995 resultados para Planta Invasora
Resumo:
As trapoerabas pertencem à família Commelinaceae e são plantas daninhas de difícil controle em diferentes regiões do país. No Brasil, a espécie Commelina benghalensis destaca-se como a principal trapoeraba infestante nas culturas de soja, milho, café e citros. Outras duas espécies desse gênero, Commelina diffusa e Commelina erecta, também são conhecidas como infestantes de ocorrência freqüente no território nacional. Commelina villosa está registrada, até o momento, apenas para os Estados da Bahia e Goiás além do Distrito Federal. O presente trabalho teve como objetivos caracterizar e registrar a ocorrência de C. villosa no Estado do Paraná, onde pode estar sendo confundida com outras trapoerabas, principalmente C. benghalensis. Exemplares de C. villosa e C. benghalensis foram coletados, de forma aleatória, em lavouras de soja, feijão e milho, nos municípios de Ponta Grossa, Tibagi, Piraí do Sul, Guarapuava, Pato Branco, Francisco Beltrão, Cascavel, Campo Mourão e Londrina. Parte desse material foi herborizado para a confecção de exsicatas e outra parte foi mantida in vivo, cultivada no Departamento de Botânica, do Instituto de Biociências de Botucatu-UNESP. Caracteres morfológicos descritivos e quantitativos foram avaliados e as espécies comparadas entre si. C. villosa distinguiu-se de C. benghalensis por apresentar folhas maiores (9,76 x 3,26 cm), elíptica a elípticaestreita, sésseis, de coloração verde escura com manchas violáceas na face inferior, filetes translúcidos, entre outras características. A ocorrência de C. villosa no Paraná foi constatada em todos os municípios amostrados, com exceção de Campo Mourão e Londrina.
Resumo:
Populações de capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) infestantes da cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) no município de Mangueirinha, PR, controlada, ano após ano, com herbicidas inibidores da ACCase, apresentaram falhas de controle quando esses produtos foram aplicados na safra 95/96. Experimentos de doseresposta foram conduzidos em condições de casa de vegetação do Departamento de Horticultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Piracicaba, SP, e da Embrapa Soja, Londrina, PR, com o objetivo de confirmar essa resistência, bem como avaliar o nível de resistência e resistência cruzada a herbicidas pertencentes aos grupos químicos das ciclohexanidionas e ariloxifenoxi-propionato. Plantas de capimmarmelada supostamente resistentes foram tratadas com diversos herbicidas e doses e comparadas com plantas de uma população suscetível dessa infestante. Os tratamentos foram estabelecidos considerando-se as doses recomendadas dos produtos, metade delas e, duas, quatro e oito vezes superiores a recomendada. Os produtos e as doses aplicadas foram haloxyfopmethyl nas doses 0; 60; 120; 240; 480 e 960 g i.a./ha, mais o espalhante adesivo Joint 0,5% v/v, fluazifop-p-butil nas doses 0; 94; 188; 376; 752 e 1504 g i.a./ha, mais o espalhante adesivo Agral 0,2% v/v, sethoxydim nas doses 0; 115; 230; 460; 920 e 1840 g. Os resultados de percentagem de controle foram submetidos à análise de regressão e, através dos modelos ajustados, foram obtidos os valores de GR50 (dose necessária para proporcionar 50% de controle de cada biótipo). As relações médias de GR50 e os diferenciais de controle nas doses recomendadas dos herbicidas (S-R) foram calculados. Os diferenciais de controle nas doses recomendadas (S-R) foram 97 e 11; 96 e 62; 99 e 86; 0,6 e 4; 20 e 17; 88 e 35 para os herbicidas haloxyfop-methyl, fluazifop-p-butil, sethoxydim, clethodim, propaquizafop e fenoxaprop-p-ethyl nos experimentos conduzidos em Piracicaba e Londrina, respectivamente. Conclui-se que o biótipo B-196 é resistente aos herbicidas inibidores da ACCase e apresenta diferentes níveis de resistência cruzada aos herbicidas estudados, exceto clethodim. Os herbicidas sethoxydim, fluazifop-p-butil, haloxyfop-methyl e fenoxaprop-ethyl são os produtos para os quais o biótipo apresentou maior grau de resistência quando comparado com clethodim e propaquizafop.
Resumo:
A capacidade competitiva entre plantas daninhas e cultivadas é influenciada por vários fatores, entre eles o pH do meio onde as plantas crescem. Dessa forma, analisaram-se os efeitos da variação do pH sobre o desenvolvimento e os teores dos nutrientes fósforo, potássio, cálcio e magnésio acumulado na parte aérea e nas raízes do capim-marandu (Brachiaria brizantha) e da planta daninha malva (Urena lobata). Para isso, foram preparadas soluções nutritivas com os seguintes valores de pH: 3,5; 4,5; 5,5; e 6,5. Os trabalhos foram conduzidos em casa de vegetação, por um período experimental de 42 dias. A gramínea forrageira e a planta daninha responderam diferentemente à variação do pH. O capim-marandu apresentou maior sensibilidade às variações do pH, tendo sido a produção de matéria seca da parte aérea e das raízes sempre crescente em função do aumento do pH. Por sua vez, a produção de matéria seca das duas frações da planta daninha não foi influenciada pela variação do pH. Comparativamente, o capim-marandu apresentou maior habilidade para absorver nutrientes em pH 6,5, enquanto a malva apresentou maior habilidade em condições de pH extremo (3,5 e 6,5). Independentemente do pH da solução nutritiva e da parte da planta analisada, os teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio foram, quase sempre, mais elevados na planta daninha do que no capim-marandu, demonstrando que a malva apresenta maior habilidade para extrair esses nutrientes do solo.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estudar o manejo de uma população da planta daninha capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) resistente aos herbicidas inibidores da ACCase (ariloxifenoxipropionatos e ciclohexanodionas), utilizados na cultura da soja no sistema de plantio direto. Para isso, foram realizados dois experimentos: um utilizando herbicidas de manejo, com mecanismos de ação alternativos, comparando a eficácia destes com os inibidores da ACCase; e outro apenas com herbicidas inibidores da ACCase e aditivos misturados à calda. As sementes resistentes foram produzidas a partir de plantas comprovadamente resistentes; para comparação de resultados, foi utilizada uma população de capim-marmelada que nunca tinha sido pulverizada com inibidores da ACCase, portanto uma população suscetível. O experimento com os herbicidas de manejo foi realizado em condições de campo, porém as plantas ficaram em caixas com capacidade de 50 L, evitando-se a disseminação destas para áreas adjacentes. Concluiu-se que as plantas resistentes não apresentam resistência múltipla com herbicidas de manejo com mecanismos de ação alternativos, podendo os herbicidas glyphosate, paraquat, sulfosate, paraquat + diuron, MSMA e glufosinate ser utilizados no período entressafra das áreas com sistema de plantio direto, para manejo de populações resistentes de capim-marmelada aos herbicidas inibidores da ACCase. O experimento com aditivos foi realizado em casa de vegetação, com plantas em vasos individuais, utilizando sementes das populações suscetíveis e resistentes. Os herbicidas utilizados foram inibidores da ACCase, em cuja calda foram adicionados aditivos nitrogenados, do tipo uréia e sulfato de amônio, além de um tratamento sem aditivos. Concluiu-se que os aditivos não alteraram a eficácia dos herbicidas inibidores da ACCase nas plantas provenientes tanto da população suscetível quanto da resistente.
Responsabilidades e obrigações éticas dos revisores de artigos científicos da Revista Planta Daninha
Resumo:
Os herbicidas inibidores da ALS são os principais produtos aplicados para o controle da planta daninha amendoim-bravo (Euphorbia herterophylla) em lavouras de soja; no entanto, já foram identificados biótipos desta planta daninha resistentes a estes herbicidas no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi estudar a herança, o número de genes que conferem a resistência e o grau de resistência dos biótipos homozigotos e heterozigotos resistentes. Foram realizados cruzamentos recíprocos entre os genitores suscetíveis e resistentes para obtenção de sementes F1 e, posteriormente, realizaram-se os retrocruzamentos (RC) com os genitores resistente (R) e suscetível (S). Plantas F1 foram autofecundadas artificialmente para obtenção da geração F2. As plantas F1, F2, RCr e RCs e dos genitores foram tratadas com o herbicida imazethapyr (150 g ha-1). Para avaliar o grau de resistência, plantas F1 e os genitores resistente e suscetível foram tratados com as doses de imazethapyr de 0, 100, 200, 400, 800 e 1.600 g ha-1. As plantas F1 mostraram-se totalmente resistentes ao herbicida, demonstrando que a resistência é nuclear e dominante. As plantas F2 apresentaram alta probabilidade para segregação 3:1, indicando que a resistência é codificada por um gene dominante. A aplicação de doses de imazethapyr sobre as plantas F1 demonstrou que os biótipos homozigotos resistentes e os heterozigotos apresentam o mesmo grau de resistência para doses de até 1.600 g ha-1 deste herbicida. A resistência é codificada por um gene dominante nuclear com dominância completa.
Resumo:
A intensidade dos efeitos potencialmente alelopáticos depende de fatores relacionados à espécie doadora e receptora. Neste trabalho, analisaram-se as variações nos efeitos alelopáticos do calopogônio (Calopogonium mucunoides) em função de sua idade (2, 4, 6, 8, 10 e 12 semanas após a emergência) e da densidade de sementes da espécie receptora (500, 1.000, 2.000, 3.000 e 4.000 sementes m-2). Em cada idade, as plantas foram coletadas e separadas em parte aérea e raízes. Os efeitos alelopáticos foram avaliados sobre a germinação das sementes das plantas daninhas: Mimosa pudica (malícia), Urena lobata (malva), Senna obtusifolia (mata-pasto) e Senna occidentalis (fedegoso). A intensidade dos efeitos alelopáticos variou negativamente em função do aumento da densidade de sementes das espécies daninhas. Essa variação foi mais intensa nas espécies com sementes grandes, como malva e mata-pasto, do que naquelas de sementes pequenas, como malícia e fedegoso. A idade da planta foi fator determinante nos efeitos alelopáticos do calopogônio. Aparentemente, a planta aloca suas substâncias químicas com atividade alelopática de forma diferenciada nas raízes e na parte aérea. A parte aérea do calopogônio revelou intensidade de efeitos alelopáticos crescentes até a idade de quatro semanas, quando atingiu seu valor máximo. Já os efeitos promovidos pelas raízes foram crescentes com a idade até 12 semanas de crescimento, quando os efeitos superaram aqueles promovidos pela parte aérea. Esses resultados indicam que existe possibilidade de manejo da leguminosa forrageira calopogônio, visando maximizar a sua atividade potencialmente alelopática.
Resumo:
O estudo de caracteres botânicos de plantas infestantes pode ser de grande valia na tomada de decisões quanto aos métodos de controle a serem empregados. O objetivo deste trabalho foi verificar o crescimento vegetativo de plantas de Egeria najas a partir de fragmentos de 5 cm da planta. O experimento foi desenvolvido na fazenda Nova Estrela, situada a 20º30'19,7'' de latitude e 51º14'56,3'' de longitude, no município de Pereira Barreto, na região noroeste do Estado de São Paulo. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas diferentes posições dos fragmentos das plantas. No tratamento 1, os fragmentos foram retirados da extremidade final (ápice) das plantas (0 a 5 cm); no tratamento 2, eles foram retirados com 5 a 10 cm; no tratamento 3, dos 10 aos 15 cm; e no tratamento 4, dos 15 aos 20 cm. Os fragmentos foram amarrados com linhas de náilon, fixadas em um suporte de ferro, e devolvidos à água, onde permaneceram até o final do estudo. A avaliação de crescimento foi realizada aos 12 dias após os tratamentos. Observou-se que, independentemente da posição, todos os fragmentos tiveram pelo menos uma brotação, o que confirma a elevada atividade vegetativa de E. najas. Os fragmentos retirados do ápice foram significativamente mais ativos na retomada do crescimento, proporcionando maior número de brotos e maior comprimento.
Resumo:
Leonotis nepetaefolia é uma espécie daninha comum em cultivos de milho no sistema de plantio direto, com intensa produção de sementes na entressafra. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a germinação das sementes desta espécie provenientes de glomérulos coletados em diferentes estádios de maturação e posição na planta, bem como a sua qualidade depois de 15 meses de armazenamento. Foram realizados três ensaios em laboratório, avaliando-se a germinação e o índice de velocidade de emergência. O primeiro e o segundo ensaio foram realizados logo após a coleta das sementes, e o terceiro, 15 meses depois. O tratamento para superação da dormência foi testado apenas no primeiro ensaio. Quando as sementes foram avaliadas logo após a coleta, maior germinação foi obtida com sementes de glomérulos secos na posição lateral. Decorridos 15 meses da coleta das sementes, os glomérulos nas posições apical e lateral apresentaram maiores percentuais de germinação, não ocorrendo diferenças entre os estádios de maturação. Com o armazenamento, houve aumento do potencial germinativo das sementes. A metodologia utilizada na superação de dormência de Leonurus cardiaca - submetendo as sementes ao pré-resfriamento à temperatura na faixa de 7 a 10 ºC, durante sete dias, na ausência de luz não foi adequada para a espécie em questão.
Resumo:
Hedychium coronarium é uma macrófita aquática considerada exótica e invasora fora da região do Himalaia, seu centro dispersor. Introduzida nas Américas, ocorre em diversas regiões do Brasil, inclusive na Estação Ecológica do Tripuí (EET), Ouro Preto-MG. As macrófitas invasoras ocasionam efeitos negativos sobre a biodiversidade regional e, portanto, requerem estudos sobre sua fenologia e ecologia como subsídio para medidas de controle e manejo. Aspectos relacionados a crescimento em altura, floração, frutificação e duração das hastes foram avaliados entre agosto de 2002 e julho de 2003 em diferentes áreas da EET. Áreas com sombreamento entre 60 e 80% apresentam maior crescimento em altura e melhor frutificação, merecendo, por isso, maior atenção para o manejo e controle.
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo caracterizar o crescimento, o desenvolvimento e a produção de sementes da planta daninha capim-branco (Chloris polydactyla). Para isso, foram realizadas 16 avaliações periódicas de crescimento, quantificando-se fenologia, área foliar e massa seca (total, parte aérea e raízes) das plantas. Foram, também, calculadas as taxas de crescimento absoluto (G) e relativo (R). Quantificaram-se o número de racemos florais de 28 plantas, o comprimento de 100 racemos aleatórios e o número de sementes presentes em 100 unidades de 10 mm de racemo, após o florescimento. Observou-se que o capim-branco é uma espécie com desenvolvimento e crescimento iniciais lentos, uma vez que iniciou o florescimento e a posterior produção de sementes apenas aos 112 dias após a semeadura. Trata-se de uma espécie com grande potencial final de crescimento e produção de sementes, uma vez que um único perfilho e toda a planta foram capazes de produzir mais de 3.000 e 30.000 sementes, respectivamente. O crescimento inicial lento dessa planta daninha pode desfavorecer a competição interespecífica no interior dos campos agrícolas, em especial na cultura da cana-de-açúcar, onde é encontrada com maior freqüência, colonizando carreadores e bordas de talhão. No entanto, sua alta produção de sementes sugere ser uma planta daninha que poderá aumentar em importância na cultura.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a eficácia dos herbicidas inibidores da ACCase sobre uma população de capim-colchão (Digitaria ciliaris) com histórico de falha de controle, bem como propor herbicidas alternativos a serem aplicados em condições de pré e pós-emergência na cultura de soja, foram conduzidos dois experimentos a campo no município de Palmeira-PR, durante o ano agrícola 2003/2004. No primeiro experimento, foi avaliada a eficácia dos tratamentos envolvendo herbicidas com mecanismo de ação de inibição da ACCase (g ha-1): sethoxydim (230), clethodim (108), butroxydim (75), tepraloxydim (100), fluazifop-p-butil (187,5), haloxyfop-r (60), propaquizafop (125), cyhalofop-butyl (225), fenoxaprop-p-ethyl + clethodim (50 + 50), além de testemunha sem herbicidas. No segundo experimento, os tratamentos constaram de herbicidas com mecanismos de ação alternativos, visando também o teste de eficácia de controle da planta daninha (g ha-1): trifluralina (2.700), clomazone (1.000), smetolachlor (1.920), sulfentrazone (600), trifluralina + sulfentrazone (2.100 + 400), clomazone + sulfentrazone (600 + 400), S-metolachlor + sulfentrazone (768 + 400) aplicados em condições de pré-emergência da planta daninha e da cultura e testemunha sem controle de plantas daninhas; os tratamentos apresentavam-se com ou sem complementação de controle através do herbicida imazethapyr (100), aplicado em condições de pós-emergência, com as plantas daninhas no estádio de duas a quatro folhas. Os resultados sugerem que a população estudada é resistente aos herbicidas inibidores da ACCase; os melhores resultados de eficácia de controle com os inibidores da ACCase foram obtidos com os herbicidas tepraloxydim, clethodim e butroxydim; os tratamentos com sulfentrazone isoladamente ou em mistura e os tratamentos com trifluralina, clomazone e S-metolachlor, em complementação com imazethapyr e imazethapyr isolado, foram eficazes no controle do biótipo resistente de Digitaria ciliaris, permitindo assim a recomendação destes tratamentos como alternativas de manejo de populações resistentes da planta daninha.
Resumo:
Plasmodesmos são canais responsáveis pela conexão citoplasmática entre células vizinhas, possibilitando a troca de moléculas de informação, funcionais, estruturais ou ainda de xenobióticos entre as células pertencentes a um mesmo grupo. Células pertencentes ao mesmo conjunto (domínio) constituem-se numa unidade funcional, e substâncias podem se mover entre estas células com velocidade muito superior à observada no transporte através de membranas. Os plasmodesmos podem atuar ainda no transporte a longa distância, tanto pela associação com o floema como pelo intercâmbio entre domínios simplásticos. Quando a planta se encontra sob estresse e as taxas de transporte via xilema e floema são mais reduzidas, os plasmodesmos podem ser mais efetivos no transporte a longa distância, das moléculas de herbicidas sistêmicos. Falta ainda esclarecer se existe afinidade entre moléculas de determinados herbicidas com as proteínas da superfície interna dos plasmodesmos, o que poderia facilitar o transporte desses herbicidas pela manipulação do Tamanho Limite de Exclusão do plasmodesmo, independentemente do tamanho da molécula, bem como determinar se a semelhança com algum composto natural da planta promove maior taxa de transporte simplástico. Pouca importância tem sido dada à participação dos plasmodesmos no transporte de herbicidas sistêmicos. No entanto, o avanço dos trabalhos com produtos marcados e a intensificação das pesquisas em fisiologia vegetal para melhor entendimento dos processos referentes à absorção, translocação, conjugação e/ou degradação de herbicidas podem esclarecer muitos aspectos ainda não definidos do transporte de herbicidas via xilema e floema e sua associação com o apoplasto e domínios simplásticos.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do adensamento da semeadura na capacidade de supressão da cultura da beterraba sobre a comunidade infestante. Os tratamentos constituíram-se de 12 períodos semanais crescentes de convivência e controle das plantas daninhas, a partir da segunda semana após a semeadura, submetidos a duas densidades populacionais da cultura (40 e 50 plantas m-2). Avaliou-se o acúmulo de massa seca pelas plantas daninhas em cada período e a estimativa da época e extensão dos períodos críticos de interferência das plantas daninhas em função da produtividade comercial da cultura. Observou-se menor acúmulo de massa seca pelas plantas daninhas quando a cultura foi adensada, sendo a diferença média no acúmulo de 17 e 30% para períodos de convivência e controle, respectivamente. O período crítico de prevenção à interferência foi menor na cultura adensada (11 dias) em relação à não-adensada (22 dias). O adensamento de semeadura da cultura da beterraba proporcionou aumento na capacidade de supressão da cultura sobre a comunidade infestante, afetando o crescimento e a época e extensão dos períodos críticos de interferência das plantas daninhas, podendo ser usado como ferramenta eficaz no manejo da flora invasora.
Resumo:
Características morfológicas de plantas cultivadas que confiram maior habilidade competitiva podem integrar medidas de manejo cultural de plantas daninhas e, com isso, reduzir o uso de herbicidas. O objetivo deste trabalho foi investigar se o crescimento inicial por plantas de cultivares de aveia se associa ao seu potencial competitivo com plantas infestantes. Para isso, foi conduzido um experimento a campo na Universidade Federal de Pelotas, em Capão do Leão-RS, durante a estação de crescimento de 2006. Compararam-se os cultivares de aveia: ALBASUL, CFT 1, UPFA 22 e URS 22, os quais foram testados sob três condições de competição (ausência de plantas concorrentes, presença de trigo ou de linho, como competidores). O delineamento experimental utilizado foi completamente casualizado, com quatro repetições. Avaliaram-se diversas características morfológicas em plantas de aveia no início do ciclo de desenvolvimento e outras características agronômicas no final do ciclo da aveia e de seus competidores. Os cultivares de aveia responderam diferentemente à presença de plantas competidoras. O cultivar UPFA 22, em geral, apresentou maiores valores para características morfológicas de planta associadas com habilidade competitiva, enquanto o cultivar URS 22, ao contrário, mostrou deficiências em características vantajosas à competição. Os cultivares UPFA 22 e CFT 1 demonstraram elevada capacidade de competir com as espécies concorrentes. Características morfológicas em plantas de cultivares de aveia no início do ciclo de desenvolvimento, de modo geral, não mostraram habilidade competitiva até o final do ciclo.