Rb, Sr, Sm and Nd concentrations and isotopic composition of basalts from DSDP Leg 74 (Table 1)

Basement intersected in DSDP holes 525A, 528 and 527 on the Walvis Ridge consists of submarine basalt flows and pillows with minor intercalated sediments. These holes are situated on the crest and mid and lower northwest flank of a NNW-SSE-trending ridge block which would have closely paralleled the paleo mid-ocean ridge (Rabinowitz and LaBrecque, 1979 doi:10.1029/JB084iB11p05973, Moore et al. (1983 doi:10.1130/0016-7606(1983)94<907:TWRTDS>2.0.CO;2). The basalts were erupted approximately 70 m.y. ago, an age equivalent to that of immediately adjacent oceanic crust in the Angola Basin and coraistent with formation at the paleo mid-ocean ridge (Moore et al., 1983). The basalt types vary from aphyric quartz tholeiites on the ridge crest to highly plagioclase phyric olivine tholeiites on the ridge flank. These show systematic differences in incompatible trace element and isotopic composition. Many element and isotope ratio pairs form systematic trends with the ridge crest basalts at one end and the highly phyric ridge flank basalts at the other. The low 143Nd/144Nd (0.51238), 206Pb/204Pb (17.54), 207Pb/204Pb (15.47), 208Pb/204Pb (38.14) and high 87Sr/86Sr (0.70512) ratios of the ridge crest basalts suggest derivation from an old Nd/Sm-, Rb/Sr- and Pb/U-enriched mantle source. This isotopic signature is similar to that of alkaline basalts on Tristan da Cunha but offset to significantly lower Nd and Pb isotopic ratios. The isotopic ratio trends may be extrapolated beyond the ridge flank basalts with higher 143Nd/144Nd (0.51270), 206Pb/204Pb (18.32), 207Pb/204Pb (15.52), 208Pb/204Pb (38.77) and lower 87Sr/86Sr (0.70417) ratios in the direction of increasingly Nd/Sm-, Rb/Sr- and Pb/U-depleted source compositions. These isotopic correlations are equally consistent with mixing of depleted and enriched end member melts or partial melting of an inhomogeneous, variably enriched mantle source. However, observed Zr-Ba-Nb-Y interelement relationships are inconsistent with any simple two-component model of magma mixing, as might result from the rise of a lower mantle plume through the upper mantle. Incompatible element and Pb isotopic systematics also preclude extensive involvement of depleted (N-type) MORB material or its mantle sources. In our preferred petrogenetic model the Walvis Ridge basalts were derived by partial melting of mantle similar to an enriched (E-type) MORB source which had become heterogeneous on a small scale due to the introduction of small-volume melts and metasomatic fluids.

(Table 1) Potassium, radiogenic Argon 40 and dated age for DSDP Hole 94-608 sediments

K-Ar dates were obtained for three pillow basalt samples recovered from Site 608 (Samples 608-58-1, 103-109 cm; 608-59-1, 3-7 cm; 608-59-1, 48-53 cm). Reliable K-Ar dates cannot be routinely obtained for deep-sea igneous rocks, because they may be subject to inaccuracies related to seawater alteration (Seidemann, 1977, doi:10.1130/0016-7606(1977)88<1660:EOSAOK>2.0.CO;2) and/or the presence of excess radiogenic 40Ar (Dalrymple and Moore, 1968, doi:10.1126/science.161.3846.1132; Dymond, 1970, doi:10.1130/0016-7606(1970)81[1229:EAISBP]2.0.CO;2). Thus, the possibility that the samples dated in this study were subject to these sources of inaccuracy must be evaluated.

Tendência temporal e distribuição espacial do aborto inseguro no Brasil, 1996-2012

OBJETIVO: Analisar tendências temporais e padrões de distribuição espacial do aborto inseguro no Brasil. MÉTODOS: Estudo ecológico realizado com base nos registros das internações hospitalares de mulheres por abortamento no Brasil, no período de 1996-2012, obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde. Estimou-se o número de abortos inseguros segundo local de residência, utilizando-se técnicas de estimativas indiretas. Foram calculados os indicadores: razão de aborto inseguro por 100 nascidos vivos e coeficiente de aborto inseguro por 1.000 mulheres em idade fértil. As tendências temporais foram analisadas por regressão polinomial e a distribuição espacial utilizando os municípios brasileiros como unidade de análise. RESULTADOS: Foram registradas 4.007.327 internações hospitalares por abortamento no Brasil no período. Estimou-se um total de 16.905.911 abortos inseguros, com média anual de 994.465 abortos (coeficiente médio de aborto inseguro de 17,0 abortos/1.000 mulheres em idade fértil e razão de 33,2 abortos inseguros/100 nascidos vivos). O aborto inseguro apresentou tendência de declínio em nível nacional (R2: 94,0%; p < 0,001), com padrões desiguais entre as regiões. As regiões Nordeste (R2: 93,0%; p < 0,001), Sudeste (R2: 92,0%; p < 0,001) e Centro-Oeste (R2: 64,0%; p < 0,001) apresentaram tendência de declínio, enquanto a região Norte (R2: 39,0%; p = 0,030), tendência de aumento, e a região Sul (R2: 22,0%; p = 0,340), de estabilidade. A análise espacial identificou a presença de clusters de municípios com altos valores de abortos inseguros, localizados especialmente em estados das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. CONCLUSÕES: O aborto inseguro se mantém como problema de saúde pública no Brasil, com marcantes diferenças regionais e concentradas nas regiões socioeconomicamente menos favorecidas do País. A qualificação da atenção à saúde da mulher, em especial aos aspectos reprodutivos e de atenção aos processos pré e pós-abortamento, são estratégias necessárias e urgentes.