908 resultados para Taxas de juros - Brasil - Modelos econométricos
Resumo:
A identificao das principais variveis que influenciam a volatilidade implcita das opes de juros (IDI) pode ser de grande valia para os agentes do mercado financeiro. Sendo assim, o presente trabalho procura determinar quais divulgaes econmicas - dentre elas, as alteraes das taxas de juros da economia brasileira pelo COPOM (Comit de Poltica Monetria onde so tomadas as decises sobre a nova taxa de juros bsica), a divulgao de seus documentos oficiais de comunicao (Ata e Relatrio Trimestral de Inflao), e at as surpresas de dados macroeconmicos, como a variao do PIB, a variao da produo industrial e das vendas no varejo - alteram de forma significativa a varivel de estudo. Para isso, foi utilizado um teste de evento, considerando-se o perodo de anlise de agosto de 2007 a maio de 2012, analisando as opes com vencimento em 126, 189 e 252 dias teis, possuindo deltas de 25%, 50% e 75%. De todas as variveis analisadas, a principal varivel de destaque a deciso do COPOM, que altera de forma significativa a volatilidade implcita dessas opes de juros.
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Esta dissertao analisa a conexo existente entre o mercado de dvida pblica e a poltica monetria no Brasil. Com base em um Vetor Auto-Regressivo (VAR), foram utilizadas duas proxies alternativas de risco inflacionrio para mostrar que choques positivos no risco inflacionrio elevam tanto as expectativas de inflao do mercado quanto os juros futuros do Swap Pr x DI. Em seguida, com base em modelo de inconsistncia dinmica de Blanchard e Missale (1994) e utilizando a metodologia de Johansen, constatou-se que um aumento nos juros futuros diminui a maturidade da dvida pblica, no longo prazo. Os resultados levam a duas concluses: o risco inflacionrio 1) dificulta a colocao de ttulos nominais (no-indexados) no mercado pelo governo, gerando um perfil de dvida menos longo do que o ideal e 2) torna a poltica monetria mais custosa.
Resumo:
Economias emergentes sofrem importantes restries de crdito quando comparadas com economias desenvolvidas, entretanto, modelos estocsticos de equilbrio geral (DSGE) desenhados para economias emergentes ainda precisam avanar nessa discusso. Ns propomos um modelo DSGE que pretende representar uma economia emergente com setor bancrio baseado em Gerali et al. (2010). Nossa contribuio considerar uma parcela da renda esperada como colateral para emprstimos das famlias. Ns estimamos o modelo proposto para o Brasil utilizando estimao Bayesiana e encontramos que economias que sofrem restrio de colateral por parte das famlias tendem a sentir o impacto de choques monetrios mais rapidamente devido a exposio do setor bancrio a mudanas no salrio esperado.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo avaliar para o caso brasileiro uma das mais importantes propriedades esperadas de um ncleo: ser um bom previsor da inflao plena futura. Para tanto, foram utilizados como referncia para comparao dois modelos construdos a partir das informaes mensais do IPCA e seis modelos VAR referentes a cada uma das medidas de ncleo calculadas pelo Banco Central do Brasil. O desempenho das previses foi avaliado pela comparao dos resultados do erro quadrtico mdio e pela aplicao da metodologia de Diebold-Mariano (1995) de comparao de modelos. Os resultados encontrados indicam que o atual conjunto de medidas de ncleos calculado pelo Banco Central no atende pelos critrios utilizados neste trabalho a essa caracterstica desejada.
The effects of commodity dependence on the brazilian economy: a test of the dutch disease hypothesis
Resumo:
A doena holandesa tornou-se amplamente conhecida na dcada de 1960, quando a descoberta repentina de reservatrios de gs natural em territrio holands, na regio do mar do norte, transformou o pas em uma economia rica em recursos. A desagradvel consequncia que proveio da recm-adquirida abundncia de commodities foi o declnio da prspera indstria holandesa, que perdeu sua competitividade devido valorizao do florim holands, como consequncia do aumento do influxo de capital estrangeiro no pas. Desde ento este fenmeno tem sido observado em diversos pases que possuem abundncia de commodities. O objetivo desta tese aplicar o modelo da doena holandesa ao Brasil, j que a maior economia da Amrica latina poder tambm ter de encarar a ameaa de se tornar prisioneira da armadilha das commodities, devido sua abundncia de recursos naturais. O autor revisa a bibliografia bsica abordando o tema geral da doena holandesa e d enfoque a estudos realizados anteriormente no Brasil. Alm disso, os quatro maiores sintomas que caracterizam a doena holandesa so testados: (1) valorizao das taxas de cmbio do real, (2) declnio do setor industrial, (3) crescimento do setor de servios, e (4) aumento dos salrios. Todos estes sintomas foram observados e podem ser comprovados atravs das abordagens de cointegrao ou de correlao, com exceo do sintoma nmero dois. Ainda que estes resultados sejam significativos, h muito outros fatores determinantes que influenciam o desenvolvimento dos sintomas examinados, motivo pelo qual futuros estudos sero necessrios para se obtiver concluses definitivas sobre como o Brasil afetado pela doena holandesa.
Resumo:
Este trabalho contribui a discusso de diversificao internacional no contexto de investidores brasileiros com referncia na moeda local (Reais). O trabalho testa as seguintes hipteses: (1) se a adio de ativos internacionais no aumenta a eficincia (melhora na relao retorno/risco) de carteiras somente com ativos brasileiros, (2) se carteiras de menor risco exigem mais alocaes internacionais e, (3) se alocao de ativos parecida para investidores com referncias em dlar ou em reais. Esse trabalho utiliza modelos j conhecidos de fronteiras eficientes com aplicao de tcnicas que utilizam rotinas de Monte Carlo para suavizar possveis erros na estimao dos retornos das classes de ativos, que incorporam ainda incertezas sobre o cmbio. Nas simulaes so utilizadas uma cesta de ativos locais e uma cesta de ativos que melhor representa o mercado internacional. Apesar da grande maioria dos investidores brasileiros utilizarem muito pouco ativos internacionais em suas carteiras, seja por motivos de Home Bias, fatores histricos macroeconmicos evidenciados pelas altas taxas de juros ou limitaes regulatrias, os resultados empricos demonstram que existem ganhos de eficincia para as carteiras de investidores brasileiros ao se incluir ativos internacionais na alocao de ativos. Esses ganhos de eficincia so evidenciados para todos os perfis de risco, desde os mais conservadores at os perfis mais agressivos. Os resultados mostram que quanto maior o perfil de risco da carteira, maior a alocao internacional que maximiza a eficincia da carteira. E por ltimo, a referncia da moeda muda significativamente a alocao eficiente de carteiras, carteiras com referncia em dlar exigem menos diversificao com ativos em reais do que carteiras com referncia em Reais exigem diversificao com ativos internacionais.
Resumo:
Com o objetivo de precificar derivativos de taxas de juros no mercado brasileiro, este trabalho foca na implementao do modelo de Heath, Jarrow e Morton (1992) em sua forma discreta e multifatorial atravs de uma abordagem numrica, e, que possibilita uma grande flexibilidade na estimativa da taxa forward sob uma estrutura de volatilidade baseada em fatores ortogonais, facilitando assim a simulao de sua evoluo por Monte Carlo, como conseqncia da independncia destes fatores. A estrutura de volatilidade foi construda de maneira a ser totalmente no paramtrica baseada em vrtices sintticos que foram obtidos por interpolao dos dados histricos de cotaes do DI Futuro negociado na BM&FBOVESPA, sendo o perodo analisado entre 02/01/2003 a 28/12/2012. Para possibilitar esta abordagem foi introduzida uma modificao no modelo HJM desenvolvida por Brace e Musiela (1994).
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Este trabalho prope a implementao de um modelo de trs fatores em que os movimentos da Estrutura a Termo da Taxa de Juros so determinados por variveis macroeconmicas observveis. Desenvolvi o estudo com base na metodologia elaborada por Huse (2007), que props um novo modelo baseado nos estudos de Nelson e Siegel (1987) e Diebold e Li (2006). Os fatores utilizados foram: taxa de cmbio em reais por dlar, expectativa da taxa de inflao para daqui a doze meses, spread do Credit Default Swap com maturidade de cinco anos, taxa de desemprego, ndice de commodities e expectativa da taxa SELIC para o final do ano corrente. O modelo foi capaz de explicar 94% das mudanas na estrutura a termo da taxa de juros. Aumentos na taxa de cmbio, na expectativa de taxa de inflao, no spread do Credit Default Swap, na taxa de desemprego e na expectativa da taxa SELIC esto diretamente relacionadas com aumento na curva de juros com zero cupom. Variaes no preo das commodities esto inversamente relacionadas com variaes na Estrutura a Termo da Taxa de Juros.
Resumo:
Este trabalho visa analisar a dinmica das expectativas de inflao em funo das condies macroeconmicas. Para tal, extramos as curvas de inflao implcita na curva de ttulos pblicos pr-fixados e estimamos um modelo de fatores dinmicos para sua estrutura a termo. Os fatores do modelo correspondem ao nvel, inclinao e curvatura da estrutura a termo, que variam ao longo do tempo conforme os movimentos no cmbio, na inflao, no ndice de commodities e no risco Brasil implcito no CDS. Aps um choque de um desvio padro no cmbio ou na inflao, a curva de inflao implcita se desloca positivamente, especialmente no curto prazo e no longo prazo. Um choque no ndice de commodities tambm desloca a curva de inflao implcita positivamente, afetando especialmente a parte curta da curva. Em contraste, um choque no risco Brasil desloca a curva de inflao implcita paralelamente para baixo.
Resumo:
A presente tese composta por trs ensaios. O primeiro ensaio estuda os ciclos de negcios brasileiro no perodo dos anos 1900 at 2012. Uma srie trimestral do PIB real elaborada, utilizando um modelo estrutural de sries de tempo. A partir disso, um modelo com mudana Markoviana proposto para que seja construda uma cronologia de ciclo de negcios. O modelo selecionado possui dois regimes distintos, cenrios de expanso e de recesso, a datao obtida comparada com outros estudos sobre o tema e so propostas caracterizaes das fases de crescimento que podem apoiar estudos sobre a histria econmica do Brasil. O segundo ensaio estuda o comportamento da velocidade da moeda no ciclo de negcios brasileiro de 1900 at 2013. Os resultados a partir das estimativas dos modelos de sries temporais, MS e GARCH, so utilizados para suportar esse estudo. Em termos gerais a velocidade da moeda no Brasil apresentou queda at a segunda Guerra Mundial, cresceu at meados dos anos 1990 e a partir disso segue em tendncia de queda. A experincia inflacionria brasileira captulo importante de nossa histria econmica. O objetivo do terceiro ensaio estudar a volatilidade da inflao brasileira ao longo do tempo no perodo de 1939 at 2013, buscando descrever sua relao com a taxa de inflao, adotando como referncia uma datao de ciclos de negcios. Para realizar essa descrio sero utilizados os resultados obtidos nas estimaes de modelos econométricos das classes GARCH, BSM e MS. No caso brasileiro a indicao que a taxa de inflao impacta positivamente sua volatilidade.
Resumo:
Esta tese composta de trs artigos que analisam a estrutura a termo das taxas de juros usando diferentes bases de dados e modelos. O captulo 1 prope um modelo paramtrico de taxas de juros que permite a segmentao e choques locais na estrutura a termo. Adotando dados do tesouro americano, duas verses desse modelo segmentado so implementadas. Baseado em uma sequncia de 142 experimentos de previso, os modelos propostos so comparados benchmarks e conclu-se que eles performam melhor nos resultados das previses fora da amostra, especialmente para as maturidades curtas e para o horizonte de previso de 12 meses. O captulo 2 acrescenta restries de no arbitragem ao estimar um modelo polinomial gaussiano dinmico de estrutura a termo para o mercado de taxas de juros brasileiro. Esse artigo prope uma importante aproximao para a srie temporal dos fatores de risco da estrutura a termo, que permite a extrao do prmio de risco das taxas de juros sem a necessidade de otimizao de um modelo dinmico completo. Essa metodologia tem a vantagem de ser facilmente implementada e obtm uma boa aproximao para o prmio de risco da estrutura a termo, que pode ser usada em diferentes aplicaes. O captulo 3 modela a dinmica conjunta das taxas nominais e reais usando um modelo afim de no arbitagem com variveis macroeconmicas para a estrutura a termo, afim de decompor a diferena entre as taxas nominais e reais em prmio de risco de inflao e expectativa de inflao no mercado americano. Uma verso sem variveis macroeconmicas e uma verso com essas variveis so implementadas e os prmios de risco de inflao obtidos so pequenos e estveis no perodo analisado, porm possuem diferenas na comparao dos dois modelos analisados.
Resumo:
Ao longo da histria econmica, as instabilidades financeiras sempre despertaram interesses dos pesquisadores, que visavam entender os motivos pelos quais uma economia se tornava vulnervel em determinadas situaes. Outros estudiosos procuravam desvendar as razes que levavam s instabilidades e, alm do mais, procuravam relacionar as variveis que tinham maior poder de explicao nos perodos de instabilidade. O presente trabalho focar nas pesquisas dos early warning indicators aplicados economia brasileira, com o intuito de estimar quais so os indicadores mais aderentes na explicao dos movimentos da economia. Para tal, o trabalho est dividido da seguinte maneira: No primeiro captulo, ser abordada uma introduo do trabalho. J no segundo captulo, sero abordados os referenciais tericos de autores que estudaram os motivos das instabilidades financeiras. Tambm consta a reviso dos estudos dos early warning indicators e do exchange market pressure aplicado economia brasileira. Posteriormente, no terceiro captulo, feita uma anlise economtrica, com os critrios de seleo dos indicadores. Alm da justificativa das escolhas dos indicadores, sero estimados modelos dos impactos dos early warning indicators na economia brasileira. Aps isto, tambm foi calculado o exchange market pressure para a economia brasileira. Por fim, conclu-se que, apesar dos modelos de early warning indicators no serem to aderentes realidade brasileira, a sua determinao estatstica de grande importncia para o acompanhamento das tendncias na economia.
Resumo:
A tradicional representao da estrutura a termo das taxas de juros em trs fatores latentes (nvel, inclinao e curvatura) teve sua formulao original desenvolvida por Charles R. Nelson e Andrew F. Siegel em 1987. Desde ento, diversas aplicaes vm sendo desenvolvidas por acadmicos e profissionais de mercado tendo como base esta classe de modelos, sobretudo com a inteno de antecipar movimentos nas curvas de juros. Ao mesmo tempo, estudos recentes como os de Diebold, Piazzesi e Rudebusch (2010), Diebold, Rudebusch e Aruoba (2006), Pooter, Ravazallo e van Dijk (2010) e Li, Niu e Zeng (2012) sugerem que a incorporao de informao macroeconmica aos modelos da ETTJ pode proporcionar um maior poder preditivo. Neste trabalho, a verso dinmica do modelo Nelson-Siegel, conforme proposta por Diebold e Li (2006), foi comparada a um modelo anlogo, em que so includas variveis exgenas macroeconmicas. Em paralelo, foram testados dois mtodos diferentes para a estimao dos parmetros: a tradicional abordagem em dois passos (Two-Step DNS), e a estimao com o Filtro de Kalman Estendido, que permite que os parmetros sejam estimados recursivamente, a cada vez que uma nova informao adicionada ao sistema. Em relao aos modelos testados, os resultados encontrados mostram-se pouco conclusivos, apontando uma melhora apenas marginal nas estimativas dentro e fora da amostra quando as variveis exgenas so includas. J a utilizao do Filtro de Kalman Estendido mostrou resultados mais consistentes quando comparados ao mtodo em dois passos para praticamente todos os horizontes de tempo estudados.
Resumo:
A teoria da Nova Economia Institucional atribuiu papel de destaque s instituies, classificando-as como as regras do jogo nas sociedades. Uma das vertentes desta literatura foca-se em analisar a relao entre o grau de enforcement ou exigibilidade das decises proferidas pelo Poder Judicirio e seu impacto no desenvolvimento econmico das naes, em especial, dos pases em desenvolvimento. No Brasil, este debate ganha relevncia no final da dcada de 1990 a partir de determinadas pesquisas de cunho social realizadas com magistrados, demonstrando que estes tenderiam a sacrificar a previsibilidade judicial em favor da justia social. Nesse contexto, certos economistas brasileiros lanam a hiptese da existncia de um vis anticredor por parte do Poder Judicirio brasileiro, cuja tendncia a de favorecer a parte devedora, fato que resulta na manuteno das altas taxas de juros no pas, bem como na inexistncia de um mercado de crdito de longo prazo. Diante deste debate, foi selecionado segmento especfico a atividade de factoring para se desenvolver pesquisa emprica qualitativa substantiva a fim de se (i) investigar o grau de enforcement das decises contratuais e (ii) testar a existncia ou no de um vis anticredor por parte dos Tribunais de Justia de So Paulo e do Rio Grande do Sul.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo principal avaliar a existncia de equivalncia ricardiana no Brasil. Para isto, empregam-se trs metodologias distintas. Inicialmente, com base no modelo de Enders e Lee (1990), utilizam-se regresses do tipo VAR e VEC e decomposio de varincia para avaliar de que forma consumo e exportaes lquidas reagem a variaes no-antecipadas da dvida do setor pblico, mantidos constantes os gastos do governo. Em seguida, com base no mesmo modelo terico, estimam-se parmetros relativos funo consumo e testam-se as restries de sobre-identificao associadas tcnica de MGM. Por ltimo, efetuam-se testes relativos restrio de liquidez com base no modelo de consumidores restritos de Campbell e Mankiw (1989). Embora alguns dos resultados sejam inconclusos, particularmente quando se utilizam os dois primeiros mtodos de investigao (anlise de varincia e teste das restries de sobre-identificao), de modo geral conclumos pela no-validade da hiptese para o Brasil. Teoricamente, isto compatvel com o fato de se ter uma parcela substancial de consumidores brasileiros restritos na obteno de crdito (a exemplo do que j haviam tambm concludo Reis, Issler, Blanco e Carvalho (1998) e Issler e Rocha (2000) e do que tambm conclumos na ltima seo.