980 resultados para Obstructive Sleep Apnea Hypopnea Syndrome
Resumo:
Introdução: O CPAP nasal é o tratamento de eleição para os pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Com a máscara nasal podem ocorrer fugas de ar pela boca, que podem por em causa a aderência do paciente ao tratamento devido muitas vezes ao desconforto que provocam, ao aumento do trabalho respiratório e por afectarem a qualidade do sono. Objectivos: Este estudo tem como principal objectivo verificar a eficácia da banda submentoniana e da máscara facial na correcção das fugas pela boca em pacientes com SAOS. Métodos e Participantes: Uma amostra de conveniência de 15 pacientes (8 homens) com SAOS e a fazerem CPAP com máscara nasal, foi recrutada. Foram divididos em dois grupos A e B, onde no grupo A se colocou a banda submentoniana e no grupo B se alterou a interface para máscara facial. Medidas e Resultados: As variáveis avaliadas neste estudo foram as fugas, o IAH, o percentil 95 da pressão de tratamento, a Sa,O2 e os efeitos adversos das duas intervenções. O nível de fugas reduziu no grupo A de 38±11,27 para 24,55±14,30L/min (p=0,002) e no grupo B de 34,34±16,50 para 18,51±16,22L/min (p=0,008). O IAH aumentou no grupo B de 2,60±2,13 para 4,41±3,88 (p=0,016). Relativamente ao percentil 95 da pressão de tratamento aumentou nos dois grupos (Grupo A de 10,15±2,63 para 12,08±2,45cmH2O (p=0,008) e no Grupo B 10,51±1,88 para 12,64±1,29cmH2O (p=0,008)). A Sa,O2 mínima aumentou e o tempo<90% diminui no grupo A com p=0,008, p=0,031, respectivamente. Quanto ao uso auto-reportado verificaram-se poucos efeitos adversos, salientando-se apenas a facilidade de colocação da banda submentoniana, a secura da boca nos dois grupos, a pressão no queixo provocada pela banda e a dor no dorso do nariz provocada pela máscara facial. Conclusão: Ambas as estratégias provaram ser mais eficazes a reduzir a fuga que a máscara nasal. Foram bem toleradas e com poucos efeitos adversos.
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RESUMO: A síndrome de apneia hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), pela sua prevalência e consequências clínicas, nomeadamente as de natureza cardiovascular, é actualmente considerada um problema de saúde pública. A patogénese da doença cardiovascular na SAHOS não está ainda completamente estabelecida, mas parece ser multifactorial, envolvendo diversos mecanismos que incluem a hiperactividade do sistema nervoso simpático, a disfunção endotelial, a activação selectiva de vias inflamatórias, o stress oxidativo vascular e a disfunção metabólica. A terapêutica com CPAP diminui grandemente o risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. O CPAP está inequivocamente indicado para o tratamento da SAHOS grave, no entanto, não é consensual a sua utilização nos doentes com SAHOS ligeira/moderada sem hipersonolência diurna associada. Tendo em conta este facto, é fundamental que as indicações terapêuticas do CPAP nestes doentes tenham uma relação custo-eficácia favorável. Assim, dado o posicionamento do estado da arte relativamente ao estudo da disfunção endotelial e da activação do sistema nervoso simpático estar centrada maioritariamente nos doentes com SAHOS grave, desenvolvemos este estudo com o objectivo de comparar os níveis plasmáticos de nitratos, os níveis de catecolaminas urinárias e os valores de pressão arterial nos doentes com SAHOS ligeira/moderada e grave e avaliar a resposta destes parâmetros ao tratamento com CPAP durante um mês. Realizámos um estudo prospectivo, incidindo sobre uma população de 67 doentes do sexo masculino com o diagnóstico de SAHOS (36 com SAHOS ligeira/moderada e 31com SAHOS grave). O protocolo consistia em 3 visitas: antes da terapêutica com CPAP (visita 1), uma semana após CPAP (visita 2) e um mês após CPAP (visita 3). Nas visitas 1 e 3, eram submetidos a três colheitas de sangue às 11 pm, 4 am e 7 am para doseamento dos nitratos plasmáticos e na visita 2 apenas às 7 am. Nas visitas 1 e 3 era também efectuada uma colheita de urina de 24 horas para o doseamento das catecolaminas urinárias e eram submetidos a uma monitorização ambulatória da pressão arterial de 24 horas (MAPA). Foi ainda estudado um grupo controlo de 30 indivíduos do sexo masculino não fumadores sem patologia conhecida e sem evidência de SAHOS. Antes da terapêutica com CPAP, verificou-se uma diminuição significativa dos níveis de nitratos ao longo da noite quer nos doentes com SAHOS ligeira/moderada, quer nos doentes com SAHOS grave. No entanto, esta redução diferia nos 2 grupos de doentes, sendo significativamente superior nos doentes com SAHOS grave (27,6±20,1% vs 16,5±18,5%; p<0,05). Após um mês de tratamento com CPAP, verificou-se um aumento significativo dos valores de nitratos plasmáticos apenas nos doentes com SAHOS grave, mantendo-se os níveis de nitratos elevados ao longo da noite, já não existindo o decréscimo desses valores ao longo da mesma. Os valores de noradrenalina basais eram significativamente superiores nos doentes com SAHOS grave comparativamente com os doentes com SAHOS ligeira/moderada (73,9±30,1μg/24h vs 48,5±19,91μg/24h; p<0,05). Após um mês de terapêutica com CPAP, apenas se verificou uma redução significativa nos valores da noradrenalina nos doentes com SAHOS grave (73,9±30,1μg/24h para 55,4±21,8 μg/24h; p<0,05). Os doentes com SAHOS grave apresentaram valores de pressão arterial mais elevados do que os doentes com SAHOS ligeira/moderada, nomeadamente no que diz respeito aos valores de pressão arterial média, sistólica média de 24 horas, diurna e nocturna e diastólica média de 24 horas, diurna e nocturna. Após um mês de terapêutica com CPAP, verificou-se uma redução significativa dos valores tensionais apenas nos doentescom SAHOS grave, para a pressão média (-2,32+5,0; p=0,005), para a sistólica média de 24 horas (-4,0+7,9mmHg; p=0,009), para a pressão sistólica diurna (-4,3+8,8mmHg; p=0,01), para a pressão sistólica nocturna (-5,1+9,0mmHg; p=0,005), para a pressão diastólica média de 24 horas (-2,7+5,8mmHg; p=0,016), para a pressão diastólica diurna (-3,2+6,3mmHg; p=0,009) e para a pressão diastólica nocturna (-2,5+7,0mmHg; p=0,04). Os níveis tensionais dos doentes com SAHOS grave após CPAP atingiram valores semelhantes aos dos doentes com SAHOS ligeira/moderada, relativamente a todos os parâmetros avaliados no MAPA. Este estudo demonstrou que antes do tratamento com CPAP, existe uma redução dos níveis de nitratos ao longo da noite não só nos doentes com SAHOS grave mas também nos doentes com SAHOS ligeira/moderada. No entanto, a terapêutica com CPAP leva a um aumento significativo dos valores de nitratos plasmáticos apenas nos doentes com SAHOS grave, mantendo-se os níveis de nitratos elevados ao longo da noite, já não existindo o decréscimo desses valores ao longo da mesma. O tratamento com CPAP durante um mês, apenas reduz os níveis de noradrenalina urinária e os valores de pressão arterial nos doentes com SAHOS grave.------------ ABSTRACT: In severe obstructive sleep apnea (OSA) reduced circulating nitrate, increased levels of urinary norepinephrine (U-NE) and changes in systemic blood pressure (BP) have been described and are reverted by Continuous Positive Airway Pressure (CPAP). However, the consequences of mild/moderate OSA on these parameters and the CPAP effect upon them are not well known. We aimed to: 1) compare the levels of plasma nitrate (NOx) and U-NE of mild/moderate and severe male OSA patients 2) compare BP in these patient groups; and 3) determine whether CPAP improves sympathetic dysfunction, nitrate deficiency and BP in these patients. This prospective study was carried out in 67 consecutive OSA patients (36 mild/moderate and 31 severe patients) and NOx (11 pm, 4 am, 7 am), 24-h U-NE and ambulatory blood pressure monitoring were obtained before and after 4 weeks of CPAP. Baseline: NOx levels showed a significant decrease (p<0.001) during the night in both groups of patients. The U-NE and BP were significantly higher in the severe group. Post CPAP: After one month of CPAP, there was a significant increase of NOx, a reduction of U-NE and BP only in severe patients. This study shows that in contrast to severe OSA patients, those with mild/moderate OSA, which have lower values of BP and U-NE at baseline, do not benefit from a 4 weeks CPAP treatment as measured by plasma nitrate, 24-h U-NE levels and BP.
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Atrial fibrillation (AF) is the most common cardiac arrhythmia and is associated with an unfavorable prognosis, increasing the risk of stroke and death. Although traditionally associated with cardiovascular diseases, there is increasing evidence of high incidence of AF in patients with highly prevalent noncardiovascular diseases, such as cancer, sepsis, chronic obstructive pulmonary disease, obstructive sleep apnea and chronic kidney disease. Therefore, considerable number of patients has been affected by these comorbidities, leading to an increased risk of adverse outcomes.The authors performed a systematic review of the literature aiming to better elucidate the interaction between these conditions.Several mechanisms seem to contribute to the concomitant presence of AF and noncardiovascular diseases. Comorbidities, advanced age, autonomic dysfunction, electrolyte disturbance and inflammation are common to these conditions and may predispose to AF.The treatment of AF in these patients represents a clinical challenge, especially in terms of antithrombotic therapy, since the scores for stratification of thromboembolic risk, such as the CHADS2 and CHA2DS2VASc scores, and the scores for hemorrhagic risk, like the HAS-BLED score have limitations when applied in these conditions.The evidence in this area is still scarce and further investigations to elucidate aspects like epidemiology, pathogenesis, prevention and treatment of AF in noncardiovascular diseases are still needed.
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Leukocyte-derived microparticles (LMPs) may originate from neutrophils, monocytes/macrophages, and lymphocytes. They express markers from their parental cells and harbor membrane and cytoplasmic proteins as well as bioactive lipids implicated in a variety of mechanisms, maintaining or disrupting vascular homeostasis. When they carry tissue factor or coagulation inhibitors, they participate in hemostasis and pathological thrombosis. Both proinflammatory and anti-inflammatory processes can be affected by LMPs, thus ensuring an appropriate inflammatory response. LMPs also play a dual role in the endothelium by either improving the endothelial function or inducing an endothelial dysfunction. LMPs are implicated in all stages of atherosclerosis. They circulate at a high level in the bloodstream of patients with high atherothrombotic risk, such as smokers, diabetics, and subjects with obstructive sleep apnea, where their prolonged contact with the vessel wall may contribute to its overall deterioration. Numbering microparticles, including LMPs, might be useful in predicting cardiovascular events. LMPs modify the endothelial function and promote the recruitment of inflammatory cells in the vascular wall, necessary processes for the progression of the atherosclerotic lesion. In addition, LMPs favor the neovascularization within the vulnerable plaque and, in the ruptured plaque, they take part in coagulation and platelet activation. Finally, LMPs participate in angiogenesis. They might represent a novel therapeutic tool to reset the angiogenic switch in pathologies with altered angiogenesis. Additional studies are needed to further investigate the role of LMPs in cardiovascular diseases. However, large-scale studies are currently difficult to set up because microparticle measurement still requires elaborate techniques which lack standardization.
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PURPOSE: Continuous positive airway pressure (CPAP) is the gold standard treatment for obstructive sleep apnea. However, the physiologic impact of CPAP on cerebral blood flow (CBF) is not well established. Ultrasound can be used to estimate CBF, but there is no widespread accepted protocol. We studied the physiologic influence of CPAP on CBF using a method integrating arterial diameter and flow velocity (FV) measurements obtained for each vessel supplying blood to the brain. METHODS: FV and lumen diameter of the left and right internal carotid, vertebral, and middle cerebral arteries were measured using duplex Doppler ultrasound with and without CPAP at 15 cm H(2)O, applied in a random order. Transcutaneous carbon dioxide (PtcCO(2)), heart rate (HR), blood pressure (BP), and oxygen saturation were monitored. Results were compared with a theoretical prediction of CBF change based on the effect of partial pressure of carbon dioxide on CBF. RESULTS: Data were obtained from 23 healthy volunteers (mean ± SD; 12 male, age 25.1 ± 2.6 years, body mass index 21.8 ± 2.0 kg/m(2)). The mean experimental and theoretical CBF decrease under CPAP was 12.5 % (p < 0.001) and 11.9 % (p < 0.001), respectively. The difference between experimental and theoretical CBF reduction was not statistically significant (3.84 ± 79 ml/min, p = 0.40). There was a significant reduction in PtcCO(2) with CPAP (p = <0.001) and a significant increase in mean BP (p = 0.0017). No significant change was observed in SaO(2) (p = 0.21) and HR (p = 0.62). CONCLUSION: Duplex Doppler ultrasound measurements of arterial diameter and FV allow for a noninvasive bedside estimation of CBF. CPAP at 15 cm H(2)O significantly decreased CBF in healthy awake volunteers. This effect appeared to be mediated predominately through the hypocapnic vasoconstriction coinciding with PCO(2) level reduction. The results suggest that CPAP should be used cautiously in patients with unstable cerebral hemodynamics.
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The overarching goal of this project was to identify and evaluate cognitive and behavioral indices that are sensitive to sleep deprivation and may help identify commercial motor vehicle drivers (CMV) who are at-risk for driving in a sleep deprived state and may prove useful in field tests administered by officers. To that end, we evaluated indices of driver physiognomy (e.g., yawning, droopy eyelids, etc.) and driver behavioral/cognitive state (e.g. distracted driving) and the sensitivity of these indices to objective measures of sleep deprivation. The measures of sleep deprivation were sampled on repeated occasions over a period of 3.5-months in each of 44 drivers diagnosed with Obstructive Sleep Apnea (OSA) and 22 controls (matched for gender, age within 5 years, education within 2 years, and county of residence for rural vs. urban driving). Comprehensive analyses showed that specific dimensions of driver physiognomy associated with sleepiness in previous research and face-valid composite scores of sleepiness did not: 1) distinguish participants with OSA from matched controls; 2) distinguish participants before and after PAP treatment including those who were compliant with their treatment; 3) predict levels of sleep deprivation acquired objectively from actigraphy watches, not even among those chronically sleep deprived. Those findings are consistent with large individual differences in driver physiognomy. In other words, when individuals were sleep deprived as confirmed by actigraphy watch output they did not show consistently reliable behavioral markers of being sleep deprived. This finding held whether each driver was compared to him/herself with adequate and inadequate sleep, and even among chronically sleep deprived drivers. The scientific evidence from this research study does not support the use of driver physiognomy as a valid measure of sleep deprivation or as a basis to judge whether a CMV driver is too fatigued to drive, as on the current Fatigued Driving Evaluation Checklist.. Fair and accurate determinations of CMV driver sleepiness in the field will likely require further research on alternative strategies that make use of a combination of information sources besides driver physiognomy, including work logs, actigraphy, in vehicle data recordings, GPS data on vehicle use, and performance tests.
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The levels of serum inflammatory cytokines and the activation of nuclear factor kappa B (NF-κB) and hypoxia inducible factor-1α (HIF-1α) in heart tissues in response to different frequencies of intermittent hypoxia (IH) and the antioxidant tempol were evaluated. Wistar rats (64 males, 200-220 g) were randomly divided into 6 experimental groups and 2 control groups. Four groups were exposed to IH 10, 20, 30, or 40 times/h. The other 2 experimental groups were challenged with IH (30 times/h) plus tempol, either beginning on day 0 (IH30T0) or on day 29 (IH30T29). After 6 weeks of challenge, serum levels of tumor necrosis factor (TNF)-α, intracellular adhesion molecule (ICAM)-1, and interleukin-10 were measured, and western blot analysis was used to detect NF-κB p65 and HIF-1α in myocardial tissues. Serum levels of TNF-α and ICAM-1 and myocardial expression of NF-κB p65 and HIF-1α were all significantly higher in IH rats than in controls (P<0.001). Increased IH frequency resulted in more significant changes. Administration of tempol in IH rats significantly reduced levels of TNF-α, ICAM-1, NF-κB and HIF-1α compared with the non-tempol-treated group (F=16.936, P<0.001). IH induced an inflammatory response in a frequency-dependent manner. Additionally, HIF-1α and NF-κB were increased following IH administration. Importantly, tempol treatment attenuated this effect.
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O refluxo gastroesofágico (RGE) tem sido diagnosticado em uma elevada proporção de lactentes com apnéia e episódios de ALTE (apparent life threatening events) ou eventos com aparente risco de vida, entretanto, a relação entre eles per-manece pouco entendida. A proposta deste estudo é avaliar a coexistência de apnéia e refluxo gastroesofágico em um grupo de lactentes durante o sono e vigília, através da utilização da polissonografia e, pela inclusão de um canal para aferição do pH na porção distal do esôfago, determinar a relação temporal entre estes dois eventos e aferir a associação entre ALTE e RGE. Método: A população em estudo constituiu-se de lactentes com história clínica compatível com eventos sugestivos de RGE, além de alguma anormalidade do ponto de vista ventilatório, os quais realizaram polissonografia com a inclusão de um canal para registro contínuo do pH esofágico. Os estudos polissonográficos foram analisados individualmente, em três etapas assim constituídas: Etapa 1 - realização do escore dos eventos respiratórios e dos estágios de sono e vigília, com o pesquisador cego para a ocorrência de RGE; Etapa 2 - indicação do escore isolado dos eventos de RGE; Etapa 3 - reintrodução de canal do pH e estabelecimento da correlação temporal entre os dois eventos, levando-se em consideração o período compreendido entre um minuto antes da queda do pH abaixo de 4,0, até um minuto após a elevação do pH acima de 4,0. A relação entre a história clínica de ALTE e a ocorrência de RGE durante o estudo polissonográfico também foi aferida. A partir de dados publicados na literatura, foi calculada uma amostra de 88 indivíduos (lactentes). A amostra final constituiu-se de 89 pacientes. Resultados: Quarenta pacientes apresentaram RGE e quarenta e nove não. Ambos os grupos tinham composição semelhante quanto à idade, peso, duração total do estudo polissonográfico, duração do tempo total de sono durante o estudo e história de ALTE. Ocorreu uma média de 2,82 episódios de RGE por paciente (1-20 episódios/ paciente). Os episódios de RGE foram mais freqüentes e longos durante o sono que durante os períodos de vigília. O número de eventos obstrutivos/minuto de sono (densidade de apnéias) foi significativamente maior durante os períodos de RGE (mediana 0,4), se comparados aos períodos sem RGE (mediana 0,2), p = 0,002. Em relação às apnéias centrais, não houve diferença estatisticamente significativa, p = 0, 039. Em 62% dos períodos de RGE, houve associação temporal com eventos obstrutivos, dos quais a apnéia obstrutiva precedeu o RGE em 67% dos casos. A correlação entre história de ALTE e a presença de RGE não foi estatisticamente significativa. Conclusões: Os resultados sugerem que a apnéia obstrutiva em lacten-tes está freqüentemente associada com RGE do ponto de vista de temporalidade, e é mais provável que ela ocorra precedendo um episódio de refluxo. Especula-se que a apnéia obstrutiva no lactente possa, em algumas circunstâncias, ser a causa e não a conseqüência do RGE.
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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dificuldade na intubação traqueal é causa de mortalidade em anestesiologia e pode estar relacionada à obesidade. Diagnosticar uma intubação difícil contribui para o êxito da abordagem da via aérea, mas os parâmetros preditores de intubação difícil não estão bem estabelecidos. A classificação de Mallampati, a distância interincisivos, a circunferência do pescoço, a distância tireomentoniana e a presença da síndrome da apneia obstrutiva do sono são parâmetros que podem indicar uma intubação difícil. O tratamento cirúrgico da obesidade proporciona redução do índice de massa corpórea (IMC), com estabilização por volta de 2 anos. O objetivo desta pesquisa foi reavaliar os parâmetros descritos com os valores pré-cirúrgicos. MÉTODO: Cinquenta e um pacientes de ambos os sexos foram avaliados no período pré-operatório quanto a IMC, classificação de Mallampati, circunferência do pescoço, distância interincisivos, distância tireomentoniana e grau da síndrome de apneia obstrutiva do sono por meio da polissonografia. Após dois anos de cirurgia e redução do IMC < 35 kg.m-2, os preditores de intubação difícil foram reavaliados por outro médico anestesiologista com conhecimento do IMC prévio. Foram excluídos nove pacientes. Executou-se reavaliação dos parâmetros supracitados e, para os que não realizaram nova polissonografia, aplicou-se a escala de sonolência de Epiworth. RESULTADOS: Quarenta e dois pacientes foram reavaliados e mostraram redução do IMC e da circunferência do pescoço e aumento das distâncias interincisivos e tireomentoniana. Apenas um paciente apresentou redução na escala de Mallampati e somente quatro realizaram a polissonografia. CONCLUSÕES: A redução do IMC proporciona aumento das distâncias interincisivos e tireomentoniana e redução da circunferência do pescoço. O Mallampati permanece inalterado.
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A prevalência de SAOS em crianças é de 0,7-3%, com pico de incidência nos pré-escolares. Fatores anatômicos (obstrução nasal severa, más-formações craniofaciais, hipertrofia do tecido linfático da faringe, anomalias laríngeas, etc.) e funcionais (doenças neuromusculares) predispõem à SAOS na infância. A principal causa da SAOS em crianças é a hipertrofia adenotonsilar. As manifestações clínicas mais comuns são: ronco noturno, pausas respiratórias, sono agitado e respiração bucal. A oximetria de pulso noturna, a gravação em áudio ou vídeo dos ruídos respiratórios noturnos e a polissonografia breve diurna são métodos úteis para triagem dos casos suspeitos de SAOS em crianças, e o padrão-ouro para diagnóstico é a polissonografia em laboratório de sono durante uma noite inteira. Ao contrário dos adultos com SAOS, as crianças costumam apresentar: menos despertares associados aos eventos de apnéia, maior número de apnéias/hipopnéias durante o sono REM e dessaturação mais acentuada da oxihemoglobina mesmo nas apnéias de curta duração. O tratamento da SAOS pode ser cirúrgico (adenotonsilectomia, correção de anomalias craniofaciais, traqueostomia) ou clínico (higiene do sono, pressão positiva contínua nas vias aéreas - CPAP).
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Introduction: The snoring is produced by the vibration of the soft palatum and/or other oropharyngeal tissues, during the air passage, in the breathing function. OSAHS is defined as the closing of 30%, at least, of the nasal/ buccal airway for 10 seconds or more, in spite of existing inspiratory effort, accompanied by oxyhemoglobin de- saturation of 4% or more. Objectives: To evaluate the available scientific evidence about the use of mandibular advancement intraoral appliances in the treatment of the snoring and/or OSAHS. Methodology: Electronic search strategy using predefined key-words and criteria was realized including studies published until October of 2008. It was also used the qualitative evaluation of the articles methodology. Results: Although a significant number of articles has studied this subject, only 7 articles showed methodological quality to be included in this systematic review. Conclusions: The intraoral appliances are widely prescribed for the treatment of snoring and OSAHS as primary therapy and as an alternative to patients who are unable to tolerate the positive airway pressure therapy.
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Pós-graduação em Doenças Tropicais - FMB
Resumo:
Pós-graduação em Bases Gerais da Cirurgia - FMB
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Pós-graduação em Bases Gerais da Cirurgia - FMB
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)