999 resultados para Assistência a menores - Minas Gerais (Estado)
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo investigar os padrões local e regional de uso de habitat de Piabina argentea Reinhardt, 1867 em quatro diferentes rios da bacia do rio das Velhas. Os habitat amostrados foram caracterizados quanto à velocidade da água, profundidade e tipo de substrato. Para a análise ecomorfológica, foram calculados 17 atributos ecomorfológicos de 40 exemplares de cada rio. Embora estas populações tenham se sobreposto no espaço ecomorfológico, a Análise Discriminante Canônica mostrou haver diferença significativa entre elas, principalmente da população do rio das Velhas em relação às demais. A separação se deu em termos do índice de compressão, altura relativa do corpo e índice de achatamento ventral. Os padrões locais de seleção de habitat não foram congruentes em todos os rios, mas em geral, houve predomínio do padrão regional: habitat lênticos, profundidade entre 20 e 40 cm e 60 e 80 cm e substrato areia, silte+argila e banco de folhas. Considerando as características físicas de cada rio e o padrão regional da espécie, a maior parte dos seus requerimentos de habitat é contemplada nos quatro rios. Entretanto, um corpo d'água assoreado como o trecho do rio das Velhas, tende a ter maiores velocidades da água, menores profundidades e substrato finos, o que atende em parte à seleção de habitat da espécie estudada.
Resumo:
O autor diz que, de outubro de 1941 a dezembro de 1943, insulou numerosos fungos patogênicos de lesões as mais variadas. Obteve culturas puras de 5 casos de Rinocladiose, 3 de Moléstia de Lutz, apurou um Actinomyces minutissimus, 2 de Malassezia furfur e 2 Actinomyces, ainda em estudos, etc. Uma das observações de Esporotricose merece referência especial. Tratava-se de um indivíduo, morador em Governador Valadares, que apresentava uma lesão gomosa, nodular e verrucóide, fistulosa, localizada na região umbilical, provocada pela dentada de um peixe, de espécie ignorada, que atacou o paciente quando êste se banhava, completamente despido, nas águas do Rio Doce. O ponto da dentada sangrou ligeiramente e pouco depois começavam a aparecer os nódulos, que se sucederam progressivamente sem perturbar o estado geral do paciente. As sementeiras do pus de uma dessas gomas deram culturas puras do Rhinocladium Beurmanni, única espécie que o autor até hoje insulou, em 55 casos de Esporotricose em Minas Gerais. O autor já havia registrado a moléstia pela dentada de ratos, pelos ferimentos de espinhos de roseiras, pedaços de madeira, facas de cozinha, marteladas etc. Pensa, porém, que a moléstia produzida pela dentada de peixe é a primeira vez que se faz referência na literatura. Referiu-se depois o autor aos casos de Otomicoses que lhe chegaram às mãos em 1942, no serviço do Prof. ILDEU DUARTE. Dá o resumo das observações e concluiu que se tratava de lesões produzidas pelo Aspergillus fumigatus de FRESENIUS, 1841, de acôrdo com as lesões histopatológicas e as culturas que obteve.
Resumo:
São relatados os resultados de um inquérito sôbre doença de Chagas realizado na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), com a finalidade de verificar a incidência desta moléstia e especialmente de sua forma cardíaca crônica entre os doentes ali internados. Foram examinados 181 pacientes adultos não selecionados, adotando-se os seguintes métodos: a) exame clínico geral e exame minucioso do aparelho circulatório; b) eletrocardiograma; c) reação de fixação do complemento para a doença de Chagas (antígeno de cultura do Schizotrypanum cruzi); d) reação de Wassermann; e) xenodiagnóstico e radiografia dos pacientes com reação de fixação do complemento (Guerreiro & Machado) positiva e de portadores de outras cardiopatias. Dos 181 pacientes examinados, 37 (20,44%) tinham provas de laboratório positivas para foença de Chagas. 49 (27,07%) eram portadores de cardiopatias, com as seguintes etiologias: doença de Chagas (18 casos); arteriosclerose (13 casos); hipertensão arterial (12 casos); sífilis (casos); febre reumática (3 casos); cardiopatia congênita (1 caso); cor pulmonale crônico (1 caso). De 34 pacientes com doença de Chagas, 18 (52,95%) apresentavam evidências eletrocardiográficas de comportamento miocárdico. As alterações eletrocardiográficas mais freqüentes foram: bloqueio do ramo direito, extra-sístoles ventriculares, alterações de QRS (isoladas ou associadas a alterações de T), bloqueios auriculo-ventriculares. Estes achados são semelhantes aos já descritos na cardiopatia chagásica crônica por Laranja e cols. (13,26). As alterações eletrocardiográficas mais frequentes no grupo de pacientes com provas de laboratório negativas para doença de Chagas foram: curvas de hipertrofia ventricular esquerda (strain) alteralçoes primárias de T e extra-sístoles vemtriculares. A idade de 50,0% dos pacientes com miocardite chagásica crônica não ultrapassou os 30 enquanto que 83,33% dos pacientes portafores de outras cardiopatias eram maiores de 30 anos. A reação de fixação do complemento (antígeno de cultura do Schizotrypanum cruzi), devido à sua especificidade e sensibilidade, mostrou ser muito util para o diagnóstico de laboratório da doença de Chagas em sua fase crônica. O xenodiagnóstico foi positivo em 8 casos (25,8%) de 31 pacientes com reação de Guerreiro & Machado positiva. Foi discutidoo problema da etiologia do megaesôfago e do megacolon, admitindo os Autores que adoença de Chagas possivelmente desempenhe, em determinadas zonas, papel significativo no desenvolvimento destas afecções. Foi brevemente relatada a distribuição geográfica dos triatomídeos no Estado de Minas Gerais. Os principais vetores são Panstrongylus megistus, Triatoma infestans e Triatoma sordida, se bem que outras 12 espécies ocorrem neste Estado. Estes triatomídeos existem em 204 (64,55%) dos 316 municípios do Estado de Minas. Vetores infetados foram encontrados em 143 municípios (70,09%). Foram assinaladas as áreas infetadas mais importantes. Os Autores salientaram a importância médica da doença de Chagas, acreditando ser esta infecção um dos mais importantes fatores de cardiopatia em amplas zonas rurais do Estado de Minas Gerais.
Resumo:
O grande impulso que têm tornado, nestes últimos anos, as investigações sôbre a doença de Chagas, não sòmente em Minas Gerais, como também em outros Estados do Brasil e países do novo continente atingidos pela endemia; o interêsse cada vez mais crescente por parte dos médicos em geral e a facilidade com que vêm sendo por êles assimiladas as recentes contribuições ao estudo desta entidade mórbida; a importância médico-social e a repercussão econômica que tem sido atribuída à esquizotripanose como fator de letalidade e de incapacidade relativa ou total para o trabalho, depois de conhecidos os resultados de inquéritos clínico-epidemiológicos realizados em zonas infestadas por triatomíneos; a recente adoção, por parte das autoridades responsáveis pela saúde publica, de medidas concretas de contrôle da doença pelo combate aos seus transmissores domiciliares, por meio de inseticidas de ação residual aplicados em larga escala; e, principalmente, a escassez de trabalhos de conjunto e de fácil acesso, com referencias bibliográficas adequadas e extensas, que facilitassem aos não especializados no assunto, o conhecimento e a consulta das investigações já realizadas sôbre êste importante problema de medicina tropical; tais são os principais motivos que sugeriram a elaboração de um esbôço crítico do desenvolvimento dos trabalhos até agora publicados sôbre a esquizotripanose em Minas Gerais. De fato, foi aí descoberta a nova entidade mórbida do homem, foram aí estudados e esclarecidos problemas relativos à etiologia, epidemiologia, aspectos clínicos e anatomo-patológicos da esquizotripanose, foram aí realizadas investigações experimentais e desenvolvidos métodos de profilaxia, constituindo, em conjunto, os trabalhos realizados sôbre a esquizotripanose em Minas Gerais, fundamentados nos alicerces sólidos legados pelo seu grande descobridor, uma obra verdadeiramente monumental, que tanto orgulha e engrandece a ciência latino-americana. Os trabalhos publicados sôbre a doença de Chagas em Minas Gerais, compreendendo tôdas as inves tigações aí realizadas e as contribuições que com material procedente do Estado se realizaram fora dêle, foram divididos em cinco grandes grupos: l.º) Trabalhos realizados em Lassance 2.º) Trabalhos realizados em Bambuí 3.º) Trabalhos realizados em Belo Horizonte 4.º) Trabalhos realizados em outras zonas do Estado 5.º) Profilaxia da doença de Chagas em larga escala. I) Os trabalhos realizados em Lassance cobrem um longo período de quase 30 anos, período êsse que vai desde 1909, data da descoberta de um novo tripanosoma e da descrição da nova entidade mórbida do homem feita por CHAGAS, ate 1936, data da publicação de trabalhos de pesquisadores de Manguinhos, apresentados no ano anterior à Nona Reunião da Sociedade Argentina de Patologia Regional convocada em homenagem à memória do grande tropicalista brasileiro CARLOS CHAGAS. Pràticamente, as pesquisas desenvolvidas em Lassance e os trabalhos realizados com o abundante material que de lá foi canalizado para o Instituto Oswaldo Cruz investigações condensadas em uma centena de publicações foram feitas por CHAGAS e colaboradores durante a vida do descobridor da esquizotripanose. Neste período, CHAGAS e pesquisadores que, sob sua orientação, trabalharam em Lassance e Manguinhos, descreveram a nova doença nas suas diversas...
Resumo:
O A. descreve as fases da campnha antiofídica em Minas Gerais (1918 a 1940). Registra as seguintes espécies de ofídios venenosos encontrados: Bothrops cotiara, Bothrops alternata, Bothrops atrox, Bothrops neuwiedii, Bothrops jararaca, Bothrops inaequalis, Bothrops jararacussú, Crotalus terrificus terrificus, Lachesis mutus, Micrurus lemniscatus, Micrurus frontalis, Micrurus corallinus corallinus e numerosas espécies não venenosas, fazendo um mapa para a distribuição geográfica dos ofídios venenosos em Minas Gerais. Apurou que dominam no Estado as espécies do gênero Bothrops e não do gênero Crotalus. Registrou diferenças morfológicas, principalmente de tamanho dos Crotalus terrificus terrificus do Norte do Estado e do Centro e Sul. Relata 2 casos de alergia, de certa gravidade, pelo veneno ofídico, líquido ou sêco, curando-se os pacientes pelo afastamento dos trabalhos da seção antiofídica do Instituto Ezequiel Dias. Registra, ainda, 22 anos de trabalhos, numerosas observações pelas picadas de ofídios venenosos e não venenosos, sendo que estas últimas, em gravidade. Das 980 primeiras observações, 921 foram de acidentes humanos e, destas, 531 tomaram sôro, com a mortalidade de 1,30%; 390 não tomaram sôro e tiveram mortalidade variável, conforme a dose, a época do emprêgo do sôro e a espécie do ofídio, entre 7,6 e 100% dos casos, sendo a média geral de 33%. nenhum acidentado pela Lachesis mutus se salvou.
Resumo:
Os autores fazem um estudo comparativo sobre a morbidade da esquistossomose mansoni em 4 áreas de campo no Brasil, duas na região Sudeste (Capitão Andrade, município de Inhomi e Padre Paraíso, ambas no Estado de Minas Gerais) e duas outras na região nordeste (Riachuelo, no Estado de Sergipe e Alhandra, no Estado da Paraíba). A população total estudada nas 4 áreas foi de 4.870 pessoas, das quais 1.369 em Capitão Andrade (área 1), 850 em Riachuelo (área 2), 1.736 em Padre Paraíso (área 3) e 915 em alhandra (área 4). Na área 1, com uma população de 1.480 habitantes, foi tentado um estudo de toda a pupulação. Nas áreas 2, 3 e 4, devido ao grande número de habitantes, foi estudada uma amostra sistemática por conglomerado de aproximadamente 25% da população (grupamento familiar de uma em cada 4 residências). O estudo constou e uma avaliação das condições econômicas e sanitárias da população, do seu contacto com os focos locais de transmissão da esquistossomose, dos índices e intensidade da infecção pelo S. mansoni e das relações da carga parasitária com as diversas formas clínicas da doença em diferentes grupos etários. Paralelamente, foi feito um estudo dos hospedeiros intermediários de cada área e dos seus índices de infecção com cercárias de S. mansoni. Demonstrou-se uma prevalência de 60,8, 50,5, 63,1 e 46,6% de infecção ativa pelo S. mansoni para as áreas 1, 2, 3 e 4, com a mediana de eliminação de ovos de 207, 77,6, 391 e 211 respectivamente. Verificou-se, ainda, nas áreas da região Sudeste um aumento mais tardio dos parâmetros mencionados. Outras correlações com grupos etários, sexo, cor dos pacientes, bem como os índices de infecção dos planorbídeos com a forma clínica da doença foram feitas.
Resumo:
Foi identificado Angiostrongylus vasorum (Baillet, 1866) colhido da artéria pulmonar de dois cães (Canis familiaris) procedentes do município de Caratinga, Estado de Minas Gerais, Brasil. É apresentada a descrição morfológicas do parasita. Esta é a primeira referência desse parasita no Estado de Minas Gerais.
Resumo:
Descendentes do planorbídeo Biomphalaria peregrina, coletados em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, Brasil, foram expostos a miracídios de três cepas de Schistosoma mansoni: "LE" de Belo Horizonte, MG; "SJ" de São José dos Campos, SP e "AL" do Estado de Alagoas. Dentre 300 exemplares expostos, nenhum se infectou com as três cepas do trematódeo. Por outro lado, 300 exemplares de B. glabrata, dos grupos de controle, apresentaram taxas de infecção de 61,1 a 95,3% com as três cepas do trematódeo. As taxas de mortalidade de B. peregrina e de B. glabrata foram de 20,0 e de 28,0%, respectivamente.
Resumo:
Recebemos para exame uma pequena coleção de carrapatos no Parque Nacional da Serra da Canastra (MG), entre 1979 e 1980. Os autores demosntraram a existência de uma larga co-acomodação de Amblyomma pseudoconcolor em edentados da familia Dasypodidae, sendo Dasypodini a tribo mais ajustada a sta infestação. De acordo com as Figs. 1 e 2, Dasypodini são, provavelmente, os hospedeiros reais de A. pseudoconcolor e também os hospedeiros mais antigos. Pela primeira vez, A. pseudoconcolor é também registrado e, Cabassous tatouay, C. unicinctus, priododntes maximus e Euphractus sexcinctus. Também, pela primeira vez, A. pseudoconcolor e A. calcaratum foram registrados no Estado de Minas Gerais. os ectoparasitos estão depositados no Departamento de Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar o conhecimento e as atitudes de militares do Corpo de Bombeiros Militar de Belo Horizonte-MG acerca da adesão às recomendações de biossegurança. Trata-se de estudo transversal realizado no período de janeiro a fevereiro de 2011. Utilizou-se um questionário estruturado composto de perguntas sobre conhecimentos e atitudes relativos à biossegurança e fatores dificultadores do uso de equipamentos de proteção individual. Evidenciou-se conhecimento adequado dos profissionais sobre higienização das mãos (90,4%) e precauções padrão (89%); hábito de sempre usar luvas (95,7%); desconhecimento da ação do álcool a 70% (77,5%) e citação do capote como o equipamento de proteção individual mais difícil de ser utilizado. Entretanto, a maioria desconhecia a condição sorológica para hepatite B (25%). Conhecimentos e atitudes mostraram-se condizentes com as recomendações de biossegurança, mas há necessidade de enfatizar a importância de realizar o esquema vacinal para hepatite B.
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O parasitóide Aphidius colemani Viereck, 1912 apresenta alta mortalidade em temperaturas constantes superiores a 25°C. Provavelmente esta é a causa do insucesso no controle biológico de Aphis gossypii Glover, 1877 com o uso de A. colemani em temperaturas elevadas em casas de vegetação. Este trabalho teve como objetivo avaliar a resposta a diferentes temperaturas de indivíduos de A. colemani, originários de diferentes regiões climáticas do estado de Minas Gerais. Indivíduos de A. colemani foram coletados nos municípios de Juramento, Lavras e São Gotardo, e criados em laboratório por três gerações em A. gossypii em plantas de pepino, em sala climatizada (22±2°C, 70±10 UR e 12h de fotofase). Uma fêmea de A. colemani, acasalada e com 24-48h de vida, foi liberada por um período de uma hora em uma placa de Petri (15 cm) contendo 20 ninfas de 2° ínstar de A. gossypii em um disco foliar de pepino (4 cm de diâmetro) sobre uma solução ágar/água a 1%. Os pulgões parasitados foram mantidos em câmaras climáticas nas temperaturas de 16, 19, 22, 25 e 28±1ºC, com UR de 70±10% e fotofase de 12h. Nas temperaturas de 16 e 28°C, a emergência dos parasitóides originários de Juramento (65,9 e 35,4%) e São Gotardo (71,4 e 47,6%) foi significativamente inferior àquelas encontradas para os de Lavras (87,1 e 80,9%). A temperatura mais adequada para o desenvolvimento de indivíduos de A. colemani oriundos de Lavras foi mais alta do que para aqueles oriundos de Juramento e São Gotardo. Indivíduos de Lavras apresentaram alta emergência a 28°C, demonstrando a existência de indivíduos de A. colemani com tolerância a temperaturas mais altas. Esses resultados abrem novas perspectivas quanto a possibilidades de utilização de diferentes biótipos de A. colemani no controle biológico de A. gossypii em cultivos protegidos.
Resumo:
A riqueza de insetos galhadores é maior nas latitudes intermediárias em hábitats quentes e com vegetação esclerófila sob estresse hídrico e de nutrientes. Em regiões tropicais, os campos rupestres são indicados como hábitats ricos em espécies de insetos galhadores. Neste trabalho, foram descritas as galhas induzidas por insetos e suas plantas hospedeiras na porção sul da Cadeia do Espinhaço, sudeste do Brasil. Foram selecionados 60 sítios em seis regiões ao longo na porção sul da Cadeia do Espinhaço no estado de Minas Gerais. Em cada sítio 100 plantas foram amostradas totalizando 6.000 plantas censuradas ao longo de um gradiente altitudinal de 668 a 1860m. Foram encontrados 241 morfotipos de galhas em 142 espécies de plantas distribuídas em 29 famílias e de um total de 384 espécies de plantas amostradas. As famílias mais ricas em espécies de insetos galhadores foram Asteraceae (42%), principalmente espécies do gênero Baccharis. A maior parte das galhas (85%) foi induzida por insetos da família Cecidomyiidae seguidos por Lepidoptera (4%) e Homoptera (3%). Os ramos foram os órgãos mais freqüentemente atacados (72%) enquanto que os morfotipos mais comuns foram o elíptico (37%) e o globóide (36%). A espécie de planta hospedeira que apresentou mais morfotipos de galhas foi Baccharis pseudomyriocephala com 10 galhas distintas. Este estudo sustenta a afirmativa que campos rupestres apresentam uma elevada riqueza em espécies de insetos galhadores.
Resumo:
O sul do estado de Minas Gerais é um importante pólo da cafeicultura nacional, apesar de ainda apresentar baixas produtividades. A diagnose foliar, mediante o uso do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e dos teores foliares de referência, destaca-se dentre as ferramentas potenciais que permitem usar eficientemente os adubos. Considerando a inexistência de padrões locais estabelecidos para Coffea arabica L. na região sul de Minas Gerais, torna-se necessário verificar a validade dos padrões gerados em outras regiões. Assim, este trabalho objetivou: comparar os diagnósticos nutricionais de lavouras cafeeiras do sul de Minas Gerais obtidos de padrões publicados na literatura, estabelecer normas DRIS e propor teores foliares de referência para a diagnose nutricional de cafeeiros (Coffea arabica L.) nessa região. Os padrões propostos na literatura resultaram em diferentes diagnoses nutricionais das lavouras avaliadas nas safras 98/99 e 99/00. Normas DRIS foram estabelecidas para cafeeiros do sul de Minas Gerais e utilizadas para propor teores foliares adequados. Além disso, foram propostos os valores para N (34,7 g kg-1), P (1,72 g kg-1), K (22,1 g kg-1), Ca (11,8 g kg-1), Mg (3,06 g kg-1), S (1,78 g kg-1), B (65,9 mg kg-1), Cu (37,1 mg kg-1), Fe (110,7 mg kg-1), Mn (372,3 mg kg-1) e Zn (17 mg kg-1) como teores adequados para diagnose nutricional de cafeeiros no sul de Minas Gerais.
Resumo:
Estudou-se a evolução geoquímica e mineralógica em três perfis distintos de alteração de rochas serpentinizadas que ocorrem nas imediações dos municípios de Alpinópolis e Fortaleza de Minas, no sudoeste do Estado de Minas Gerais, sob regimes de umidade e de temperatura údico e térmico, respectivamente. Nas condições atuais, o grau de evolução química e mineralógica é moderado em relação ao desenvolvido sobre outros tipos de rochas básicas e ultrabásicas da mesma área, caracterizando-se por uma importante perda de Na e Mg e, em menor proporção, de Ca e Si. O Al (localmente também o Fe) é o elemento menos móvel dos sistemas. O K é escasso no material de origem e nas zonas de alteração, e ocorre enriquecimento desse elemento nos horizontes superficiais por aporte externo. Os minerais primários mais facilmente intemperizáveis, como o talco, a tremolita e a clorita trioctaédrica, são abundantes ainda na fração argila desses solos tropicais com composição mineralógica pouco comum, mas são todos termodinamicamente instáveis. Do ponto de vista geoquímico, o processo de alteração atual pode ser definido como uma bissialitização, que pode coincidir com ferruginização, com formação de minerais trioctaédricos secundários por transformação direta de estrutura e também por neoformação, todos coexistindo com os minerais primários residuais. No entanto, as fases de maior evolução, em volumes com drenagem mais eficiente, tendem à monossialitização, com formação de caulinitas de diferentes graus de cristalinidade. A assembléia mineralógica existente evidencia a metaestabilidade e o caráter incipiente do sistema pedogenético.
Resumo:
A erosividade da chuva é um índice numérico que expressa a capacidade das chuvas em provocar erosão hídrica no solo. O presente trabalho teve por objetivo desenvolver um programa computacional para estimar os valores da erosividade da chuva no Estado de Minas Gerais com base em redes neurais artificiais (RNAs). O valor anual da erosividade da chuva é obtido pelo somatório dos valores mensais dos índices de erosividade EI30 ou KE > 25. Foram utilizados para cálculo de cada um desses índices dois métodos de obtenção da energia cinética de precipitação pluvial. Dessa maneira, obtiveram-se quatro valores de erosividade para cada mês, totalizando o desenvolvimento de 48 redes. As RNAs desenvolvidas foram implementadas no ambiente de programação Borland Delphi 7.0. O programa computacional desenvolvido foi denominado NetErosividade MG. O programa fornece, de forma fácil e rápida, os valores mensais e anual da erosividade da chuva para qualquer localidade do Estado de Minas Gerais.