999 resultados para estudos culturais
Resumo:
A cultura é constituída pelas normas, valores e crenças de determinado grupo. Com a internacionalização, torna-se imprescindível conhecer as diferentes culturas e saber lidar com elas para se atingir o sucesso organizacional. Nesse sentido, o presente trabalho propõe-se a analisar em que medida a cultura das organizações estrangeiras localizadas em Portugal é influenciada pela cultura portuguesa. Para isso, foi utilizado como base teórica deste estudo um dos maiores e mais recentes estudos culturais, o GLOBE que envolve 170 investigadores que questionaram e analisaram a cultura social e organizacional de 62 países de forma a encontrarem semelhanças e diferenças culturais e de liderança. Com base nos questionários do GLOBE, foram aplicados questionários a cinco organizações estrangeiras de grande dimensão localizadas em Portugal e a uma organização nacional. Os resultados encontrados confirmam que a cultura portuguesa influencia a cultura organizacional das empresas estrangeiras localizadas em Portugal.
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O objetivo deste artigo é oferecer uma definição do relativamente recente género literário que é exemplificado pela escrita de autoras como Margarida Rebelo Pinto, Fátima Lopes e Rita Ferro. Trata-se de literatura cujo possível ''par'' anglo-saxónico encontramos na ‘chick lit’ – uma ficção escrita geralmente por mulheres e para mulheres, que se foca na sua vida quotidiana. Pretende-se chegar a esta definição, por um lado, via análise do discurso mediático e académico à volta das obras mais populares e através de inquéritos com leitores e leitoras, por outro lado. Assim, pomos em relevo o jogo que se desenvolve entre a crítica literária, que ocorre publicamente (revistas, programas televisivos, blogues), e a leitura, que se exerce num âmbito privado e individual. Consideramos também como a crítica determina a leitura e em que medida a leitura e interpretação são atos isolados e pessoais. A pesquisa da qual resulta este artigo levou-nos às considerações literárias de índole mais geral, como, por exemplo, quem tem o poder de dizer o que é a literatura? A quem cabe o privilégio de designar o valor duma obra literária?
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É na busca por compreender a inserção e participação de mulheres na política partidária na contemporaneidade que esta dissertação, situada na linha de pesquisa Culturas, Linguagens e Utopias, tem como objetivo analisar as narrativas de vereadoras de municípios que estão localizados na região sul do Rio Grande do Sul no período de 2009-2012. O corpus de análise constitui-se de entrevistas individuais semiestruturadas com as onze vereadoras participantes a partir da metodologia de investigação narrativa. Partindo das contribuições dos Estudos Culturais e de Gênero em suas vertentes pós-estruturalistas procurou-se problematizar alguns discursos e práticas que emergiram nas narrativas com base nas contribuições da análise do discurso de Michel Foucault. Assim, verificou-se que a representação cultural das mulheres neste campo político está fundamentada em concepções essencialistas do gênero feminino como a sensibilidade. Isso vem provocando discussões na ciência política e nos estudos de gênero a partir de termos como política de ideias, política de desvelo que discutem a presença das mulheres em decorrência ou não desses atributos. O fato é que esses discursos vêm instituindo diferenças na participação de homens e mulheres na política e constituindo formas de ser mulher na política partidária e de fazer política diferenciada das dos homens de forma menos “dura”, “rígida”. Ao debruçar-se na inserção das mulheres nessa esfera pública constatou-se uma trajetória marcada pelas noções de público e privado que impediu ao longo de nossa história a participação das mulheres no campo político e o desenvolvimento de sua cidadania. Além disso, nas narrativas das vereadoras fica evidente que as mulheres não foram constituídas para participarem do que hoje é um direito seu: a esfera pública de decisão da política. Isso foi constatado a partir do convite que foi feito para a candidatura pelos partidos que a partir das cotas partidárias procuraram mais significativamente por mulheres para concorrer. Também se observou neste estudo o capital político de ingresso das mulheres nessa esfera: o capital familiar, capital dos movimentos sociais e capital de ocupação em cargos públicos. Quanto a participação das mulheres no cotidiano de seus mandatos identificamos a dificuldade de ser mulher e política na atualidade. As negociações com os partidos e os colegas, a conciliação entre a família e a vida pública; os focos de atuação dedicados as áreas sociais e nesse destacamos mais significativamente a educação. Por fim, o que pretendemos foi desconfiar da máxima “lugar de mulher não é na política” e conhecer as trajetórias e histórias de mulheres que cotidianamente entre conflitos e disputas lutam pelo seu lugar na esfera pública, pelo exercício de sua cidadania.
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Muitos são os estudos e ativismos que chamam a atenção para a necessidade de ampliar as investigações e visibilidades de lésbicas na academia brasileira. Com vista a ampliar o conhecimento sobre essa população, propomos com a dissertação “O que sei, o que eu acho e o que me disseram: diálogos com jovens sobre lesbianidade”, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande/RS, interrogar, problematizar e compreender as representações sobre a(s) lesbianidade(s) produzidas por cinco jovens de uma escola agrícola da região sul do estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa, orientada pelos Estudos Culturais Lesbofeministas, produziu seus dados a partir da Etnografia pós-crítica, subsidiada pelas abordagens metodológicas proporcionadas pelas “rodas de conversas” e anotações no “diário de campo”. Partindo das análises dos dados, podemos apontar que as estudantes possuem visões e entendimentos conceituais a respeito da(s) lesbianidade(s) e que esses já possuem um posicionamento crítico frente à forma como a mulher é retratada na sociedade. Entretanto, podemos verificar que a temática “lesbianidade(s)” – não diferente da forma como as demais mulheres são retratadas na escola, que é atravessada pela invisibilidade histórico-escolar – ancora-se em representações mediadas pela violência, limitadas às relações afetivo-sexuais e/ou dimensões domésticas e íntimas da sexualidade.
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O cinema é um dos repositórios culturais mais importantes do último século. As suas imagens e os seus sons permitem imaginar mundos. É pelo cinema (e pelas imagens em movimento, em escala maior) que construímos as nossas representações, aquilo que conhecemos do mundo à nossa volta. O cinema, portanto, é uma arma poderosa para a construção das identidades, quer elas sejam nacionais, regionais, sexuais, profissionais, sociais, etc. De certa forma, tomamos aqui a designação já popularizada de Benedict Anderson (2012), quando este investigador propõe ver um determinado grupo nacional como uma “comunidade imaginada”, isto é, uma comunidade construída a partir de discursos dos meios de comunicação de massa que permitem o reconhecimento comum de uma determinada identidade nacional.
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Tese de Doutoramento, Comunicação, Cultura e Artes, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2016
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Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, 2016.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Apontar tendências - a médio e/ou longo prazos - para uma área do conhecimento, desafio o pesquisador para o exercício da priorização e da sistematização, mas também evidencia que escolhas foram feitas. O objetivo deste trabalho foi o de reunir informações capazes de demonstrar o cenário comunicacional em duas grandes frentes: ensino e pesquisa. Sistematizar trajetórias institucionais produtivas, criar e expandir políticas públicas que articulem os múltiplos atores sociais em torno de um desenvolvimento sustentável e possibilitar a reflexão sobre os arranjos institucionais mais adequados para permitir a inclusão social etc, são alguns resultados frente ao mapeamento proposto nesse material. Reconhecer e relacionar temas, incluídas as estruturas produtivas e as políticas de CT&I, P&D, as interconexões entre as múltiplas dimensões da infraestrutura, especificamente das comunicações, possibilitaram o conhecimento sobre o amadurecimento das instituições públicas e privadas e de seus acervos informacionais. Dividido em duas partes, a primeira focalizou o Brasil e suas instituições científicas e a segunda que traçou o panorama da educação do Cone Sul. O resultado apontou tendências brasileiras da Comunicação na primeira década do novo século, além de traçar o cenário da Educação no Cone Sul, a partir da segunda década, fazendo um inventário do estado atual do conhecimento
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Devido ao contexto económico vivido actualmente, de muita concorrência e de incerteza, impõe-se a aposta em fazer diferente, em fazer melhor e a um menor custo. Tal caminho pode ser percorrido com recurso à criatividade e inovação resultando deste binómio elementos potenciadores de mais-valias para a empresa e para o consumidor. Será que o ambiente organizacional influencia o aparecimento de criatividade e inovação? A opinião de que o ambiente é realmente muito importante para tal acontecer é partilhada por vários autores. A cultura organizacional, a forma como é considerado o indivíduo dentro da organização, como é feita a gestão de talentos, a forma como são encorajadas as ideias de todos os indivíduos pode realmente ser um factor decisivo para facilitar e encorajar a criatividade e inovação na empresa. A abordagem empírica assenta num estudo qualitativo, para o qual foram seleccionadas três empresas. A selecção de duas das empresas teve em conta o seu posicionamento no mercado como empresas inovadoras e a terceira pelo facto do seu core business estar directamente relacionado com a criatividade. Através do estudo realizado conclui-se que a cultura e o clima organizacional, ou seja, a forma como é visto o colaborador, como lhe é dado poder de decisão, como é reconhecido o seu esforço, trabalho e empenho, influencia os níveis de criatividade e inovação dentro da Organização. ABSTRACT; Due to the current economic context, marked by a fierce competition and uncertainty, it is necessary to focus on making differently, better and cheaper. Such path can be followed using creativity and innovation. Profit-boosting elements for the company and the consumer. Does the work environment affect the occurrence of creativity and innovation? Several authors share the opinion that the environment is very important for that occurrence. The organizational culture, the way how the individual is perceived inside the organization, how the management of talents is made, the ideas from all individuals are seen, can be a major to facilitate and encourage creativity and innovation in the company.
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Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação Física
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Universidade Estadual de Campinas . Faculdade de Educação Física
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O estudo compara episódios de conflitos entre crianças de quatro a cinco anos de idade, pertencentes a dois grupos culturais: um de uma grande metrópole (São Paulo) e outro de uma pequena comunidade praiana do estado de São Paulo (Ubatuba). Foram observadas 39 crianças (20 meninas e 19 meninos). Analisaram-se os motivos, as estratégias de oposição, as reações à oposição e o desenlace de conflitos. Nos dois grupos e gêneros, o motivo mais freqüente para os conflitos foi a disputa por brinquedos e as estratégias de resolução pró-sociais mesclaram-se com as coercitivas. Algumas diferenças comportamentais de gênero encontradas nas crianças de São Paulo, diferentemente do que se observou em Ubatuba, assemelharam-se às verificadas em estudos europeus e norte-americanos: os meninos se mostraram mais agressivos e as meninas, mais conciliadoras. As crianças paulistanas apresentaram maior número de táticas verbais, enquanto as estratégias diretas e proximais predominaram entre as ubatubanas. O estudo evidencia a importância de considerar as influências culturais na resolução de conflitos entre crianças.
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O presente artigo pretende discutir a utilização da abordagem antropológica sobre o consumo e, em especial, do método etnográfico na área acadêmica de Marketing. Inicialmente serão comentados alguns textos clássicos no campo da antropologia do consumo, a fim de ressaltar a especificidade da contribuição dessa disciplina aos estudos sobre o consumo: a percepção de que esse fenômeno é, antes de tudo, simbólico e coletivo. Em seguida, são analisados os modos de utilização da etnografia nos estudos publicados em revistas acadêmicas de Marketing e na produção acadêmica de um instituto de pesquisa e ensino no Brasil. A reflexão antropológica encontrada nos estudos aqui comentados serve, em seu conjunto, para abrir novas perspectivas intelectuais, promovendo um debate crítico em relação ao viés positivista e reducionista presente no campo de investigações sobre o consumidor na área de Marketing.