905 resultados para Malária transfusional-profilaxia
Resumo:
Malária é uma doença parasitária infecciosa aguda ou crónica, causada pelo protozoário do género Plasmodium que é transmitido ao homem através de picada de mosquitos fêmeas do género Anopheles. Causa a morte a milhões de pessoas por ano, na sua maioria crianças até aos 5 anos de idade. A inexistência de estratégias eficazes, contra a transmissão da malária, deve-se sobretudo à falta de conhecimento de moléculas cruciais ao desenvolvimento do parasita no vector. Mecanismos de reconhecimento do parasita e a resposta imune do mosquito à infecção são claramente alvos de novas estratégias de controlo da malária. O ciclo natural de transmissão de Plasmodium requer a conclusão com sucesso, do ciclo esporogónico no intestino médio e nas glândulas salivares do mosquito Anopheles, um processo que demora cerca de duas semanas. Este processo de desenvolvimento pode ser bloqueado pelo sistema imune inato do mosquito, resultando assim na eliminação do parasita do vector. A resposta imunológica envolve vários mecanismos como a fagocitose, encapsulação, nodulação, síntese de péptidos antimicrobianos e coagulação, que são acompanhadas pela activação proteolítica da pró-fenoloxidase presente na hemolinfa.O sistema imune é um factor determinante da capacidade vectorial do mosquito, pelo que vários estudos têm sido feitos para melhor compreender as respostas do mosquito Anopheles, principal vector da malária, ao parasita Plasmodium. Uma das principais respostas desencadeadas pelo sistema imune do mosquito é a coagulação. Estudos recentes demonstram que a coagulação da hemolinfa de Anopheles requer actividade da fenoloxidase e difere de Drosophila s.p na formação, estrutura e composição. O objectivo deste trabalho é estudar o papel da coagulação na resposta do mosquito Anopheles gambiae ao parasita da malária Plasmodium berghei, através do estudo da transglutaminase. Para tal foi feita a caracterização dos genes que codificam para a transglutaminases em A. gambiae, através da sequenciação destes genes e dos seus transcritos, verificando-se alguns polimorfismos quando comparada com a sequência do genoma disponível na base de dados. Para caracterizar do papel desta enzima durante a infecção com P. berghei, foi feita a inibição da actividade enzimática dos genes AGAP009097 e AGAP009098 que codificam para a transglutaminases. Foi feita a descrição da dinâmica de transcrição durante a infecção e o silenciamento destes mesmos genes usando dsRNA. Observou-se um aumento da taxa de infecção e do número médio de oocistos por intestino médio nos mosquitos em que as transglutaminases foram inibidas quimicamente bem como naqueles que possuíam os genes silenciados, quando comparados com os grupos controlo. Com este trabalho espera-se ter contribuído para uma melhor compreensão do funcionamento da capacidade imunológica dos mosquitos na resposta ao parasita da malária e a possibilidade de manipular o sistema imune dos mesmos de modo a eliminar o parasita e contribuir para a diminuição/irradicação da malária, uma das principais doença e causa de morte a nível mundial.
Resumo:
Neste trabalho é relatado o caso de paciente do sexo masculino, de 38 anos de idade, que desenvolveu quadro de malária com comprometimento pulmonar. A tomografia computadorizada de alta resolução evidenciou espessamento de septos interlobulares e de bainhas peribroncovasculares, com áreas esparsas de atenuação em vidro fosco e de consolidações, além de derrame pleural bilateral, aspectos compatíveis com edema pulmonar. O paciente recebeu tratamento específico, evoluindo bem e tendo alta 11 dias após a internação.
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OBJETIVO: Identificar variáveis preditoras de sobrecarga de ferro em portadores de anemia falciforme e correlacionar indicadores bioquímicos e imaginológicos. MATERIAiS E MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal envolvendo 32 portadores de anemia falciforme, que foram submetidos a dosagem sérica de ferro, ferritina e a ressonância magnética do fígado. Foram realizadas cinco sequências gradiente-eco e uma spin-eco. A intensidade de sinal foi obtida em cada sequência pelas médias das regiões de interesse no fígado e musculatura paravertebral para obter a razão da intensidade de sinal (RIS) fígado/músculo. A partir da RIS foi obtida a concentração hepática estimada de ferro (CHEF) pela fórmula: e[5,808 - (0,877 × T2*) - (1,518 × PI)], onde T2* é a RIS na sequência com TE de 13 ms e PI é a RIS da sequência com ponderação intermediária. Os pacientes foram agrupados segundo o regime de transfusão de hemácias (regulares mensais versus esporádicas). RESULTADOS: Os grupos transfusionais foram comparados pelas variáveis clínico-laboratoriais, sendo significativas as diferenças entre RIS, CHEF e ferritina sérica: o grupo que recebeu transfusões regulares apresentou sobrecarga de ferro hepático mais intensa. CONCLUSÃO: A ressonância magnética foi ferramenta eficiente para avaliação de sobrecarga hepática de ferro em portadores de anemia falciforme.
Resumo:
Malaria is still a very serious worldwide public health problem affecting between 300 and 500 million people and causing from 1.0 to 2.5 million deaths annually. The major problems with this disease are the lack of efficient vaccines and the rapid emergence of chemotherapy resistant P. falciparum strains. In this work we present a synopsis and discussion on malaria to provide the readers with some information on the historical aspects and relevance of this disease as well as the chemotherapy in use today.
Resumo:
A profilaxia antimicrobiana é uma das medidas de controle da infecção da ferida cirúrgica. Mesmo com os princípios básicos hoje bem estabelecidos, cerca de 40% das indicações habituais de profilaxia são inadequadas e um dos erros mais comuns está relacionado à duração, em geral superior a 48 horas. Ajustes na profilaxia, além de favorecer sua eficácia na prevenção da infecção cirúrgica, provavelmente contribuiriam para reduzir a pressão seletiva sobre a emergência de bactérias resistentes e custos hospitalares. A simples instituição de uma rotina de antibiótico-profilaxia não garante a adesão dos cirurgiões para adequação do uso de antimicrobianos. No presente estudo, uma intervenção foi realizada na Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, com a implantação de uma rotina de profilaxia, com a supervisão direta de um infectologista. Os objetivos deste estudo foram avaliar a adequação do uso do antibiótico profilático e seu efeito sobre a infecção cirúrgica pós-operatória. Foi considerada adequada a profilaxia com duração menor ou igual a 24 horas. Dos 318 procedimentos cirúrgicos realizados nos períodos pré e pós-intervenção, em 67,9% foi usado um antibiótico profilático. A intervenção reduziu o uso inadequado de antibiótico de 46,3% para 20,4% (χ² = 15,59; p < 0,05). Infecção do sítio cirúrgico ocorreu em 35,8% dos procedimentos, não se observando modificação deste índice com a adequação da antibiótico-profilaxia. A participação do infectologista é importante na difícil tarefa de racionalizar o uso dos antimicrobianos em nível hospitalar.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar os resultados da incidência de infecção do sítio cirúrgico com três diferentes esquemas antimicrobianos. MÉTODO: No período de Janeiro de 1999 a Dezembro de 2004 foram realizadas 716 cirurgias para o tratamento da Obesidade mórbida, seguindo a técnica proposta por Fobi/Capella. Foram estudados comparativamente três grupos de pacientes: Grupo I - (185) em que foi realizada a profilaxia antimicrobiana com ampicilina/sulbactam, na dose de 3g em duas doses; Grupo II (280) em que a profilaxia foi com ceftriaxona na dose de 1g (dose única); e Grupo III (251) em que a profilaxia foi com ertapenem, na dose de 1 g (dose única). RESULTADOS: O resultado do presente estudo demonstra taxas de infecção do sítio cirúrgico de 3,78% no grupo de profilaxia com ampicilina-sulbactam, 6,81% no grupo de profilaxia com ceftriaxona e de 1,99% no grupo de ertapenem. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o uso da associação ampicilina/sulbactam ou ceftriaxona com relação à incidência de infecção do sítio cirúrgico. No entanto, quando comparados os resultados do Grupo II (Ceftriaxona) com o Grupo III (Ertapenem), houve uma diferença estatisticamente sisgnificante. CONCLUSÃO: A utilização do ertapenem, de maneira profilática, no tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, determinou taxas de infecção do sítio cirúrgico estatisticamente inferiores ao grupo de ceftriaxona e similar ao de ampicilina-sulbactam.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a adequação da tromboprofilaxia em um hospital de grande porte em Vitória-ES, analisando possíveis preditores de aplicação de conduta inadequada. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado através de análise de prontuários. Os pacientes analisados estiveram internados no hospital durante o ano de 2007, e tiveram seu risco de tromboembolismo venoso estratificado segundo a 8ª Diretriz para Profilaxia do TEV do American College of Chest Physicians (8º ACCP). A adequação da tromboprofilaxia foi determinada de acordo com a concordância entre a conduta instituída e a conduta preconizada nas diretrizes. Foram utilizados os softwares EpiInfo 3.4.3 e SPSS 13.0. RESULTADOS: Em 47% dos pacientes a tromboprofilaxia foi inadequada, sendo a não prescrição da medicação indicada o principal motivo (33%). Não houve diferença estatisticamente significante quando comparadas as taxas de inadequação da tromboprofilaxia entre pacientes clínicos e cirúrgicos, ou, entre pacientes internados em enfermaria e UTI. O número de fatores de risco para TEV foi inversamente proporcional à taxa de inadequação (p<0,05), assim como a faixa etária do paciente e a duração da internação (p<0,05). CONCLUSÃO: Os resultados obtidos apontam para níveis alarmantes de inadequação da tromboprofilaxia, o que evidencia a necessidade de programas de educação continuada no assunto para toda a equipe assistente.
Resumo:
Traumatismo crânio-encefálico (TCE), com hemorragia intracraniana associada (HIC) ocorre com frequência em trauma. Pacientes vítimas de trauma também estão em alto risco de desenvolver complicações venosas tromboembólicas (TEV). Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) é utilizada em pacientes de trauma, como profilaxia para reduzir o risco de eventos de TEV. Ainda não está claro, no entanto, se a HBPM é segura para uso em pacientes com trauma com HIC por receio da progressão do hematoma. O Clube de Revista "Telemedicina Baseada em Evidências: Cirurgia do Trauma e Emergência (TBE-CiTE)" realizou uma apreciação crítica de três estudos recentes e mais relevantes no tocante ao momento de início da profilaxia, à segurança e ao uso de HBPM em pacientes com trauma e HIC. Especificamente, três estudos foram revisados: i) uma revisão crítica da literatura sobre o tema, ii) um estudo multicêntrico, estudo de coorte retrospectivo avaliando a segurança de HBPM em pacientes com trauma, e com HIC e iii) um estudo piloto randomizado, avaliando a viabilidade e as taxas de eventos de progressão de HIC, servindo como base para futuros ensaios clínicos randomizados (ECR) sobre o tema. Alguns resultados são conflitantes, com o maior nível de evidência sendo o ECR piloto demonstrando a segurança para o uso precoce de HBPM no TCE associado com HIC. Grande parte desta pesquisa, porém, foi gerada por um único centro e, consequentemente, carece de validade externa. Além disso, as recomendações clínicas não podem ser geradas com base em estudos-piloto. Diretrizes baseadas em evidências e recomendações não podem ser feitas, neste momento, até a realização de outros estudos sobre este assunto desafiador.
Resumo:
A reunião de revista "Telemedicina Baseada em Evidência - Cirurgia do Trauma e Emergência" (TBE-CiTE) realizou uma revisão crítica da literatura e selecionou três artigos recentes sobre o uso de corticoide para a profilaxia da síndrome de embolia gordurosa. O foco desta revisão foi a indicação ou não do uso de corticoide nos pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI) com risco de desenvolverem embolia gordurosa pós traumática. O primeiro artigo foi um estudo prospectivo com o objetivo de estabelecer fatores preditivos confiáveis, precoces e úteis associados ao aparecimento da síndrome da embolia gordurosa (SEG) em pacientes traumatizados. O segundo artigo foi uma revisão de literatura sobre o papel do corticoide como medida profilática à síndrome de embolia gordurosa. O último artigo foi uma meta-análise sobre a capacidade do corticoide em reduzir o risco de síndrome da embolia gordurosa nos pacientes com fraturas de ossos longos. As principais conclusões e recomendações foram que pacientes traumatizados devem ser monitorizados na UTI com oximetria de pulso e medida do lactato já que estes fatores podem predizer o aparecimento de SEG e que não existe evidência suficiente para recomendar o uso de corticoide para a profilaxia desta síndrome.
Resumo:
OBJETIVO: descrever a freqüência dos achados clínico-laboratoriais em grávidas portadoras de malária. MÉTODOS: foi realizado estudo descritivo, série de casos, de 445 grávidas da Maternidade e Clínica de Mulheres Bárbara Heliodora (Rio Branco, Acre), do período de janeiro de 1996 a dezembro de 2001, com diagnóstico parasitológico de malária. Foram revistos os prontuários do período e selecionados os casos portadores de malária. RESULTADOS: no total de pacientes (n=33.420) internadas no período, estavam incluídas 445 (1,4%) grávidas. Entre essas, a freqüência da infecção por Plasmodium vivax foi de 52,8% (n=235), por P. falciparum, de 43,8% (n=195), e 3,4% (n=15) por ambos os plasmódios. As alterações clínico-laboratoriais mais freqüentes (p<0,05) foram observadas nas portadoras do P. falciparum: mucosas descoradas, icterícia, diminuição da hemoglobina e hematócrito, hipoglicemia e elevação dos níveis séricos das aminotransferases, uréia, creatinina e das bilirrubinas. Somente houve um caso de óbito (1/445) em gestante com P. falciparum. Quanto ao concepto, foram registrados: abortos (1,3%), prematuridade (1,1%) e baixo peso ao nascer (1,1%). CONCLUSÕES: esses achados refletem a repercussão da malária durante a gestação, bem como justificam que as unidades de obstetrícia, especialmente da região amazônica, tenham serviços capacitados para o diagnóstico e tratamento desses casos.
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OBJETIVO: analisar a evolução clínica de três pacientes grávidas com malária grave internadas em unidade de terapia intensiva de um hospital localizado em Porto Velho (RO). MÉTODOS: foi realizado estudo descritivo em três gestantes, portadoras de malária por Plasmodium falciparum, internadas em unidade de terapia intensiva em Porto Velho, no período de 2005 a 2006. As variáveis categóricas utilizadas foram os critérios de classificação da Organização Mundial de Saúde para classificação de malária grave e os índices Acute Physiology and Chronic Health disease Classification System II (APACHE II) e Sepsis Related Organ Failure Assessment (SOFA) preditores de morbidade e gravidade das doenças em unidade de terapia intensiva. RESULTADOS: a malária adquirida pelas gestantes, caracterizada pela infecção por Plasmodium falciparum na forma grave da doença, resultou em óbito para as três pacientes e seus conceptos. CONCLUSÕES: embora a casuística seja pequena, a importância deste estudo reflete a repercussão da malária grave em gestantes, bem como a necessidade de um acompanhamento pré-natal mais criterioso e atento à identificação precoce do início das complicações da malária em gestantes.
Resumo:
Estudou-se a broncopneumonia de ocorrência natural em bezerros e a influência da administração de acetato de DL-α-tocoferol na profilaxia e tratamento desta enfermidade. Foram avaliados 60 bezerros machos, com idade máxima de 10 dias, divididos em dois grupos experimentais: GSV (grupo sem vitamina) e GCV (grupo com vitamina). A suplementação com dose única de 4.500 UI de acetato de DL-α-tocoferol por via intramuscular (IM) foi precedida por exame físico, perfil hematológico, determinação de proteínas séricas, globulinas, gamaglutamiltransferase e citologia do lavado traqueobrônquico (D0) para verificar a sanidade e homogeinização dos grupos. Os bezerros foram mantidos em bezerreiro e distribuídos aleatoriamente, 2 a 2 em baias individuais de 2,40m², onde permaneceram até o 21º dia (D0 ao D21). Foram avaliados por exame físico diário e, na presença de sinais clínicos indicativos de broncopneumonia (DX), retirados do bezerreiro, avaliados por hemograma e citologia do lavado traqueobrônquico, e tratados com enrofloxacina (5mg/kg, IM). Durante o tratamento, o exame físico foi realizado diariamente, e o hemograma e a citologia do lavado traqueobrônquico repetidos uma semana após seu término (DY). Nos bezerros sadios foram repetidos hemograma e citologia do lavado traqueobrônquico, no último dia (D21) do experimento. Não houve diferença significativa quanto às variáveis gamaglutamiltrasfrase (p=0,09), proteínas séricas (p=0,27) e globulinas (p=0,10) e a idade dos bezerros (p=0,15) entre os grupos. Os bezerros do grupo GSV e GCV levaram em média 11 e 12 dias para adoecerem, respectivamente. Contudo, não houve diferença estatística significativa entre os grupos (p=0,68). Em 34 bezerros (56,66%) foi diagnosticado broncopneumonia, sendo que 17 destes bezerros (50%) pertenciam ao grupo GCV e 17 (50%) ao grupo GSV. Com relação aos sinais clínicos, não houve diferença significativa entre os grupos em nenhum dos momentos estudados. Dos 34 bezerros que adoeceram 73,52% morreram pela doença, sendo 64,7% do GCV e 82,35% do GSV. A citologia do lavado traqueobrônquico não apresentou diferença significativa entre os grupos em nenhum dos momentos estudados (D0, DX, DY e D21). A suplementação com vitamina E não teve influência na profilaxia e no tratamento de broncopneumonia de bezerros.
Resumo:
Resumo: A intoxicação por plantas é sabidamente uma das principais causas de morte de bovinos adultos no Brasil. Uma vez que pouco pode ser feito no que diz respeito ao tratamento destas intoxicações, os esforços devem se concentrar na adoção de medidas profiláticas alternativas, como a utilização de uma espécie menos sensível no local de ocorrência de determinadas plantas. Objetivou-se com esse trabalho verificar a sensibilidade de caprinos às crotalárias (Crotalaria spectabilis e Crotalaria juncea) para que estes possam ser utilizados na profilaxia da intoxicação por essas plantas em bovinos. Sementes de C. spectabilis e C. juncea foram fornecidas em doses únicas ou diárias a oito caprinos adultos jovens, de ambos os sexos, divididos aleatoriamente em dois grupos de quatro animais (um grupo para cada planta). Dos quatro caprinos que receberam as sementes de C. juncea, nenhum desenvolveu sinais clínicos de intoxicação ou apresentou alterações significativas no exame bioquímico. Entre os quatro caprinos que receberam sementes de C. spectabilis três morreram. Um animal recebeu uma dose única de 20g/kg de sementes da planta e desenvolveu sinais de intoxicação aguda, caracterizadas macro e microscopicamente por necrose hemorrágica centrolobular. Os outros dois caprinos desenvolveram um quadro de intoxicação crônica pela administração de doses diárias de 2g/kg de sementes da planta por 35 e 150 dias respectivamente. Um animal apresentou uma marcada pneumonia intersticial e lesões hepáticas leves, enquanto no outro caprino observaram-se apenas lesões hepáticas crônicas. Ambos os animais apresentaram alterações transitórias ao exame bioquímico. O quarto caprino recebeu a dose única de 10g/kg, sobreviveu e não apresentou alterações clínicas ou da bioquímica sanguínea significativas. Os resultados do trabalho mostraram que não se deve usar caprinos como medida profilática na intoxicação por C. spectabilis,mas que pode se recomendar esta espécie na profilaxia da intoxicação por C. juncea.