1000 resultados para Consequência da HAS Crônica
Resumo:
A desnutrição pregressa, expressa pela baixa estatura, pode ser fator de risco para síndrome metabólica (SM). O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de SM e sua relação com a baixa estatura, possível resultante de desnutrição crônica na infância, em população adulta. Foi feito um estudo transversal em população adulta, com idades entre 20 e 64 anos, residente em município da região metropolitana da cidade de São Paulo (SP). A amostra foi composta por 287 indivíduos, sendo 214 (74,6%) do sexo feminino e 75 (25,4%) do sexo masculino. Foram obtidos dados antropométricos, por meio de exame físico, dados bioquímicos (glicemia, colesterol total e frações, triglicérides) pela coleta de sangue em jejum e dados clínicos. A prevalência padronizada por sexo e idade para a síndrome metabólica foi de 34,0% e para a baixa estatura, 29,0%. A análise por regressão logística múltipla demonstrou associação entre a baixa estatura e a SM, ajustada por sexo, idade, escolaridade, renda, tabagismo, etilismo, atividade física, antecedentes familiares de doenças coronarianas, hipertensão arterial, diabetes e índice de massa corporal. Neste estudo, encontrou-se associação entre SM e baixa estatura, sugerindo que a desnutrição pregressa seja fator de risco para essa morbidade.
Resumo:
OBJETIVOS: identificar a opinião de pediatras e conhecer as recomendações de entidades profissionais e instituições públicas de saúde quanto à prescrição de suplementos fluorados. MÉTODOS: um questionário foi enviado a médicos pediatras. Informações adicionais sobre recomendações de suplementos fluorados foram obtidas junto a sete entidades profissionais e quatro instituições públicas de saúde. RESULTADOS: aproximadamente um em cada dez pediatras declarou prescrever algum suplemento contendo flúor. Risco de fluorose dentária, porque a água é fluoretada, foi a principal razão para afirmar que isso não deve ser feito. Quanto às entidades profissionais, duas deram respostas apropriadas. As respostas das demais não foram satisfatórias quanto ao uso racional de flúor. As respostas das instituições públicas foram apropriadas, embora o Ministério da Saúde não tenha se posicionado a respeito. CONCLUSÕES: um em cada 10 pediatras declarou prescrever suplementos contendo flúor para crianças residentes em São Paulo, cidade com água fluoretada. Em consequência, é necessário que o poder público e as entidades odontológicas assumam suas responsabilidades quanto ao uso dos suplementos fluorados.
Resumo:
Apesar de o uso de drogas ser uma prática presente desde os primórdios da humanidade, atualmente o seu abuso adquiriu dimensões preocupantes, configurando-se como um problema de saúde pública. O surgimento do crack, droga derivada da pasta de coca, agravou esse quadro ao aumentar os danos sociais e à saúde dos usuários. Visando conhecer o impacto de sua inserção no cotidiano dos usuários, foi realizado um estudo etnográfico em locais de venda e uso de crack na região central da cidade de São Paulo (SP, Brasil). Foi utilizado um diário de campo para registrar as observações e os diálogos informais efetuados com as pessoas que circulavam no local estudado. Os resultados apontaram os circuitos percorridos pelos usuários, suas dinâmicas e as relações que estabelecem com outros atores sociais, as quais são permeadas por permanente tensão, envolvendo a prática de atos violentos nos quais os usuários são tanto agressores quanto vítimas. O estudo também sugere a importância de outros fatores como a história da região pesquisada, as políticas públicas, questões econômicas e ausência de investimentos sociais e em saúde pública. Sugere-se que o alto grau de degradação da região pesquisada não seria consequência apenas das pessoas e atividades exercidas no local, mas principalmente do processo urbano que gerou tal quadro social.
Resumo:
Foi proposta uma revisão das terminologias empregadas para a descrição das alterações renais e também sugerida uma classificação em estágios para a doença renal crônica à semelhança da medicina humana pela IRIS (International Renal Interest Society). Essa classificação considera os estágios da doença de acordo com o tempo de evolução e a presença de marcadores de lesão renal. O objetivo principal é auxiliar no estabelecimento do diagnóstico, do prognóstico e da terapia adequada conforme cada estágio e, assim, retardar a perda da função dos rins e a evolução da doença renal e, dessa forma, propiciar melhor qualidade de vida ao paciente.
Resumo:
FUNDAMENTO: As troponinas cardíacas são marcadores altamente sensíveis e específicos de lesão miocárdica. Esses marcadores foram detectados na insuficiência cardíaca (IC) e estão associadas com mau prognóstico. OBJETIVO: Avaliar a relação da troponina T (cTnT) e suas faixas de valores com o prognóstico na IC descompensada. MÉTODOS: Estudaram-se 70 pacientes com piora da IC crônica que necessitaram de hospitalização. Na admissão, o modelo de Cox foi utilizado para avaliar as variáveis capazes de predizer o desfecho composto por morte ou re-hospitalização em razão de piora da IC durante um ano. RESULTADOS: Durante o seguimento, ocorreram 44 mortes, 36 re-hospitalizações por IC e 56 desfechos compostos. Na análise multivariada, os preditores de eventos clínicos foram: cTnT (cTnT > 0,100 ng/ml; hazard ratio (HR) 3,95 intervalo de confiança (IC) 95%: 1,64-9,49, p = 0,002), diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DDVE >70 mm; HR 1,92, IC95%: 1,06-3,47, p = 0,031) e sódio sérico (Na <135 mEq/l; HR 1,79, IC95%: 1,02-3,15, p = 0,044). Para avaliar a relação entre a elevação da cTnT e o prognóstico na IC descompensada, os pacientes foram estratificados em três grupos: cTnT-baixo (cTnT < 0,020 ng/ml, n = 22), cTnT-intermediário (cTnT > 0,020 e < 0,100 ng/ml, n = 36) e cTnT-alto (cTnT > 0,100 ng/ml, n = 12). As probabilidades de sobrevida e sobrevida livre de eventos foram: 54,2%, 31,5%, 16,7% (p = 0,020), e 36,4%, 11,5%, 8,3% (p = 0,005), respectivamente. CONCLUSÃO: A elevação da cTnT está associada com mau prognóstico na IC descompensada, e o grau dessa elevação pode facilitar a estratificação de risco
Resumo:
Background: Ser-249 TP53 mutation (249(Ser)) is a molecular evidence for aflatoxin-related carcinogenesis in Hepatocellular Carcinoma (HCC) and it is frequent in some African and Asian regions, but it is unusual in Western countries. HBV has been claimed to add a synergic effect on genesis of this particular mutation with aflatoxin. The aim of this study was to investigate the frequency of 249Ser mutation in HCC from patients in Brazil. Methods: We studied 74 HCC formalin fixed paraffin blocks samples of patients whom underwent surgical resection in Brazil. 249Ser mutation was analyzed by RFLP and DNA sequencing. HBV DNA presence was determined by Real-Time PCR. Results: 249Ser mutation was found in 21/74 (28%) samples while HBV DNA was detected in 13/74 (16%). 249Ser mutation was detected in 21/74 samples by RFLP assay, of which 14 were confirmed by 249Ser mutant-specific PCR, and 12 by nucleic acid sequencing. All HCC cases with p53-249ser mutation displayed also wild-type p53 sequences. Poorly differentiated HCC was more likely to have 249Ser mutation (OR = 2.415, 95% CI = 1.001 - 5.824, p = 0.05). The mean size of 249Ser HCC tumor was 9.4 cm versus 5.5 cm on wild type HCC (p = 0.012). HBV DNA detection was not related to 249Ser mutation. Conclusion: Our results indicate that 249Ser mutation is a HCC important factor of carcinogenesis in Brazil and it is associated to large and poorly differentiated tumors.
Resumo:
Impaired immune system by environmental stressors can lead fishes to be more susceptible to diseases that limit the economic development of aquaculture systems. This study was set out to determine the effect of six levels of mannan oligosaccharides (MOS; ActiveMOS((R)); Biorigin, Lencois Paulista, Sao Paulo, Brazil) on the performance index and hematology of Nile tilapia, Oreochromis niloticus juveniles. Fish (13.62 g) were randomly distributed into 18 plastic aquaria (300 L; 20 fishes per aquarium) and fed during 45 d with a commercial diet supplemented with 0, 0.2, 0.4, 0.6, 0.8, and 1% dietary MOS, in a totally randomized design trial (n = 3); biometrical and hematological data were collected and analyzed. There were no significant differences in hematological parameters between fish fed control and MOS supplementation diets, and daily feed consumption (FC) decreased (P < 0.05) with increasing levels of dietary MOS. Dietary MOS did not increase leukocyte count and presented negative effects on FC of Nile tilapia. At 0.4% MOS supplementation, the individual weight gain was higher in absolute values but not different (P > 0.05) compared to control diet.
Resumo:
CTX-M-encoding genes from Klebsiella spp. strains isolated in 2000 and 2006 were characterized as well as their genetic environment. CTX-M-2 variants were predominant in Klebsiella pneumoniae strains, which showed a greater variability in bla(CTX-M) genes, integrons, and plasmids in 2006 when compared to strains collected in 2000. CTX-M-9-producing Klebsiella oxytoca was identified in 2000 as clonal dissemination. (C) 2010 Elsevier Inc. All rights reserved.
Resumo:
Our previous investigations of possible lung mechanisms underlying the effectiveness of nebulized morphine for the relief of dyspnoea, have shown a high density of non-conventional opioid binding sites in rat airways with similar binding characteristics (opioid alkaloid-sensitive, opioid peptide-insensitive) to that of putative mu(3)-opioid receptors on immune cells. To investigate whether these lung opioid binding sites are functional receptors, this study was designed to determine (using superfusion) whether morphine modulates the K+-evoked release of the pro-inflammatory neuropeptide, substance P (SP), from rat peripheral airways. Importantly, K+-evoked SP release was Ca2+-dependent, consistent with vesicular release. Submicromolar concentrations of morphine (1 and 200 nM) inhibited K+-evoked SP release from rat peripheral airways in a naloxone (1 mu M) reversible manner. By contrast, 1 mu M morphine enhanced K+-evoked SP release and this effect was not reversed by 1 mu M naloxone. However, 100 mu M naloxone not only antagonized the facilitatory effect of 1 mu M morphine on K+-evoked SP release from rat peripheral airways but it inhibited release to a similar extent as 200 nM morphine. It is possible that these latter effects are mediated by non-conventional opioid receptors located on mast cells, activation of which causes naloxone-reversible histamine release that in turn augments the release of SP from sensory nerve terminals in the peripheral airways. Clearly, further studies are required to investigate this possibility. (C) 1997 Academic Press Limited.
Resumo:
This study focused on the DNA-binding activity and protein expression of the transcription factors Egr-1 and Egr-3 in the rat brain cortex and hippocampus after chronic or acute ethanol exposure. DNA-binding activity was reduced in both regions after chronic ethanol exposure and was restored to the level of the pair-fed group at 16 h of withdrawal. Cortical Egr-1 protein levels were not altered by chronic ethanol exposure but increased 16 h after withdrawal, thus mirroring DNA-binding activity. In contrast, Egr-3 protein levels did not undergo any change. There was no change in the level of either protein in the hippocampus. Immunohistochemistry revealed a region-selective change in immunopositive cells in the cortex and hippocampus. Finally, an acute bolus dose of ethanol did not affect Egr DNA-binding activity and ethanol treatment did not alter the DNA-binding activity or protein levels of the transcription factor Spl. These observations suggest that chronic exposure to ethanol has region-selective effects on the DNA-binding activity and protein expression of Egr-1 and Egr-3 transcription factors in the rat brain. These changes occur after prolonged ethanol exposure and may thus reflect neuroadaptive changes associated with physical dependency and withdrawal. These effects are also transcription factor-selective. Clearly, protein expression is not the sole mediator of the changes in DNA-binding activity and chronic ethanol exposure must have effects on modulatory agents of Egr DNA-binding activity. (C) 2000 Elsevier Science Ltd, All rights reserved.