538 resultados para Treino discriminativo


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - O tabagismo é o principal factor de risco evitável em saúde nos países europeus, contribuindo para o aumento da mortalidade prematura, estando associado a inúmeras doenças. A epidemia tabágica é uma preocupação em Saúde Pública, sendo essencial o investimento na sua prevenção e controlo. A cessação tabágica é uma das estratégias para o controlo desta epidemia, surgindo a intervenção breve como uma comprovada medida custo-efetiva. Contudo, e apesar das guidelines, a intervenção breve não está amplamente disseminada na prática clínica dos profissionais de saúde. Neste sentido, este estudo teve como objetivo avaliar as práticas clíniicas autoreportadas dos médicos portugueses na intervenção breve em tabagismo. É um estudo observacional descritivo transversal e exploratório. A amostra é constituída por médicos que participaram em duas conferências médicas distintas e que aceitaram responder a um questionário (n=549). O tratamento estatístico foi efetuado recorrendo ao Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21. Foram efetuadas uma análise descritiva e inferencial, assim como uma regressão logística. Analisando os dados, os resultados apontam para a formação pós-graduada e a prática de cessação tabágica como dois fatores que influenciam positivamente a atuação dos médicos na intervenção breve. A intervenção breve é fundamental para aumentar as taxas de cessação tabágica. Para que a implementação seja eficaz é necessário apostar na formação pré e pós-graduada dos médicos e outros profissionais de saúde, associando essa formação ao treino prático que possibilite o desenvolvimento de competências específicas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Alguns jogos têm como objectivo a competição, outros a aprendizagem, uns jogam-se em grupo, outros individualmente. No entanto, todos têm um factor comum, ou seja, a experiência que se retira do momento é única. Seja esta experiência positiva ou negativa vai servir de aprendizagem nem que seja apenas das regras e mecânicas do dispositivo. Os Serious Games simulam situações ou processos do mundo real que são elaborados com o propósito de resolver um problema. Muitas vezes estes sacrificam o divertimento e o entretenimento com o objectivo de alcançar um tipo de progresso desejado para o jogador. Tal como no passado, e tendo em conta o desenvolvimento exponencial da tecnologia, os Serious Games podem agora ter um papel fundamental no desenvolvimento de novas terapias e ferramentas de saúde. É precisamente a olhar para o presente, e com os olhos no futuro dos Serious Games aplicados à saúde, que foi desenvolvida esta investigação. Como complemento, é também apresentado o projecto Typlife. Destinado a jovens com diabetes, é um projecto académico que tem como objectivo o desenvolvimento de uma aplicação para smartphone para o controlo da diabetes, enquanto envolve o utilizador numa experiência interactiva de recompensas pelas boas práticas no dia-a-dia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A presente tese de doutoramento visa analisar o conceito de vanguarda artística, bem como investigar se é possível existir uma vanguarda artística no século XXI. Apresentada ao longo da história segundo diferentes perspectivas, a genética vanguardista deve ser sempre reestudada e redesenhada definindo-se a sua ligação ao modernismo e ao cosmopolitismo, assim como identificando os seus objectivos e as suas dinâmicas geo-sociais. Se no início do século XIX o saint-simoniano e matemático francês Olinde Rodrigues considerava urgente, mas também impossível, que uma vanguarda artística vingasse politicamente, então interessa saber o que mudou para que a frente artística possa avançar no campo da batalha. É essencialmente sobre a reinterpretação desse primeiro “manifesto” que esta investigação estabelece as suas fundações. É também de assinalar a utilidade que certos conceitos como a “cólera” e a “globalização” detêm, à qual os estudos do filósofo alemão Peter Sloterdijk servem como ponto de partida. A terminologia militar da vanguarda também não pode ser ignorada. O exército artístico deve ter um treino específico para atacar com toda a sua força, bem como saber identificar os seus diferentes alvos ao longo da história. Sublinhe-se que o campo de investigação é o europeu. A vanguarda europeia tem um perfil singular que se liga tanto à memória, quanto ao sentido utópico de unidade e à singularidade da sua crítica. A actualidade do conceito de vanguarda deve ser posta em causa no século XXI. Esta é uma Europa definida pela queda do muro de Berlim e amedrontada por ataques terroristas, definida pelo regresso de grupos extremistas no seio europeu e por uma Rússia que perde os seus pudores ofensivos. É um tempo em que as guerras se fazem com drones e a internet permite reorganizar o activismo, mas também vincar uma realidade de controlo. Neste panorama é difícil não ser cínico.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO: A Nigéria tem uma população estimada em cerca de 170 milhões de pessoas. O número de profissionais de saúde mental é muito diminuto, contando apenas com 150 psiquiatras o que perfaz aproximadamente um rácio de psiquiatra: população de mais de 1:1 milhão de pessoas. O Plano Nacional de Saúde Mental de 1991 reconheceu esta insuficiência e recomendou a integração dos serviços de saúde mental nos cuidados de saúde primários (CSP). Depois de mais de duas décadas, essa política não foi ainda implementada. Este estudo teve como objetivos mapear a estrutura organizacional dos serviços de saúde mental da Nigéria, e explorar os desafios e barreiras que impedem a integração bem-sucedida dos serviços de saúde mental nos cuidados de saúde primários, isto segundo a perspectiva dos profissionais dos cuidados de saúde primários. Com este objetivo, desenvolveu-se um estudo exploratório sequencial e utilizou-se um modelo misto para a recolha de dados. A aplicação em simultâneo de abordagens qualitativas e quantitativas permitiram compreender os problemas relacionados com a integração dos serviços de saúde mental nos CSP na Nigéria. No estudo qualitativo inicial, foram realizadas entrevistas com listagens abertas a 30 profissionais dos CSP, seguidas de dois grupos focais com profissionais dos CSP de duas zonas governamentais do estado de Oyo de forma a obter uma visão global das perspectivas destes profissionais locais sobre os desafios e barreiras que impedem uma integração bem-sucedida dos serviços de saúde mental nos CSP. Subsequentemente, foram realizadas entrevistas com quatro pessoas-chave, especificamente coordenadores e especialistas em saúde mental. Os resultados do estudo qualitativo foram utilizados para desenvolver um questionário para análise quantitativa das opiniões de uma amostra maior e mais representativa dos profissionais dos CSP do Estado de Oyo, bem como de duas zonas governamentais locais do Estado de Osun. As barreiras mais comummente identificadas a partir deste estudo incluem o estigma e os preconceitos sobre a doença mental, a formação inadequada dos profissionais dos CPS sobre saúde mental, a perceção pela equipa dos CSP de baixa prioridade de ação do Governo, o medo da agressão e violência pela equipa dos CSP, bem como a falta de disponibilidade de fármacos. As recomendações para superar estes desafios incluem a melhoria sustentada dos esforços da advocacia à saúde mental que vise uma maior valorização e apoio governamental, a formação e treino organizados dos profissionais dos cuidados primários, a criação de redes de referência e de apoio com instituições terciárias adjacentes, e o engajamento da comunidade para melhorar o acesso aos serviços e à reabilitação, pelas pessoas com doença mental. Estes resultados fornecem indicações úteis sobre a perceção das barreiras para a integração bem sucedida dos serviços de saúde mental nos CSP, enquanto se recomenda uma abordagem holística e abrangente. Esta informação pode orientar as futuras tentativas de implementação da integração dos serviços de saúde mental nos cuidados primários na Nigéria.------------ABSTRACT: Nigeria has an estimated population of about 170 million people but the number of mental health professionals is very small, with about 150 psychiatrists. This roughly translates to a psychiatrist:population ratio of more than 1:1 million people. The National Mental Health Policy of 1991 recognized this deficiency and recommended the integration of mental health into primary health care (PHC) delivery system. After more than two decades, this policy has yet to be implemented. This study aimed to map out the organizational structure of the mental health systems in Nigeria, and to explore the challenges and barriers preventing the successful integration of mental health into primary health care, from the perspective of the primary health care workers. A mixed methods exploratory sequential study design was employed, which entails the use of sequential timing in the combined methods of data collection. A combination of qualitative and uantitative approaches in sequence, were utilized to understand the problems of mental health services integration into PHC in Nigeria. The initial qualitative phase utilized free listing interviews with 30 PHC workers, followed by two focus group discussions with primary care workers from two Local Government Areas (LGA) of Oyo State to gain useful insight into the local perspectives of PHC workers about the challenges and barriers preventing successful integration of mental health care services into PHC. Subsequently, 4 key informant interviews with PHC co-ordinators and mental health experts were carried out. The findings from the qualitative study were utilized to develop a quantitative study questionnaire to understand the opinions of a larger and more representative sample of PHC staff in two more LGAs of Oyo State, as well as 2 LGAs from Osun State. The common barriers identified from this study include stigma and misconceptions about mental illness, inadequate training of PHC staff about mental health, low government priority, fear of aggression and violence by the PHC staff, as well as non-availability of medications. Recommendations for overcoming these challenges include improved and sustained efforts at mental health advocacy to gain governmental attention and support, organized training and retraining for primary care staff, establishment of referral and supportive networks with neighbouring tertiary facilities and community engagement to improve service utilization and rehabilitation of mentally ill persons. These findings provide useful insight into the barriers to the successful integration of mental health into PHC, while recommending a holistic and comprehensive approach. This information can guide future attempts to implement the integration of mental health into primary care in Nigeria.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO:As perturbações psicóticas são doenças mentais complexas sendo influenciadas na sua etiologia e prognóstico por factores biológicos e psicossociais. A interferência do ambiente familiar na evolução da doença espelha bem esta realidade. Quando em 1962 George Brown e colaboradores descobriram que ambientes familiares com elevada Emoção Expressa (EE) contribuíam para um aumento significativo do número de recaídas de pessoas com esquizofrenia (Brown et al., 1962), estava aberto o caminho para o desenvolvimento de novas intervenções familiares. A EE inclui cinco componentes: três componentes negativos, i.e. criticismo, hostilidade e envolvimento emocional excessivo; e dois componentes positivos, i.e. afectividade e apreço (Amaresha & Venkatasubramanian, 2012; Kuipers et al., 2002). No final dos anos 1970 surgiram os primeiros trabalhos na área das intervenções familiares nas psicoses (IFP). Dois grupos em países diferentes, no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, desenvolveram quase em simultâneo duas abordagens distintas. Em Londres, a equipa liderada por Julian Leff desenhava uma intervenção combinando sessões unifamiliares em casa, incluindo o paciente, e sessões em grupo, apenas para os familiares (Leff et al., 1982). Por seu turno, em Pittsburgh, Gerard Hogarty e colaboradores desenvolviam uma abordagem que compreendia a dinamização de sessões educativas em grupo (Anderson e tal., 1980). Para designar este trabalho, Hogarty e colaboradores propuseram o termo “psicoeducação”. As IFP começaram a ser conhecidas por esta designação que se generalizou até aos dias de hoje. Neste contexto a educação era vista como a partilha de informação acerca da doença, dos profissionais para os familiares. Nas sessões os profissionais eram informados acerca das manifestações, etiologia, tratamento e evolução das psicoses, bem como de formas para lidar com as situações difíceis geradas pela doença, e.g. risco de recaída. Os trabalhos pioneiros das IFP foram rapidamente sucedidos pelo desenvolvimento de novos modelos e a proliferação de estudos de eficácia. Para além dos modelos de Leff e Hogarty, os modelos IFP que ficaram mais conhecidos foram: (1) a Terapia Familiar-Comportamental, desenvolvida por Ian Falloon e colaboradores (Falloon et al., 1984); e (2) a Terapia Multifamiliar em Grupo, desenvolvida por William McFarlane e colaboradores (McFarlane, 1991). O incremento de estudos de eficácia contribuiu rapidamente para as primeiras meta-análises. Estas, por sua vez, resultaram na inclusão das IFP nas normas de orientação clínica mais relevantes para o tratamento das psicoses, nomeadamente da esquizofrenia (e.g. PORT Recomendations e NICE Guidelines). No geral os estudos apontavam para uma diminuição do risco de recaída na esquizofrenia na ordem dos 20 a 50% em dois anos (Pitschel-Walz et al., 2001). No final dos anos 1990 as IFP atingiam assim o apogeu. Contudo, a sua aplicação prática tem ficado aquém do esperado e as barreiras à implementação das IFP passaram a ser o foco das atenções (Gonçalves-Pereira et al., 2006; Leff, 2000). Simultaneamente, alguns autores começaram a levantar a questão da incerteza sobre quais os elementos-chave da intervenção. O conhecimento sobre o processo das IFP era reduzido e começaram a surgir as primeiras publicações sobre o assunto (Lam, 1991). Em 1997 foi dinamizada uma reunião de consenso entre os três investigadores mais relevantes do momento, Falloon, Leff e McFarlane. Deste encontro promovido pela World Schizophrenia Fellowship for Schizophrenia and Allied Disorders surgiu um documento estabelecendo dois objectivos e quinze princípios para as IFP (WFSAD, 1997). Não obstante os contributos que foram feitos, continua a existir uma grande falta de evidência empírica acerca do processo das IFP e dos seus elementos-chave (Cohen et al., 2008; Dixon et al., 2001; Lam, 1991; Leff, 2000; McFarlane et al., 2003). Também em Portugal, apesar da reflexão teórica nesta área e do registo de ensaios de efectividade de grupos para familiares – estudo FAPS (Gonçalves-Pereira, 2010), os componentes fundamentais das IFP nunca foram analisados directamente. Assim, o projecto de investigação descrito nesta tese teve como objectivo identificar os elementos-chave das IFP com base em investigação qualitativa. Para tal, conduzimos três estudos que nos permitiriam alcançar dados empíricos sobre o tema. O primeiro estudo (descrito no Capítulo 2) consistiu na realização de uma revisão sistemática da literatura científica acerca das variáveis relacionadas com o processo das IFP. A nossa pesquisa esteve focada essencialmente em estudos qualitativos. Contudo, decidimos não restringir demasiado os critérios de inclusão tendo em conta as dificuldades em pesquisar sobre investigação qualitativa nas bases de dados electrónicas e também devido ao facto de ser possível obter informação sobre as variáveis relacionadas com o processo a partir de estudos quantitativos. O método para este estudo foi baseado no PRISMA Statement para revisões sistemáticas da literatura. Depois de definirmos os critérios de inclusão e exclusão, iniciámos várias pesquisas nas bases de dados electrónicas utilizando termos booleanos, truncações e marcadores de campo. Pesquisámos na PubMed/MEDLINE, Web of Science e nas bases de dados incluídas na EBSCO Host (Academic Search Complete; Education Research Complete; Education Source; ERIC; and PsycINFO). As pesquisas geraram 733 resultados. Depois de serem removidos os duplicados, 663 registos foram analisados e foram seleccionados 38 artigos em texto integral. No final, 22 artigos foram incluídos na síntese qualitativa tendo sido agrupados em quatro categorias: (1) estudos examinando de forma abrangente o processo; (2) estudos acerca da opinião dos participantes sobre a intervenção que receberam; (3) estudos comparativos que individualizaram variáveis sobre o processo; e (4) estudos acerca de variáveis mediadoras. Os resultados evidenciaram um considerável hiato na investigação em torno do processo das IFP. Identificámos apenas um estudo que abordava de forma abrangente o processo das IFP (Bloch, et al., 1995). Este artigo descrevia uma análise qualitativa de um estudo experimental de uma IFP. Contudo, as suas conclusões gerais revelaramse pobres e apenas se podia extrair com certeza de que as IFP devem ser baseadas nas necessidades dos participantes e que os terapeutas devem assumir diferentes papéis ao longo da intervenção. Da revisão foi possível perceber que os factores terapêuticos comuns como a aliança terapêutica, empatia, apreço e a “aceitação incondicional”, podiam ser eles próprios um elemento isolado para a eficácia das IFP. Outros estudos enfatizaram a educação como elemento chave da intervenção (e.g. Levy-Frank et al., 2011), ao passo que outros ainda colocavam a ênfase no treino de estratégias para lidar com a doença i.e. coping (e.g. Tarrier et al., 1988). Com base nesta diversidade de resultados e tendo em conta algumas propostas prévias de peritos (McFarlane, 1991; Liberman & Liberman, 2003), desenvolvemos a hipótese de concebermos as IFP como um processo por etapas, de acordo com as necessidades dos familiares. No primeiro nível estariam as estratégias relacionadas com os factores terapêuticos comuns e o suporte emocional,no segundo nível a educação acerca da doença, e num nível mais avançado, o foco seria o treino de estratégias para lidar com a doença e diminuir a EE. Neste estudo concluímos que nem todas as famílias iriam precisar de IFP complexas e que nesses casos seria possível obter resultados favoráveis com IFP pouco intensas. O Estudo 2 (descrito no Capítulo 3) consistiu numa análise qualitativa dos registos clínicos do primeiro ensaio clínico da IFP de Leff e colaboradores (Leff et al., 1982). Este ensaio clínico culminou numa das evidências mais substanciais alguma vez alcançada com uma IFP (Leff et al., 1982; Leff et al., 1985; Pitschel-Walz et al., 2001). Este estudo teve como objectivo modular a EE recorrendo a um modelo misto com que compreendia sessões familiares em grupo e algumas sessões unifamiliares em casa, incluindo o paciente. Os resultados mostraram uma diminuição das recaídas em nove meses de 50% no grupo de controlo para 8% no grupo experimental. Os registos analisados neste estudo datam do período de 1977 a 1982 e podem ser considerados como material histórico de alto valor, que surpreendentemente nunca tinha sido analisado. Eram compostos por descrições pormenorizadas dos terapeutas, incluindo excertos em discurso directo e estavam descritos segundo uma estrutura, contendo também os comentários dos terapeutas. No total os registos representavam 85 sessões em grupo para familiares durante os cinco anos do ensaio clínico e 25 sessões unifamiliares em casa incluindo o paciente. Para a análise qualitativa decidimos utilizar um método de análise dedutivo, com uma abordagem mecânica de codificação dos registos em categorias previamente definidas. Tomámos esta decisão com base na extensão apreciável dos registos e porque tínhamos disponível informação válida acerca das categorias que iríamos encontrar nos mesmos, nomeadamente a informação contida no manual da intervenção, publicado sob a forma de livro, e nos resultados da 140 nossa revisão sistemática da literatura (Estudo 1). Deste modo, foi construída uma grelha com a estrutura de codificação, que serviu de base para a análise, envolvendo 15 categorias. De modo a cumprir com critérios de validade e fidelidade rigorosos, optámos por executar uma dupla codificação independente. Deste modo dois observadores leram e codificaram independentemente os registos. As discrepâncias na codificação foram revistas até se obter um consenso. No caso de não ser possível chegar a acordo, um terceiro observador, mais experiente nos aspectos técnicos das IFP, tomaria a decisão sobre a codificação. A análise foi executada com recurso ao programa informático NVivo® versão 10 (QSR International). O número de vezes que cada estratégia foi utilizada foi contabilizado, especificando a sessão e o participante. Os dados foram depois exportados para uma base de dados e analisados recorrendo ao programa informático de análise estatística SPSS® versão 20 (IBM Corp.). Foram realizadas explorações estatísticas para descrever os dados e obter informação sobre possíveis relações entre as variáveis. De modo a perceber a significância das observações, recorremos a testes de hipóteses, utilizando as equações de estimação generalizadas. Os resultados da análise revelaram que as estratégias terapêuticas mais utilizadas na intervenção em grupo foram: (1) a criação de momentos para ouvir as necessidades dos participantes e para a partilha de preocupações entre eles – representando 21% de todas as estratégias utilizadas; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos mais difíceis da doença – 15%; (3) criar condições para que os participantes recebam suporte emocional – 12%; (4) lidar com o envolvimento emocional excessivo 10%; e (5) o reenquadramento das atribuições dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes – 10%. Nas sessões unifamiliares em casa, as estratégias mais utilizadas foram: (1) lidar com o envolvimento emocional excessivo – representando 33% de todas as estratégias utilizadas nas sessões unifamiliares em casa; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos desafiadores da doença – 22%; e (3) o reenquadramento das atribuições dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes, juntamente com o lidar com a zanga, o conflito e a rejeição – ambas com 10%. A análise longitudinal mostrou que a criação de momentos para ouvir as necessidades dos familiares tende a acontecer invariavelmente ao longo do programa. Sempre que isso acontece, são geralmente utilizadas estratégias para ajudar os familiares a lidarem melhor com os aspectos difíceis da doença e estratégias para fomentar o suporte emocional. Por sua vez, foi possível perceber que o trabalho para diminuir o envolvimento emocional excessivo pode acontecer logo nas primeiras sessões. O reenquadramento e o lidar com a zanga/ conflito/ rejeição tendem a acontecer a partir da fase intermédia até às últimas sessões. A análise das diferenças entre os familiares com baixa EE e os de elevada EE, mostrou que os familiares com elevada EE tendem a tornar-se o foco da intervenção grupal. Por sua vez, os familiares com baixa EE recebem mais estratégias relacionadas com aliança terapêutica, comparativamente com os familiares com elevada EE. São de realçar os dados relativamente às estratégias educativas. Foi possível observar que estas tendem a acontecer mais no início dos grupos, não estando associadas a outras estratégias. Contudo é de notar a sua baixa utilização, a rondar apenas os 5%.O Estudo 3 (descrito no Capítulo 4) surgiu como uma forma de completar a análise do Estudo 2, permitindo uma visão mais narrativa do processo e focando, adicionalmente, as mudanças que ocorrem nos participantes. Com base nos mesmos registos utilizados no Estudo 2, codificámos de forma secundária os registos em duas categorias i.e. marcadores de mudança e marcadores emocionais. Os marcadores de mudança foram cotados sempre que um participante exibia comportamentos ou pensamentos diferentes dos anteriores no sentido de uma eventual redução na EE. Os marcadores emocionais correspondiam à expressão intensa de sentimentos por parte dos participantes nas sessões e que estariam relacionados com assuntos-chave para essas pessoas. Os excertos que continham a informação destes marcadores foram posteriormente revistos e articulados com notas e comentários não estruturados que recolhemos durante a codificação do Estudo 2. Com base nesta informação os registos foram revistos e, utilizando um método indutivo, elaborámos uma narrativa acerca da intervenção. Os resultados da narrativa foram discutidos com dados de que dispúnhamos, referentes a reuniões com os terapeutas envolvidos na intervenção em análise (Elizabeth Kuipers, Ruth Berkowitz e Julian Leff; Londres, Novembro de 2011). Reconhecemos que, pela sua natureza não estruturada e indutiva, a avaliação narrativa está mais sujeita ao viés de observador. Não obstante, os resultados deste Estudo 3 parecem revestir uma consistência elevada. O mais relevante foi a evidência de que na intervenção em análise ocorreram mudanças emocionais significativas nos familiares ao longo das sessões em grupo. Numa fase inicial os familiares tenderam a expressar sentimentos de zanga. Seguidamente, os terapeutas iam nterrompendo o discurso de reminiscências, direccionavam o discurso para as suas preocupações actuais e os familiares pareciam ficar mais calmos. Contudo, à medida que os 143 participantes “mergulhavam” nos problemas com que se confrontavam na altura, os sentimentos de zanga davam lugar a sentimentos de perda e angústia. Nessa altura os terapeutas enfatizavam o suporte emocional e introduziam progressivamente técnicas de reenquadramento para ajudar os participantes a avaliar de forma mais positiva as situações. Este trabalho dava lugar a sentimentos mais positivos, como a aceitação, apreço e a sensação de controlo. O Estudo 3 evidenciou também o que designamos como o “Efeito de Passagem de Testemunho”. Este efeito aconteceu sempre que um membro novo se juntava ao grupo. Os membros antigos, que estavam a ser o alvo das atenções e naturalmente a receber mais intervenção, mudam de papel e passam eles próprios a focar as suas atenções nos membros mais recentes do grupo, contribuindo para a dinâmica do grupo com as mesmas intervenções que os ajudaram previamente. Por exemplo, alguns membros antigos que eram altamente críticos nos grupos em relação aos seus familiares passavam a fazer comentários de reenquadramento dirigidos para os novos membros. Por fim, o Capítulo 5 resume as conclusões gerais deste projecto de investigação. Os estudos apresentados permitiram um incremento no conhecimento acerca do processo das IFP. Anteriormente esta informação era baseada sobretudo na opinião de peritos. Com este projecto aumentámos o nível de evidência ao apresentar estudos com base em dados empíricos. A análise qualitativa do Estudo 2 permitiu pela primeira vez, tanto quanto é do nosso conhecimento, perceber de forma aprofundada o processo subjacente a uma IFP (no contexto de um ensaio clínico que se revelou como um dos mais eficazes de sempre). Identificámos as estratégias mais utilizadas, as relações entre elas e a sua diferente aplicação entre familiares com baixa EE e familiares com alta EE.O Estudo 3 completou a informação incluindo aspectos relacionados com as mudanças individuais durante o programa. No final foi possível perceber que as IFP devem ser um programa por etapas. Nos Estudo 2 e 3, evidenciámos que numa fase inicial, os terapeutas dedicaram especial atenção para que os familiares tivessem espaço para partilharem as suas necessidades, disponibilizando logo de seguida estratégias para promover o suporte emocional e estratégias de coping. Num nível subsequente do programa, o trabalho terapêutico avançou para estratégias mais direccionadas para regular a EE, mantendo sempre as estratégias iniciais ao longo das sessões. Assim apesar de a educação ter sido um componente importante na IFP em análise, houve outras estratégias mais relevantes no processo. A evidência gerada pelos Estudos 2 e 3 baseou-se em registos históricos de elevado valor, sendo que os constructos subjacentes na época, nomeadamente a EE, continuam a ser a base da investigação e prática das IFP a nível mundial em diferentes culturas (Butzlaff & Hooley, 1998). Concluímos que as IFP são um processo complexo com diferentes níveis de intervenção, podendo gerar mudanças emocionais nos participantes durante as sessões. No futuro será importante replicar o nosso trabalho (nomeadamente o Estudo 2) com outras abordagens de IFP, de modo a obter informação acerca do seu processo. Esse conhecimento será fundamental para uma possível evolução do paradigma das IFP. ----------- ABSTRACT: Background: Psychotic-spectrum disorders are complex biopsychosocial conditions and family issues are important determinants of prognosis. The discovery of the influence of expressed emotion on the course of schizophrenia paved the road to the development of family interventions aiming to lower the “emotional temperature” in the family. These treatment approaches became widely recognised. Effectiveness studies showed remarkable and strong results in relapse prevention and these interventions were generalised to other psychotic disorders besides schizophrenia. Family interventions for psychosis (FIP) prospered and were included in the most important treatment guidelines. However, there was little knowledge about the process of FIP. Different FIP approaches all led to similar outcomes. This intriguing fact caught the attention of authors and attempts were made to identify the key-elements of FIP. Notwithstanding, these efforts were mainly based on experts’ opinions and the conclusions were scanty. Therefore, the knowledge about the process of FIP remains unclear. Aims: To find out which are the key-elements of FIP based on empirical data. Methods: Qualitative research. Three studies were conducted to explore the process of FIP and isolate variables that allowed the identification of the key-elements of FIP. Study 1 consisted of a systematic literature review of studies evaluating process-related variables of FIP. Study 2 subjected the intervention records of a formerly conducted effective clinical trial of FIP to a qualitative analysis. Records were analysed into categories and the emerging data were explored using descriptive statistics and generalised estimating equations. Study 3 consisted of a narrative evaluation using an inductive qualitative approach, examining the same data of Study 2. Emotional markers and markers of change were identified in the records and the content of these excerpts was synthesised and discussed. Results: On Study 1, searches revealed 733 results and 22 papers were included in the qualitative synthesis. We found a single study comprehensively exploring the process of FIP. All other studies focused on particular aspects of the process-related variables. The key-elements of FIP seemed to be the so-called “common therapeutic factors”, followed by education about the illness and coping skills training. Other elements were also identified, as the majority of studies evidenced a multiple array of components. Study 2,revealed as the most used strategies in the intervention programme we analysed: the addressing of needs; sharing; coping skills and advice; emotional support; dealing with overinvolvement; and reframing relatives’ views about patients’ behaviours. Patterns of the usefulness of the strategies throughout the intervention programme were identified and differences between high expressed emotion and low expressed emotion relatives were elucidated. Study 3 accumulated evidence that relatives experience different emotions during group sessions, ranging from anger to grief, and later on, to acceptance and positive feelings. Discussion: Study 1 suggested a stepped model of intervention according to the needs of the families. It also revealed a gap in qualitative research of FIP. Study 2 demonstrated that therapists of the trial under analysis often created opportunities for relatives to express and share their concerns throughout the entire treatment programme. The use of this strategy was immediately followed by coping skills enhancement, advice and emotional support. Strategies aiming to deal with overinvolvement may also occur early in the treatment programme. Reframing was the next most used strategy, followed by dealing with anger, conflict and rejection. This middle and later work seems to operate in lowering criticism and hostility, while the former seems to diminish overinvolvement. Single-family sessions may be used to augment the work developed in the relatives groups. Study 3 revealed a missing part of Study 2. It demonstrated that the process of FIP promotes emotional changes in the relatives and therapists must be sensitive to the emotional pathway of each participant in the group.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Esta investigação incide sobre o treino de Estratégias de Aprendizagem a estudantes universitários zimbabueanos aprendentes da Língua Portuguesa (LP) como Língua Estrangeira que revelaram, na sua maioria, problemas gramaticais relativos à Concordância Nominal em textos escritos de provas de exame realizadas entre os anos 1999 e 2011. Desenvolve-se, por um lado, uma Gramática Pedagógica que consiste no ensino de aspetos gramaticais problemáticos apresentados pelos estudantes com base na Abordagem Comunicativa de Ensino de uma Língua Não Materna e, por outro, ensinam-se as Estratégias de Aprendizagem orientadas para a aquisição da Gramática à luz dos subsídios da Instrução Baseada nas Estratégias de Aprendizagem no tratamento dos aspetos gramaticais desviantes em relação ao Português Europeu. Avaliam-se os produtos destes ensinamentos com base em instrumentos apropriados como testes de avaliação da aprendizagem da gramática e um questionário da tendência de aplicabilidade das Estratégias de Aprendizagem. O corpus é constituído de cerca 2224 “erros” gramaticais isolados com base numa grelha tipológica envolvendo 4 áreas - Léxico, Léxico-Sintaxe, Sintaxe e Morfo-Sintaxe, recolhidos nos 3 anos académicos do Curso de BAA general com a LP. Faz-se uma caracterização da população-alvo, em função de um questionário com cerca de 27 perguntas preenchido por 44 estudantes do Curso de BAA general com a LP nos anos académicos mecionados, de forma a termos uma noção em relação a (i) situação sociolinguística; (ii) visão em relação à aplicação da aprendizagem LP na vida social; (iii) opinião em relação à aprendizagem da LP na Universidade do Zimbabué.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Esta dissertação apresenta uma metodologia original para simular a morfologia e as propriedades petrofísicas de reservatórios de hidrocarbonetos em sistemas de canais turbidíticos. Estes sistemas são constituídos por complexos, ou seja, conjuntos de canais de arquitetura meandriforme, e são considerados importantes alvos para a indústria petrolífera. A simulação da morfologia divide-se em duas partes, primeiramente é simulada a trajetória do complexo e depois são simuladas as trajetórias dos canais propriamente ditos condicionadas à trajetória do complexo. O algoritmo de simulação utiliza as classes de ângulos azimutais de linhas poligonais de treino como uma variável aleatória. As trajetórias são simuladas também como linhas poligonais, condicionais a estatísticas multiponto das trajetórias de treino e a pontos de controlo. As estatísticas multiponto são organizadas em árvore, que guarda sequências de classes de orientação que ocorrem na trajetória de treino e as respetivas probabilidades de ocorrência. Para avaliar as propriedades petrofísicas, o modelo morfológico das trajetórias é convertido para uma malha de blocos de alta resolução, identificando-se, em cada bloco, a fácies preponderante de acordo com um modelo conceptual de zonamento da secção dos canais. A conversão prioriza os canais mais recentes (do topo) sobre os mais antigos (da base). A cada fácies é associada uma lei de distribuição da porosidade e permeabilidade, assim são geradas imagens destas propriedades petrofísicas por Simulação Sequencial Direta com histogramas locais. Finalmente, o número de blocos da malha é reduzido por upscaling e as simulações são ordenadas para poderem ser utilizadas nos simuladores de fluxo. Para ilustrar a metodologia, utilizaram-se imagens de sísmica 3D de um reservatório turbidítico na Bacia do Baixo Congo para extrair leis de distribuição das dimensões dos canais e trajetórias de treino. Os resultados representam corretamente a arquitetura complexa destes sistemas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Estudio de competencias y procedimientos para fomentar conductas docentes correctas en las prácticas didácticas de alumnado de Educación Física.. Nueve alumnos-estudiantes de Educación Física en su último año de carrera. Se seleccionan entre alumnado voluntario con calificación a partir de notable en la asignatura de Educación Física y que superan una prueba específica en didáctica de la Educación Física. Niños y niñas del ciclo medio de EGB. Observadores voluntarios del segundo ciclo universitario del INEF. Dos por cada profesor en prácticas y dos profesores tutores del INEF. Entrenamiento de los observadores. Preparación del material y normas de utilización. Características generales. Fases experimentales. Valoración de la actuación del profesor por los alumnos. Valoración de la ejecución (nivel de aprendizaje) de los alumnos. Observaciones sistemáticas con hojas de registro. Grabaciones de todas las clases para el entrenamiento del alumnado en prácticas. Cuestionario para reflexionar sobre su actuación. Hojas de registro de juicios verbales del sujeto experimental y de interacción profesor tutor y sujeto experimental. Cuestionario de la valoración de la actuación del profesor por los alumnos. Valoración del nivel de aprendizaje del alumnado por los profesores del curso. Confiabilidad de la experiencia con los observadores. Tantos por ciento de coincidencia en el entrenamiento discriminativo. Se calculan los promedios de los tantos por ciento alcanzados en las variables. Comparación entre los diferentes sujetos experimentales. Análisis de los datos entre la línea base, la intervención y el desvanecimiento, variable por variable, a través de todos los sujetos. Proporciona nuevas formas de entrenamiento que han resultado válidas y varios métodos de análisis de la práctica docente. Los tres entrenamientos mejoran el planteamiento seguido en las prácticas didácticas. El mantenimiento de los valores alcanzados no se produce cuando no se han consolidado y estabilizado unos criterios de ejecución. El entrenamiento en alternativas, dirigido a más de una de las variables es una razón para que el entrenamiento alternativo resulte exitoso. En el entrenamiento no todas las destrezas docentes seleccionadas son iguales. Abre la perspectiva a otros estudios, por ejemplo, qué número de sesiones de prácticas didácticas posibilita claramente el mantenimiento de destrezas docentes, estudiar los efectos aislados de las variables, efectos de generalización a nuevas situaciones y otras variables. Estudiar la eficacia de un entrenamiento basado en la reflexión sobre la práctica en profesores en ejercicio.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Validar la batería aplicada por el SOEV de Tenerife durante el curso escolar 1986/87 y cada una de las pruebas que la componen, con respecto al criterio dado por el profesor. Baremar cada una de las pruebas que componen la batería. Seleccionar las pruebas de más alto peso o valor predictivo segun edad, sexo, zona demográfica, tipo de colegio por número de unidades. Validar los distintos factores que constituyen cada una de las pruebas de acuerdo al mismo criterio. Proponer la batería en base a los resultados obtenidos en esta investigación. 660 alumnos. Variable dependiente: rendimiento escolar de los alumnos en el ciclo inicial, definido por las calificaciones escolares. Variables independientes: tipo de centro, sexo, edad inicial, continuidad del profesorado a lo largo del ciclo, lateralidad, percepción e integración visomotriz, estructuración rítmico-temporal, madurez discriminativo perceptiva, madurez para la lectoescritura, conceptos básicos e inteligencia. Las pruebas psicopedagógicas fueron aplicadas por los orientadores. Se han encontrado diferencias significativas en favor de las niñas en escritura. Las diferencias entre medias debidas al sexo, cuando no son significativas, son atribuíbles al azar. Las correlaciones más altas se obtienen las calificaciones que otorga el profesor; entre cada calificación otorgada por el profesor y calificación global; en los test que miden aspectos perceptivos correlacionan en menor grado con las calificaciones, que los test que miden aspectos conceptuales. Todas las correlaciones internas obtenidas son significativas al nivel de .01. Las correlaciones más altas con las calificaciones que otorga el profesor, se dan en la prueba de conceptos básicos. Igualmente sobresale la alta correlación de esta prueba con el Lorge. Se puede pensar que existe un componente al que podemos llamar aspectos conceptuales, compuestos por factores medidos por ABC, Boehm, Lorge y CI. Predicción: a) en los estudios predictivos conviene usar pruebas que no tengan una alta correlación entre si; b) al aumentar el numero de pruebas de la batería, no necesariamente aumenta el valor predictivo de las mismas; c) a la vista de los resultados obtenidos se deduce que, dentro de una batería, no existen predictores específicos para la lectura, escritura y cálculo. El mejor predictor es el Boehm, que correlaciona considerablemente con las calificaciones escolares. Los resultados obtenidos a través de la ecuación de predicción debe servir para evaluar el rendimiento satisfactorio e insatisfactorio del alumno; establecer las medidas preventivas necesarias; elaborar las estrategias psicopedagógicas necesarias para mejorar el resultado.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

El objetivo general de este trabajo es crear un instrumento suficientemente válido para prospeccionar los moldes cognitivo-afectivos (Hernández, 1988) y determinar la consistencia transituacional de las formas de reaccionar y responder ante diversos reactivos. 210 sujetos de edades entre los 11 y 19 años. Se ha utilizado un diseño experimental. Las variables independientes son los reactivos de la prueba 'Hernyros' que intentan generar e inducir las respuestas de los sujetos. Como variables dependientes tenemos: A) La suscitación de moldes cognitivos y campos preferenciales. B) La consistencia transituacional de los mismos. Lo más importante de la investigación fue el proceso de análisis y organización de la totalidad de las respuestas de los sujetos para evaluar la variable dependiente. La prueba 'Hernyros' dividida en cuatro relatos.. 1) Las personas tienden a responder de manera consistente en situaciones distintas, pero cada situación da una orientación de campo, de contenido distinto. Esta consistencia estará más remarcada cuando la respuesta es más desadaptada, aunque existen reactivos en los que las respuestas más adaptativas también son consistentes, lo que avala la idea de la resistencia de los moldes cognitivo-afectivos. 2) Las respuestas pueden estructurarse en dos componentes: el contenido y su dirección. El primero hace referencia al campo vivencial focalizado (campos preferenciales) y el segundo a la valoración positiva, neutra, negativa, etc., que se le da a la respuesta (moldes cognitivo-afectivos). 3) La dirección de la respuesta es el componente más discriminativo en la consistencia. 4) Hay categorías de contenidos y dirección que deben su consistencia a que se ajusta a una respuesta más normal y probable al planteamiento de la situación. 5) Existen consistencias en categorías de contenido que no son teóricamente tan lógicas desde el punto de vista de la situación planteada, por lo que pueden indicarnos focalizaciones cognitivas inadaptadas. 6) Los moldes, si existen, no son sólo cognitivos sino que tendrán también componentes afectivos o conativos. En definitiva, los moldes se han manifestado como reacciones de valoración cognitiva que son consistentes en situaciones distintas. En ocasiones esta consistencia se presenta en la dirección de la respuesta, y en otras en campos o contenidos especiales focalizados. Surge a partir de estos resultados la necesidad de reajustar el modelo teórico en función de las 'tendencias de respuestas consistentes' que se han observado. El instrumento 'Hernyros' ha servido para recoger y analizar 'contenidos' y 'direcciones básicas' de las respuestas de los sujetos. Estos contenidos y direcciones reflejan la existencia de moldes cognitivo-afectivos.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

El objetivo central del presente trabajo es presentar la adaptación y validación realizada por nosotros de las escalas de síntomas positivos y negativos de la esquizofrenia, originadas por Andreasen (1981, 1982, 1984). 72 personas diagnosticadas de esquizofrenia. 54 varones y 18 mujeres de edades comprendidas entre los 20 y 60 años. Tiempo medio de hospitalización: 6,51 años, con un rango de 0 a 27 años. El trabajo se desarrolla en las siguientes partes: I. Marco teórico donde se recoge, en primer lugar, los síntomas y/o signos que se describen y caracterizan la psicopatología esquizofrénica. En segundo lugar, se trata de justificar el uso y utilidad de las clasificaciones diagnósticas, para pasar a continuación a la exposición de las gnoseologías psiquiátricas que consideramos de mayor relevancia, centrándonos en su fiabilidad y validez. En tercer lugar abordamos los acercamientos dimensionales que han sido propuestos para estudiar la esquizofrenia. De manera especial nos detuvimos en la perspectiva de síntomas positivos y negativos de la esquizofrenia. II. En ella exponemos la fiabilidad test-retest, la fiabilidad interjueces de todos y cada uno de los ítems que componen las escalas SAPS y SANS, de los factores que la conforman y de la puntuación global. Dentro de la fiabilidad, presentamos la consistencia interna de las escalas. En cuanto a la validez, presentamos datos sobre la validez de constructo, por medio de la estructura factorial de las escalas. También hallamos la validez convergente con los criterios del DMS -III- R y la validez discriminante de rendimiento cognitivo de los factores de las escalas. 1. Los distintos tipos de fiabilidad hallada en las escalas SAPS y SANS nos ofrecen índices lo suficientemente elevados como para poder sugerir la buena estabilidad temporal de la prueba, al menos durante seis meses, la elevada concordancia interjueces y la alta consistencia de sus elementos. 2. La validez de constructo ha aislado tres factores ortogonales: a. Factor negativo siendo el factor que más proporción de varianza explica, 36,5 por ciento; b. Factor positivo, que explica el 14 por ciento de la varianza; c. Factor desorganizado, explica el 8,6 por ciento de la varianza. La relación del factor positivo con el negativo es de signo negativo, es decir que parece existir una cierta incompatibilidad entre ambos. La relación entre el factor negativo con el factor desorganizado es alta. 3. En cuanto a la validez discriminante, los factores negativo y desorganizado tienen gran poder discriminativo en rendimiento cognitivo. No así el factor positivo, que parece que no cursa con deterioro cognitivo. 4. En cuanto a la validez concurrente de las escalas con los criterios diagnósticos del DMS III-R, queda establecida a la vista de los resultados. Las escalas de sintomatología esquizofrénica SAPS y SANS, guardan las propiedades de bondad psicométrica para ser utilizadas tanto en la investigación de la patología esquizofrénica como en labores diagnóstico en la asistencia clínica cotidiana.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Tratar de describir las variables sociodemográficas que se relacionan con aspectos psicopatológicos y su distribución geográfica en la Comunidad Autónoma Canaria. . Participaron un total de 1564 personas de la población general. De ellos, 744 eran varones y 818 mujeres. La edad media fue de 36,03 años y el rango entre 18 y 65 años. La muestra fue representativa d ela Comunidad Autónoma Canaria, estratificada por sexo, edad, municipio e isla de residencia. . Las variables estudiadas fueron: 1. Lugar de nacimiento y/o residencia (municipio urbano, municipio rural). 2. Isla de nacimiento y/o residencia (Gran Canaria, Tenerife, La Palma, La Gomera, El Hierro, Fuerteventura y Lanzarote). 3. Sexo (varón, mujer). 4. Estado civil (soltero/a, casado/a, viudo/a, separado/divorciado, en convivencia). 5. Profesión. 6. Condiciones de trabajo. 7. Nivel cultural. 8. Emigración fuera de las islas. 9. Edad. Previo al inicio de la investigación se realizó un estudio piloto para hallar una aproximación a la prevalencia, que permitiera, por un lado, calcular el número de personas que deberían componer la muestra representativa y, por otro lado, tomar decisiones sobre los instrumentos que se iban a utilizar. El paso siguiente fue entrenar a 7 evaluadores, homogeneizando los criterios en la administración d ela batería de los cuestionarios. Los datos codificados, procesados y analizados por el programa computarizado estadístico SPSS/pc+. . Para la evaluación se ha utilizado: un 'protocolo de variables sociodemográficas', los cuestionarios de paranoidismo y de síntomas hipomaníacos de De las Heras (1993), el cuestionario AD sobre dependencia al consumo de sustancias tóxicas (García Medina, en fase experimental), y el cuestionario GHQ-28 de Golberg, adaptado a la población española por Lobo, Pérez Echevarría y Artal (1986). . Se presenta un primer bloque de seis conclusiones que versan sobre propiedades psicométricas de los instrumentos utilizados en la investigación para operativizar el constructo de psicopatología a fin de hacerlo apresable y medible. por la extensión de dichas conclusiones no se pueden recoger en el presente resumen. Por lo que se refiere a la relación entre 'síntomas psicológicos y variables demográficas' en la Comunidad Autónoma Canaria, los resultados se resumen en las siguientes conclusiones: 1. En cuanto al sexo, se observa que las mujeres presentan mayor número y/o intensidad de síntomas que los hombres en depresión y/o ansiedad, así como en el factor somático. 2. Edad: como grupo de riesgo con síntomas de depresión aparecen las personas más jóvenes. Parte de esta variabilidad es atribuible al estado civil. En dependencia al consumo de sustancias tóxicas parecen ser las personas con edad intermedia (26 a 41 años) las que tienen mayor tendencia a presentar estos síntomas. 3. Estado civil: Los resultados señalan como grupo de riesgo de síntomas de depresión y/o ansiedad a las personas que han perdido su pareja, particularmente por muerte. Mientras que se aleja de ese perfil, parece estar más protegido, el grupo que convive en pareja, sin estar oficialmente casados. Además, las personas que viven en pareja tienen menor riesgo de padecer síntomas de depresión. 4. Municipio de residencia en el medio urbano manifiestan más síntomas psicopatológicos. 5. Isla de residencia: Los resultados muestran a los habitantes de las islas capitalinas con mayor número y/o mayor puntuación en síntomas de ansiedad, depresión, hipomanía y optimismo exagerado. 6. Profesión: se ha hallado mayor riesgo en el factor somático entre las amas de casa. En dependencia al consumo de sustancias tóxicas, el pertenecer a este último grupo aparece como un factor protector. En este tipo de síntomas, los que mayor riesgo presentan son los profesionales y obreros cualificados. 7. Las condiciones laborales más precarias (parados) se presentan como un factor de riesgo de síntomas de dependencia física al consumo de sustancias tóxicas. 8. El nivel cultural es el factor con mayor variabilidad sintomatológica. Los grupos con mayor riesgo de síntomas psicopatológicos de ansiedad, somático y de síntomas de paranoidismo son los que tienen menor instrucción educativa (leer y escribir). 10. Los factores de hiperactivación y dependencia psicopatológica al consumo de sustancia tóxicas no obtienen variabilidad significativa, entre distintos grupos de las variables sociodemográficas tratadas en este estudio. 11. El poder discriminativo de las nueve variables sociodemográficas, aunque significativo estadísticamente, no es sobresaliente, pero sí aceptable. Carcaterizándose, sociodemográficamente, las personas con síntomas significativos de hipomanía/manía por ser: jóvenes, residentes en las islas capitalinas, nivel cultural medio-alto, varón, residentes en las ciudades y en condiciones laborales inestables..

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

El presente trabajo se concreta en tres ejes distintos: la actualización del constructo de la involucración, estudiar empíricamente la relevancia de los sistemas de valores y analizar los efectos de ambos determinantes sobre la conducta manifiesta de los consumidores entendida en términos de consumo de determinados productos y marcas. Participaron un total de 300 sujetos, alumnos universitarios; de ellos, 134 eran hombres y 166 mujeres. Las edades estaban comprendidas entre los 18 y 26 años. Las variables estudiadas fueron: a) Tipo de cerveza consumida: cerveza con alcohol (producto tradicional) y cerveza sin alcohol (producto de reciente implantación en los mercados); b) consumidores del producto: consumidores del producto o no consumidores; c) grado de consumo del producto: no consume nunca, sólo en ocasiones especiales, los fines de semana, 2 ó 3 veces por semana, todos los días; d) marca consumida: se recoge como variable nominal, la marca consumida; e) Involucración medida mediante el instrumento PII; f)Valores instrumentales y valores terminales. 1. Escala de Involucración de Zaich Kowsky (1985). 2. Escala de valores de Rokeach (1971). 1. Los valores, tal como están operacionalizados por Rokeahc, tienen un papel poco definido como constructo para explicar la conducta del consumidor. 2. Los perfiles que representan las estructuras de valores, medidos a través de las escalas de Rokeach son iguales para consumidores y no consumidores. 3. El escaso poder discriminativo de los valores queda ensombrecido por la alta capacidad discriminativa del constructo involucración. 4. La involucración es un constructo mediador en la conducta del consumidor. 5. La involucración, tal como la hemos contemplado en el modelo de Best, Hawkins y Coney, es un constructo motivacional que se sitúa a la misma altura que las actitudes. 6. La escala PII es altamente sensible a la hora de diferenciar a consumidores y no consumidores de un determinado producto. 7. La escala PII permite diferenciar entre consumidores de diferentes marcas de un mismo producto. 8. La escala PII no diferencia entre tipo de producto (en nuestro caso, cerveza con alcohol, cerceza sin alcohol). A nuestro entender y a la vista de los resultados, los modelos de conducta del consumidor son estrictamente teóricos y adolecen de comprobación empírica. Por lo tanto, se hace necesario seguir investigando e introduciendo nuevos constructos tales como la personalidad, las emociones, la memoria, las percepciones, etc., para determinar si realmente estos constructos definen la conducta del consumidor u ocurre como se ha demostrado en esta tesis que sufren la falta de relevancia de los valores.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

El objetivo es tratar de verificar en qué medida el modelo transitorio-sostenido permite reinterpretar el fenómeno molar de la memoria icónica. Experimento I: 11 sujetos; Experimento II: 10 sujetos; Experimento III: 10 sujetos. Exp. I: Se utilizó un diseño intragrupo de tipo factorial 2x3 con ambos factores cruzados. El primer factor es el tipo de presentación del estímulo: presentación por aparición súbita del estímulo crítico y presentación por desaparición de todos los estímulos irrelevantes excepto el estímulo crítico. El segundo factor es la zona retiniana sobre la que se proyecta el estímulo: zona foveal, zona media y zona periférica; Exp. II: Se trata también de un diseño intragrupo de tipo factorial 3x3. El factor uno es el tipo de presentación del estímulo y tiene tres niveles: presentación por aparición súbita del estímulo, presentación por desaparición súbita de todas las figuras que acompañan al estímulo y presentación súbita del estímulo inmediatamente después de presentar las figuras. El factor dos, la zona retiniana, fue análoga al exp.I y así mismo la variable dependiente fue el tiempo de reacción del juicio discriminativo (círculos versus cruces); Exp. III: Intragrupo de tipo factorial 2x2x2. El factor uno y dos son los mismos que en el experimento I, aún cuando en el presente exp. sólo se utilizaron dos zonas retinianas (foveal y retiniana). El factor 3, clase de estímulo con dos niveles: discriminación fácil (cruz-círculo) y discriminación difícil (cruz-aspa). Taquistoscopio, cronoscopio, hoja de instrucciones, estímulos, hojas de recogida de datos. Exp. I: Se encontró una gran diferencia entre las dos modalidades de presentación del estímulo (aparición-desaparición); Exp. II: Igual que en el experimento anterior existen diferencias significativas en la zona retiniana y altamente signiticativa en la modalidad de presentación del estímulo y, sorprendentemente, también aparece significativa la interacción. Esta interacción resulta difícil de explicar ya que de tener algún significado debería haber aparecido también en el experimento anterior; Exp. III: Se observa cómo los tiempos de reacción de la discriminación difícil son mayores en todos los casos que los TR de la discriminación fácil. Existen diferencias altamente significativas entre las zonas retinianas confirmando los exp. anteriores. También son significativas las diferencias entre las modalidades de discriminación, la interacción también es significativa. Los tres experimentos demuestran de forma claramente significativa que los estímulos presentados bruscamente necesitan menos tiempo para ser procesados que aquéllos otros que estando ya dentro del campo visual permanecen en él de forma estática. Son por lo tanto, un apoyo más a la teoría que defiende la existencia de dos componentes en el sistema visual: un componente transitorio que responde rápidamente a los estímulos en movimiento y un componente sostenido que responde más lentamente a los estímulos estáticos. Fecha de finalización tomada del código del documento.