476 resultados para 310105 Fungicidas
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de Guignardia citricarpa aos fungicidas carbendazim e piraclostrobina, por meio de avaliação do crescimento em meio de cultura, decomposição de tecido foliar e produção de corpos de frutificação. Para isso, o fungo G. citricarpa foi isolado de lesões de frutos de laranja (Citrus sinensis), produzidos em área com intensa aplicação de fungicida. Os isolados obtidos foram avaliados quanto à sensibilidade aos fungicidas piraclostrobina e carbendazim, nas dosagens de 0,5, 1 e 2 µg mL-1 de i.a., para se verificar o efeito da pressão de seleção causada pelo uso destes compostos em áreas citrícolas. Embora tenha sido observada redução efetiva no número de estruturas reprodutivas e na decomposição de folhas e frutos infectados com G. citricarpa, após a aplicação dos fungicidas, 7,5% dos isolados avaliados sobre meio de cultura apresentaram resistência a esse fungicida, o que indica que pode ocorrer seleção de isolados resistentes no campo. Para a piraclostrobina não foi observada resistência, o que indica que pode ser um composto alternativo para ser utilizado de forma alternada com carbendazim, para diminuir as chances de ocorrência de resistência do patógeno.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência das doenças foliares na produtividade de duas cultivares de arroz irrigado, bem como determinar a interação entre ingredientes ativos e momento de aplicação, para o controle de escaldadura e mancha-marrom. Foram utilizados: tiofanato metílico, tebuconazole, azoxystrobin e trifloxystrobin + propiconazole, aplicados em cinco épocas, às cultivares IRGA 417 e El Passo L 144. Os parâmetros avaliados foram: severidade das doenças e rendimento de grãos. O controle químico proporcionou redução significativa na severidade das doenças, em ambas as cultivares, com reflexo no rendimento de grãos, e foi influenciado pelo produto e pela época de aplicação.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar quatro isolados do fungo antagonista Dicyma pulvinata quanto à compatibilidade com defensivos agrícolas e adjuvantes, e a eficiência desses isolados no controle do mal-das-folhas (Microcyclus ulei) da seringueira (Hevea sp.) em campo. A compatibilidade dos isolados com defensivos e adjuvantes foi avaliada com base no crescimento micelial e na esporulação do fungo, em testes conduzidos in vitro. Para avaliação da eficiência do antagonista contra M. ulei, em campo, os quatros isolados do antagonista foram comparados ao controle exercido pelo tratamento com os fungicidas propiconazol + mancozeb. Os ensaios conduzidos em laboratório indicaram a incompatibilidade de D. pulvinata com os fungicidas benomyl, carbendazim, mancozeb, propiconazol e, ainda, com o inseticida acaricida endosulfan. Dois dos adjuvantes testados (Tween 20 e Tween 80) não afetaram o desenvolvimento do fungo. Foi comprovada a ação do antagonista D. pulvinata sobre M. ulei, em campo, com destaque para os isolados CEN 62 e CEN 93, que apresentaram eficiência de controle semelhante ao tratamento fungicida padrão.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de glifosato sobre a germinação de esporos de Phakopsora pachyrhizi e no controle da ferrugem da soja, aplicado preventiva e erradicativamente, em condições controladas. A germinação de esporos foi avaliada tendo-se vertido, em meio de cultura, soluções de esporos com diferentes concentrações do glifosato (0, 100, 1.000, 10.000 e 20.000 ppm) e fungicidas. Para avaliar o controle da ferrugem, plantas foram pulverizadas com glifosato, com variação da dose e do momento, tendo-se medido a severidade da doença. Houve efeito do produto sobre os esporos do fungo, o que reduziu sua germinação. As pulverizações em plantas, em casa de vegetação, mostraram um efeito do produto sobre a ferrugem, quando aplicado preventivamente, porém com período de proteção curto e fungitoxicidade inferior à do fungicida tebuconazole. O uso do glifosato, avaliado nesse ensaio, não deve ser visto como medida de manejo de ferrugem, e não interfere nas práticas habituais de controle da ferrugem da soja.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial do uso de indutores de resistência bióticos e abióticos na redução da podridão radicular em mamoeiro. Mudas de mamoeiro foram pulverizadas com os fungicidas fosetil-Al, metalaxil e Mancozeb (2 g L-1), com os indutores abióticos fosfito de potássio (2,5 e 5 mL L-1), ácido salicílico 0,15 e 0,30%, Reforce (indutor comercial) + ácido salicílico a 5%, acibenzolar-S-metil (ASM) (0,15 e 0,30 g L-1), e com o indutor biótico Saccharomyces cerevisiae (3 e 6 mL L-1), três e seis dias antes da pulverização de 1 mL de suspensão de 10(5) zoósporos mL-1 de Phytophthora palmivora. Todos os tratamentos tiveram efeito no controle da podridão de raízes em relação à testemunha, com exceção do Reforce + ácido salicílico a 5% (3 mL L-1), seis dias antes da inoculação. Os tratamentos com ASM, com exceção da dosagem 0,15 g L-1 seis dias antes da inoculação, apresentaram resultados similares aos dos fungicidas metalaxil e Mancozeb. Plantas pulverizadas com ASM apresentaram aumento de atividade da peroxidase e beta-1,3-glucanase e maior concentração de lignina que a testemunha. No entanto, esses tratamentos não tiverem efeito sobre a atividade da quitinase. O ASM é um potencial indutor de resistência a P. palmivora em mamoeiro.
Redução da severidade da podridão-amarga de maçã em pós-colheita pela imersão de frutos em quitosana
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a aplicação de quitosana no controle da podridão-amarga da maçã em pós-colheita e seus efeitos sobre Colletotrichum acutatum e a atividade da peroxidase nos frutos. Frutos previamente infectados com o patógeno foram imersos em suspensões de quitosana com diferentes concentrações e pHs. Para estudar possíveis mecanismos de ação envolvidos no controle da doença, foram realizados testes in vitro, para avaliar o efeito da quitosana sobre a germinação de conídios de C. acutatum e sobre o crescimento micelial. Foi avaliada a capacidade da quitosana de induzir a síntese de enzimas relacionadas à defesa da planta (peroxidases), por meio de ensaio espectrofotométrico. Houve efeito de doses e de pH da quitosana sobre a redução da severidade da podridão-amarga em maçã. A suspensão de quitosana a 10 g L-1 e pH 4 foi a mais apropriada tecnicamente para o controle da doença, pois reduziu a severidade em 26%. O polissacarídeo não elevou a atividade de peroxidases nos frutos, mas reduziu a germinação de conídios e o crescimento micelial do patógeno. A quitosana aplicada em pós-colheita é uma medida alternativa aos fungicidas para o manejo da podridão-amarga.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de produtos alternativos na proteção da videira (Vitis vinifera) contra o míldio (Plasmopara viticola), bem como determinar a influência desses produtos na qualidade dos frutos da cultivar Merlot. Para o controle da doença, foram utilizados produtos à base de extratos vegetais, manano-oligossacarídeos fosforilados, fosfitos e acibenzolar-S-metil, além de fungicidas tradicionais. A intensidade do míldio em folhas e cachos, a produtividade, o número total de cachos por parcela, o peso médio do cacho e baga e as características analíticas do mosto foram avaliados nas safras de 2007/2008 e 2008/2009. Os fosfitos proporcionaram proteção contra o míldio da videira, com produtividade semelhante à do tratamento com fungicidas tradicionais. Os tratamentos baseados em manano-oligossacarídeos fosforilados, acibenzolar-S-metil e extratos vegetais não apresentaram controle eficiente do míldio. Os produtos alternativos testados não influenciam a qualidade analítica dos frutos, mas proporcionam, em geral, peso médio de cachos e de bagas menor que o do tratamento com fungicidas.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de Bradyrhizobium em pré-semeadura de soja e o efeito do tratamento das sementes com fungicidas na nodulação. Foram usados controles sem inoculação, que receberam ou não a aplicação de 200 kg ha-1 de N. A inoculação em pré-semeadura mostrou desempenho igual à inoculação padrão quanto à nodulação, produção de matéria seca, produtividade de grãos e acúmulo de nitrogênio nos tecidos e grãos da soja. Entretanto, quando as sementes foram tratadas com fungicidas, houve redução da nodulação e da produtividade.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da cobertura de plástico e da tela antigranizo associadas, ou não, a programas de aplicação de fungicidas, no controle de míldio na cultivar de uva de mesa BRS Clara, sob condições de produção das safras normal e temporã do norte do Paraná, e analisar a influência de variáveis micrometeorológicas no progresso da doença. Foram conduzidos experimentos em duas safras normais (setembro a dezembro) e duas safras temporãs (janeiro a maio) nos anos 2008 e 2009. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições: cobertura com tela antigranizo sem uso de fungicidas para controle de míldio ou com uso de fungicidas (padrão do produtor); cobertura de plástico sem uso de fungicidas ou com fungicidas apenas para oídio; cobertura de plástico com 25 ou 50% das aplicações de fungicidas padrão; e cobertura de plástico com tratamento de fosfito e cobre. A cobertura de plástico permite reduzir o número de pulverizações de fungicidas em até 75% em relação à tela antigranizo. A severidade da doença apresenta alta correlação positiva com o número de horas diárias de molhamento foliar e com a umidade relativa do ar maior que 90%. Sob tela antigranizo, a severidade da doença também se correlaciona com a intensidade de chuva
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de doses crescentes de duas formulações de fosfito de potássio, sobre a severidade do míldio da videira, produtividade e características físico-químicas de uvas Merlot. Foram avaliadas duas formulações de fosfito de potássio (Phi A e B), nas doses 0, 1,2, 2,5, 3,7 e 5,0 g L-1 de P2O5, comparadas com um fertilizante foliar e fungicidas, nas safras de 2009/2010 e 2010/2011. Observou-se efeito linear das doses de fosfito sobre a redução da severidade do míldio, nas duas safras. A maior dose de Phi A proporcionou controle médio de 60,5% e a de Phi B de 57,7%, semelhante ao controle pelos fungicidas (64,3%) e pelo fertilizante foliar (53,3%). Na primeira safra, Phi B proporcionou maior produtividade e, na segunda, não diferiu do tratamento com o fungicida. Os tratamentos somente produziram efeito sobre teor de sólidos solúveis, pH e acidez total titulável do mosto na segunda safra. Phi B e fungicidas proporcionaram os maiores teores de compostos fenólicos solúveis totais das cascas, porém, não produziram efeito sobre os teores de antocianinas. A aplicação de fosfito de potássio aumenta o teor de sólidos solúveis totais e o pH, reduz a acidez total titulável das bagas, não afeta o teor de antocianinas e é alternativa eficaz para o controle do míldio da videira, com resposta similar à proporcionada por fungicidas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi quantificar os efeitos da interação genótipo x ambiente (GxE) sobre a produtividade de grãos em progênies de soja pré-selecionadas para resistência à ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi). Doze ensaios de avaliação de progênies (linhagens F6 e F7) foram conduzidos em diferentes ambientes (combinação de locais, anos e tratamentos fungicidas para controle de doenças de final de ciclo, incluindo ou não a ferrugem). A análise "additive main effects and multiplicative interaction" (AMMI) capturou, como padrão da interação GxE, 57% da variação associada aos resíduos de não aditividade, dos quais 44% foram retidos no primeiro componente principal de interação e o restante, no segundo. O primeiro componente associou-se a diferenças entre os anos de avaliação, o que denota imprevisibilidade na predição. O segundo componente, no entanto, associou-se ao manejo diferenciado do cultivo, no que se refere ao controle ou não das doenças. Entre os genótipos de ampla adaptabilidade produtiva, as linhagens USP 02-16.045 e USP 10-10 apresentaram desempenho destacado.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi verificar a ocorrência de sinergismo entre misturas de produtos alternativos aos fungicidas, para o controle do bolor verde (Penicillium digitatum) em pós-colheita de citros. Foram testados dez produtos individualmente e trinta e cinco combinações destes produtos dois a dois, em comparação com tiabendazole e testemunha, com e sem inoculação. Os produtos testados não apresentaram efeito de sinergismo, exceto a mistura carbonato de Na + ácido bórico. Carbonato de Na e ácido bórico controlaram a doença em 78 e 87%, respectivamente, e, utilizando a mistura, o controle foi de 93%. Destacaram-se, ainda no controle da doença, o bicarbonato de Na, metabissulfito de Na e as misturas de bicarbonato de sódio + ácido bórico, carbonato de Na + carbonato de K, carbonato de Na + sorbato de K, bicarbonato de Na + carbonato de Na, controlando 92; 77; 81; 77; 75 e 71%, respectivamente. O tiabendazole utilizado como padrão controlou totalmente a doença.
Resumo:
Este estudo estima a demanda relativa por defensivos pela fruticultura brasileira, principalmente para banana, laranja, maçã, melão e uva, por dispêndio total e volume de princípio ativo por hectare, para o período de 1997 a 2000. Efetua, também, uma análise comparativa destas demandas com as obtidas para as principais culturas brasileiras (soja, milho, cana-de-açúcar e café), as quais são predominantes em termos de área cultivada e dominantes, em termos absolutos, nos dispêndios totais e volumes demandados por princípio ativo em defensivos no Brasil. Determina, ainda, em termos absolutos, a participação da fruticultura nos dispêndios totais e no consumo de princípio ativo, especialmente em acaricidas e fungicidas. Conclui sobre a importância da estimativa da demanda relativa para a fruticultura, que supera significativamente as principais culturas comerciais do País, fornecendo indicadores para o comportamento de mercado para as diferentes classes de defensivos pela fruticultura brasileira.
Resumo:
Entre os problemas que afetam a bananicultura brasileira, a Sigatoka-amarela (Mycosphaerella musicola Leach) destaca-se como um dos mais graves, podendo causar perdas superiores a 50% na produção. O controle químico continua sendo uma das principais alternativas disponíveis. Por isto a utilização de um sistema de monitoramento que possa indicar o momento correto da aplicação dos fungicidas é uma alternativa importante para racionalizar seu uso. O objetivo deste trabalho foi definir o valor de soma bruta no sistema de pré-aviso biológico, que permita reduzir o número de aplicações anuais de defensivos capaz de controlar eficientemente a Sigatoka-amarela na região do Recôncavo Baiano. O ensaio foi conduzido na área experimental do Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical - Embrapa Mandioca e Fruticultura, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, no município de Cruz das Almas, BA. Testaram-se oito tratamentos, seis utilizando a soma bruta ( 1000; 1300; 1600; 1900; 2200 e 2500), o controle sistemático da doença a cada 21 dias e a testemunha controle. Esses tratamentos foram distribuídos em oito quadras de 48 plantas da cultivar Grande Naine, avaliando-se semanalmente dez plantas por tratamento, quanto à taxa de emissão foliar e incidência da doença nas folhas 2, 3 e 4, indicando a intensidade do estádio mais avançado da lesão presente nas mesmas. Os dados semanais foram usados para o cálculo das respectivas somas brutas, recomendando ou não a aplicação do fungicida (propiconazole 3mL mais 1L de óleo mineral) . Na colheita coletaram-se os dados de produção e severidade da doença. Apenas os tratamentos controle sistemático, soma bruta 1300 e soma bruta 1600 apresentaram produções estatisticamente diferentes da testemunha sem controle. Considerando a produtividade obtida e o número de aplicações de fungicidas, requeridas durante o ciclo, foi concluído que, para as condições do Recôncavo Baiano, a aplicação do sistema de pré-aviso biológico para o controle químico da Sigatoka-amarela, deve utilizar o valor de Soma Bruta 1600 como indicador da época correta de realização das pulverizações. Nesta condição, houve uma redução de treze para oito aplicações anuais, ou seja, 40% menos defensivos aplicados, sem perda na produtividade.
Resumo:
Estudou-se a produtividade e a qualidade da uva, cv. Isabel, produzida em dois sistemas de produção, convencional e alternativo. O sistema convencional corresponde àquele empregado pela maioria dos produtores dessa cultivar, que consiste no controle de plantas concorrentes com o emprego de capinas e/ou herbicidas e no controle de doenças com fungicidas sintéticos orgânicos e não orgânicos. O sistema alternativo corresponde àquele onde se manteve a cobertura do solo e se inseriu a aveia como complemento, e o controle de doenças foi feito apenas com o emprego de calda bordalesa. Essas práticas foram realizadas desde 1998 e, nas safras 2001-2002 e 2002-2003, avaliaram-se a produtividade e a qualidade da uva produzida nos dois sistemas. Pelos resultados, observou-se que a produtividade e a qualidade da uva são mais afetadas pelas condições climáticas de safra do que pelo sistema de produção, indicando que o sistema de produção alternativo, onde se empregou menor número de pulverizações, não se usou herbicida, nem fungicida orgânico sintético, tem elevado potencial de adoção para essa cultivar.