992 resultados para Crianças abandonadas - Legislação


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O presente trabalho pretende ser uma contribuio para o estudo do desenvolvimento do pensamento musical em crianças do 1 Ciclo do Ensino Bsico. Este tema foi analisado a partir dos processos atravs dos quais as crianças constroem significados quando esto envolvidas em atividades relacionadas com a composio musical. Esta anlise foi produzida a partir de trs eixos tericos fundamentais: A corrente enativa do embodiment, a teoria das emoes e sentimentos de Antnio Damsio, e a Psicologia Cultural. O projeto foi desenvolvido a partir de um estudo longitudinal em que a professora/investigadora, atravs de vrios ciclos de investigao-ao acompanhou o percurso de 72 crianças entre o seu primeiro e terceiro ano de escolaridade, numa escola do 1 Ciclo do Norte de Portugal Os dados foram obtidos a partir da observao participante em sala de aula, notas de campo, gravaes udio e vdeo, conversas exploratrias e dilogos, um questionrio/reflexo e self-reports. A anlise e interpretao dos dados sugere que atividades relacionadas com a composio musical em pequenos e grandes grupos, quando abordada a partir de temas intimamente ligados aos mundos das crianças, se pode transformar numa plataforma de dilogo baseada em processos emocionais profundos onde as crianças encontram inmeras oportunidades no s para desenvolver o seu pensamento musical, como tambm para reconstruir as suas identidades musicais, pessoais e sociais.

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Concetualmente ancorado em referenciais tericos que demonstram o papel fundamental da narrativa e a ubiquidade dos produtos dos esquemas narrativos nos vrios domnios da vida humana, bem como a importncia do desenvolvimento de competncias narrativas adequadas enquanto processo determinante no sentido da construo da literacia, este trabalho procurou compreender os processos de estruturao e a estrutura de histrias contadas por crianças do 1 Ciclo do Ensino Bsico (CEB), numa abordagem morfolgica suportada pela teoria e modelo de Vladimir Propp, no sentido da concetualizao e prototipagem de uma aplicao multimdia de suporte ao conto de histrias. Os estudos empricos conduzidos, de natureza comparativo-exploratria, permitiram que as crianças assumissem o papel de contadoras de histrias e informantes, fornecendo-nos o corpus e contedo para anlises morfolgicas e de contedo, sobretudo qualitativas e com objetivos fundamentalmente descritivos. Os resultados do estudo suportaram o delineamento de linhas orientadoras para o desenvolvimento do modelo concetual e requisitos funcionais de uma aplicao multimdia de suporte ao conto de histrias, de natureza educativa, que veio a designar-se por Curucucu, Conto eu ou contas tu?. O processo de prototipagem da aplicao multimdia implementou uma abordagem iterativa e centrada no aluno para efeitos de concetualizao, desenho, implementao e testes da ferramenta e tendo como preocupao central o desenvolvimento de interfaces adequadas, quer s crianças, quer aos objetivos e contextos de utilizao, integrando crianças e professores do 1. CEB, bem como outros informantes (na qualidade de peritos) em fases especficas do processo. Para alm das limitaes encontradas no estudo, avanam-se propostas de investigao futura.

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A compreenso dos estados mentais dos outros Teoria da Mente (TM) um processo crucial no desenvolvimento cognitivo e social. A relao entre a Teoria da Mente e a Linguagem tem sido alvo de vrios estudos ao longo das ltimas dcadas (Happ, 1995; de Villiers & Villiers, 2000; Astington, 2001; Ruffman et al., 2002; Lohmann & Tomasello, 2003; Astington & Baird, 2005; Astington & Pelletier, 2005; Farrar et al, 2009). Neste estudo avaliaram-se 229 crianças entre os 3 e os 7 anos que frequentavam jardim-de-infncia. Destas 229 crianças, foram constitudos dois grupos, um constitudo por crianças com desenvolvimento tpico (GN) e outra por crianças com Perturbaes da Fala/ Linguagem (GPFL), sendo que neste ltimo foi ainda criado um sub-grupo de crianças com Perturbaes Desenvolvimentais da Linguagem (SGPDL). Foi aplicado um teste de avaliao da TM, constitudo por trs sub-testes (Compreenso de falsas crenas de primeira ordem, crenas e desejos e acesso ao conhecimento) e um teste de avaliao de linguagem (T.A.L.C.) Foi tambm pedido aos cuidadores o preenchimento de um Questionrio de Avaliao das Competncias Sociais (Rydell et al., 1997). Verificou-se a existncia de uma associao positiva e significativa entre a idade e a TM. Por outro lado, observou-se a presena de uma associao negativa e significativa entre a idade de incio de fala e a TM. De uma forma geral, verifica-se que a TM est associada de forma positiva e estatisticamente significativa com os scores da linguagem, sendo esta relao mais forte relativamente aos aspectos relativos s Intenes comunicativas e score total de Expresso e Compreenso da linguagem. Vimos tambm que as crianças do SGPDL apresentaram scores inferiores ao nvel da TM relativamente ao GN. Encontramos diferenas estatisticamente significativas em relao ao tempo de durao da prova de TM entre o GN e o GPFL, tendo estes ltimos necessitado de maior tempo de resposta. Relativamente associao existente entre competncias sociais e TM, verificamos que no se encontrou a existncia de correlaes estatisticamente significativas, excepto para o factor Altrusmo. Pensa-se que este aspecto estar relacionado com o facto das competncias de TM avaliadas neste estudo no se encontrarem associadas s questes emocionais, as quais constituem um sub-tipo de TM do tipo afectivo, mas antes do sub-tipo cognitivo. Os indivduos GN apresentaram valores para a Orientao Pr-Social, Iniciao Social e score Total das Competncias Sociais significativamente superiores s crianças do GPFL.

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O presente trabalho tem como objetivo avaliar a eficcia da aplicao de um programa que visa o desenvolvimento psicomotor e a resilincia em crianças brasileiras (de classes desfavorecidas) e portuguesas (meio rural). Foram implementados 3 estudos: no primeiro, exploratrio, foi realizado um programa de interveno na rea da resilincia com 76 crianças portuguesas e 151 crianças brasileiras com idades entre os 3 e os 5 anos de idade, divididas em Grupo Experimental (submetido ao programa de interveno Strong Start Pr- K, da Universidade do Oregon, adaptado s realidades portuguesa e brasileira) e Grupo Controlo (sem interveno),avaliadas pelo questionrio WeBeST (Well-Being Screening Tool) antes e depois da interveno. O segundo estudo realizado numa ONG brasileira pretende avaliar o efeito da psicomotricidade e foi dividido em duas fases: fase A, que contou 32 crianças brasileiras de 5 anos de idade, que frequentam a Instituio em perodo integral e 28 crianças que frequentam em meio perodo. Na fase B foi aplicado um programa de interveno (nas 28 crianças da fase A) para se avaliar o efeito dessa interveno. O instrumento de avaliao utilizado na rea foi o Inventrio Portage, adaptado e operacionalizado para a populao brasileira, que consta de 580 itens divididos em seis reas (Autocuidados, Cognio, Desenvolvimento Motor, Estimulao Infantil, Linguagem e Socializao). O terceiro estudo avaliou apenas nas crianças de 5 anos, os efeitos da resilincia e psicomotricidade nas 28 crianças brasileiras da fase A e B (do estudo 2) e em 35 crianças portuguesas (do estudo 1). Pudemos constatar no primeiro estudo que quer as crianças portuguesas, quer as brasileiras submetidas ao programa de interveno na rea da resilincia obtiveram melhores resultados que as no submetidas ao mesmo programa. Quanto aos resultados obtidos na fase A do segundo estudo na rea da psicomotricidade, as crianças da ONG brasileira, que frequentavam o perodo integral obtiveram melhores resultados que as no requentavam. J na fase B, estas ao serem submetidas ao programa de interveno especfico, obtiveram resultados significativos, o que sugere que o Programa de interveno foi eficaz, quer para as crianças que o tiveram anteriormente no perodo integral, quer para as que foram submetidas a ele na fase posterior. No ltimo estudo, as crianças brasileiras apresentaram melhores resultados que as portuguesas. No foi possvel fazer um estudo comparativo entre Portugal e Brasil, relativamente rea da psicomotricidade, visto que na realidade portuguesa, desde os anos 70 obrigatria na educao pr-escolar a psicomotricidade. So referidas algumas implicaes psicopedaggicas resultantes deste tipo de interveno, perspetivando a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem e o desenvolvimento de personalidades resilientes das crianças.

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O presente estudo inscreve-se na rea cientfica da Formao de Professores, incidindo, particularmente, na compreenso do processo de desenvolvimento das competncias reflexivas percebidas como factor de promoo do seu prprio desenvolvimento profissional e pessoal, do desenvolvimento da capacidade de pensar dos seus alunos, da revalorizao dos processos curriculares de ensino-aprendizagem e de inovao dos contextos educacionais. Num contexto de complexidade, incerteza e mudana, importa repensar estratgias de formao de professores e de alunos para que possam constituir-se como fatores potenciadores do desenvolvimento da competncia reflexiva. Estratgias que convocam, quer o professor, quer o aluno, para um tipo de questionamento de maior exigncia reflexiva e consideradas potenciadoras do pensamento crtico, criativo e de cuidado com o outro, numa perspetiva educativa centrada no cuidar, que valoriza a dimenso humana, a atuao responsvel, tica e solidria, em todos os planos da vida. Neste estudo propomo-nos retomar algumas das estratgias de formao j configuradas no movimento Filosofia para Crianças e que se constituram como um programa de formao em contexto, no qual se procurou aprofundar e compreender as mltiplas dimenses e modos como interatuam os diferentes participantes da relao educativa em prticas curriculares reconfiguradas luz dos pressupostos que sustentam este estudo. Do ponto de vista metodolgico, a investigao inscreve-se num paradigma de natureza qualitativa e interpretativa, de matriz hermenutica e ecolgica, configurando uma abordagem de tipo complexo, e com caractersticas de estudo de caso, que considera indispensvel a participao ativa do sujeito na construo do conhecimento prprio, bem como o carcter de imprevisibilidade e de recursividade das condies e subsistemas em que tal ocorre. No sentido de construir uma viso integrada do objeto em estudo, foram desenvolvidos procedimentos especficos (mixed-methods), nomeadamente anlise documental, entrevista semiestruturada, observao participante e inquirio por questionrio. O estudo, que decorreu na regio centro do pas, envolveu 5 professoras do 1. Ciclo do Ensino Bsico, 100 alunos do mesmo nvel de ensino e os seus pais/encarregados de educao, inquiridos atravs de questionrio e desenvolveu-se em duas fases. A primeira destinou-se formao terico-prtica das professoras e, na segunda, foram desenvolvidas sesses prticas de Filosofia para Crianças com os alunos. Os portfolios reflexivos construdos pelos participantes e pela investigadora principal constituram outra fonte da informao recolhida no estudo emprico. Os resultados do estudo situam-se a quatro nveis: no que respeita aos saberes bsicos, ao perfil de competncia dos professores, sua formao e s estratgias e recursos considerados como potenciadores de um pensar de mais elevada qualidade. Quanto ao primeiro nvel, o presente estudo releva o carcter estruturante e epistmico de aprender a pensar (bem), salientando que este se processa numa maior amplitude e profundidade dos contedos da prpria reflexo, s quais subjaz uma viso ampla de cidadania planetria e socialmente comprometida, evidenciando uma ampliao do quadro referencial dos saberes bsicos e considerados imprescindveis para a educao dos cidados. A um segundo nvel, salienta-se a exigncia de um perfil de competncia profissional que permita aos professores desenvolver nos seus alunos um pensar de qualidade e, simultaneamente, melhorar a sua prpria competncia reflexiva. Neste sentido, o estudo aponta para a continuidade das respostas que tm vindo a ser equacionadas por vrios autores nacionais e internacionais que, ao abordarem a problemtica da formao, do conhecimento profissional e do desenvolvimento identitrio dos professores, tm acentuado a importncia dos modelos crtico-reflexivos da formao e de uma superviso ecolgica, integradora, no standard e humanizada, no desenvolvimento das sociedades contemporneas. Conforme os dados sugerem, admite-se que a formao integral dos cidados passa pela incluso e interligao de diferentes reas do conhecimento que, concertada e complementarmente, possam contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade, do pensamento crtico e criativo, de uma cultura da responsabilidade e de uma atitude tica mais ativa e interventiva. Neste sentido, reafirma-se a importncia de um trajeto formativo que promova a efetiva articulao entre teoria e a prtica, o dilogo crtico-reflexivo entre saberes cientficos e experincia, que focalize o profissional na sua praxis e saliente a sua conexo com o saber situado em contexto vivencial e didtico- -pedaggico. Reala-se a pertinncia de dinmicas formativas que, a exemplo de comunidades de investigao/aprendizagem, na sua aceo de redes de formao que, na prossecuo de projetos e propsitos comuns, incentivam a construo de itinerrios prprios e de aprendizagens individuais, mobilizando processos investigativos pessoais e grupais. Evidencia-se a valorizao de prticas promotoras da reflexo, do questionamento, da flexibilidade cognitiva como eixos estruturadores do pensamento e da ao profissional e como suporte do desenvolvimento profissional e pessoal, corroborando a importncia dos processos transformadores decorrentes da experincia, da ao e da reflexo sobre ela. Finalmente, no que respeita s estratgias e recursos, os dados permitem corroborar a riqueza e o potencial do uso de portfolios reflexivos no desenvolvimento de competncias lingusticas, comunicacionais, reflexivas e meta-reflexivas e o entendimento de que o processo de construo da identidade profissional ocorre e desenha-se numa dinmica reflexiva- -prospetiva (re)confirmadora ou (re)configuradora de ideias, convices, saberes e prticas, ou seja, identitria. De igual modo, a investigao releva a importncia da construo de portfolios, por parte dos alunos, para o desenvolvimento da qualidade do seu pensamento, sublinhando-se o seu carcter inovador nesta rea. Evidencia-se, ainda, a diversidade de estratgias que respeitem os interesses, necessidades e expectativas dos alunos e o seu contexto de vida, tal como o recurso a materiais diversificados que, atentos ao contedo da mensagem, possibilitem a autonomia do pensamento, o exerccio efetivo da reflexo crtica e do questionamento, na sua articulao com as grandes questes que sempre despertaram a curiosidade humana e cuja atualidade permanece. Materiais e recursos que estabeleam o dilogo entre razo e imaginao, entre saber e sensibilidade, que estimulem o envolvimento dos alunos na resoluo de problemas e na procura conjunta de solues e na construo de projetos individuais na malha dos projetos comuns. Reafirma-se, pois, a importncia da humanizao do saber, a educao pensada como vivncia solidria de direitos e deveres. Uma perspetiva educacional humanista que assenta nas trajetrias de vida, na recuperao de experincias pessoais e singulares, que procura compreender a identidade como um processo em (re)elaborao permanente. O presente estudo integra-se na rede de cooperao cientfica Novos saberes bsicos dos alunos no sculo XXI, novos desafios formao de professores sendo que, e na linha das investigaes produzidas neste mbito, destaca que o alargamento das funes do professor do 1. Ciclo do Ensino Bsico, que colocando a tnica da ao pedaggica no como se aprende e para qu e na possibilidade de aprender e incorporar o imprevisvel, incide no desenvolvimento de um conjunto de capacidades que vo para alm das tradicionalmente associadas ao ensinar a ler, escrever e contar. Releva-se, pois, a pertinncia da criao de ambientes educativos nos quais professores e alunos entreteam, conjunta e coerentemente, conhecer, compreender, fazer, sentir, dizer, ver, ouvir e (con)viver em prol de uma reflexo que nos encaminhe no sentido de ser(mos) conscincia.

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Este trabalho procura averiguar o impacte das doenas crnicas no ajustamento psicolgico das crianças, tendo em conta diferentes tipos de doenas, as suas caractersticas e a perceo dos pais acerca das mesmas. Para alm disso procura perceber a perceo dos pais e dos profissionais de sade em relao importncia atribuda ao brincar em contexto hospitalar. A amostra constituda por 176 crianças, dos 3 aos 10 anos, distribudas por quatro grupos: crianças com asma, crianças com cancro, crianças com patologia uro-nefrolgica e crianças sem doena. A recolha de dados teve lugar nas salas de espera de consulta externa de Pediatria do Hospital Infante D. Pedro e de Oncologia Mdica do Hospital Peditrico de Coimbra. Este estudo recorreu a metodologia quantitativa e qualitativa. Desta forma os instrumentos utilizados foram a Escala de Observao do Brincar (POS), alguns itens do Revised Illness Perception Questionnaire (IPQ-R), o Questionrio de Capacidades e de Dificuldades (SDQ) e a entrevista semi-estruturada. O ajustamento psicolgico foi avaliado atravs de questionrios aplicados aos pais mas tambm atravs da observao direta do brincar da criana, colmatando assim uma das principais lacunas nesta rea o acesso a uma nica fonte de informao e forma de avaliao. A anlise dos resultados permitiu perceber que no existe uma relao linear entre o ajustamento psicolgico das crianças e a presena de uma doena crnica e que a avaliao do ajustamento da criana atravs da observao direta do brincar nem sempre coincidente com a perspetiva dos pais acerca desse ajustamento. Tanto os pais como os profissionais de sade reconhecem ainda inmeras vantagens na utilizao do brincar em crianças com doena crnica.

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Na presente comunicao quantificam-se os limites de trfego rodovirio cor-respondentes a diferentes valores de referncia dos nveis sonoros nas facha-das dos edifcios, tendo em vista facultar informao facilmente interpretvel que possa servir de orientao no planeamento urbano, para dar satisfao aos requisitos regulamentares aplicveis. Para tal so analisadas diferentes situaes tipo de rodovias e envolvente urbana e apresentados alguns comen-trios sobre as opes mais adequadas.

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Dissertao mest., Estudos Artsticos, Universidade do Algarve, 2009

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Dissertao de mest., Didctica e Inovao no Ensino das Cincias (Biologia/Geologia), Faculdade de Cincias e Tecnologia, Univ. do Algarve, 2011

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Numerosos estudos sugerem que na ocorrncia de acontecimentos de vida negativos e/ou stressantes, o suporte social desempenha um papel preponderante na sua resoluo adequada (Lewis, Byrd, & Ollendick, 2012). A ocorrncia de acontecimentos de vida stressantes tende a influenciar a dinmica individual e familiar do indivduo (Rydell, 2010; Harland, Reijneveld, Brugman, Verloove-Vanhorick, & Verhulst, 2002; Taggart, Taylor, & Mccrum-gardner, 2010). Porm, dos elementos que compem a rede de suporte social das mulheres, o suporte disponibilizado pela famlia considerado como o principal de entre os apoios recebidos (Ell, 1996). Os objetivos principais da presente investigao so: analisar os tipos de apoio social, e investigar as relaes entre a presena de acontecimentos de vida stressantes, a perceo de apoio social e a coeso e adaptabilidade familiares numa amostra de 33 mes de crianças utentes dos servios de psicologia clnica. Especificamente, procuramos estudar a relao entre as caractersticas da rede de suporte social e os acontecimentos de vida stressantes recentes nas participantes; investigar as caractersticas do funcionamento familiar e a sua relao com os acontecimentos vitais stressantes, e estudar eventuais relaes entre as caractersticas da rede de suporte social e a sua relao com a perceo das mes relativamente adaptabilidade e coeso familiares. Os resultados obtidos sugerem a existncia de uma relao entre o funcionamento familiar (determinado pela coeso e adaptabilidade) e a rede de suporte social das participantes. Porm, no foram encontradas relaes estatisticamente significativas entre o funcionamento familiar e a ocorrncia de acontecimentos de vida negativos e ainda entre a rede de suporte social e a presena de acontecimentos de vida negativos. Por outro lado, o suporte tangvel/ material associa-se significativamente a este tipo de acontecimentos. Os resultados encontrados permitem-nos sugerir que o funcionamento familiar desempenha um papel relevante no aumento da rede de suporte social do indivduo.

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A presente investigao teve como principais objetivos estudar as representaes de vinculao das crianças adotadas e a sua relao com: (1) aspetos individuais da histria de institucionalizao e de adoo (i.e., idade e durao); (2) aspetos familiares, nomeadamente, a comunicao pais-filhos e o funcionamento familiar; e (3) a adaptao da criana (i.e., problemas de internalizao, externalizao e sono). Participaram na investigao 30 famlias adotivas da regio do Algarve, num total de 89 participantes, entre os quais 30 crianças adotadas, com uma mdia de idades de 6.9 anos, 30 mes e 29 pais adotivos. Os resultados obtidos sugerem que: (1) as representaes de vinculao das crianças adotadas situam-se no limiar entre a insegurana e a segurana; (2) as crianças apresentam representaes mais seguras nos temas que evocam a relao de autoridade e o auxlio em situaes de medo e dor e representaes menos seguras nas histrias que evocam a separao das figuras de vinculao; (3) as crianças tendem a utilizar, simultaneamente, representaes parentais positivas e negativas; (4) o tempo de adoo e a comunicao com a me so preditores significativos das representaes de vinculao, assim, mais tempo com a famlia adotiva e menor abertura na comunicao pais-filhos associam-se a representaes mais seguras; e (5) as representaes de vinculao predizem significativamente os problemas de internalizao e associam-se com os problemas de sono, de tal forma que crianças mais seguras tendem a ter menos problemas de internalizao e de sono. As implicaes prticas dos resultados obtidos so discutidas com o objetivo de contribuir para uma maior adaptao das crianças nas famlias adotivas.

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No presente estudo, analismos a relao entre o stresse parental e os acontecimentos de vida stressantes, e tambm a influncia do stresse parental nas estratgias de enfrentamento do stresse. Neste contexto, foi inquirida uma amostra de 33 mes de crianças com idades entre os 6 e os 13 anos, utentes das consultas de Psicologia dos Centros de Sade de Olho e Albufeira. Na recolha da amostra foram utilizados um questionrio sociodemogrfico, o ndice de Stresse Parental PSI (Abidin, 1976), validado para a populao portuguesa por Santos (2003), o Brief COPE (Carver, 1997), adaptado por Pais Ribeiro e Rodrigues (2004) para a populao portuguesa, e ainda o Inventrio de Acontecimentos Stressantes e de Risco ISER, da autoria de Hidalgo, Menndez, Sanchz, Lpez, Jimnez e Lorence, (2005). Os resultados obtidos apontaram para a existncia de elevados nveis de stresse nas mes de crianças utentes dos servios de Psicologia. No entanto, no se verificaram relaes significativas entre o stresse parental e os acontecimentos de vida stressantes. Encontrmos ainda uma considervel tendncia para a escolha de estratgias de coping centradas no problema, mesmo perante nveis clinicamente significativos de stresse parental.

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A Psicologia Positiva tem sido cada vez mais utilizada para reforar a prtica de um ensino adequado, e desta forma, transformar as escolas e instituies em espaos profcuos no cultivo de capacidades. O bem-estar subjetivo surgiu assim como um interessante tema desta nova vertente instrutiva de valores, designada por Educao Positiva. O presente estudo teve como principal objetivo explorar os impactos da Educao Positiva na promoo do Bem-estar Subjetivo em 64 crianças, com 9 e 10 anos, do 4. ano de escolaridade. As crianças responderam a dois instrumentos, a Escala Multidimensional de Satisfao de Vida para Crianças (EMSVC) e a Escala de Afeto Positivo e Negativo para crianças (PANAS C), sendo que apenas metade da amostra total (i.e., 32 alunos) participaram no programa Crescer a Brincar. Atravs da anlise dos resultados, verifica-se que as crianças submetidas ao programa de interveno, quando comparadas s do grupo de controlo, apresentam maior satisfao ao nvel da dimenso Self, Famlia e Afetividade Positiva e menor satisfao no que respeita No Violncia, vivenciando concomitantemente menor Afeto Negativo, possivelmente devido aos cuidados recebidos no programa e ao afastamento de situaes adversas trabalhadas no decorrer das sesses.

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Vrios investigadores tm considerado que a relao entre a famlia e a escola tem um impacto significativo no desenvolvimento da criana e, principalmente no caso de crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Atualmente, verifica-se que os servios de Interveno Precoce (I.P.) tm procurado envolver as famlias nas suas intervenes, de modo a se promover uma verdadeira parceria, como se encontra sustentado por Correia e Serrano (2002) que defendem que para que se obtenham resultados eficazes fundamental que os pais participem no processo educativo e na interveno com a criana. O presente estudo tem como objetivo conhecer a parceria e o envolvimento estabelecido entre Pais e Profissionais de Educao (Educadoras de Infncia do Ensino Regular e do Apoio Educativo) face ao apoio de crianças com NEE. Para atingir os objetivos delineados utilizaram-se quatro instrumentos, um questionrio scio-demogrfico dirigido a Pais e Profissionais de Educao; um inqurito dirigido aos Pais e outro aos Profissionais de Educao sobre a colaborao e o envolvimento (adaptado de Silva, 2004; Martins, 1996); e o ltimo instrumento, Families in Natural Environment Scale of Services Evaluation (FINESSE). Aos questionrios responderam 90 sujeitos (N=90), por 3 grupos amostrais (30 Pais de crianças com NEE, 30 Educadoras do Ensino Regular e 30 Educadoras do Apoio Educativo). Os resultados demonstram que os Pais encontram-se envolvidos e colaboram com o jardim-de-infncia da criana e consideram importante o seu envolvimento na I.P.. Observou-se tambm que a prtica tpica e a prtica ideal das Profissionais de Educao se aproxima, mas no corresponde exatamente prtica idealmente recomendada em I.P.. Verificou-se que existem relaes significativas entre a mdia da prtica ideal e as habilitaes literrias das Educadoras do Ensino Regular [H(2)=6,604, p=0,037] e no que diz respeito mdia da prtica ideal e idade das Educadoras do Apoio Educativo [H(2)=6,170, p=0,046). No que concerne s restantes variveis sciodemogrficas e mdia da prtica tpica e ideal das Profissionais de Educao no se verificam diferena significativas. Diante dos resultados apresentados essencial que a parceria entre Pais e Profissionais de Educao seja promovida atravs de estratgias que permitam melhorar essa relao. Torna-se importante responder s necessidades dos tcnicos, de modo a que as suas prticas se aproximem das prticas recomendadas.

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A aprendizagem da leitura e escrita um processo multifatorial que se desenvolve ao longo da vida. Partindo deste pressuposto desenhou-se um estudo exploratrio, com uma abordagem qualitativo-quantitativo para retratar a relao entre a dimenso afetivo-motivacional da criana e a aprendizagem da leitura e escrita, ao longo do 1 ano. Participaram neste estudo 21 crianças (12 rapazes e 9 raparigas) com idades entre os 5 e os 6 anos. Analisaram-se alguns conjuntos de variveis: ambiente de literacia envolvente, aptides bsicas para a aprendizagem escolar, competncias psicolingusticas, cognitivas, de desempenho em literacia e a dimenso percetivo-afetiva da criana. Estabeleceram-se dois momentos de avaliao, nos quais se utilizaram os seguintes instrumentos: a Bateria de aptides bsicas para a aprendizagem escolar (Cruz, 1996); os subtestes de segmentao e reconstruo fonolgica (Sim-Sim, 2001); de memria auditiva verbal (Viana, 2004); os testes de fluncia verbal (Rebelo, 1993); do alfabeto, de leitura rpida (Rebelo, 1993); de escrita; e o Inqurito sobre percees, hbitos e sentimentos associados leitura e escrita. Tambm foram utilizados, num nico momento, o subteste de memria de dgitos (Weschler, 1992) e a Escala pictrica de perceo de competncia e aceitao social para crianças (Mata, Monteiro e Peixoto, 2008). Dezoito pais preencheram ainda um inqurito sobre hbitos de leitura e escrita, e a professora titular respondeu a um questionrio sobre as suas prticas e crenas metodolgicas. Dos resultados obtidos destaca-se: uma associao negativa moderada entre a idade em que os pais introduziram as atividades de literacia e o autoconceito de aceitao geral; uma associao positiva significativa entre a conscincia fonolgica e o conhecimento do alfabeto, no incio do 1 ano de escolaridade, com um elevado autoconceito de competncia cognitiva e autoconceito de competncias de literacia, respetivamente, e que por sua vez parecem associar-se ao bom desempenho em leitura e escrita no 3 perodo.