vaginal, macrossomia fetal e histria familiar positiva. A cesariana se mostrou como fator protetor. CONCLUSES: na populao brasileira, os fatores de risco independentes para prolapso foram a presena de pelo menos um parto normal, macrossomia fetal e histria familiar positiva para distopia.
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OBJETIVO: avaliar se a presena de resistncia insulina (RI) modifica fatores de risco cardiovascular em mulheres com sndrome dos ovrios policsticos (SOP). MTODOS: estudo transversal no qual 60 mulheres com SOP, com idade entre 18 e 35 anos e sem uso de hormnios, foram avaliadas. A RI foi avaliada por meio do quantitative insulin sensitivity check index (QUICKI). RI foi definida como QUICKI <0,33. As seguintes variveis foram comparadas entre o grupo com e sem RI: antropomtricas (peso, altura, circunferncia da cintura, presso arterial e frequncia cardaca), laboratoriais (homocistena, interleucina-6, fator de necrose tumoral-α, testosterona, frao de andrognios livre, colesterol total e fraes, triglicerdeos, protena C reativa e insulina, glicose) e ultrassonogrficas (distensibilidade e espessura ntima-mdia da cartida e dilatao mediada por fluxo da artria braquial). RESULTADOS: Dezoito mulheres (30%) apresentaram RI. As mulheres com RI, comparadas s sem RI, apresentaram diferenas significativas nos seguintes marcadores antropomtricos (SOP com RI e sem RI respectivamente): ndice de massa corporal (35,55,6 versus 23,94,8 kg/m, p<0,01;), cintura (108,111,53 versus 79,511,1 cm, p<0,01) e presso arterial sistlica (128,010,8 versus 114,08,9 mmHg, p<0,01) e presso arterial diastlica (83,69,6 versus 77,07,5 mmHg, p=0,01). Tambm foram observadas diferenas significativas nos seguintes marcadores laboratoriais: triglicerdeos (120,056,5 versus 77,753,4 mg/dL, p=0,01), HDL (43,066,3 versus 40,410,8, p=0,01) e protena C reativa (7,910,5 mg/L versus 2,63,2 mg/L, p<0,01), insulina (28,018,1 versus 5,32,4 U/mL, p<0,01) e glicose (93,510,0 versus 87,58,7 mg/dL, p=0,02). Adicionalmente, dois dos trs marcadores ultrassonogrficos de risco cardiovascular tambm foram diferentes entre os grupos: distensibilidade carotdea (0,240,05 versus 0,300,08 mmHg-1, p<0,01) e espessura ntima-mdia da cartida (0,520,08 versus 0,430,09 mm, p<0,01). Alm disso, a proporo de sndrome metablica foi maior nas mulheres com RI (nove casos=50% versus trs casos=7,1%, p<0,01). CONCLUSES: mulheres com SOP e RI apresentam diferenas significativas em vrios marcadores ultrassonogrficos, sricos e antropomtricos que apontam para uma elevao no risco cardiovascular, quando comparadas a mulheres com SOP sem RI. Diante desses dados, a determinao sistemtica da avaliao de RI em mulheres com SOP pode ajudar a identificar pacientes de risco cardiovascular.
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OBJETIVO: determinar a frequncia de macrossomia nos recm-nascidos vivos em um servio obsttrico de referncia e sua associao com fatores de risco maternos. MTODOS: foi realizado um estudo descritivo, transversal, incluindo 551 purperas internadas no Instituto de Sade Elpdio de Almeida, em Campina Grande (PB), entre agosto e outubro de 2007. Foram includas no estudo as mulheres cujos partos foram assistidos na instituio, com recm-nascidos vivos de uma gestao nica, abordadas no primeiro dia do perodo ps-parto. Foram analisadas as caractersticas sociodemogrficas e nutricionais maternas, determinando-se a frequncia de macrossomia (peso ao nascer >4.000 g) e sua associao com as variveis maternas. A macrossomia foi classificada como assimtrica ou simtrica de acordo com o ndice de Rohrer. A anlise estatstica foi realizada por meio do programa Epi-Info 3.5, calculando-se a razo de prevalncia (RP) e o intervalo de confiana a 95% (IC 95%). O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa local e todas as participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: a mdia da idade materna encontrada foi de 24,7 anos e a idade gestacional mdia foi de 38,6 semanas. Ganho de peso gestacional excessivo foi observado em 21,3% das gestantes, sendo que 2,1% das participantes tinham o diagnstico de diabetes mellitus (gestacional ou clnico). Encontrou-se uma frequncia de 5,4% de recm-nascidos macrossmicos, dos quais 60% eram assimtricos. No houve associao significativa entre macrossomia, idade materna e paridade. Verificou-se uma associao entre macrossomia e sobrepeso/obesidade pr-gestacional (RP=2,9; IC 95%=1,0-7,8) e na ltima consulta (RP=4,9; IC 95%=1,9-12,5), ganho ponderal excessivo (RP=6,9; IC 95%=2,8-16,9), diabetes clnico ou gestacional (RP=8,9; IC 95%=4,1-19,4) e hipertenso (RP=2,9; IC 95%=1,1-7,9). Na anlise multivariada, os nicos fatores que persistiram significativamente em associao macrossomia foram o ganho de peso materno excessivo durante a gestao (RR=6,9, IC 95%=2,9-16,9) e a presena de diabetes mellitus (RR=8,9; IC 95%=4,1-19,4). CONCLUSES: considerando que ganho de peso gestacional excessivo e diabetes mellitus foram os fatores mais fortemente associados macrossomia, importante que medidas para deteco precoce e acompanhamento adequado dessas condies sejam tomadas, visando preveno de eventos perinatais desfavorveis.
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OBJETIVO: identificar os fatores associados gestao na adolescncia em um Estado do nordeste do Brasil. MTODOS: realizou-se um estudo de caso-controle na proporo de uma adolescente entre 10 e 19 anos (caso) para duas mulheres entre 20 e 35 anos (controles), totalizando 168 casos e 337 controles. As variveis reprodutivas analisadas foram: escolaridade, situao marital, procedncia, renda familiar per capita em reais, trabalho remunerado, escolaridade da me, presena do pai da adolescente em casa. Foram tambm includas na anlise variveis reprodutivas: idade do primeiro coito, histria materna de gravidez na adolescncia, consulta ginecolgica antes da gravidez, conhecimento, uso e acesso a mtodos contraceptivos. RESULTADOS: verificou-se associao de gestao na adolescncia com as seguintes variveis: escolaridade menor que oito anos, ausncia do companheiro e histria materna de gestao na adolescncia. Observou-se que a idade na primeira relao foi significativamente mais baixa entre as adolescentes, que tiveram menor frequncia de consultas ginecolgicas. Conhecimento dos mtodos hormonais e acesso aos mtodos anticoncepcionais foram menos frequentes entre as adolescentes. Os fatores de risco para a gravidez na adolescncia, aps anlise de regresso logstica mltipla, foram: baixa escolaridade (OR=2,3; IC95%=1,3-3,8), idade do primeiro coito menor que 15 anos (OR=3,6; IC95%=2,2-5,7), histria materna de gravidez na adolescncia (OR=2,6; IC95%=1,7-3,4). A histria de consultas ginecolgicas prvias (OR=0,3; IC95%=0,2-0,4) e uso de mtodos hormonais (OR=0,6; IC95%=0,4-0,9) foram variveis protetoras. CONCLUSES: os principais fatores associados gravidez na adolescncia observados foram: baixa escolaridade da adolescente, histria materna de gestao na adolescncia, ausncia de consultas ginecolgicas prvias e falta de acesso aos mtodos anticoncepcionais.
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OBJETIVO: analisar, em mulheres com HPV em colo do tero, as caractersticas da infeco viral e os fatores de risco para leso intraepitelial de alto grau e carcinoma cervical. MTODOS: realizou-se um estudo caso-controle com mulheres com HPV em colo do tero atendidas em servio de Ginecologia de referncia vinculado ao SUS, em Recife, Nordeste do Brasil. No grupo de casos (72 mulheres com leso intraepitelial de alto grau ou carcinoma cervical) e de controles (176 mulheres com colpocitologia normal ou com alteraes benignas), foram pesquisados seis gentipos virais (HPV 16, 18, 31, 33, 6 e 11) em material da ecto- e endocrvice com primers MY09/MY11. As variveis independentes foram hierarquizadas em trs nveis de determinao: distal (sociodemogrficas), intermedirio (comportamentais) e proximal (realizao anterior de colpocitologia). A homogeneidade das propores foi testada (χ2). Obtiveram-se ORs no ajustadas e, na modelagem final, realizou-se regresso logstica hierarquizada com o ajuste do efeito de cada varivel sobre o desfecho pelas variveis do mesmo nvel e de nveis anteriores de causalidade. RESULTADOS: em 76,6% das 248 mulheres participantes do estudo, o gentipo viral da infeco cervical foi identificado. Predominaram gentipos de alto risco oncognico (83,4% nos casos e 67,1% nos controles), principalmente HPV 16 e 31. Foram identificados como fatores de risco (a) distais: residir em zona rural (OR=2,7; IC95%: 1,1-6,2), menos de trs anos de estudo (OR=3,9; IC95%: 2,0-7,5) e renda familiar inferior a dois salrios mnimos (OR=3,3; IC95%: 1,0-10,5); (b) intermedirio: nmero de gestaes igual ou superior a quatro (OR=2,0; IC95%: 1,0-3,7); (c) proximal: ausncia de colpocitologia anterior (OR=9,7; IC95%: 2,4-38,2). CONCLUSES: em mulheres usurias do SUS do Nordeste do Brasil predominam os gentipos virais 16 e 31 em infeces cervicais por HPV, sendo que fatores socioeconmicos, reprodutivos e relacionados ausncia de rastreamento citolgico representam risco para leso intraepitelial de alto grau e cncer cervical.
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OBJETIVO: investigar a prevalncia de nveis pressricos elevados em pacientes com sndrome dos ovrios policsticos (SOP) e correlacionar os nveis de presso arterial (PA) com outros fatores de risco cardiovascular. MTODOS: por meio de estudo transversal, foram alocadas 113 mulheres com SOP (26,24,3 anos) e um Grupo Controle com 242 mulheres saudveis da populao geral (26,85,0 anos). As variveis consideradas foram: PA sistlica e diastlica, parmetros antropomtricos e concentraes sricas de glicose, colesterol total, HDL-colesterol e triglicerdeos. Os valores de PA foram classificados de acordo com as V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso. A anlise estatstica constou da comparao intergrupos com os testes t de Student e do χ2 e anlise de correlao com teste de correlao de Pearson. RESULTADOS: o Grupo SOP apresentou prevalncia de PA alterada (>130/85 mmHg) significativamente superior ao Grupo Controle (18,6 versus 9,9%, respectivamente; p<0,05). Mulheres com SOP apresentaram valores mdios superiores de PA sistlica, ndice de massa corprea (IMC), circunferncia da cintura (CC), triglicerdeos e glicemia de jejum, alm de nveis inferiores de HDL-colesterol, em comparao ao Grupo Controle (p<0,01). No Grupo SOP, os valores de PA sistlica e diastlica apresentaram correlao positiva significativa com a idade, IMC, CC e triglicerdeos (p<0,05). CONCLUSES: de acordo com os resultados obtidos, possvel concluir que a frequncia de mulheres com valores acima do limite da normalidade das cargas pressricas foi significativamente superior no Grupo SOP, em relao ao Grupo Controle. Adicionalmente, os valores de PA se correlacionaram com outros fatores de risco cardiovascular. Esses achados alertam para a relevncia de estratgias preventivas em mulheres com SOP, no sentido de evitar eventos mrbidos relacionados ao sistema cardiovascular.
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OBJETIVO: Avaliar a densidade mineral ssea (DMO) e os fatores de risco associados osteoporose na ps-menopausa. MTODOS: Estudo clnico transversal com 431 mulheres (idade 40 - 75 anos). Foram includas mulheres com: amenorria >12 meses e idade >45 anos ou, ooforectomia bilateral >40 anos, com DMO (escore T de coluna lombar/colo de fmur) pelo DEXA dos ltimos 12 meses. Fatores de risco avaliados: idade, idade e tempo de menopausa, tabagismo, atividade fsica (30 min/5 vezes/ semana), artrite reumatoide (AR), uso de corticoterapia e de terapia hormonal (TH), fratura prvia, fratura materna de quadril e ndice de massa corprea (IMC=peso/altura). Foram empregodos teste do χ e mtodo de regresso logstica no risco (Odds Ratio - OR) para osteoporose. RESULTADOS: Pelos critrios da Organizao Mundial da Sade, 106 (24,6%) mulheres apresentavam osteoporose (escore T <-2,5DP), 188 (43,6%) osteopenia (-1,0/-2,4DP) e 137 (31,8%) eram normais (>-1,0DP). Foi detectada osteoporose em 12% das mulheres com idade entre 40 e 49anos, em 21,8% no grupo de 50 a 59 anos e 45,7% nas mulheres com idade >60anos (p<0,001). Osteoporose ocorreu em 11,8% com tempo de menopausa <5 anos, 29,4% de 6 - 10 anos, e 41% >10anos (p<0,001). Naquelas com idade da menopausa <40 anos, 80% apresentaram osteopenia/osteoporose (p=0,03) e com IMC<20kg/m, 50% osteoporticas (p<0,001). O risco de detectar osteoporose aumentou com a idade (OR=1,1; IC95%=1,0-1,1), tempo de menopausa (OR=1,0; IC95%=1,0-1,1), tabagismo atual (OR=2,1; IC95%=1,2-3,8), AR (OR=3,6; IC95%=1,3-9,6) e histria materna de fratura de quadril (OR=2,1; IC95%=1,1-3,0) (p<0,05). Contrariamente, o uso de TH (OR=0,49; IC95%=0,3-0,9) e elevado IMC (OR=0,9; IC95%=0,8-0,9) reduziram o risco de deteco da osteoporose (p<0,05). CONCLUSO: Em mulheres na ps-menopausa, idade, tempo de menopausa, tabagismo e histria materna de fratura, foram indicadores clnicos do risco para osteoporose, enquanto o uso de TH e IMC elevado, apresentaram-se como fatores protetores.