999 resultados para Síndrome metabólica Mulheres


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FUNDAMENTO: Existem evidncias de associao entre o polimorfismo da apolipoprotena E (APOE) e a doena coronariana, entretanto h controvrsias. OBJETIVO: Avaliar a associao entre o nmero de vasos coronarianos acometidos por obstruo significativa definida por angiografia, o polimorfismo da APOE e as variveis clnicas. MTODOS: Estudo transversal multicntrico que envolveu 207 pacientes (138 homens) com síndrome coronariana aguda (SCA) em Niteri (RJ - Brasil), os quais realizaram angiografia coronariana e determinao do gentipo para o polimorfismo APOE *2*3*4, pelo mtodo de Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP). RESULTADOS: A frequncia dos alelos APOE *2 foi de 6,8%, *3 foi de 82,5%, e *4 foi de 10,7%. Quanto ao nmero de vasos lesados, 27% dos pacientes apresentavam obstruo uniarterial, 33,8%, biarterial, e 39,1%, triarterial ou de tronco da coronria esquerda. O grau de leso multivascular no se relacionou com a presena do alelo *4 (p = 0,78), mas com a idade > 55 anos (p = 0,025), o ex-tabagismo (p = 0,004) e a dislipidemia (p = 0,05) na anlise multivariada e com doena arterial coronariana prvia (p = 0,05), diabete (p = 0,038) e síndrome metabólica (p = 0,021) na anlise univariada. A prevalncia de dislipidemia, diabete e hipertenso arterial sistmica (HAS) foi elevada em relao a estudos semelhantes, com aumento progressivo da prevalncia de HAS (p = 0,59) e de diabete (p = 0,06), de acordo com o nmero de vasos lesados. CONCLUSO: O polimorfismo da APOE no se associou ao nmero de vasos coronarianos com obstruo significativa em qualquer faixa etria. Por outro lado, a idade > 55 anos, o ex-tabagismo e a dislipidemia associaram-se leso multivascular.

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FUNDAMENTO: Recentemente, uma associao de diferentes fatores de risco foi descrita como a síndrome metabólica. Diferentes definies esto sendo utilizadas para a mesma síndrome. Independente do nome ou da classificao, estabeleceu-se que um agrupamento de fatores de risco cardiovasculares incluindo sobrepeso/obesidade, aumento da presso arterial e anormalidade lipdicas e glicmicas est associado com aumento do risco de aterosclerose em adultos. OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi correlacionar os percentis do ndice de massa corporal com a presso arterial (PA), ndice de resistncia insulina (HOMA-ir) e perfis lipdicos em crianas e adolescentes, os quais caracterizam um perfil pr-aterosclertico. MTODOS: Agrupamentos de fatores de risco cardiovasculares foram avaliados em 118 crianas e adolescentes, divididos de acordo com os quartis do percentil de ndice de massa corporal (PIMC): Q1 (n=23) com PIMC <50%, Q2 (n=30) com PIMC entre 50 e 85%, Q3 (n=31) com PIMC entre 85 e 93%, e Q4 (n=34) com PIMC > 93%. Estatisticamente, diferenas significantes no foram observadas para idade (F=2,1; p=0,10); sexo (teste Qui-quadrado=3,0; p=0,38), e etnia (teste do Qui-quadrado = 4,7; p=0,20) entre diferentes quartis. RESULTADOS: Uma diferena estatisticamente significante foi observada para PA sistlica (F=15,4; p<0,0001), PA diastlica (F=9,5; p<0,0001), glicemia (F=9,6; p<0,0001), insulina (F=12.9; p<0.0001), HOMA-ir (F=30,8; p<0,0001), e nveis de triglicrides (F=2,7; p=0,05) entre os diferentes quartis. CONCLUSO: O excesso de peso avaliado pelo PIMC foi associado ao aumento de PA, triglicrides, ndice HOMA-ir, e HDL - colesterol baixo, o que configura um perfil pr-aterosclertico em crianas e adolescentes.

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FUNDAMENTO: O estudo de variveis de risco cardiovascular em populaes jovens fundamental para estratgias de preveno primria OBJETIVO: Avaliar a presso arterial (PA), perfil antropomtrico e metablico em jovens do Estudo do Rio de Janeiro, acompanhados por 17 anos. MTODOS: Foram avaliados 115 indivduos (64 masculinos) em trs momentos (seguimento 212,2316,0 meses): A1 (12,971,48 anos), A2 (21,901,71 anos) e A3 (30,652,00 anos) e divididos em dois grupos: GN (n=84) com pelo menos duas medidas de PA normais nas trs avaliaes; GH (n=31) com pelo menos duas medidas de PA anormais nas trs avaliaes. Nas trs ocasies foram obtidos: PA e ndice de massa corporal (IMC). Em A2 e A3: glicose, triglicerdeos, colesterol total e fraes. Em A3 acrescentou-se a circunferncia abdominal (CA). RESULTADOS: 1) As mdias da PA, IMC e CA (p<0,0001) e as prevalncias de hipertenso arterial (HAS) e sobrepeso/obesidade (S/O) (p<0,003) foram maiores no GH nas trs avaliaes; 2) As mdias de LDL-c e glicemia (p<0,05) em A2 e a prevalncia de síndrome metabólica (SM) em A3 foram maiores no GH; 3) A associao HAS+S/O foi mais prevalente no GH enquanto a associao PA+IMC normais foi mais prevalente no GN (p<0,0001) nas trs avaliaes; 4) HAS em A1 (RR=5,20 = 5,20; p<0,0007), gnero masculino (RR=5,26 = 5,26; p<0,0019) e S/O em A1 (RR=3,40 = 3,40; p<0,0278) determinaram aumento de risco para HA na fase adulta jovem (A3). CONCLUSO: Aps 17 anos de acompanhamento, a PA de indivduos jovens mostrou relao significativa com as variveis de risco cardiovascular e a ocorrncia de SM na fase adulta jovem.

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FUNDAMENTO: O gene ecto-nucleotdeo pirofosfatase/fosfodiesterase 1 (ENPP1) um gene candidato resistncia insulnica. A resistncia insulina um componente importante da síndrome metabólica e tem sido implicada no desenvolvimento de doena cardaca isqumica (DCI). OBJETIVO: Avaliar a associao entre o polimorfismo K121Q do gene ENPP1 e a presena da DCI em pacientes caucasianos com diabete melito (DM) tipo 2. MTODOS: Estudo transversal foi realizado em pacientes com DM tipo 2 (n=573; 50,6% homens; idade 59,510,4 anos). DCI foi definida pela presena de angina ou infarto agudo do miocrdio pelo questionrio cardiovascular da Organizao Mundial da Sade e/ou alteraes compatveis no ECG (cdigo Minnesota) ou cintilografia miocrdica. O polimorfismo K121Q foi genotipado atravs da tcnica de PCR e digesto enzimtica. RESULTADOS: DCI esteve presente em 209 (36,5%) pacientes. A frequncia dos gentipos KK, KQ e QQ entre os pacientes com DCI foi 60,8%, 34,4% e 4,8%, semelhante distribuio dos gentipos entre os pacientes sem DCI (64,0%, 32,7% e 3,3%, P = 0,574). No se observou diferena nas caractersticas clnicas ou laboratoriais entre os trs gentipos, nem em relao presena de síndrome metabólica. CONCLUSO: Nenhuma associao foi encontrada entre o polimorfismo K121A do gene ENPP1 e a presena de DCI ou caractersticas fenotpicas de resistncia insulnica.

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FUNDAMENTO: A adoo de medidas de preveno primria em jovens de potencial impacto favorvel no cenrio das doenas cardiovasculares. OBJETIVO: Avaliar a presso arterial (PA) e variveis de risco cardiovascular em jovens estratificados pelo comportamento do ndice de massa corporal (IMC) obtido ao longo de 17 anos, desde a infncia/adolescncia (I/A). MTODOS: Trs avaliaes foram feitas em 115 indivduos pertencentes coorte do Estudo do Rio de Janeiro: A1:12,97 1,48 anos; A2:21,90 1,71 anos; A3:30,65 2,00 anos e divididos em trs grupos segundo o IMC nas trs avaliaes: Grupo N (IMC sempre normal; n=46), Grupo L (IMC varivel; n=49) e Grupo S/O (IMC sempre aumentado; n=20). Em A1, A2 e A3 foram obtidos PA e IMC. Em A2 e A3, dosados glicose (G) e perfil lipdico. Ainda em A2, dosada insulina (INS) e calculado HOMA-IR. Em A3 acrescentou-se medida da circunferncia abdominal (CA), relao abdmen/quadril (RAQ) e percentual de gordura corporal (%GC). RESULTADOS: 1) Grupo S/O apresentou maiores mdias de PA aumentada (p<0,0001) nas trs avaliaes; 2) Em A3, o grupo S/O mostrou maiores mdias de CA, RAQ e %GC, e maiores prevalncias de CA aumentada e síndrome metabólica (SM) (p<0,0001); 3) Foram observadas maiores mdias de INS, HOMA-IR, LDL-c em A2, e G, colesterol, LDL-c e triglicerdeos em A3 no grupo S/O (p<0,05); 4) Gnero masculino e S/O em A1 determinaram maior risco para a ocorrncia de SM na idade adulta. CONCLUSO: A Presena de S/O desde a I/A associou-se a maiores valores da PA, ndices antropomtricos e maior prevalncia de SM na fase adulta jovem.

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O adenocarcinoma de prstata o cncer mais comum no sexo masculino aps o cncer de pele. Entre as vrias formas de tratamento do cncer de prstata, a terapia de bloqueio andrognico uma modalidade consagrada nos pacientes com doena metasttica ou localmente avanada, que provavelmente resulta em aumento de sobrevida. No entanto, o bloqueio andrognico causador de uma srie de consequncias adversas. Complicaes como osteoporose, disfuno sexual, ginecomastia, anemia e alteraes na composio corporal so bem conhecidas. Recentemente, uma srie de complicaes metabólicas foi descrita como aumento da circunferncia abdominal, resistncia insulina, hiperglicemia, diabete, dislipidemia e síndrome metabólica com consequente aumento do risco de eventos coronarianos e mortalidade cardiovascular nessa populao especfica. Este artigo de atualizao apresenta uma reviso bibliogrfica realizada no MEDLINE de toda literatura publicada em ingls no perodo de 1966 at junho de 2009, com as seguintes palavras-chave: androgen deprivation therapy, androgen supression therapy, hormone treatment, prostate cancer, metabolic syndrome e cardiovascular disease, no intuito de analisar quais seriam os reais riscos cardiovasculares da terapia de deprivao andrognica, tambm chamada bloqueio andrognico, nos pacientes com cncer de prstata.

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FUNDAMENTO: H poucos estudos sobre riscos cardiovasculares em adolescentes com diferentes graus de obesidade. OBJETIVO: Avaliar repercusses metabólicas associadas a diferentes graus de obesidade em adolescentes e seu impacto nos riscos cardiovasculares. MTODOS: Estudo transversal com 80 adolescentes obesos, divididos em dois grupos: 2<z-IMC<2,5 e z-IMC&gt;2,5, denominados obesos com menor e maior grau de obesidade, respectivamente. Foram realizados exame fsico e avaliao bioqumica e de composio corporal. Para a anlise estatstica, foram aplicados os testes t-Student e qui-quadrado, com a finalidade de comparar os dois grupos. Modelo logstico mltiplo foi utilizado para verificar as associaes entre variveis bioqumicas e grau de obesidade. Foram desenvolvidos escores de risco para doena cardiovascular, de acordo com o nmero de alteraes encontradas nas seguintes variveis: glicemia de jejum, triglicrides, HDL e PA. Foram verificadas associaes entre esses escores e o grau de obesidade. RESULTADOS: Os dois grupos diferiram em valores de peso, circunferncia da cintura, glicemia e insulina de jejum, HOMA-IR, triglicrides, HDL, PA e medidas de composio corporal (p<0,05). Os adolescentes com maior grau de obesidade apresentaram maiores frequncias de alteraes para glicemia, HOMA-IR, triglicrides, HDL e presso arterial (p<0,05). O modelo logstico mostrou associaes entre o grau de obesidade e as variveis: HDL (OR=5,43), PA (OR=4,29), TG (OR=3,12). O escore de risco demonstrou que 57,7% dos adolescentes com maiores graus de obesidade tinham duas ou mais alteraes metabólicas para 16,7% do outro grupo (p<0,001). CONCLUSO: O grau da obesidade influenciou no aparecimento de alteraes que compem a síndrome metabólica, aumentando o risco cardiovascular.

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FUNDAMENTO: A associao entre cido rico (AU) e as variveis de risco cardiovascular permanece controversa em estudos epidemiolgicos. OBJETIVO: Avaliar a associao entre o AU, presso arterial (PA), ndices antropomtricos e variveis metabólicas em populao no hospitalar estratificada por quintis de AU. MTODOS: Em estudo observacional transversal, foram avaliados 756 indivduos (369M), com idade de 50,3 16,12 anos, divididos em quintis de AU. Foram obtidos PA, ndice de massa corporal (IMC), circunferncia abdominal (CA), AU, glicose, insulina, HOMA-IR, colesterol (CT), LDL-c, HDL-c, triglicerdeos (TG), creatinina (C). Foi calculada a taxa de filtrao glomerular estimada (TFGE) e considerada hipertenso arterial (HA) quando a PA &gt; 140x90 mmHg, sobrepeso/obesidade (S/O) quando IMC &gt; 25 kg/m e síndrome metabólica (SM) de acordo com a I Diretriz Brasileira de SM. RESULTADOS: 1) No houve diferena entre os grupos na distribuio por sexo e faixa etria; 2) Os maiores quintis de AU apresentaram maiores mdias de idade (p < 0,01), IMC, CA (p < 0,01), PAS, PAD (p < 0,001), CT, LDL-c, TG (p < 0,01), C e TFGE (p < 0,001) e menor mdia de HDL-c (p < 0,001); 3) O grupo com maior quintil de AU mostrou maiores prevalncias de HA, S/O e SM (p < 0,001); 4) Maiores percentuais dos menores quintis de insulina (p < 0,02) e de HOMA-IR (p < 0,01) foram encontrados nos menores quintis de AU; 5) Em anlise de regresso logstica, o AU e as variveis que compem a SM apresentaram-se associados ocorrncia de SM (p < 0,01). CONCLUSO: Maiores quintis de cido rico associaram-se a pior perfil de risco cardiovascular e a pior perfil de funo renal na amostra populacional no hospitalar estudada.

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FUNDAMENTO: A terapia antirretroviral aumentou drasticamente a expectativa de vida em pacientes com HIV/AIDS, embora a aterosclerose esteja associada a uma terapia de longo prazo. OBJETIVO: Investigar a prevalncia de aterosclerose em pacientes com AIDS submetidos terapia antirretroviral e a influncia de tratamentos de diferentes regimes e duraes. MTODOS: Pacientes com HIV/AIDS foram abordados durante consultas de rotina. Aqueles que estiveram em terapia antirretroviral por, pelo menos, dois anos tiveram o sangue coletado para anlise do perfil lipdico e da glicemia em jejum e foram submetidos tomografia computadorizada cardaca para quantificao do escore de clcio dentro de seis dias, no mximo. A aterosclerose foi definida como escore de clcio maior que zero (CAC > 0). Fatores de risco tradicionais, síndrome metabólica e o escore de Framingham foram analisados. RESULTADOS: Cinquenta e trs pacientes realizaram tomografia computadorizada cardaca: 50,94% eram do sexo masculino, com idade mdia de 43,4 anos; 20% tinham hipertenso; 3,77% tinham diabetes; 67,92% tinham hipercolesterolemia; 37,74% tinham hipertrigliceridemia; 47,17% tinham HDL baixo; 24,53% atenderam aos critrios para síndrome metabólica; 96,23% foram classificados no escore de Framingham como "baixo risco"; e 18,87% eram tabagistas. A durao mdia do tratamento antirretroviral foi de 58,98 meses. A aterosclerose coronria ocorreu em 11 pacientes (20,75%). A durao da terapia antirretroviral no se relacionou aterosclerose (p = 0,41), e no houve diferenas significativas entre os diferentes esquemas antirretrovirais (p = 0,71). Entre os fatores de risco tradicionais, o tabagismo (OR = 27,20; p = 0,023) e a idade (OR = 20,59; p = 0,033) foram significativos na presena de aterosclerose. Havia tendncia para uma associao positiva da aterosclerose com a hipercolesterolemia (OR = 8,30; p = 0,0668). CONCLUSO: Os fatores associados aterosclerose foram idade, tabagismo e hipercolesterolemia. A durao e o tipo de terapia antirretroviral no influenciaram a prevalncia da aterosclerose.

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O hormnio de crescimento (GH), principal regulador do crescimento ps-natal, tem importantes aes metabólicas em diferentes tecidos, sinrgicas ou at antagnicas s do fator de crescimento semelhante insulina tipo I (IGF-I), produzido sobretudo no fgado aps ligao do GH ao seu receptor. Experimentos em modelos animais indicam um papel importante do GH na resistncia a insulina, enquanto o papel do IGF-I nessa condio ainda no est completamente elucidado. Em humanos, o GH promove aumento da liplise e da oxidao lipdica, enquanto o IGF-I desencadeia o aumento da oxidao lipdica apenas cronicamente. Enquanto as aes sobre o crescimento so tempo limitado, as aes metabólicas e cardiovasculares do eixo GH/IGF-I perduram durante toda a vida. Os potenciais efeitos anablicos do GH tm sido utilizados em condies crnicas e hipercatablicas, embora as investigaes sobre os desfechos clnicos ainda sejam escassas. Neste artigo, pretendemos revisar as aes metabólicas do GH oriundas de modelos animais, os estudos em humanos normais e indivduos com deficincia de GH, diabete melito tipo 1, síndrome metabólica, estados hipercatablicos e a relao do eixo GH/IGF-I com as adipocinas, disfuno endotelial e aterognese

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FUNDAMENTO: A obesidade derivada da deposio de gordura intra-abdominal tende a aumentar a produo de hormnios e citoquinas, piorando a sensibilidade a insulina e levando a disfuno endotelial. A hiperinsulinemia considerada um fator de risco independente para doena isqumica cardaca e uma causa de disfuno endotelial em indivduos saudveis. OBJETIVO: Avaliar o impacto de diferentes graus de resistncia a insulina, medida pelo HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance), sobre a funo endotelial de obesos, pacientes no diabticos, sem histria prvia de eventos cardiovasculares e diversos componentes da síndrome metabólica. MTODOS: Um total de 40 indivduos obesos foi submetido a medidas antropomtricas, presso arterial de consultrio, MAPA e exames laboratoriais, alm de avaliao ultrassonogrfica no invasiva da funo endotelial. Os pacientes foram divididos em trs grupos de acordo com o grau de resistncia a insulina: pacientes com valores de HOMA-IR entre 0,590 e 1,082 foram includos no Grupo 1 (n = 13); entre 1,083 e 1,410 no Grupo 2 (n = 14); e entre 1,610 e 2,510 no Grupo 3 (n = 13). RESULTADOS: Encontramos uma diferena significativa na vasodilatao mediada por fluxo no Grupo 3 em relao ao Grupo 1 (9,2 7,0 vs 18,0 7,5 %, p = 0,006). Houve uma correlao negativa entre a funo endotelial e insulina, HOMA-IR e triglicrides. CONCLUSO: Nosso estudo sugere que leves alteraes nos nveis de resistncia a insulina avaliada pelo HOMA-IR podem causar algum impacto sobre a funo vasodilatadora do endotlio em indivduos obesos no complicados com diferentes fatores de risco cardiovascular.

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FUNDAMENTO: O uso macio da Terapia Antirretroviral (TARV) na populao com vrus da imunodeficincia adquirida (HIV) coincidiu com um aumento das doenas cardiovasculares, causa importante de morbimortalidade nesse grupo. OBJETIVO: Determinar a frequncia de aterosclerose carotdea e avaliar a associao entre os nveis dos biomarcadores e o espessamento da camada mdio-intimal carotdea em indivduos HIV positivos, atendidos em servios de referncia para HIV em Pernambuco. MTODOS: Corte transversal com 122 pacientes HIV positivos. Considerou-se aterosclerose carotdea subclnica o aumento da espessura da camada mdia intimal da cartida comum > 0,8 milmetros ou placas no ultrassom de cartidas. Os biomarcadores inflamatrios analisados foram IL6, IL1-&#946;, TNF-&#945;, PCR-ultrassensvel, sVCAM-1 e sICAM-1. RESULTADOS: Dos 122 pacientes analisados, a maioria era de homens (60,7%), com > 40 anos (57,4%), em uso de TARV (81,1%). A prevalncia de aterosclerose foi de 42,6% (52 casos). Pacientes com idade acima de 40 anos e Framingham intermedirio ou alto apresentaram maior chance de desenvolver aterosclerose na anlise univariada. Idade acima de 40 anos (OR = 6,57 IC 2,66 -16,2; p = 0,000), sexo masculino (OR = 2,76 IC 1,12-6,79; p = 0,027) e a condio de síndrome metabólica (OR = 2,27 IC 0,94-5,50; p = 0,070) mostraram-se associados aterosclerose na anlise multivariada. Nveis elevados de citocinas inflamatrias e molculas de adeso no mostraram associao com a presena de aterosclerose. CONCLUSO: No houve associao entre os biomarcadores inflamatrios, molculas de adeso e presena de aterosclerose carotdea. Entretanto, evidenciou-se em homens, pessoas com mais de 40 anos, portadores de escore de Framingham intermedirio/alto ou síndrome metabólica maior chance de aterosclerose subclnica.

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FUNDAMENTO: A doena renal crnica representa hoje um grande desafio para a sade pblica no sentido de se obterem conhecimentos para subsidiar intervenes que possam alterar a velocidade de perda da funo renal. OBJETIVO: Avaliar a magnitude do dficit da funo renal em hipertensos adultos e sua relao com marcadores inflamatrios: protena C reativa ultrassensvel, velocidade de hemossedimentao e relao neutrfilos/linfcitos. MTODOS: Estudo transversal envolvendo 1.273 adultos hipertensos, de ambos os sexos, sendo 1.052 com dficit da funo renal e 221 sem dficit, diagnosticados pela equao Modification of Diet in the Renal Disease. A razo de chances (OR) e a razo de prevalncia (RP) foram utilizadas para determinar a probabilidade de ocorrncia de atividade inflamatria na doena renal. RESULTADOS: O dficit de funo renal foi diagnosticado em 82,6% dos avaliados, sendo que a maioria da amostra (70,8%) estava inserida no estgio 2 da doena renal crnica. No modelo de regresso permaneceram independentemente associadas ao dficit da funo renal a síndrome metabólica (RPajustada = 1,09 [IC95%: 1,04-1,14]), a protena C reativa ultrassensvel (RPajustada = 1,54 [IC95%: 1,40-1,69]) e a velocidade de hemossedimentao (RPajustada = 1,20 [IC95%: 1,12-1,28]). No entanto, considerando os indivduos classificados no estgio 2 do dficit da funo renal, a chance de alterao dos marcadores inflamatrios foram de OR = 10,25 (IC95%: 7,00-15,05) para a protena C reativa ultrassensvel, OR = 8,50 (IC95%: 5.70-12.71) para a relao neutrfilos/linfcitos e OR = 7,18 (IC95%: 4,87-10,61) para a velocidade de hemossedimentao. CONCLUSO: Os resultados mostram associao da atividade inflamatria e da síndrome metabólica com o dficit da funo renal.

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FUNDAMENTO: Peso ao nascer (PN) um determinante de risco a mdio e longo prazo de fatores de risco cardiovascular. OBJETIVO: Estudar a associao entre peso ao nascer e fatores de risco cardiovascular em adolescentes de Salvador. MTODOS: Estudo de corte transversal com grupos de comparao por PN. Amostra composta de 250 adolescentes, classificados segundo IMC: normal alto (&gt;p50 e <p85), sobrepeso (&gt;p85 e<p95) e obesidade (&gt;p95). As variveis de risco para comparao foram: circunferncia abdominal, presso arterial, perfil lipdico, glicemia, insulina srica, HOMA-RI e síndrome metabólica. Peso de nascimento foi informado pelos pais e classificado como baixo peso (PN < 2.500g), peso normal (2.500g<PN<4.000g) e alto peso (PN &gt; 4.000g). RESULTADOS: Cento e cinquenta e trs (61,2%) meninas, idade 13,74 2,03 anos, PN normal 80,8%, baixo PN 8,0% e alto PN 11,2%. Observou-se maior frequncia de obesidade (42,9%, p=0,005), PAS e PAD elevadas (42,9%, p=0,000 e 35,7%, p=0,007, respectivamente) e síndrome metabólica (46,4%,p =0,002) no grupo com PN alto em relao ao PN normal. Indivduos de alto PN apresentaram RP para PAS elevada 3,3(I.C. 95%, 1,7-6,4) e para obesidade 2,6 (I.C. 95%, 1,3-5,2) em relao aos com PN normal. A CA foi 83,3 10,1 [p=0,038] nos adolescentes com alto PN. O perfil lipdico no mostrou diferenas estatisticamente significantes. CONCLUSO: Os dados sugerem que obesidade, PAS e PAD elevadas e síndrome metabólica na adolescncia tm chance significativa de associar-se a alto peso no nascimento.

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A gordura epicrdica (GE) um depsito de gordura visceral, localizado entre o corao e o pericrdio, que compartilha muitas das propriedades fisiopatolgicas dos demais depsitos de gordura visceral, mas com potenciais efeitos locais diretos no processo inflamatrio e aterosclertico coronariano. Ecocardiografia, tomografia computadorizada e ressonncia magntica tm sido utilizadas para avaliar a GE, mas variaes entre as metodologias limitam a comparabilidade entre elas. Realizamos uma reviso sistemtica da literatura e encontramos associaes de GE com síndrome metabólica e doena arterial coronariana. A quantificao dessas associaes limitada pela grande heterogeneidade dos mtodos utilizados e das populaes estudadas, sendo a maior parte dos sujeitos com alto risco para doena cardiovascular. A GE tambm est associada com outros fatores conhecidos, tais como, obesidade, diabetes mellitus, idade e hipertenso, o que dificulta interpretar seu papel independente como marcador de risco. Baseado nesses dados, conclumos que a GE um depsito de gordura visceral com potencial implicao na doena arterial coronariana. Descrevemos os valores de referncia da GE nos diferentes mtodos de imagem, ainda que os mesmos no estejam validados para emprego clnico. Ainda necessrio melhor definir os valores de referncia normais e o risco associado GE, para ento definir sua utilidade na avaliao de risco cardiovascular e metablico em relao aos outros critrios atualmente empregados.