469 resultados para PRESAS
Resumo:
Nos lagos do Médio Rio Doce (MG), dois grupos de larvas de Libellulidae apresentam diferenças no uso do habitat: um utiliza preferencialmente macrófitas aquáticas e o outro utiliza a superfície do fundo. O objetivo deste trabalho foi verificar se existe uma distinção morfológica entre estes dois grupos. Treze medidas morfológicas foram tiradas das larvas e analisadas. Nenhuma diferença, com relação ao tamanho corporal, foi encontrada entre os dois grupos, embora diferenças de forma tenham sido observadas com relação a duas variáveis morfológicas. As espécies que usam principalmente macrófitas tendem a possuir maiores medidas relativas do lábio e menores medidas da largura do abdome, o oposto ocorrendo com as larvas habitantes do fundo. Vantagens na captura de presas e na vulnerabilidade à predação são provavelmente as explicações para a divergência morfológica observada entre os dois grupos de larvas.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
A dieta de Cichla kelberi introduzido em um lago artificial em Leme-SP foi composta predominantemente pelas espécies de peixes mais comuns nesse lago (Oreochromis niloticus e o próprio C. kelberi). Na primavera e no verão, o item mais consumido foi O. niloticus. Porém, o canibalismo foi muito comum para esta espécie. As altas frequências de O. niloticus e de C. kelberi revelam que a espécie apresenta um ciclo sazonal, se alimentando das presas mais comuns em cada período do ano, com uma redução da sua atividade alimentar durante o inverno. As dietas foram diferentes entre os exemplares imaturos e maduros, sugerindo que existem diferenças ontogenéticas, principalmente relacionadas ao tipo de presa, como: Ephemeroptera, consumidos pelos tucunarés imaturos e peixes, pelos maduros, além do tamanho das presas.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Este trabalho apresenta dados acerca do comportamento de forrageamento e substratos usados para a captura de presas por 28 espécies de tiranídeos (Tyrannidae) no Brasil. Para seis espécies: Arundinicola leucocephala Linnaeus, 1764, Fluvicola nengeta Linnaeus, 1766, Machetornis rixosa Vieillot, 1819, Myiozetetes similis Spix, 1825, Pitangus sulphuratus Linnaeus, 1766 e Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 -, também são apresentados dados sobre a altura do poleiro usado para caça, tempo de procura por presas, distância e ângulo de ataque. Com raras exceções, manobras do tipo sally strike foram as mais freqüentes, enquanto folhas vivas e o ar foram os substratos mais comumente usados para capturar presas. Para as seis espécies acima citadas três grupos de altura de forrageamento puderam ser discernidos: F. nengeta e M. rixosa forrageiam no chão, A. leucocephala e P. sulphuratus ocupam um estrato médio e T. melancholicus e M. similis formam um terceiro grupo e geralmente atacam suas presas a partir de poleiros situados a 3 m ou mais do chão. Com exceção de P. sulphuratus, que apresentou o tempo de procura mais longo, as outras cinco espécies não diferiram nesse aspecto. Três grupos foram também discernidos em relação à distância de ataque: F. nengeta e M. rixosa atacam presas próximas (< 2 m) a eles, A. leucocephala, P. sulphuratus e M. similis formam um grupo de média distância (3-4 m) e T. melancholicus apresentou as mais longas distâncias de ataque (até 12 m). As aves diferiram em alguns aspectos do ângulo de ataque que, juntamente com diferenças sutis em outros aspectos do comportamento de forrageamento podem levar a diferenças importantes na seleção de presas.
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O objetivo desse estudo foi caracterizar sazonalmente a dieta de Cichla kelberi em um lago artificial em Leme-SP, determinando os itens alimentares e as relações com os sexos e com a maturação gonadal dos exemplares amostrados. A dieta de C. kelberi apresenta uma dinâmica em três diferentes períodos: os meses de inverno foram caracterizados por baixa atividade alimentar e alta concentração de peixes indeterminados, durante a primavera ocorreu um aumento na atividade alimentar, sendo Tilapia sp. o item alimentar dominante e durante o verão e início do outono foi evidenciada alta taxa de canibalismo. A plasticidade na composição da dieta foi marcada pela quantidade de presas disponíveis durante os períodos do ano e pelo período reprodutivo.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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We observed individuals of Odontostilbe pequira, a small characid, approaching and biting individuals of larger-bodied fishes of other species. This observation was made in two clear water headwater streams of the Cuiaba basin, Paraguay River system, located in Nobres, Mato Grosso State, Brazil, which led us to investigate the behavioral interactions of these fish. We characterized behavioral interactions between species by direct underwater observations using snorkelling and video recordings. Additionally, we proceeded diet analyses of O. pequira, obtaining intestinal coefficient and the index of alimentary importance. During underwater observations we checked the relative frequency of attacks by O. pequira on larger fish species. Odontostilbe pequira attacked individually or in large groups, and the anostomid Leporinus friderici was the preferred target prey species, while Prochilodus lineatus was apparently avoided. Our study sustains that O. pequira is omnivorous, with a diet that varies seasonally. It feeds mainly on plants, but also on animal prey, including the scales of small fishes, and, possibly, the mucus and epidermis of larger fish species. We suggest the term "mutilating predation" to describe the latter relationship.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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A dieta de uma população de jaguarundi (Puma yagouaroundi) (Geoffroy, 1803) (Carnivora, Felidae) foi estudada entre novembro de 2000 e novembro de 2001, em 24,9 km² de mosaico de Mata Atlântica secundária e reflorestamento de eucalipto na Serra de Paranapiacaba, São Paulo, Brasil. A análise das 26 amostras fecais e regurgitadas, obtidas em 570.1 km de percurso, indicou o consumo de 19 itens alimentares em um total de 74 ocorrências de presas. Pequenos mamíferos foram os itens mais frequentemente encontrados na dieta (42,5%), seguidos por aves (21%), répteis (14%) e mamíferos de tamanho médio (3%). A porcentagem de ocorrência (PO) sugere que a dieta concentra-se, principalmente, em pequenos roedores (30%) e aves (21%). Foi também registrada a predação sobre serpentes da família Viperidae. A amplitude de nicho alimentar padronizada (Bsta = 0,76) mostra uma dieta generalista, entretanto, os dados sugerem que o jaguarundi consome principalmente pequenos vertebrados (mamíferos, aves ou répteis), sobretudo, espécies terrestres.