El diálogo entre Caronte y el ánima de Pedro Luis Farnesio: un libro abierto.

En septiembre de 1547 asesinaron a Pedro Luis Farnesio, duque de Parma y de Piacenza, hijo del papa Paulo III...

El escepticismo identitario en la obra de Jorge Luis Borges

Este trabajo estudia la actitud de Borges respecto de la identidad, en general, y la identidad nacional, en particular. En la primera parte realizo una breve exposición de la tradición escéptica, de la que Borges es deudor, centrándome especialmente en el tratamiento que ésta le da al tema de la identidad. En la segunda parte, estudio de qué modo el escepticismo identitario se concreta en la obra de Jorge Luis Borges ; ABSTRACT: This paper explores the attitude of Borges with regard to identity, specifically the national identity. In the first part I study the skeptic tradition, that is predominant in Borges works, specially in connexion with the subject of identity. In the second part, I study how identitary skepticism appears in borgean litterature. KEYWORDS: Jorge Luis Borges. Skepticism. Identity. Nationalism. Latin american literature. Michel de Montaigne.

Terror cognoscitivo y terror metafísico en la obra de Jorge Luis Borges

Los cuentos de Jorge Luis Borges pertenecen, de algún modo, al género de la literatura de terror. No en un sentido estricto, claro está, pero tampoco en un sentido meramente metafórico. Ciertamente, los cuentos que integran Ficciones o El Aleph aterrorizan a todo el mundo, pues muchos no los leen por miedo de no entenderlos y el resto, al leerlos, se ven embargados por ese terror metafísico que provoca la violentación de nuestros modos de entender la realidad. Borges es, pues, un terrorista, pero un terrorista apaciguador, puesto que busca aterrorizarnos con el objetivo de liberarnos del miedo. Se trata, por así decirlo, de un miedo homeopático, de un purgante que ha de ser expulsado junto con todo aquello que buscaba eliminar. Mi intención es estudiar de qué modo podemos sostenerle la mirada a los cuentos de Borges, con el doble objetivo de posibilitar su lectura a aquellos que los evitan por miedo a no entenderlos y de ayudar a aquellos que osan leerlos a superar el miedo mediante el cual Borges pretende serenarnos.

Escepticismo y conservadurismo progresista en la obra de Jorge Luis Borges

A lo largo de más de dos milenios los pensadores escépticos han compartido concepciones políticas semejantes. El hecho de que muchos de estos rasgos sean reconocibles en Borges refuerza la interpretación escéptica de su obra que he defendido en mi tesis doctoral y en diversos artículos. Analizaré, en primer lugar, la actitud política, conservadora, tradicionalmente asociada al escepticismo; en segundo lugar, el modo en que Borges participa de dicho conservadurismo progresista; y, en tercer lugar, aquellas características del pensamiento borgeano que pueden llevarnos a considerarlo como un intelectual según la definición que propone del mismo Edward W. Said en Representations of the intellectual.

Vanhasta Testamentista : [orkesterisarja, 1955] [op. 34/b?]

Soitinnus: orkesteri.

"En el sueño del hombre que soñaba, el soñado se despertó": ação e história em Jorge Luis Borges

Neste artigo argumentamos que os temas da ação e da história presentes em alguns contos de Jorge Luis Borges antecipam alguns pontos que apareceram nas discussões pós-estruturalistas - nos campos da história, filosofia, antropologia - das últimas décadas do século XX. No seu labirinto literário-filosófico, especialmente por meio da ideia de destino, Borges explora elementos chave que se tornaram parte da noção de crítica que enfatiza as ideias de contingência e da impossibilidade de controle deliberado dos efeitos da ação humana em seu curso temporal.

Onde a morte se compraz em auxiliar a vida: a trajetória da disciplina de Anatomia Humana no currículo médico da primeira faculdade oficial de medicina de São Paulo - o período de Renato Locchi (1937-1955)

Considerada ponto de convergência entre uma medicina mais mística e uma medicina mais objetiva, a Anatomia e a dissecação traçam uma trajetória sócio-histórica de proximidade com a profissão médica, constituindo parte da racionalidade profissional, justificando-se sua constância nos currículos médicos pela imprescindibilidade de conhecer o corpo-máquina humano para a plena execução das atividades profissionais. Esta dissertação visa caracterizar a Anatomia Humana como disciplina no contexto da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de cátedra de Renato Locchi (19371955). Propõe-se a distinguir as características iniciais da constituição da Anatomia Humana enquanto disciplina nesta instituição; determinar seu espaço de legitimidade curricular; estabelecer seus elementos constitutivos diante da documentação analisada; e discutir possíveis permanências e rupturas na disciplina empreendida por Renato Locchi. Utilizamos como base as teorias da construção sócio-histórica das disciplinas escolares, notadamente as discussões de André Chervel e Ivor Goodson, de onde elencamos os elementos constitutivos de uma disciplina, categorias que utilizamos como base para a análise da documentação resgatada nos acervos do Museu de Anatomia Humana "Alfonso Bovero" do ICB/USP, do Museu Histórico "Carlos da Silva Lacaz" e da Assessoria Técnica Acadêmica, ambos da FMUSP. Tendo como base a análise de fontes primárias, traçamos uma disciplina com forte retórica legitimadora empreendida por Renato Locchi, que distingue o espaço-tempo da cadeira em duas vertentes: a anatomia como campo de pesquisa e a anatomia escolar, esta composta por seleções históricas mediadas pela primeira. Aliado às suas ações de ocupação dos espaços institucionais e modificações na cátedra que consolidaram espaços e tempos para as disputas internas oriundas das subculturas disciplinares emergentes, organizando os saberes e indivíduos em uma comunidade representativa, reforçando e criando tradições, elevando ao ápice o paradigma dissecatório como método, atividade e avaliação, Renato Locchi constrói a disciplina de Anatomia na acepção estrita do conceito.