967 resultados para Hemoglobin S
Resumo:
A hipertensão é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil. Os hipertensos muitas vezes apresentam perfil lipídico e glicidico desfavoráveis. A alimentação pode desempenhar um papel importante na redução da pressão arterial (PA) e no perfil lipídico e controle glicêmico desses pacientes. Avaliar o impacto de uma intervenção nutricional adaptada ao padrão alimentar brasileiro no controle dos níveis pressóricos e metabólico de pacientes hipertensos em acompanhamento em um serviço de atenção primária de saúde do município de São Luís do Maranhão. Metodologia: ensaio clínico randomizado utilizando uma dieta de baixo índice glicêmico combinada ao aumento do consumo de frutas, vegetais, grãos integrais e laticínios desnatados que são os princípios do Dietary Approach to Stop Hypertension (dieta DASH). Foram alocados randomicamente 206 pacientes hipertensos que foram acompanhados por 6 meses. O grupo controle (GC, n=101) recebeu aconselhamento padrão, focado na redução da ingestão de sal. Resultados: Dos 206 pacientes randomizados, 156 (37 homens, 119 mulheres) completaram o estudo. A idade média dos participantes foi de 60,1 (DP 12,9) anos. Após 6 meses, houve redução na média da pressão arterial sistólica (PAS) em 14,4 mmHg e na diastólica (PAD) de 9,7 mmHg no grupo experimental (GE), em comparação a 6,7 mmHg e 4,6 mmHg, respectivamente, no GC. Após o ajuste para mudança de peso corporal, PA na linha de base e idade, essas diferenças entre os grupos foram de aproximadamente 9,2 mmHg e 6,2 mmHg, respectivamente. Ocorreram tambem variações estatisticamente significantes na excreção urinária de sódio, reduzida em 43,4 mEq/24 h no GE, bem como o colesterol total (-46.6mg/dl) , LDL colesterol (-42.5mg/dl), triglicérides (-31.3mg/dl), glicemia de jejum (-9.6mg/dl ) e hemoglobina glicada (-0,1%). O consumo alimentar modificou-se no GE com aumento do consumo de vegetais, passando de 2,97 para 5,85 ; frutas (4,09-7,18); feijão (1,94-3,13) e peixes (1,80 para 2,74). Modificações importantes relacionadas à redução significativa de carboidratos, teor lipídico e carga glicêmica da dieta, foram observadas. Conclusão: Este estudo mostrou a viabilidade e a eficácia de uma abordagem dietética com base no padrão alimentar brasileiro, na redução da PA e parâmetros bioquímicos inadequados, podendo causar um grande impacto na saúde pública.
Resumo:
O contexto do estudo é a predição da anemia fetal em gestantes portadoras da doença hemolítica perinatal e tem como objetivo avaliar a acurácia da medida doppler velocimétrica da velocidade máxima do pico sistólico da artéria cerebral média na detecção da anemia fetal na doença hemolítica perinatal. A identificação dos estudos foi realizada com a adoção de bancos de dados gerais (MEDLINE e LILACS) e a partir de referências bibliográficas de outros autores. Os estudos selecionados tinham como critérios serem do tipo observacionais, com gestantes apresentando coombs indireto maior do que 1:8, técnica de insonação do vaso adequada, Vmax-ACM ≥ 1,5MOM, presença obrigatória de comparação com o padrão-ouro (hemoglobina fetal e/ou neonatal), e nível de evidência diagnóstica acima ou igual a 4. Os dados dos estudos selecionados foram alocados em tabelas 2x2 comparando o resultado do teste com o padrão-ouro. A acurácia diagnóstica foi expressa principalmente através da razão de verossimilhança. A revisão incluiu onze estudos, com uma amostra total de 688. Três estudos apresentaram delineamento do tipo prospectivo e nível de evidência diagnóstica categoria 1. A performance do teste em questão apresentou variação razoável. O estudo de Mari et al (2000) foi considerado o de melhor qualidade metodológica, apresentando uma RV(+) de 8,45 e uma RV(-) de 0,02. A medida do doppler da Vmax da ACM como preditor da anemia fetal na doença hemolítica perinatal está consolidada. Porém, alguns pontos precisam ser melhor esclarecidos, como o intervalo ideal dos exames em casos graves e a validade do método em fetos que já foram submetidos a transfusões intra-uterinas.
Resumo:
A Floresta Tropical Atlântica apresenta uma enorme biodiversidade, e está atualmente sujeita a inúmeras pressões como a perda de área pela intensa ocupação humana, agricultura, pecuária, urbanização e industrialização. Esses impactos têm provocado desmatamento e fragmentação florestal, processos que interferem na manutenção das populações animais, inclusive afetando os ciclos silvestres de parasitas e microorganismos. Didelphis aurita é um marsupial da Mata Atlântica com alta capacidade adaptativa a ambientes perturbados. Esta espécie onívora é tolerante à fragmentação florestal, podendo sobreviver em ambientes silvestres, rurais, suburbanos e urbanos, tendo importância na conexão dos ciclos silvestres e urbanos de diversos agentes. Este trabalho teve por objetivo descrever aspectos hematológicos, bioquímicos e de hemoparasitas em Didelphis aurita de duas áreas da Serra dos Órgãos/ RJ, uma área fragmentada e outra de mata contínua. Entre julho de 2011 e fevereiro de 2012 foram capturados 61 animais que tiveram amostras de sangue avaliadas. Os resultados expressos como média desvio padrão foram: Volume Globular 38,66 % ( 4,97); Hemácias 5,40 ( 0,75) x106/mm3; Hemoglobina 12,78 ( 1,68) g/dL; VGM 71,69 ( 3,56) fl; CHGM 33,01 ( 0,63) %; Plaquetas 514,70 ( 323,10) x 103/mm3; Leucócitos 19.678,52 ( 10.152,26)/mm3; Basófilos 0,59 ( 0,72) %; Eosinófilos 13,79 ( 6,94)%; Bastonetes 0,77 ( 2,04) %; Segmentados 41,12 ( 13,95) %; Linfócitos 41,97 ( 12,97) %; Monócitos 1,75 ( 1,51)%. Para parâmetros bioquímicos encontramos os seguintes resultados: Proteínas totais 8,50 ( 1,68); albumina 3,03 ( 0,69); globulina 5,44 ( 1,66); uréia 83,57 ( 20,11); creatinina 0,44 ( 0,13); ALT 85,01 ( 65,65); AST 314,55 ( 130,58); FA 420,38 ( 371,89); GGT 19,40 ( 8,51). Os parâmetros hematócrito, hemoglobina, hematimetria, ALT, AST e FA foram maiores nos machos do que nas fêmeas. Adultos apresentaram valores de proteína plasmática total, leucócitos, hematócrito, hemoglobina, hematimetria, albumina, proteínas totais, creatinina e GGT maiores do que jovens, e o inverso ocorreu para plaquetas, globulina e FA. Animais do Fragmento apresentaram valores de massa corporal e albumina menores do que os do Garrafão, e o inverso ocorreu para GGT e globulina. Babesiasp. ocorreu em 26,6% da população, sendo mais freqüente em adultos. Estes resultados são os primeiros parâmetros de referência para Didelphis aurita na Serra dos Órgãos, contribuindo para o estudo desta espécie.
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Indivíduos com hemoglobina glicada (HbA1c) ≥6,5% e níveis normais de glicemia têm maior risco de complicações relacionadas ao diabetes, em médio e longo prazo. Estas evidências foram importantes na recomendação de que HbA1c ≥6,5% fosse aceita como critério diagnóstico de diabetes. Diferenças raciais/ étnicas tem sido encontradas quanto aos níveis de HbA1c. Níveis elevados de HbA1c em indivíduos sem diabetes e com níveis normais de glicemia em jejum tem sido associados a alterações micro e macrovasculares, entre elas alterações da filtração glomerular. Diversos marcadores inflamatórios, em especial a MCP-1 (proteína quimiotática de macrófagos-1), estão envolvidos no mecanismo de lesão glomerular descrito em casos de nefropatia diabética No entanto, a HbA1C ainda não foi amplamente incorporada a rotina de diagnóstico e de acompanhamento na atenção primária brasileira. O objetivo deste estudo foi o de investigar a associação entre a alteração da HbA1c e da glicemia e fatores étnicos/ raciais e de risco cardiovascular e renal em adultos assistidos pelo Programa Médico de Família de Niterói, sem diagnóstico prévio de diabetes. Trata-se de um estudo transversal, onde foram reunidas informações de participantes do Estudo Cardio Metabólico Renal (CAMELIA), colhidas entre os meses de julho de 2006 a dezembro de 2007. Observou-se que o perfil de risco cardiovascular foi mais acentuado em indivíduos com alterações simultâneas da glicemia e da HbA1c. A alteração isolada da glicemia indicou ser condição de maior risco que a alteração isolada da HbA1c. Indivíduos com HbA1c ≥ 6,5% eram em sua maioria mulheres de pele preta e apresentavam maiores níveis de LDL e creatinina sérica. Verificamos associação independente entre a alteração da HbA1c (≥ 5,7 e < 6,5% versus < 5,7%) e diminuição da taxa de filtração glomerular estimada. A HbA1c mostrou ser um marcador subclinico de alterações metabólicas em pacientes nao diabéticos e com glicemia de jejum < 126 mg/dL, em especial na população de mulheres e de indivíduos com a cor da pele preta. Os resultados apontam para a possibilidade de se utilizar a HbA1c como marcador de risco cardiovascular e renal visando propor estratégias de intervenção precoce e assim promover a prevenção de condições de agravos relacionados as alterações do metabolismo da glicose.
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O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença de prevalência crescente na população mundial, sendo associado ao aumento de diversas comorbidades. A relação entre o trato digestivo e o DM2 tem sido fortalecida a partir dos resultados das diferentes cirurgias metabólicas frente à remissão do distúrbio endócrino. Alterações morfológicas hipertróficas no epitélio intestinal são percebidas nos estágios iniciais da doença e parece ter papel primordial na instalação da hiperglicemia crônica. O gene p53 participa ativamente dos processos de regulação do crescimento epitelial intestinal e pode sofrer alteração de sua expressão em estados diabéticos. Objetiva-se avaliar os resultados clínicos e laboratoriais de pacientes DM2 e com índice de Massa Corpórea (IMC) >25 e <35 Kg/m2 submetidos a cirurgia metabólica denominada adaptação digestiva com duodenal switch parcial (DSP) e avaliar o comportamento da expressão do gene p53 na mucosa intestinal no período pré e pós-operatório. Nove pacientes DM2, com IMC<35Kg/m2 foram operados pela técnica DSP. Biópsias de duodeno e íleo foram colhidas no estado diabético (pré e transoperatório respectivamente) e, 3 meses após a cirurgia, através de endoscopia digestiva alta. Foram comparados os dados de evolução antropométrica (IMC) e laboratorial no período pré e pós-operatório. Através do método enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) foram determinados os níveis dos entero-hormônios glucagon-like peptide-1 (GLP-1) e glucose-dependent insulinotropic peptide (GIP), no pré e pós-operatório, em jejum e pós-prandial nos períodos 30',60',90' e 120'. A expressão do gene p53, foi avaliada por real time polymerase chain reaction (qrt-PCR) e western blot, nos dois diferentes momentos. As variáveis: glicemia de jejum e pós-prandial (2 horas), trigliceridemia de jejum, hemoglobina glicada (HbAc1) e peptídeo C foram analisadas. As médias dos parâmetros laboratoriais foram comparadas pela análise multivariada ANOVA e após teste-Tukey. A média de expressão relativa do gene p53 foi comparada nos dois períodos pelo teste t-student. Os resultados evidenciaram que entre maio e dezembro de 2010, nove pacientes (4 homens, 5 mulheres) DM2 e com IMC entre 26 e 34Kg/m2 foram submetidos a DSP. A média de IMC do grupo operado foi de 31,3. Houve queda do IMC média de 23% após um ano. Houve queda significativa (p<0,05) nos níveis de triglicerídeos, glicemia de jejum e pós-prandial (2 horas), HbA1c assim como aumento do peptídeo-C (p<0,05), quando comparados os períodos pré e pós-operatório. Os níveis séricos de GLP-1 foram significativamente maiores no pós-operatório (p<0,05), tanto em jejum como pós-prandial sendo que houve diminuição dos níveis de GIP, contudo sem significância estatística. O gene p53 sofreu aumento significativo de sua expressão relativa (qrt-PCR)(p<0,05) no período pós-operatório na mucosa duodenal e uma tendência de aumento no íleo, contudo sem significância estatística. A análise da expressão ao nível proteico foi bem sucedida somente no íleo, também mostrando tendência de aumento. Concluí-se que a DSP foi capaz de controlar satisfatoriamente o DM2 em pacientes com IMC<35 Kg/m2. Houve aumento da secreção de GLP-1 e tendência de diminuição do GIP. Houve aumento da expressão do p53 na mucosa intestinal, no período pós-operatório, após o controle do diabetes, quando comparada ao período pré-operatório.
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As formas epimastigotas de Trypanosoma cruzi proliferam e se diferenciam no interior de diferentes compartimentos do trato digestivo dos triatomíneos. Esses ambientes antagônicos, no que diz respeito à concentração de nutrientes, pH e status redox, constituem um desafio para o protozoário por conterem moléculas e fatores capazes de deflagrar diferentes sinalizações e respostas no parasito. Por isso, testamos a influência de produtos abundantes do metabolismo do vetor e de status redox distintos, frente aos processos de proliferação e diferenciação in vivo e in vitro. Como exemplo temos o heme e a hemozoína, subprodutos da digestão da hemoglobina, e o urato, rico na urina dos insetos. O heme é uma importante molécula em todos os seres vivos. Nosso grupo mostrou seu papel na proliferação in vitro de T. cruzi e que esse sinal é governado pela enzima redox-sensível CaMKII (Lara et al., 2007; Souza et al., 2009). Esse efeito parece depender de uma sinalização redox, onde o heme e não seus análigos induz a formação de EROs, modulando a atividade da CaMKII (Nogueira et al, 2011). Apesar de gerar espécies reativas de oxigênio (EROs) em formas epimastigotas, o heme não alterou a ultraestrutura desses parasitos mostrando uma adaptação a ambientes oxidantes. Além disso, a adição de FCCP inibiu a formação de EROs mitocondrial, diminuindo a proliferação dos parasitos. Em contrapartida, a AA aumentou drasticamente a produção de EROs mitocondrial levando à morte dos epimastigotas. Estes resultados confirmam a hipótese de regulação redox do crescimento de epimastigotas. A formação de β- hematina (hemozoína) constitui uma elegante estratégia para minimizar o efeito tóxico do heme nos insetos hematófagos. Contudo, a β-hematina não influenciou a proliferação ou a metaciclogênese in vitro. Já o urato, e outros antioxidantes clássicos como o GSH e o NAC prejudicaram a proliferação in vitro de epimastigotas. Estes efeitos foram parcialmente revertidos quando os antioxidantes foram incubados juntamente com o heme. Durante a metaciclogênese in vitro, o NAC e o urato induziram um aumento significativo das formas tripomastigotas e levaram a diminuição da porcentagem de formas epimastigotas. Em contrapartida, o heme e a β-hematina apresentaram o efeito oposto, diminuindo a porcentagem de formas tripomastigotas e aumentando a de epimastigotas. No intuito de confirmar a influencia do status redox na biologia do parasito in vivo, nós quantificamos a carga parasitária nas porções anterior e posterior e no reto do triatomíneo alimentado na presença ou na ausência de NAC e urato por qPCR. O tratamento com os antioxidantes aumentou a carga parasitária em todas as partes do intestino analisadas. Posteriormente, para diferenciar as formas evolutivas responsáveis pelo incremento da carga parasitária, foram realizadas contagens diferenciais nas mesmas porções do intestino do inseto vetor. Cinco dias após a infecção foi observado aumento significativo de formas tripomastigotas e diminuição de formas epimastigotas in vivo. Em conjunto, estes dados sugerem que, assim como a concentração de nutrientes e o pH, o status redox também pode influenciar a biologia do T. cruzi no interior do inseto vetor. Neste cenário, moléculas oxidantes agiriam a favor da proliferação, e em contraste, antioxidantes parecem favorecer a metaciclogênese.
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A doença falciforme é uma síndrome hematológica genética que faz parte das hemoglobinopatias de grande abrangência na população mundial. Estima-se que 4,5% da população apresente algum tipo de hemoglobinopatia, cujos aspectos clínicos oscilam de leve à grave. O principal fator que pode influenciar o fenótipo das doenças falciformes é o genótipo da doença; homozigose para HbS ou genótipos compostos do tipo HbSC, HbS/beta-talassemia, HbSD. Este pode desenvolver distúrbios como dislipidemia, colelitíase e transtornos cardiovasculares que podem causar o óbito. O presente estudo visa correlacionar o perfil lipídico de pacientes portadores de doença falciforme. Foram avaliados 52 pacientes do Serviço de Hematologia Clínica do Hospital Universitário Pedro Ernesto HUPE-UERJ, portadores da doença falciforme confirmada pela técnica de HPLC realizada no Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia (LACFAR)-UFRJ. As análises hematológicas compostas pelo hemograma completo e dosagens bioquímicas do perfil lipídico formado pela dosagem de triglicerídeos, colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL e colesterol VLDL. A população estudada é composta por 52 pacientes, sendo 22 pacientes do sexo masculino, representando 42% do total de pacientes e 30 do sexo feminino, definindo 58% do total. E com objetivo comparativo, foi constituído um grupo controle de 52 pessoas com média de idade 26 anos, variando entre 5 e 63 anos. A população de Doença Falciforme apresenta grupos etários que oscilam entre 6 e 60 anos de idade, tendo média de 28 anos. Baseada nas características fenotípicas definidas por HPLC, a classificação de hemoglobina demonstra um grupo de 83% de portadores de Hemoglobina SS (n=43), 13% portadores de Hemoglobina SC (n=7) e 4% com Hemoglobina SB0 (n=2). Em relação às dosagens bioquímicas, a análise do perfil lipídico demonstra hipocolesterolemia, cuja média da população é definida por 122mg/dL quando comparada com o grupo controle (GC) com média de 201mg/dL (p<0,001). A taxa do colesterol-HDL situa-se na média de 29mg/dL e do GC 54 mg/dL (p<0,001) e do colesterol-LDL 69mg/dL enquanto o GC 120mg/dL (p<0,001). A sistematização dos resultados hematológicos define uma média de hematimetria de 2,7. 106/mm3. Na dosagem de hemoglobina obteve-se média de 8,4g/dL. Tais resultados caracterizam que é predominante neste grupo a hipocromia sem expressão de microcitose. Dentre os processos patológicos mais comuns, a litíase biliar se destacou nos pacientes com doença falciforme, onde 25% dos pacientes estudados (n=13) apresentaram este comprometimento hepatobiliar, na qual grande parte desses pacientes foram submetidos à colecistectomia. A doença Falciforme cursa com hiperplasia medular principalmente às custas da hiperproliferação dos precursores eritróides na medula óssea. O estado hiperproliferativo nessa doença possivelmente causa redução do colesterol plasmático para atender à maior demanda deste elemento para síntese de novas membranas. Esta redução na produção endógena de colesterol pode ser entendida pela disfunção hepática que habitualmente está presente em pessoas com doença falciforme. Logo se concluiu que existe uma correlação de hipocolesterolemia total e de HDL-c baixo em pacientes com doença falciforme.
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A Neuropatia autonômica cardiovascular (NAC), apesar de ter sido apontada como fator de risco independente para doença cardiovascular (DCV) em pacientes com diabetes tipo 1 (DM1), permanece subdiagnosticada. Os objetivos do trababalho foram determinar a prevalência de NAC e seus indicadores clínicos e laboratoriais em pacientes com DM1 e a associação com outras complicações crônicas do diabetes, além de avaliar a concordância entre os critérios diagnósticos da NAC determinados pelos parâmetros da análise espectral e pelos testes reflexos cardiovasculares. Pacientes com DM1, duração da doença ≥ 5 anos e com idade ≥ 13 anos foram submetidos a um questionário clínico-epidemiológico, a coleta de sangue e de urina para determinação da concentração urinária de albumina, ao mapeamento de retina, e exame clínico para pesquisa de neuropatia diabética sensitivo motora além da realização de testes reflexos cardiovasculares. Cento e cinquenta e um pacientes com DM1, 53.6 % do sexo feminino, 45.7% brancos, com média de idade de 33.4 13 anos, idade ao diagnóstico de 17.2 9.8 anos, duração de DM1 de 16.3 9.5 anos, índice de massa corporal (IMC) de 23.4 (13.7-37.9) Kg/m2 e níveis de hemoglobina glicada de 9.1 2% foram avaliados. Após realização dos testes para rastreamento das complicações microvasculares, encontramos neuropatia diabética sensitivo motora, retinopatia diabética, nefropatia diabética e NAC em 44 (29.1%), 54 (38%), 35 (24.1%) e 46 (30.5%) dos pacientes avaliados, respectivamente. A presença de NAC foi associada com idade (p=0.01), duração do DM (p=0.036), HAS (p=0.001), frequência cardíaca em repouso (p=0.000), HbA1c (p=0.048), uréia (p=0.000), creatinina (p=0.008), taxa de filtração glomerular (p=0.000), concentração urinária de albumina (p=0.000), níveis séricos de LDL-colesterol (p=0.048), T4 livre (p=0.023) e hemoglobina (p=0.01) e a presença de retinopatia (p=0.000), nefropatia (p=0.000) e neuropatia diabética sensitivo motora (p=0.000), além dos seguintes sintomas; lipotimia (p=0.000), náuseas pós alimentares (p=0.042), saciedade precoce (p=0.031), disfunção sexual (p=0.049) e sudorese gustatória (p=0.018). No modelo de regressão logística binária, avaliando o diagnóstico de NAC como variável dependente, foi observado que apenas a FC em repouso, presença de neuropatia diabética sensitivo motora e retinopatia diabética foram consideradas variáveis independentes significativamente. A NAC é uma complicação crônica comum do DM1, atingindo cerca de 30% dos pacientes estudados e encontra-se associada à presença de outras complicações da doença. Indicadores da presença de NAC nos pacientes avaliados incluíram a idade, duração do diabetes, presença de HAS, frequência cardíaca de repouso e presença de sintomas sugestivos de neuropatia autonômica. O presente estudo ratifica a importância do rastreamento sistemático e precoce desta complicação.
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植物血红蛋白在共生固氮根瘤中主要是对固氮酶进行嫌氧保护,确保固氮酶活性,在植物根中协助氧的运输或作为感觉氧压的信号分子.豆科植物凝集素功能之一是对相应专一的根瘤菌有识别作用,并有利于根瘤菌的聚集和侵染。本论文将非豆科结瘤植物Parasponia andersonii血红蛋白基因及豌豆凝集索基因转入水稻,目的是此二基因表达后,豌豆凝集素可聚集、识别豌豆根瘤菌,并有助于它们的侵染,血红蛋白则可对根瘤菌固氮酶进行嫌氧保护,保障其发挥固氮作用,从而为实现水稻结瘤和固氮打下初步基础。 本论文将带有Parasponia血红蛋白基因的pL305质粒,带有潮霉素磷酸转移酶基因及Parasponia血红蛋白基因的农杆菌双元载体质粒pLX412-Hb用花粉管通道法转化水稻l用pLX412-Hb和带有Bar基因、豌豆凝集素基因、Parasponia血红蛋白基因的质粒pLHB用基因枪法转化水稻幼胚及愈伤组织,带有pLX412-Hb的Agrobactmum tumefaciens LBA4404转化烟草,得到如下结果: 1.用pL305质粒花粉管通道法转化水稻,运作1512朵花,得到707粒种子.将230粒种子萌发,发芽220粒;白化苗4株,成苗206株;计发芽率96%,白化苗率1.7%,成苗率90%。取120株提取DNA以Parasponia血红蛋白基因为探针进行点杂交,有6株为阳性结果,阳性率5%.再取4株DNA点杂交阳性植株DNA,以Parasponia血红蛋白基因为探针进行Southem杂交,有3株有阳性结果,阳性率为75%,照此推算转化植株约占总植株的4%.目前,这些转基因植株已开花结实。 2.用pLX412-Hb质粒花粉管通道法转化水稻,运作743朵花,得到340粒种子。将120粒种子萌发,发芽117粒,白化苗3株,成苗111株;计发芽率97. 5%,白化苗率2. 5%,成苗率92. 5%.取30株提取DNA以Parasponia血红蛋白基因为探针进行点杂交,有4株为阳性结果,阳性率13%。再取4株DNA点杂交呈阳性的植株DNA,以Parasponia血红蛋白基因为探针进行Southern杂交,有2株有阳性结果,阳性率为50%,照此推算转化植株约占总植株的7%。目前部分转基因植株巳开花结实. 3.用pLX412 - Hb质粒基因枪法转化水稻幼胚及愈伤组织,抗性筛选得到15株再生植株,以Parasponia血红蛋白基因为探针进行点杂交,有14株为阳性结果,阳性率93%.取7株DNA点杂交呈阳性的植株DNA,以Parasponia血红蛋白基因为探针进行Southern杂交,都为阳性结果,阳性率为100%,照此推算转化植株约占总植株的93%.目前,部分转基因植株已开花结实. 4.用pLX412 -Hb质粒通过Agrobacterrum tumeFaciens LBA4404转化烟草,抗性筛选得到的再生植株以Parasponia血红蛋白基因为探针进行Southern杂交,结果为阳性. 5.用pLHB基因枪法转化的愈伤组织,抗性筛选得到已分化出绿芽点的愈伤组织,以Parasponia血红蛋白基因为探针或以豌豆凝集素基因为探针进行Southern杂交,杂交结果均为阳性. 6.最近国外巳发现大麦有血红蛋白基因.本论文以大麦血红蛋白cDNA为探针对未转基因的水稻进行Southern杂交,结果有阳性带。说明水稻有与大麦血红蛋白基因高度同源序列。以Parasponia血红蛋白基因为探针时杂交结果为阴性,说明水稻血红蛋白基因与Parasponiaa血红蛋白基因核苷酸序列相差较大. 7.提取Southern杂交证明有Parasponia血红蛋白基因整合的水稻根及叶总RNA,以Parasponia血红蛋白基因cDNA为探针进行RNA点杂交,结果根总RNA为阳性,叶总RNA为阴性。初步证明Parasponia血红蛋白基因在水稻根中表达。 8.提取未转基因的水稻根及叶RNA,以大麦血红蛋白基因cDNA为探针进行RNA点杂交,结果:根总RNA为阳性结果,叶总RNA为阴性结果.初步证明水稻血红蛋白基因在水稻根中表达。 总之,本论文证明已将Parasponia血红蛋白基因整合进水稻植株染色体,将豌豆凝集素基因、Parasponia血红蛋白基因整合进水稻愈伤组织染色体,初步证明水稻有血红蛋白基因,内外源血红蛋白基因都有组织特异性表达,从而为本研究的战略设想奠定初步基础。
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豆科植物凝集素基因和血红蛋白基因在对根瘤菌的识别作用和类菌体在低氧分压下的共生固氮中起重要作用。本文的目的是试图将这两个基因转移到非豆料植物烟草和水稻,使其能识别根瘤菌,探讨非豆科植物的共生和联合固氮的可能性。 构建了含有豌豆凝集素(P-Lec)基因、Parasponia andersonii血红蛋白基因、gus基因及植物选择标记潮霉素磷酸转移酶基因(hpt)的两个植物表达载体pCBHL和pCBHUL;同时,还构建了含有P-Lec基因、gus基因及植物选择标记PPT乙酰转移酶基因(bar)的植物表达载体pBBUL。在pCBHL中,CaMV35S启动子调控P-Lec基因的表达,而在pCBHUL和pBBUL中,该基因由玉米Ubiquitin 1启动子调控。 用农杆菌法将pCBHL导入烟草,得到53株再生植株,PCR检测表明转化频率为88%。用基因枪法分别将pCBHUL和pBBUL导入水稻幼胚或幼胚诱导的愈伤组织。转pCBHUL的材料共得到40株再生植株,经分子检测有18株分转基因植株,转化频率为0.9%。转pBBUL的幼胚愈伤组织经PPT筛选,只得到能分化出小芽的抗性愈伤组织。 PCR检测、Southern杂交表明P-Lec基因和Paraspoina血红蛋白基因都已经整合到转基因烟草及水稻的基因组中,转基因水稻植株中两个外源目的基因的拷贝数较高。Western杂交分析转基因植物中P-Lec基因的表达情况,结果表明该基因在转基因的烟草和水稻叶片中得到正确地表达。同时,GUS组织化学染色表明转基因烟草的嫩茎和幼根,转基因水稻的嫩叶和幼根中都有gus基因的表达。转基因烟草中外源基因的表达频率高于转基因水稻。T1代转基因烟草幼根的蛋白原位免疫杂交显示P-Lec正确定位于正在生长的幼根根毛的顶端,与对照豌豆中的P-Lec基因表达部位相一致。关于Parasponia血红蛋白基因,以前本实验室对转基因烟草和水稻的研究表明有转录水平的表达,国外实验室证实转基因烟草中有转译表达。 上述结果有可能为进一步研究转基因非豆科植物与根瘤菌的相互作用奠定一定的基础。
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The present communication deals with the feeding trials of brown (Sargassum bovianum), green (Caulerpa faridii) and red (Gracilaria corticola) seaweeds in albino rats for a period of thirty days in order to investigate their digestibility and acceptability as supplementary food for animals. The parameters used were: changes in blood hemoglobin, ESR, MCHC, PCV and plasma vitamin levels. The result revealed that all the three species of seaweeds had acceptability up to 5% level, as no ill effect was noted during the experiment. But at 10% and 20% levels, marked changes were observed in blood parameters with diarrhea, vomiting and convulsions indicating possibilities of either tissue and muscular dystrophy, gastrointestinal tract necrosis or functional disorder of central nervous system. A heavy mortality was noted due to excessive water loss through diarrhea and vomiting. However, no mortality was observed after 22nd day at both 10% and 20% levels with subsided clinical signs. The results suggest that these three seaweed species could be used safely as a supplementary food, in native form, in animals at low concentrations.
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The sublethal exposure (0.24 ppm) of Nuvan on some biochemical compositions such as serum protein, blood glucose, glutamate oxaloacetate transaminase (AST) and glutamate pyruvate transaminase (ALT) and on some hematological parameters such as red blood corpuscles (RBC), white blood corpuscles (WBC), hemoglobin content (Hb), mean corpuscular concentration (MCV), mean corpuscular hemoglobin concentration (MCHC) of Catla catla fingerlings were studied. The hematological and biochemical parameters evoked a significant reduction (excepting MCV, ALT and AST which is significantly increased) with increasing days of Nuvan exposure.
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This study was done in Shahid Kiani Marine Aquaculture Development Center, Choebde, Abadan in order to evaluate the effects of Pediiococcus acidilactici, Lactococcus lactis and vitamin C on growth performance, survival, enzymatic activities and immune responses of L. vannamei during three months. Treatments were included control group, Pediiococcus and Lactococcus treatments which fed with diet containing 1×10P9P cfu gP_1P bacteria and vitamin C. At the end of the experiment, the growth factors, immune parameters, digestive enzymes, intestinal, histology of intestine, carcasses and microbial flora (bacterial total count and lactic acid count) were evaluated. The results indicated that administration of lactobacillus had significant effects on the growth factors as the highest weight, increase specific growth rate, relative growth rate, feed conversion ratio and protein efficiency in the shrimps received pediococcus and then Lactococcus (P<0.05). The best immune function was also observed in the shrimps fed by probiotics, so that proteins and hemoglobin̛ hemolymph, phenoloxidase activity and challenged with V. parahaemolyticus showed a statistical difference comparing to the control group and the group received vitamin C (P<0.05). Some digestive enzymes, in pediococcus treatment showed a significant increase when compared to other treatments (P<0.05). Significant changes in bacterial intestinal flora were observed in probiotic groups compared with control and vitamin C groups (P < 0.05). Histological results showed the positive effects of probiotics in the gut (P < 0.05). While these supplements cannot caused to significant impacts on the shrimp carcass composition (P ˃ 0.05). As a result pediococcus group had the best performance among treatments.
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Seasonal sampling from 40 immature Caspian salmon were performed in summer, autumn, winter and spring. The maximum ranges of RBC counts, Hct, Hb, WBC count and clotting times were observed in spring, summer, spring, spring and winter, respectively. The minimum amounts of these factors were counted in summer, winter, winter, winter and winter, respectively. Blood Samples were taken from healthy smolt, immature and adult Caspian salmon in spawning time. Hematological determinations and biochemical serum analysis were performed in 101 fish in the three samples. The ranges of hematological values for sample mean were counted. Red blood cell counts were 866600 mm3 and 1259400 mm3 in smolt and adult respectively. Hematocrit was 48.39% in smolt and 44.29% in adult. Hemoglobin was 8.85 gr/dl in smolt and 10.91 gr/dl in adult. White blood cell count was 8781.58 mm3 in smolt and 5217.55 mm3 in adult and mean were differential of WBC, Lymphocyte 90.57%in smolt and73.22% in adult. Neutrophil was 5.12% in smolt and 16.92% in adult, Monocyte were 1.27% in smolt and 4.24% in adult, Clotting time was 282.34 Seconds in smolt and 291.47 seconds in adult MCV, MCH and MCHC also meagered in smolt and adult. Biochemical parameter in immature and mature Caspian salmon meagered .Glucose concentration was 2.97 mmol.l- in immature and 1.99 mmol.l- in mature .Cholesterol concentration was 4.26 mmol.l- in immature and 7.06 mmol.l- in mature. Triglyceride amount was 2.35 mmol.l- in immature and 2.47 mmol.l- in mature and Calcium was 2.47 in immature and 2.61 mmol.l- in mature. An in situ study was made on erythrocytic isoantigens and hetero-antigen and their corresponding iso-and hetero-antibodies of sera by means of hemoagglutination tests on the blood sample, of 450 immature and 50 mature Caspian salmon. The absence of erythrocyte iso-antigens and hetero-antigen and their corresponding iso-and hetero-antibodies were shown by the experimental. It could be indicated an intra-specific variation and differences in species for kelardasht hatchery.
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Prebiotics are non-digestible food ingredients that profitably affect the host by selectively stimulating the growth and /or activation of one or a limited number of bacteria in the intestine that can enhance host health status. Immunoster (IS) and Immunowall (IW) are prebiotics and immunostimulants derived from the outer cell wall of brewers yeast, Saccharomyces cerevisiae. These substances contain MOS and �-glucans. After a four-week acclimatization period to rearing conditions and basal diet, 450 farmed great sturgeon juveniles weighing 95.58 ± 9.38 g were randomly distributed into 15 fiberglass tanks (2 × 2 × 0.53 m) in five treatments (Control, IS 1%, IW 1%, IS 3%, and IW 3%) in three replicates (completely randomized design) and kept at a density of 30 fish per tank for a period of 8 weeks at water temperature 20.55 ± 5.11ºC, dissolved oxygen 6.73 ± 0.35 mg L-1 and pH 7.92 ± 0.09. IS and IW were added at two levels of 1% and 3% to the basal diet in place of cellulose, except the control. At the beginning, in the middle and at the end of the trial, carcass analysis was done to determine the moisture, protein, fat, ash, and total carbohydrate. Also, blood samples were collected to measure hematological, biochemical and immune indices. At the end of the trial, final weight, final length, body weight increase (BWI), specific growth rate (SGR), average daily growth (ADG), protein efficiency ratio (PER), feed conversion ratio (FCR), and condition factor (CF) in fish fed on IS and IW in both levels 1% and 3% showed some differences. These differences were significant in IS 3% and IW 1% and 3% compared with the control (P<0.05). HSI showed no significant difference (P>0.05) and survival rate was 100% in all treatments. Crude protein of carcass in fish fed on IS and IW at 1% and 3% showed an increase in comparison with the control. There was significant difference between IS 3% and the control in crude protein of carcass (P<0.05). Fish fed on IS and IW at 1% and 3% showed various results in hematological and biochemical factors. It was observed significant difference in MCV between IW 1% and IS 3% compared with the control (P<0.05). Although there was an increase in values of hematocrit, hemoglobin (except IS 1%), WBC (except IW 3%), MCH, neutrophil, total protein, albumin (except IS 3%), K+, and lysozyme in fish fed on IS and IW compared with the control, it was no significant (P>0.05). The maximum count of WBC and the highest value of Ca2+ were seen in IW 1%. The maximum count of lymphocyte, the highest values of total protein, albumin and IgM were recorded in IW 3%. IS 1% had the maximum count of neutrophil and the highest concentration of lysozyme. Based on obtained results, it can be declared that IS and IW at two levels of 1% and 3% can enhance growth performance and feed efficiency and also improve some hematological, biochemical, and immune indices in farmed great sturgeon juveniles.