380 resultados para Zen Buddhism
Resumo:
«Disputas de Amanguchi» é a expressão pela qual designamos um conjunto de debates ocorridos entre 1551 e 1552, que tiveram como principais intervenientes o Padre Cosme de Torres (com o Padre Juan Fernandez como tradutor) e vários monges budistas. As principais fontes relativas a este acontecimento histórico são uma carta do Padre Cosme de Torres e outra do Padre Juan Fernandez. Estas cartas são, provavelmente, os primeiros textos ocidentais em que podemos encontrar relatos detalhados sobre o Budismo e que tiveram uma vasta posteridade nas crónicas portuguesas e europeias relativas às missões cristãs no Japão. O presente estudo procura reconstituir as referências ao Budismo nas cartas do Padre Cosme de Torres e do Padre Juan Fernandez, bem como os comentários das principais crónicas em Língua Portuguesa que se referem às «Disputas de Amanguchi»: História da Vida do Padre Francisco de Xavier, escrita pelo Padre João de Lucena, e Oriente Conquistado a Jesus Cristo, do Padre Francisco de Sousa. Desta forma, pretendemos analisar a evolução da controvérsia entre Cristianismo e Budismo, identificando, portanto, diferentes estádios de conhecimento do Budismo nos textos portugueses dos séculos XVI e XVII.
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A meditação em torno do Budismo é o centro da articulação da vida filosófica de Antero de Quental. Tendo partido de uma visão pessimista e nihilista do Budismo, Antero foi-se aproximando duma visão do Budismo, histórica e culturalmente bem alicerçada, que lhe permitiu encontrar a via para a solução das aporias da Civilização Ocidental. A constatação deste facto impõe uma visão renovada do pensamento de Antero, quer ao nível da especulação filosófica (de que se ocupa este texto), quer ao nível da meditação poética.
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Eça de Queirós não possui um texto reflexivo sobre o budismo, nem a sua obra possui personagens budistas. A sua concepção da doutrina de Buda e do budismo surge, em essência, no romance A Correspondência de Fradique Mendes, texto da última fase da obra de Eça de Queirós, e obedece ao espírito humanista presente nos romances e contos publicados ou escritos nos seus últimos dez anos de vida (1890 – 1900). Usando uma metodologia comparatista, Eça faz equivaler Buda a Cristo como homens santos, o primeiro para a mentalidade oriental, o segundo para a ocidental. No entanto, porque Buda permite a salvação de todos através do aperfeiçoamento das diversas reencarnações corporais, Fradique prefere Buda a Cristo.
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Neste texto, o nosso principal propósito foi o de reflectir sobre a visão de Basílio Teles do humano e, ao mesmo tempo, a sua perspectiva do divino. Como veremos, a sua perspectiva do divino não é “transcendentalista”. Mas, poderá ser, por essa razão, “budista”? Essa será a questão à qual procuraremos responder.
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A leitura que Manuel Laranjeira (1877-1912) faz do conceito budista nirvana não difere essencialmente da mais comum no Ocidente do século XIX. Aparentemente, a única particularidade da sua análise é ser de cariz médico. Defende-se neste texto que este ensaio, contextualizado no conjunto da produção de Laranjeira e de outros autores portugueses seus coevos – sobretudo Guerra Junqueiro e Teixeira de Pascoaes – tem, no entanto, outras virtualidades de leitura, no que concerne à cultura portuguesa. Por um lado, enquanto análise do pessimismo, diagnostica ou adivinha um “nirvana” nacional. Por outro lado, parece anunciar, ainda que de forma negativa, uma linha do pensamento e da cultura portuguesa que se debruçou sobre o Oriente e o Budismo.
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Este texto procura explorar o tema de Buda e do Budismo na escrita de Teixeira de Pascoaes (1877-1952).
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Este texto visa discutir o tratamento que o autor português António Sérgio dá ao Budismo na sua obra. Verifica-se, então, que tal temática está tremendamente associada à reflexão que Antero de Quental tece nos seus escritos acerca do assunto e à associação entre os conceitos de Nirvana Activo e Uno Unificante.
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Tendo como prerrogativa o desmascaramento da pretensão, inserida em qualquer essência fenoménica e psicológica, de afirmar-se como uma entidade autónoma, isolada e independente, como puro “em si”, e à revelação de como, contrariamente, qualquer realidade empírica tenha de tal forma uma natureza impermanente subentendendo-se como uma rede de relações e de interligações, a teoria da anatta-, juntamente com a da anicca, representam no âmbito do ensinamento budista talvez o que mais se assemelha ao conceito de askesis filosófica formulado no Ocidente por uma certa tradição de pensamento tendo como raízes Heraclito, Platão, Hegel e Nietzsche e que descobre dois de entre os mais originais intérpretes em Novalis e Pessoa. De facto, quer no primeiro quer no segundo, o filosofar configura-se como uma arte de compor e recompor- se a si mesmo, um percurso de iniciação a si que passa inexoravelmente pelo abandono da posição da própria auto-referencialidade e da aceitação ontognoseológica do outro no seio do idêntico. Mediante esta operação de descentralização, que em Pessoa começa e se dissolve no interior da estratégia estética da heteronímia, onde a palavra poética transfigura-se no interstício, na abdicação e fingimento, o sujeito descobre-se diferença e relação e é-lhe finalmente possível reconhecer-se como totalidade e de reflectir-se nela.
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Sendo um poeta aparentemente simples, Alberto Caeiro tem lugar de destaque na gaLibertador’ e ‘Revelador da Realidade’ são duas expressões usadas pelos discípulos que assim o descrevem, evidenciando um processo em que o conhecimento da realidade se relaciona directamente com uma libertação ou livramento. Parece, de facto, ser projecto do poeta a procura de tal conhecimento, descrito e ilustrado no conjunto dos seus versos. E a verdade encontrada das coisas, vazias e passageiras como bolas de sabão, assemelha-se ao que na filosofia budista se refere à sua verdadeira natureza; a vacuidade, cuja compreensão directa é fonte de paz, porventura a mesma que reconhecemos na admirável serenidade do mestre.
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Neste breve artigo, de sinal marcadamente indicativo, é nossa intenção ensaiar a aproximação entre o Budismo, numa consideração genérica, e o pensamento e obra de Vergílio Ferreira em dois pontos ou gestos de ambos. Num primeiro, relevamos a posição, dizemo-la, principial, que ocupa, na doutrina e prática budistas, o autoconhecimento, chave e vector, a par da mesma posição de tal conhecimento, seu valor e modo, no pensamento e obra vergilianos. Finalmente, comparamos o gesto que, no Budismo, considera o tecido (os cinco agregados ou khandhas) que responde pela insatisfação (dukkha) da existência, e o valor libertador do seu reconhecimento efectivo, com a posição vergiliana, notada numa noção que cremos crucial, a de interrogação, de distância, face à filosofia, e sua diversidade de programas ou sistemas de relação com o real, assim como, ultimamente, face à linguagem, à nomeação e determinação da realidade, tecida, esta, ultimamente, de mistério.
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Neste texto, pretende-se demonstrar como o Oriente é dinamicamente pensado na filosofia portuguesa (Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva, António Quadros) como um lugar de destinação e origem, tanto do pensamento como da história, desse modo se estatuindo uma original atitude ecuménica. Assim, neste sentido, a rica e polimórfica Teoria da Saudade é por Dalila Pereira da Costa enriquecida pela confrontação com o pensamento oriental e o Budismo. Este estudo procura mostrar como o Budismo, na obra desta filósofa, é identificado com uma forma de niilismo, em contraposição com a experiência saudosa que é vista como uma forma de autodescoberta e de salvação.
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[ES]En el presente documento se expone el estudio experimental que consiste en la comparación de diferentes catalizadores en sistemas de reacción avanzados, microrreactores, para la producción de hidrógeno a partir de biogás. El hidrógeno es un vector energético que puede emplearse como combustible, y por tanto, un candidato perfecto para sustituir aquellos combustibles provenientes de fuentes fósiles. Este Proyecto de Fin de Grado se ha basado en desarrollar el proceso conocido como tri-reformado de biogás. Esta técnica, al contrario que las técnicas convencionales de producción, presenta numerosas ventajas ya que la materia prima empleada, el biogás, es una fuente de origen renovable. Para llevar a cabo este estudio se han preparado distintos catalizadores, basados todos ellos en platino. La elección de este metal noble es debido a su alto grado de reactividad, especialmente en sistemas de reacción micro-estructurados. Con el objetivo de reducir los costes asociados al propio catalizador, se añadieron, junto con el platino, otros metales más baratos a fin de analizar su idoneidad en el proceso del tri-reformado. Por tanto, partiendo de un catalizador de referencia que contiene un 5% de platino, se prepararon otros catalizadores mantenido constante, en un 5%, la composición de metal total. Estos catalizadores se han denominado de la siguiente manera: 2.5(Pt-Me), siendo Me cada especie metálica diferente. Tras preparar los catalizadores, se llevaron a cabo diferentes experimentos con un reactor convencional de lecho fijo. El objetivo fue establecer unas condiciones de operación tal que asegurasen una adecuada comparación entre catalizadores. De este modo, se realizaron ensayos de actividad catalítica a diferentes temperaturas y velocidades espaciales para someter a los catalizadores a condiciones de operación extremas, bajo las cuales, las diferencias entre catalizadores fueran más notorias. Una vez detalladas las condiciones de operación adecuadas para la comparación de catalizadores, se llevaron a cabo los correspondientes ensayos con los catalizadores impregnados en los sistemas de reacción avanzados, denominados micorreactores. Estos ensayos se basaron en operar a una velocidad espacial constante para estudiar la influencia de la temperatura. Además, se llevaron a cabo ensayos de estabilidad de hasta 110 horas en las condiciones de operación más desfavorables. Por último se compararon las conversiones de CH4 y CO2 y el rendimiento de H2 de todas las formulaciones catalíticas preparadas, y se concluyó que el mejor candidato para el proceso del tri-reformado es el catalizador 2.5(Pt-Pd).
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Escribir este artículo ha sido para mí una oportunidad para intentar poner en orden varios sentimientos, reflexiones, preguntas, dudas y vivencias desde mi práctica como educadora en derechos humanos, que ciertamente están enriquecidos y contrastados por el voluntariado a favor de la paz como facilitadora de la Red de Propuestas Alternativas a la Violencia - PAV Ecuador y mis búsquedas de conexión conmigo misma desde la práctica del yoga y más recientemente de la meditación zen. Es, entonces, desde este terreno vivo que ha experimentado la sequedad, el desborde de aguas, el abono abundante, la maravilla del brote y el desprendimiento, que comparto estas palabras.
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Existen un sin número de prácticas artísticas con sonido, aparentemente generadas en las vanguardias europeas y estadounidenses de inicios y mediados del siglo XX, producto de la apropiación y asimilación cultural, lingüística, musical y gráfica, de las expresiones simbólicas africanas y asiáticas, por parte de dadaístas, surrealistas, futuristas, expresionistas y minimalistas. Son estos procedimientos de apropiación y asimilación de matrices culturales no occidentales, los cuales generaron experiencias como 4'33'', de John Cage, que consistió en una acción de silencio frente al piano, de cuatro minutos y treinta y tres segundos, mientras un auditorio impaciente producía sonidos de roces, tosidos, respiraciones y murmullos. La intención del silencio, en 4'33'', para Cage se ligaba fundamentalmente a la filosofía oriental del Budismo Zen. Este tipo de prácticas afiliadas al uso de los aparatos de reproducción sonora, para la década de los sesenta, fueron diseminadas a lo largo y ancho de latinoamerica, como modelos innovativos para el campo de las artes y la música. Actualmente el desplazamiento, de prácticas visuales provenientes del arte, el cine, la fotografía y el video, al sonido, a más de las exploraciones de la música electroacústica, garantizan el devenir de lo sonoro como lugar de expresión. Quizá sea esta una de las razones por las que los agentes generadores de estas prácticas denominan su propio quehacer como arte sonoro, arte acústico, música experimental, en definitiva, un glosario de formas disciplinares de nombrar las prácticas sonoras que se definen y redefinen desde el lugar en el que operan los sujetos de estas prácticas. El Presente trabajo se basa en el análisis de estas agencias, y a partir de este análisis, una apuesta por un nuevo campo de estudios, el de los estudios sonoros. Cuyo fin último, es el de establecer una perspectiva epistemológica y política de las prácticas artísticas con sonido, en diálogo con proyectos provenientes de los estudios culturales como el proyecto modernidad- colonialidad, las teorías poscoloniales, los estudios subalternos. Desde estas posiciones teóricas y políticas estamos concientes de que el sonido y sus posibilidades experimentales, articulan un régimen influyente en el mundo contemporáneo. Razón por la que esta, sobre todo es una reflexión desde las prácticas sonoras que surgen en dos ciudades andinas Quito y Bogotá, como una expresión emergente de establecer encuentros, sur-sur, que puedan generar diálogos epistemológicos sobre el sonido. En otras palabras, el sonido como un lugar de conocimiento.
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The papers in this volume were presented at a Mellon-Sawyer Seminar held at the University of Oxford in 2009-2010, which sought to investigate side by side the two important movements of conversion that frame late antiquity: to Christianity at its start, and to Islam at the other end. Challenging the opposition between the two stereotypes of Islamic conversion as an intrinsically violent process, and Christian conversion as a fundamentally spiritual one, the papers seek to isolate the behaviours and circumstances that made conversion both such a common and such a contested phenomenon. The spread of Buddhism in Asia in broadly the same period serves as an external comparator that was not caught in the net of the Abrahamic religions. The volume is organised around several themes, reflecting the concerns of the initial project with the articulation between norm and practice, the role of authorities and institutions, and the social and individual fluidity on the ground. Debates, discussions, and the expression of norms and principles about conversion conversion are not rare in societies experiencing religious change, and the first section of the book examines some of the main issues brought up by surviving sources. This is followed by three sections examining different aspects of how those principles were - or were not - put into practice: how conversion was handled by the state, how it was continuously redefined by individual ambivalence and cultural fluidity, and how it was enshrined through different forms of institutionalization. Finally, a topographical coda examines the effects of religious change on the iconic holy city of Jerusalem.