922 resultados para Medicina tropical - Aspectos imunológicos


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Introduction: Multidrug-resistant Pseudomonas aeruginosa is a major threat in healthcare settings. The use of antimicrobials can influence the incidence of resistant strains by direct and indirect mechanisms. The latter can be addressed by ecological studies. Methods: Our group attempted to analyze the relation between the use of antipseudomonal drugs and the incidence of MDR-PA among 18 units from a 400-bed teaching hospital. The study had a retrospective, ecological design, comprising data from 2004 and 2005. Data on the use of four antimicrobials (amikacin, ciprofloxacin, ceftazidime and imipenem) were tested for correlation with the incidence of MDR-PA (defined as isolates resistant to the four antimicrobials of interest) in clinical cultures. Univariate and multivariate linear regression analyses were performed. Results: Significant correlations were determined between use and resistance for all antimicrobials in the univariate analysis: amikacin (standardized correlation coefficient = 0.73, p = 0.001); ciprofloxacin (0.71, p = 0.001); ceftazidime (0.61, p = 0.007) and imipenem (0.87, p < 0.001). In multivariate analysis, only imipenem (0.67, p = 0.01) was independently related to the incidence of multidrug-resistant strains. Conclusions: These findings share similarities with those reported in individual-based observational studies, with possible implications for infection control.

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Introduction: Even before the 2009 pandemics, influenza in healthcare workers (HCW) was a known threat to patient safety, while Influenza vaccine coverage in the same group was generally low. Identification of predictors for HCW adherence to Influenza vaccination has challenged infection control committees. Methods: Our group conducted a cross-sectional survey in December 2007, interviewing 125 HCWs from a teaching hospital to identify adherence predictors for Influenza vaccination. The outcomes of interest were: A - adherence to the 2007 vaccination campaign; B - adherence to at least three yearly campaigns in the past five years. Demographic and professional data were assessed through univariate and multivariate analysis. Results: of the HCWs interviewed, 43.2% were vaccinated against Influenza in 2007. However, only 34.3% of HCWs working in healthcare for more than five years had adhered to at least three of the last five vaccination campaigns. Multivariate analysis showed that working in a pediatric unit (OR = 7.35, 95% I = 1.90-28.44, p = 0.004) and number of years in the job (OR = 1.32, 95%CI = 1.00-1.74, p = 0.049) were significant predictors of adherence to the 2007 campaign. Physicians returned the worst outcome performances in A (OR = 0.40, 95%CI = 0.16-0.97, p = 0.04) and B (OR = 0.17, 95%CI = 0.05-0.60, p = 0.006). Conclusions: Strategies to improve adherence to Influenza vaccination should focus on physicians and newly-recruited HCWs. New studies are required to assess the impact of the recent Influenza A pandemics on HCW-directed immunization policies.

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Verificou-se a prevalência dos enteroparasitas em 279 crianças (0 a 6 anos) de quatro creches municipais de Botucatu/SP. Foram coletadas três amostras de fezes de cada criança e processadas pelos métodos Hoffman, Faust e Ritchie e posterior coloração do esfregaço fecal pelos métodos de Auramina-O e Ziehl-Neelsen modificado para diagnóstico de Cryptosporidium sp. e método da fita gomada para diagnóstico de Enterobius vermicularis. Das crianças analisadas apresentaram-se parasitadas 53.40%, sendo que o parasita mais freqüente foi Giardia duodenalis (26.88%). Verificou-se associação significativa entre enteroparasitose, renda familiar, escolaridade materna e idade; quanto maior a renda e o grau escolar, menor a freqüência de enteroparasitas. Observou-se que G. duodenalis é mais prevalente em crianças de 0 a 4 anos e E. vermicularis em crianças entre três e quatro anos de idade. A elevada prevalência de enteroparasitas em creches sugere estrutura complexa em sua epidemiologia, onde fatores além do saneamento devem ser considerados.

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Avaliar a microbiota intestinal de indivíduos que sofreram acidente ocupacional com materiais biológicos e receberam anti-retrovirais foi o objetivo deste estudo. O grupo de estudo constou de 23 indivíduos com idade entre 18-45 anos, sendo 13 doadores de sangue e 10 que sofreram acidente ocupacional. Foram avaliados a microbiota intestinal, antropometria e exames laboratoriais pré, pós e 30 dias após o término da medicação. Zidovudina mais lamivudina foi utilizada em 70% dos indivíduos associado ao nelfinavir, 20% ao efavirenz e 10% ao ritonavir. As alterações nutricionais e dietéticas-laboratoriais e de microbiota intestinal foram analisadas em três momentos. M1: até dois dias do início da profilaxia; M2: no último dia da profilaxia e M3: 30 dias após o término da profilaxia. Náuseas, vômitos e diarréia estiveram presentes em 50% no segundo momento do estudo. Sobrepeso em 70%, desnutrição e eutrofia em 10%, dos indivíduos, não se modificaram durante o estudo. Transaminases, triglicérides, LDL-colesterol se elevaram no segundo momento e normalizaram 30 dias após término da medicação. Houve redução significativa dos Lactobacillus, Bifidobacterium e Bacteróides nos três momentos. Uso de anti-retrovirais provocou impacto significativo na microbiota intestinal dos indivíduos, sem recuperação em 30 dias.

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INTRODUÇÃO: AIDS é uma doença causada pelo HIV que compromete o sistema imune do organismo. O advento da terapia antirretroviral (TARV) altamente eficaz promoveu melhora substancial do prognóstico da doença e da qualidade de vida dos pacientes com HIV/AIDS. Durante seu tratamento prolongado, notam-se algumas alterações hematológicas, dentre elas, anemia e macrocitose, bem como carências de micronutrientes, tais como, de vitamina B12 e ácido fólico. O objetivo do presente trabalho é relacionar a macrocitose e anemia ao uso de TARV, ou à deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico. MÉTODOS: Foram avaliados 110 pacientes HIV positivos, comparando-se aqueles em uso de TARV com zidovudina (AZT) (grupo 1), TARV sem AZT (grupo 2) ou sem uso de TARV (grupo 3). RESULTADOS: Os pacientes dos três grupos não apresentaram diferenças estatísticas significativas quanto aos níveis de hemoglobina (p = 0,584) e de ácido fólico (p = 0,956). Os pacientes do grupo 1 (G1) apresentaram volume corpuscular médio (VCM) aumentado quando comparado ao grupo 3 (G3) (p < 0,05), bem como do grupo 2 (G2) em relação ao G3 (p < 0,001). As dosagens de vitamina B12 do G1 e G3 foram menores do que as encontradas pelo G2 (p = 0,008). CONCLUSÕES: Conclui-se que os indivíduos em uso de TARV apresentaram macrocitose, embora não pudesse ser relacionada ao tipo de TARV ou a deficiência de vitamina B12. Entretanto, a deficiência de ácido fólico não esteve relacionada ao uso de TARV e nem à macrocitose.

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Enquanto modernas terapias antirretrovirais (TARV) têm resultado em menores índices de morbidade e mortalidade e na melhora visível dos parâmetros clínicos e laboratoriais em infectados pelo HIV, sabe-se que seu uso em longo prazo contribui com aparecimento dos vários eventos não associados à aids como doenças cardiovasculares, cânceres e osteoporose, comorbidades as quais têm sido propostas como algumas das mais importantes que privam a maioria dos infectados pelo vírus a apresentarem prognóstico ainda melhor. Isso ocorre porque, mesmo com diminuição da inflamação e ativação imune após intervenção medicamentosa ao paciente, tais parâmetros continuam maiores que os apresentados por indivíduos saudáveis e o desequilíbrio dos perfis de citocinas também persiste. Por isso, avaliações de outros biomarcadores na prática clínica são necessárias para complementar os exames já realizados rotineiramente e permitir o monitoramento mais eficaz dos portadores do HIV. Esta revisão tem o intuito de investigar o papel das citocinas como potenciais marcadores, relacionando estudos sobre o comportamento de várias delas em diversas fases da infecção por HIV, na presença ou não de TARV.

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Esta pesquisa trata-se de um estudo de soroprevalência de anticorpos contra o sarampo, de uma determinada população infantil residente em Botucatu, SP, com o objetivo de avaliar o estado imunólogico, induzido quer por infecção natural, quer por meio de vacinação. Foram estudadas 101 crianças, sendo que todas receberam a vacina contra o sarampo. Os exames laboratoriais utilizados para avaliar a presença de anticorpos, nas amostras de sangue coletadas, foram o teste de Inibição de Hemaglutinação (IH) e o Ensaio imunoenzimático (ELISA). Os resultados do teste de IH, mostraram que 92,1% das amostras apresentavam anticorpos contra o sarampo. As amostras com títulos < que 1:4, quando estudadas pela IH, foram retestadas no mesmo laboratório por meio do ELISA, e somente duas mantiveram-se negativas para anticorpos contra o sarampo. Portanto, em 98% das amostras de soro das crianças estudadas os anticorpos contra o sarampo estavam presentes.

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Para estudar a ocorrência da utilização do preservativo masculino em relações sexuais pelos portadores do HIV, foram entrevistados 132 indivíduos, sendo 82 homens e 50 mulheres. A maioria do Estado de São Paulo e algumas de outras regiões do País, atendidas na Faculdade de Medicina de Botucatu. As mulheres eram mais jovens, tinham menor escolaridade, pior qualificação profissional que os homens, e ainda, maior proporção era de viúvas, separadas, desquitadas e divorciadas. Verificou-se que 43,9% dos homens e 72% das mulheres foram contaminados pela via sexual, mas apenas 41,2% dos primeiros e 31,8% das mulheres referiram utilização do preservativo após o diagnóstico de infecção, a maioria de homens e mulheres preferindo observar abstinência sexual. Os resultados permitem concluir que ainda há necessidade de se manter informação continuada sobre a importância do uso do preservativo, além de se garantir sua distribuição gratuita, pelos baixos níveis de instrução e qualificação profissional dos indivíduos. Sugerem, ainda, que as campanhas de divulgação de medidas preventivas considerem as diferenças sociais e culturais das mulheres que se infectam.

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Introduction: The objective of this study was to analyze the spatial behavior of the occurrence of trachoma cases detected in the City of Bauru, State of São Paulo, Brazil, in 2006 in order to use the information collected to set priority areas for optimization of health resources. Methods: the trachoma cases identified in 2006 were georeferenced. The data evaluated were: schools where the trachoma cases studied, data from the 2000 Census, census tract, type of housing, water supply conditions, distribution of income and levels of education of household heads. In the Google Earth® software and TerraView® were made descriptive spatial analysis and estimates of the Kernel. Each area was studied by interpolation of the density surfaces exposing events to facilitate to recognize the clusters. Results: of the 66 cases detected, only one (1.5%) was not a resident of the city's outskirts. A positive association was detected of trachoma cases and the percentage of heads of household with income below three minimum wages and schooling under eight years of education. Conclusions: The recognition of the spatial distribution of trachoma cases coincided with the areas of greatest social inequality in Bauru City. The micro-areas identified are those that should be prioritized in the rationalization of health resources. There is the possibility of using the trachoma cases detected as an indicator of performance of micro priority health programs.

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Para se detectar diferenças imuno-antigênicas entre 8 amostras de P. brasiliensis isoladas de diferentes áreas endêmicas (Botucatu: Pb 1, 2 e 3; São Paulo: Pb: 18, 192 e 265; Venezuela: Pb 9 e 73), esutdaram-se: 1. A reatividade antigênica de cada amostra nas reações de imunofluorescência indireta (II) e de imunodifusão dupla em gel de agar (ID) contra painel de 20 soros controles positivos para paracoccidioidomicose; 2. A capacidade de induzir resposta imune humoral (medida por imunodifusão) e celular (medida pelo teste de coxim plantar) em camundongos imunizados com an-tígenos de cada amostra. Observamos: 1. As amostras Pb 265 e Pb 9 mostraram-se mais reativas na II; 2. Os antígenos das amostras Pb 192 e Pb 73 foram significativamente mais reativas na ID; 3. Estes dados demonstram diferenças de antigenicidade entre estas amostras; 4. A amostra Pb 18 mostrou baixo poder indutor de resposta imune celular e alta capacidade de indução de resposta imune humoral em camundongos imunizados, revelando dissociação de sua imunogenicidade. Estas diferenças podem indicar a existência de cepas distintas do fungo ou refletir modificações do parasita no hospedeiro ou du rante seu cultivo.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Cinqüenta camundongos suíços, brancos, com quatro semanas de idade, foram inoculados com 5x10(5) formas leveduriformes, viáveis de Paracoccidiodes brasiliensis (cepa 18). Dez destes animais tinham sido previamente imunizados com antígeno particulado de P. brasiliensis, durante quatro semanas, por injeção intradérmica. Os controles consistiram de 10 animais que foram somente imunizados e 10 inoculados com solução salina estéril. Os animais foram sacrificados após 2, 4, 7, 11 e 16 semanas. Estudamos: 1) resposta de hipersensibilidade retardada medida pelo teste do coxim plantar, 24 horas antes do sacrifício; 2) anticorpo- gênese específica avaliada pelo teste de imunodifusão dupla em gel de ágar; 3) histopatologia dos pulmões, fígado, baço, supra-renal e rins. Observamos: 1) os animais imunizados desenvolveram resposta imunecelular mais intensa que os infectados; 2) a infecção deprimiu a resposta imunecelular dos animais imunizados; 3) a histopatologia da infecção endovenosa revelou inflamação granulomatosa sistêmica e progressiva. Os animais infectados após imunização prévia apresentaram inflamação pulmonar menos extensa, com granulomas menores e com reduzido número de fungos. O presente modelo murino de paracoccidioidomicose mimetiza alguns achados da forma humana subaguda da micose (doença sistêmica com depressão da imunidade celular). O esquema de imunização extrapulmonar utilizado foi capaz de induzir certo grau de proteção do pulmão contra um desafio infeccioso pelo P. brasiliensis.