299 resultados para Paleontologia -- Mètodes estadístics


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Fácies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternários ocorrem na Planície Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fácies expostas na planície costeira apresentam uma composição essencialmente siliciclástica, as fácies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composição carbonática. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fácies destacam-se do fundo oceânico como altos topográficos submersos. Os altos topográficos da antepraia têm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da área de estudo. Os bioclastos carbonáticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associação Heterozoa, ou seja, são formados por carbonatos de águas frias, característicos de médias latitudes, e são representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, anelídeos, crustáceos decápodos, restos esqueletais de peixes ósseos e cartilaginosos, cetáceos, tartarugas e aves semelhantes à fauna atual. Além destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrência de fragmentos orgânicos provenientes de afloramentos continentais fossilíferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamíferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnívora e Rodentia. A concentração dos bioclastos na praia resultada da ação direta dos processos hidrodinâmicos que atuam na região de estudo (ondas de tempestade, deriva litorânea, correntes, etc). A variação no tamanho médio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa está relacionada ao limite da ação das ondas de tempestades sobre o fundo oceânico, o qual é controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocênicos e pleistocênicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocênicos permite argumentar que após o penúltimo máximo transgressivo que resultou na formação do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depósitos lagunares permaneceram emersos e não estiveram sob a ação marinha (barrancas do arroio Chuí, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depósitos lagunares esteve sob ação direta do ambiente praial. Em diversas feições submersas observam-se coquinas contendo fósseis de mamíferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria são aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqüência da última regressão pleistocênica (iniciada após o máximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposição subaérea. Este fato possibilitou a dissolução diferenciada dos componentes carbonáticos existentes nos depósitos (coquinas e arenitos) e sua recristalização (calcita espática) em ambientes saturados em água doce. A Transgressão Pós-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsável pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonáticos. Devido ao seu grau de consolidação estes depósitos resistiram à erosão associada à elaboração da superfície de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos há 8 ka houve novamente um período favorável à precipitação de carbonato de cálcio, ocorrendo a litificação de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimétrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos não recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretação da tafonomia dos bioclastos de idade holocênica sugere pelo menos duas fácies deposicionais: (a) Fósseis articulados numa matriz areno-síltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ação de ondas. (b) Fragmentos de carapaças e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita espática, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentação por ondas de tempestades. A dinâmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente à erosão e constituem os altos topográficos submersos (parcéis) descritos neste trabalho.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

São descritos dois novos táxons de Crocodyliformes do Cretáceo do Mato Grosso, que apresentam: crânios curtos; dentição heterodonte composta por dentes com lado labial mais convexo que o lado lingual e serrilhados; dentes anteriores do dentário procumbentes; presença de uma superfície distintamente lisa, acima da margem alveolar, na superfície lateral da maxila, acima da qual ocorrem forames neurovasculares; e vértebras anficélicas. Estes novos materiais foram informalmente chamados Crocodilo I e Crocodilo II. O Crocodilo I apresenta as seguintes características: fenestra pré-orbitária pequena; barra palatina posterolateral em forma de bastão; dente caniniforme hipertrofiado na pré-maxila; 6 dentes maxilares; dentes anteriores do dentário levemente voltados para trás; junta quadrado-articular localizada ventralmente à fileira dentária. O Crocodilo II, por sua vez, apresenta: focinho tubular em seção; amplo palato secundário; espleniais fusionados; 5 dentes maxilares; mandíbula com região sinfiseal alongada e espatulada. Em ambos os casos, a morfologia geral aponta muitas semelhanças com os “notossúquios”: postura elevada, regiões diferenciadas na coluna, dentição heterodonte, palato secundário relativamente amplo e cavidade nasal relativamente ampla. Para testar as relações filogenéticas dos dois táxons, bem como o próprio monofiletismo dos “notossúquios”, foi construída uma matriz de dados com 27 táxons (incluindo, tanto quanto possível, todos aqueles que já foram ou são considerados “notossúquios”) e 60 caracteres. Com base nos mesmos, foi efetuada uma análise de parcimônia utilizando Paup 3.1.1 (“stepwise addition” - “random”, com 100 repetições e “tree-bisection-reconnection”) e Nona 2.0 (algoritmo heurístico, com 10 replicações e TBR - mult*max*) que apontou uma relação dos dois novos táxons como grupos irmão sucessivos de Notosuchus e Mariliasuchus (Crocodilo II (Crocodilo I (Notosuchus, Mariliasuchus))). Em comparação com outros crocodiliformes do Cretáceo da América do Sul, África, Madagascar e China, é possível assumir que ambos são notossúquios (sensu Pol & Apesteguia, 2005). Em nossa análise, os notossúquios formam um grupo, à exceção de A. buitreraensis, mais proximamente relacionado aos Eusuchia. Na análise ordenada, A. buitreraensis, A. patagonicus e Anatosuchus aparecem mais proximamente relacionados a Eusuchia e Lybicosuchus aloca-se junto a Baurusuchus e Sebecus. Paralelamente, são discutidas análises filogenéticas prévias envolvendo notossúquios, nas quais foram introduzidas modificações, levando a diferentes topologias. A partir disso, propõe-se uma discussão acerca da influência das escolhas e procedimentos de cada autor no resultado final de análises filogenéticas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

ICHNOFOSSILS (PALEO-BURROWS and CROTOVINES) ATTRIBUTED TO EXTINCT MAMMALS IN SOUTHEASTERN and SOUTH BRAZIL. This work presents information regarding tunnels which are attributed to large extinct mammals. These structures can be found in several places in southeastern and southern Brazil, in different types of substrate, occurring as hollow structures (paleo-burrows) or those filled with sediments (crotovines). The dimensions and osteoderm and claw imprints found along the internal walls of the paleo-burrow found on aluvial fan deposits near the town of Cristal (Rio Grande do Sul State) suggest that a dasypodid xenarthran might have dug this structure. Comparison with similar structures found in Argentina can provide more detailed information regarding the paleoecology and biostratigraphy of the organisms that made these burrows.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

This is a report about the second occurrence and description of the third specimen of Stratiotosuchus maxhechti (Baurusuchidae, Crocodyliformes) from the Bauru Basin, Upper Cretaceous of southeastern Brazil. The material was found in the typical reddish, fine-grained sandstone from the Adamantina Formation, Bauru Group, Monte Alto County, São Paulo State. These strata are considered to be Campanian-Maastrichtian in age. It is the second skull of Stratiotosuchus maxhechti recovered where the choanal region and the skull-mandible articulation is preserved. The holotype of this species comes from the Adamantina Formation from southwestern São Paulo State, while this new specimen comes from its northern-central region, making possible biocbronological and paleoccological correlations among different geographically distant stratigraphic horizons within the Bauru Basin. The main osteologic contributions from this new specimen are the surangular taking part in the skull/mandible articulation and the presence of a relatively well-preserved choanal region, which are not seen in the holotype, furthering the knowledge of Stratiotosuchus maxhechti. Based on the features of this new specimen, an emended diagnosis is provided.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Freshwater sponge spicules were analyzed as a paleoenvironmental proxy indicator in five cores of ponds and alluvial fan sediments in the Upper Paraná River's left bank, near Querência do Norte town, northwestern of State of Paraná, southern Brazil. Two optically stimulated luminescence (OSL) dates were obtained from sediments of ponds and one radiocarbon (14C) date was obtained from the alluvial fan. Microscopic analysis of spicules preserved in the sediments allowed a determination of freshwater sponge species. The species assemblage provides evidence for dominantly dry conditions in the Upper Paraná River during the Late Pleistocene. A wetter climate phase was recognized at 14C 7,540 yrs BP, with alluvial fan formation commencing at the transition of the dry Pleistocene climate to the Early Holocene wet climate. This wet interval was characterized by a sponge assemblage marked by the presence of the Neotropical families and typically associated with lotic environments. Sponge spicules analysis from pond sediments reject the possibility that lotic environments contributed to pond genesis and evolution. © 2013 by the Sociedade Brasileira de Paleontologia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

In the neighborhood of the city of Boqueirão do Leão (State of Rio Grande do Sul, Brazil) a set of three big-sized tunnels has been found. One of the tunnels is only partially filled with sand and accessible along its entire length. It is horizontal, slightly sinuous, 36 m long, up to 4.2 m wide and up to 2.0 m high. The surface morphology of the walls is composed of anthropogenic marks, speleothems, black incrustations and traces like digging scratches and smoothed surfaces. The 2nd tunnel has its entrance blocked by sand and sandstone cobbles, but the end of the tunnel is only partially clogged and therefore accessible. This accessible portion is 12 m long, 3 m wide and 1.5 m high. The 3rd tunnel is completely filled and collapsed and is nowadays only indicated by concave roof features at its end. The general features of the tunnel system and the analysis of the surface morphology of the walls of the accessible portions permit to conclude that the tunnels were produced by ground sloths of the Cenozoic South American megafauna. The size of the tunnels suggests that its excavation was gradually carried out by successive generations of sloth herds, and not by a single individual animal. The primary function of the tunnels probably was not protection from predators, which had easy access to structures of this size, but to shelter during a drier climate. However, it is not yet possible to relate the tunnels to a specific ground sloth genus, a task that depends on the discovery of better-preserved tunnel systems. © 2013 by the Sociedade Brasileira de Paleontologia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Taphonomy of the pygocephalomorpha (Crustacea, Peracarida, Malacostraca), Permian, Paraná Basin, Brazil, and its paleoenvironmental meaning. Crustaceans (Pygocephalomorpha, Peracarida) are the main fossil invertebrates recorded in the Early Permian Assistência Formation, Irati Subgroup, State of São Paulo, Paraná Basin. For this study, samples taken from the base of the Ipeúna Member, Bairrinho Bed, State of São Paulo, were analyzed and complemented by fossils from the Irati Formation, State of Rio Grande do Sul. The taphonomic spectrum of the pygocephalomorphs includes three main preservational modes: Type 1. Complete pygocephalomorphs (with outstretched or flexed abdomen), which are associated to cream-colored mudstones and more commonly to black shales. In rare cases, molds of soft parts are preserved. They suffered rapid burial (hours to days) by mud blankets associated to storm events in anoxic bottoms, below storm wave base with minimum bottom disruption, followed by low rates of background sedimentation; Type 2. Partly articulated (carapace and abdomen, with or without caudal fan and without appendages) pygocephalomorphs, with extended or flexed abdomen, which are present in cream-colored pelites, associated with hummocky cross-stratifications, intercalated with black shales. These may represent individuals or remains lying in the sediment-water interface preserved by rapid burial associated to episodic sedimentation events; Type 3. Disarticulated pygocephalomorphs, with isolated carapaces, abdomen, or abdominal segments. This is the predominant preservational mode in our samples. The skeletal remains can be found isolated or in dense, bioclast-supported concentrations (micro-coquines), representing proximal to distal tempestites. Finally, the extreme preservational quality seen in crustaceans of the Type 1 recorded in black shales, occasionally with molds of soft parts, indicates that the host rocks may represent Konservat-Lagerstätten deposits, as already suggested to coeval occurrences of the Irati Formation in Uruguay. © 2013 by the Sociedade Brasileira de Paleontologia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The present study presents a taxonomic review of Palaeolimnadiopsis suarezi Mezzalira described in Bauru Group. The geographic and stratigraphic distribution of the genus Palaeolimnadiopsis is widespread, including occurrences in several countries as Brazil, Bolivia, Chile, Uruguay, USA, Congo, China, Australia, Tasmania, Russia, Germany, Scottland, France and Belgium, in rocks from the Devonian to the Cretaceous. This taxon was probably eurytopic, with a high dispersal potential and very conservative in evolution. One specimen identified as Palaeolimnadiopsis sp. is much larger than the average (~3.5 cm long), presenting relatively wide and few growth bands. The gigantism of this specie may be related to conditions that excluded potential predators and competitors from the environment, as is indicated by the presence of more saline and/or alkaline water conditions than in normal fresh water suggested a relatively high proportion of carbonates in that region and stratigraphic interval. © 2013 by the Sociedade Brasileira de Paleontologia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Pós-graduação em Geociências e Meio Ambiente - IGCE