999 resultados para Síndrome metabólica Mulheres
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OBJETIVO: Determinar a associao entre ndice de massa corporal (IMC) e circunferncia abdominal (CA) com fatores de risco para doenas cardiovasculares. MTODOS: Estudou-se 231 servidores da Universidade Federal de Viosa, sendo 54,1% do sexo masculino (21-76 anos). Analisou-se glicemia de jejum, colesterol total e fraes, triglicrides, presso arterial, IMC, CA, relao cintura-quadril e percentual de gordura corporal. Informaes sobre tabagismo, ingesto de bebidas alcolicas e atividade fsica tambm foram obtidas. RESULTADOS: As freqncias de sobrepeso/obesidade foram bastante elevadas, principalmente em mulheres. A obesidade abdominal foi observada em 74% das mulheres e 46,1% dos homens. Os homens apresentaram valores mdios e medianos de colesterol total, HDL, triglicrides, IMC e percentual de gordura corporal maiores do que as mulheres (p<0,05). O sedentarismo apresentou-se como fator de risco para obesidade e o tabagismo e o consumo de bebidas alcolicas foram mais freqentes entre homens e entre eutrficos. A maioria das correlaes entre ndices antropomtricos e fatores de risco foram significativas, entretanto apresentaram-se fracas. A CA foi o indicador antropomtrico que se correlacionou mais fortemente e com maior nmero de variveis. Observou-se que com o aumento do IMC e da gordura abdominal houve elevao principalmente da glicemia, dos triglicrides, da presso arterial e reduo do HDL. A freqncia de síndrome metabólica foi maior no grupo sobrepeso/obesidade e em homens. CONCLUSO: Neste estudo, a freqncia de fatores de risco cardiovascular aumentou com aumento do IMC e CA.
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FUNDAMENTOS: Os dados sobre insuficincia cardaca (IC) no Brasil so provenientes de centros tercirios. Esses dados no podem ser extrapolados para a populao rural, pois refletem caractersticas socioeconmico-culturais distintas. OBJETIVO: Estabelecer o perfil clnico-demogrfico e indicadores de qualidade da IC em rea rural. MTODOS: Estudo de coorte transversal, incluindo 166 pacientes da rea rural do municpio de Valena-RJ. Aps avaliao dos dados clnicos, laboratoriais e ecocardiogrficos e utilizados o teste do qui-quadrado e o exato de Fisher para a anlise das propores, assim como o teste t de Student para as variveis numricas, com o intuito de estabelecer as caractersticas da populao. RESULTADOS: A idade mdia foi de 6114 anos, sendo 85 (51%) homens; 88 (53%) afrobrasileiros e 85 (51%) com ICFER. Comorbidades prevalentes: HAS em 151 (91%) e síndrome metabólica (SM) em 103 (62%). Etiologias mais comuns: hipertensiva em 77 (46%), isqumica em 62 (37%). Indicadores de qualidade na IC: 43 (26%) com ecocardiograma prvio; 102 (62%) utilizavam betabloqueador; 147 (88%) receberam IECA ou BRA; e 22% dos portadores de FA utilizavam anticoagulao oral. Na ICFEN, predominou o sexo feminino p=0,001 RC 0,32 CI (0,17-0,60); SM p=0,004 RC 0,28 CI (1,31-4,78); e etiologia hipertensiva p<0,0001 RC 6,83 CI (3,45-13,5). Na ICFER, predominou o sexo masculino p=0,001, RC 0,32 CI (0,170-0,605) e etiologia isqumica p<0,0001 RC 0,16 CI (0,079-0,330). CONCLUSO: Na rea rural, a IC mostra semelhanas em relao ao sexo, cor e classificao da IC. A etiologia mais comum foi a hipertensiva. A ICFEN foi mais prevalente em mulheres e na SM. A ICFER associou-se a homens e etiologia isqumica.
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FUNDAMENTO: A síndrome de Berardinelli-Seip (SBS) ou lipodistrofia generalizada congnita acomete, frequentemente, o aparelho cardiovascular e tambm promove anormalidades metabólicas que envolvem os metabolismos glicdico e lipdico. OBJETIVO: Avaliar a prevalncia das anormalidades cardiovasculares e metabólicas em portadores da SBS. MTODOS: Vinte e dois pacientes do Estado do Rio Grande do Norte (Brasil), com diagnstico da SBS, foram submetidos a avaliao clnica, eletrocardiograma de repouso, ecodopplercardiograma, radiografia de trax, eletrocardiografia dinmica de 24 horas, teste ergomtrico e anlise laboratorial. RESULTADOS: Os pacientes eram, predominantemente, adultos jovens, sendo a maioria do sexo feminino. A totalidade da amostra apresentou resistncia insulina, acanthosis nigricans e HDL-colesterol diminudo. A presena de esplenomegalia, hepatomegalia, diabetes mellitus tipo II e triglicrides elevados era constante. A síndrome metabólica foi caracterizada na maioria dos pacientes, com predominncia no sexo feminino e com um alto grau de consanguinidade paterna. A hipertenso arterial sistmica e a pr-hipertenso foram encontradas em mais da metade dos pacientes (77,3%). O ecodopplercardiograma mostrou a presena de hipertrofia concntrica do ventrculo esquerdo (50%), hipertrofia excntrica do ventrculo esquerdo (4,5%) e geometria normal do ventrculo esquerdo (45,5%). Elevada taxa de arritmia foi evidenciada no holter, tais como extrassstoles ventriculares, extrassstoles supraventriculares e taquicardia supraventricular sustentada. A incompetncia cronotrpica (54,5%) foi observada no teste ergomtrico. CONCLUSO: Anormalidades cardiovasculares e metabólicas foram observadas em elevada prevalncia em indivduos jovens e assintomticos com SBS. Esses achados apontam para a necessidade de acompanhamento cardiolgico sistemtico e de medidas preventivas nesse grupo de risco.
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FUNDAMENTO: A obesidade abdominal importante fator de risco cardiovascular e, juntamente com as dislipidemias, a intolerncia a glicose e a hipertenso arterial, compe a síndrome metabólica. OBJETIVO: Verificar a prevalncia de obesidade abdominal e fatores associados em hipertensos. MTODOS: Estudo transversal com hipertensos de 20 a 79 anos cadastrados em uma Unidade Sade da Famlia do municpio de Londrina, Paran. A obesidade abdominal foi identificada por meio da relao cintura-quadril (RCQ) e da circunferncia abdominal (CA), conforme pontos de corte recomendados pela Organizao Mundial de Sade (RCQ > 1,0 e CA > 102 cm para homens, e RCQ > 0,85 e CA > 88 cm para mulheres). RESULTADOS: Entre os 378 entrevistados, a prevalncia de obesidade abdominal identificada pela RCQ foi de 65,3% nos adultos e 68,1% nos idosos, sendo de 87,9% no sexo feminino e de 30,2% no masculino (p < 0,001). Nas mulheres, a RCQ elevada esteve associada ao relato de colesterol aumentado, no realizao de atividade fsica regular, ausncia de trabalho remunerado e baixa escolaridade. No houve associao de RCQ elevada com quaisquer variveis no sexo masculino. A circunferncia abdominal elevada esteve presente em 66,8% dos adultos e 64,3% dos idosos, tambm com diferenas entre os sexos (p < 0,001). A CA elevada mostrou-se associada, no sexo feminino, ao diabete e ao no tabagismo, e, entre homens, ao diabete e no realizao de atividade fsica regular. CONCLUSO: Esses resultados mostram uma alta prevalncia de obesidade abdominal, especialmente no sexo feminino, reforando a necessidade de estratgias que promovam a diminuio da obesidade abdominal entre hipertensos.
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FUNDAMENTO: No h dados relativos epidemiologia da hiperuricemia em estudos brasileiros de base populacional. OBJETIVO: Investigar a distribuio de cido rico srico e sua relao com variveis demogrficas e cardiovasculares. MTODOS: Estudamos 1.346 indivduos. A hiperuricemia foi definida como > 6,8 e > 5,4 mg/dL para homens e mulheres, respectivamente. A síndrome metabólica (SM) foi definida utilizando-se os critrios NCEP ATP III. RESULTADOS: A prevalncia de hiperuricemia foi de 13,2%. A associao de cido rico srico (AUS) com fatores de risco cardiovasculares foi especfica para o gnero: em mulheres, maiores nveis de AUS estiveram associados com IMC elevado, mesmo aps ajustes da presso arterial sistlica para idade (PAS). Em homens, a relao do AUS com o colesterol HDL esteve mediada pelo IMC, enquanto em mulheres, o AUS mostrou-se semelhante e dependente do IMC, independentemente dos nveis glicose e presena de hipertenso. Nos homens, os triglicerdeos, a circunferncia abdominal (CA) e a PAS explicaram 11%, 4% e 1% da variabilidade do AUS, respectivamente. Nas mulheres, a circunferncia abdominal e os triglicerdeos explicaram 9% e 1% da variabilidade de AUS, respectivamente. Em comparao com o primeiro quartil, homens e mulheres no quarto quartil apresentavam 3,29 e 4,18 vezes mais de aumento de risco de SM, respectivamente. As mulheres apresentaram uma prevalncia quase trs vezes maior de diabetes melito. Homens normotensos com MS apresentaram maiores nveis de AUS, independente do IMC. CONCLUSO: Nossos resultados parecem justificar a necessidade de uma avaliao baseada no gnero em relao associao do AUS com fatores de risco cardiovasculares, que se mostraram mais acentuados em mulheres. A SM esteve positivamente associada com AUS elevado, independentemente do gnero. A obesidade abdominal e a hipertrigliceridemia foram os principais fatores associados com a hiperuricemia mesmo em indivduos normotensos, o que pode adicionar maior risco para a hipertenso.
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FUNDAMENTO: Sabe-se que a terapia antirretroviral altamente potente para Aids reconhecida aumenta o risco cardiovascular, mas os efeitos dos agentes antirretrovirais de acordo com o gnero ainda so desconhecidos. OBJETIVO: O presente estudo avaliou o impacto do tratamento para o vrus da imunodeficincia humana (HIV) na rigidez artica de acordo com o gnero. MTODOS: Foram recrutados 28 pacientes com Aids submetidos terapia antirretroviral altamente potente (HAART), 28 pacientes infectados pelo HIV virgens de tratamento, 44 pacientes com diabetes tipo 2, e 30 controles. A rigidez artica foi determinada pela medio da Velocidade da Onda de Pulso (VOP), utilizando um equipamento automtico validado e no invasivo. RESULTADOS: Os resultados mdios brutos da VOP (e intervalo de confiana de 95%) para participantes nos grupos terapia antirretroviral potente, HIV virgem de tratamento, diabticos, e controles foram 9,77 m/s (9,17-10,36), 9,00 m/s (8,37-9,63), 9,90 m/s (9,32-10,49) e 9,28 m/s (8,61-9,95), respectivamente, para os homens (p de tendncia = 0,14) e 9,61 m/s (8,56-10,66), 8,45 m/s (7,51-9,39), 9,83 (9,21-10,44) e 7,79 m/s (6,99-8,58), respectivamente, para as mulheres (p valor de tendncia < 0,001). Anlises post-hoc revelaram uma diferena significativa entre os valores mdios de VOP no grupo com HAART e controles em mulheres (p < 0,01). Ajustes para as demais covariveis potenciais, incluindo presso arterial sistlica e diabetes, no alteraram esses resultados. Os achados indicam que o impacto do tratamento com HAART na rigidez artica foi amplificado nas mulheres com hipertenso, dislipidemia e síndrome metabólica. CONCLUSO: Agentes antirretrovirais potentes utilizados no tratamento da infeco pelo HIV aumentam a rigidez da aorta, especialmente em mulheres com maior risco cardiovascular.
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En 343 sujetos con sobrepeso u obesidad demostramos la existencia de una relacin inversa entre los niveles (r -0,403, p & 0,001) y el estado de la vitamina D con el grado de obesidad, especialmente para IMC& 40 Kg/m2. Asimismo, los pacientes con síndrome metablico tenan niveles de calcidiol inferiores (43,35 29,01 nmol/L y 55,26 29,6 nmol/L) y presentaban una mayor prevalencia de hipovitaminosis D, independientemente del grado de obesidad. Estos datos sugieren, que como ocurre para otras comorbilidades asociadas con la obesidad, la distribucin de la adiposidad parece desarrollar un papel en el estado de la vitamina D.
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Se defi ne como síndrome metablico al conjunto de factores que se dan en un individuo que le llevan a presentar resistencias a la insulina con hiperinsulinismo compensador que se asocia a trastornos del metabolismo hidrocarbonado, hipertensin arterial, alteraciones lipdicas y obesidad. Esta demostrado que este síndrome aumenta la posibilidad de padecer una enfermedad cardiovascular o diabetes mellitus por lo que se considera un factor de riesgo cardiovascular y de mortalidad en la poblacin general. En pacientes...
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Este trabalho constitui uma sntese e reviso dos principais resultados das pesquisas, com o objetivo de validar o grupo IB de Rudge. As gestantes deste grupo tm rastreamento positivo e diagnstico negativo para o diabete gestacional, ou seja, apresentam resposta normal ao teste oral de tolerncia glicose (TTG100g). Apesar disso, as alteraes nas glicemias ao longo do dia, confirmadas no perfil glicmico (PG) caracterizam a hiperglicemia diria, fator responsvel por risco materno e desfecho perinatal adverso. Estas gestantes so erroneamente includas na categoria de "pr-natal de baixo risco" e no esto sendo diagnosticadas e tratadas. Correspondem a 13,8% da populao de gestantes rastreadas que, somados aos 7,0% das gestaes complicadas por diabete, aumentam a ocorrncia de distrbios hiperglicmicos na gestao para cerca de 20,0%. Tem ndice de mortalidade perinatal de 41, semelhante ao de gestantes diabticas e 10 vezes maior que o de no diabticas; suas placentas apresentam alteraes morfolgicas e funcionais diferenciadas dos grupos de gestantes no diabticas e diabticas, indicativas de ajuste para manuteno da atividade funcional, facilitando a passagem de glicose para o feto e explicando a macrossomia fetal (53,8% das gestantes no tratadas). O risco materno para hipertenso, obesidade e hiperglicemia elevado e parece reproduzir modelo da síndrome metabólica, favorecendo risco potencial para diabete no futuro; 10 anos aps a gravidez-ndice, o diabete clnico tipo 2 foi confirmado em 16,7% das mulheres do grupo IB. Os autores propem o desenvolvimento de projetos multicntricos, para identificar biomarcadores, de mltiplos enfoques, especficos das gestantes do grupo IB de Rudge e estabelecer protocolos para o diagnstico dos distrbios hiperglicmicos da gestao, padronizando a associao TTG100g + PG, conduta que poder causar impacto na morbimortalidade perinatal das gestaes complicadas por hiperglicemia diria.
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OBJETIVO: Estabelecer a prevalncia da acantose nigricante (AN) no contexto da síndrome dos ovrios policsticos (SOP) e as respectivas associaes com a obesidade, a resistncia insulnica (RI), a insulinemia e a síndrome metabólica (SM).MTODOS: Em um estudo transversal e prospectivo, foram selecionadas cem pacientes acometidas pela SOP, diagnosticadas segundo o Consenso de Rotterdam (2003). O exame cutneo incluiu, alm da verificao da presena da AN, a presena do hirsutismo (escore ≥8) e da acne. Foram investigados os dados clnicos e bioqumicos, os fatores de risco cardiovascular que se fazem presentes na SM, como circunferncia abdominal (CA), obesidade, hipertenso e os ndices de HDL e triglicrides. O modelo de aferio da resistncia insulnica foi realizado por meio do teste homeostatic model assessment of insulin resistance(HOMA-IR).RESULTADOS: A prevalncia da AN (53%) mostrou correspondncia significativa com o hirsutismo (p=0,02), o ndice de massa corprea (IMC) (p<0,01), a insulinemia basal (p<0,01), o HOMA-IR (p<0,01) e a SM (p<0,05). A SM alcanou a prevalncia de 36% e associou-se significativamente apenas com a AN (p<0,01). Conquanto ausente o diabetes mellitus, sobressaem as conotaes do HOMA-IR alterado (p=0,01) com a SM (p<5%) e a AN (p<0,01).CONCLUSES: A AN integra o quadro fenotpico grave da SOP como mais um signo previsvel dos riscos da doena cardiovascular.
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Hipertrofia ventricular esquerda um importante fator de risco em doena cardiovascular e pode ser responsvel por parte do elevado risco cardiovascular associado a diabetes. Apesar de que o estresse hemodinmico seja classicamente indicado como causa da injria miocrdica que leva ao remodelamento, a injria associada aos fatores neuro-humorais e a sinalizao celular atravs da ativao imuno-inflamatria tambm desempenham um papel, acompanhando os mecanismos recentemente descritos na síndrome metabólica, particularmente na obesidade, onde a ativao do sistema imune inato leva a uma resposta inadequada crnica mediada por citocinas em diversos sistemas corpreos. A ecocardiografia tem sido usada para identificar anormalidades da estrutura cardaca, porm, variaes metodolgicas e os diversos ajustes para os determinantes da massa ventricular como idade, sexo, tamanho corporal e outros correlatos clnicos so motivo de debate, assim como a definio dos estados de anormalidade, tanto para hipertrofia ventricular esquerda, como para outras medidas da estrutura ventricular. Em uma amostra populacional de 1479 Afro- Americanos do Estudo ARIC, investigamos de forma estratificada e multivariada as associaes independentes entre diabetes e as alteraes estruturais do ventrculo esquerdo, definidas por hipertrofia ventricular, aumento da espessura relativa e padres geomtricos anormais. Encontramos prevalncias elevadas dea alteraes estruturais nos indivduos com diabetes. Diabetes associou-se com hipertrofia ventricular em ambos os sexos e com espessura parietal aumentada e padres geomtricos anormais nas mulheres. Na maior parte dos modelos, as associaes com diabetes foram minimizadas com os ajustes para obesidade, sugerindo que o impacto da obesidade sobre as alteraes estruturais vistas em diabetes pode ser mediado por fatores outros do que a hiperglicemia. Essas novas evidncias esto em sintonia com o conhecimento contemporneo descrito.
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Introduo: A incidncia da doena arterial coronria uma das principais causas de morbidade e motalidade em diversos pases e o estudo dos fatores de risco tm grande importncia na preveno e no tratamento dessa enfermidade. Entre outros fatores, a obesidade e a obesidade abdominal tm sido associadas com a maior incidncia de DAC. A ingesto diria de nutrientes tambm pode estar relacionada com essa doena, porm, uma vez que a alimentao complexa e contm diversos nutrientes, ainda no foi possvel elucidar o impacto da alimentao no risco de desenvolver a doena arterial coronria. Objetivo: Avaliar a relao entre o consumo alimentar dirio, a presena de obesidade abdominal e achados angiogrficos de obstruo arterial em pacientes portadores de cardiopatia isqumica, submetidos a cateterismo cardaco. Mtodos: Foi realizado um estudo transversal, com 284 pacientes submetidos a cateterismo cardaco, da unidade de hemodinmica de um hospital universitrio. Foi avaliada a RCQ, o IMC, a ingesto alimentar diria atravs de um inqurito nutricional, a anlise bioqumica do sangue e a avaliao do laudo do cateterismo cardaco. Resultados: Dos pacientes avaliados, 172 indivduos (60,6%) apresentavam alteraes em uma ou mais artrias coronrias. A ingesto mdia diria de calorias foi de 2450,56 Kcal/dia. O consumo de protenas foi em mdia 1,66 g/Kg/dia, de carboidratos foi de 3,83 g/Kg/dia e de lipdeos foi de 1,21 g/Kg/dia. A idade, o sexo masculino, os nveis sricos de triglicerdeos, o consumo de lcool e a glicemia em jejum foram estatisticamente significativos na anlise multivariada. Concluso: Nos pacientes avaliados, o consumo dirio de calorias encontra-se adequado, porm a ingesto de protenas, carboidratos e lipdeos esto inadequados. Em relao aos fatores de risco para DAC, as mulheres apresentaram maior associao para desenvolver a síndrome metabólica do que os homens.
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A associao entre fatores de risco cardiovascular (FRCV) na psmenopausa e o antecedente de irregularidade menstrual no menacme foi avaliado em estudo caso-controle envolvendo 414 mulheres na psmenopausa com idade de 60,4 5,5 anos e IMC de 25,3 4,7 kg/m2. As variveis consideradas foram: caracterizao do ciclo menstrual entre 20 e 35 anos (independente) e relato atual sobre ocorrncia de hipertenso arterial, dislipidemia, diabetes mellitus e doena arterial coronariana (dependentes). Utilizou-se o teste qui-quadrado e modelos de regresso logstica, ajustados para outras variveis implicadas no risco para doenas CV, com nvel de significncia 5%. Observou-se que mulheres que relataram irregularidade menstrual prvia estiveram associadas com risco aumentado para ocorrncia de algum FRCV [odds ratio ajustado (OR)= 2,14; IC-95%= 1,024,48], quando comparadas quelas com ciclos regulares. Anlise estratificada demonstrou as seguintes associaes significativas com o antecedente de irregularidade menstrual: hipertenso arterial (OR= 2,4; 95% IC= 1,395,41), hipercolesterolemia (OR= 2,32; 95% IC= 1,174,59), hipertrigliceridemia (OR= 2,09; 95% IC= 1,104,33) e angioplastia coronariana (OR= 6,82; 95% IC= 1,4432,18). Os dados sugerem que o antecedente de irregularidade menstrual, indicativo da ocorrncia da síndrome dos ovrios policsticos na idade reprodutiva, pode estar relacionado com aumento do risco para doenas CV na ps-menopausa __________________________________________________ABSTRACT Menstrual Cycle Irregularity as a Marker of Cardiovascular Risk Factors at Postmenopausal Years.To evaluate the association between cardiovascular risk factors (CVRF)during postmenopausal years and previous menstrual irregularity during reproductive years, we performed a case-control study in 414 postmenopausal women (mean age 60.4 5.5 years; BMI 25.3 4.7 kg/m2). The variables assessed were: menstrual cycle characteristics at age 2035y (independent) and records of arterial hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus, and coronary heart disease (dependent). Statistical analysis used the chi-square test and logistic regression, adjusting for potential confounders for cardiovascular risk, with significance set at 5%. Women reporting previous menstrual irregularity were associated with increased risk for some CVRF [adjusted odds ratio (OR) 2.14; CI-95%= 1.024.48], when compared with those reporting regular menstrual cycles. Stratified analysis demonstrated significant associations of previous menstrual irregularity with: arterial hypertension [OR= 2.74; CI-95%= 1.395.41), hypercholesterolemia (OR= 2.32; CI-95%= 1.174.59), hypertriglyceridemia (OR= 2.09; CI-95%=1.104.33), and coronary angioplasty (OR= 6.82; CI-95%= 1.4432.18). These data suggest that a prior history of menstrual irregularity, as indicative of polycystic ovary syndrome, may be related to increased risk for CVD during postmenopausal years
Resumo:
SILVEIRA, Inavan Lopes da; MARANHO, T. M. O.; AZEVEDO, George Dantas. Metabolic syndrome in postmenopausal women: higher prevalence in the Northeastern Region of Brazil than in other Latin American countries and the influence of obesity and socioeconomic factors. Climacteric (Carnforth), v.10, p.438-439, 2007.
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A Síndrome de Berardinelli-Seip (SBS) ou Lipodistrofia Generalizada Congnita acomete freqentemente o aparelho cardiovascular e tambm promove anormalidades metabólicas envolvendo os metabolismos glicdico e lipdico. O objetivo do nosso trabalho foi avaliar a prevalncia das anormalidades cardiovasculares e metabólicas em portadores da SBS. Vinte e dois pacientes do estado do Rio Grande do Norte (Brasil), com diagnstico da SBS, foram submetidos avaliao clinica, eletrocardiograma de repouso, ecodopplercardiograma, radiografia de trax, eletrocardiografia dinmica de 24 horas, teste ergomtrico e anlise laboratorial. Os pacientes eram predominantemente adultos jovens (n=22) , sendo 14 do sexo feminino. O mais novo tinha 8 e o mais velho 44 anos(22,49,7 anos). A totalidade da amostra apresentou resistncia insulina, acanthosis nigricans e HDL-colesterol diminudo. A presena de esplenomegalia, hepatomegalia, diabetes mellitus tipo II e triglicrides elevados eram constantes. A síndrome metabólica foi caracterizada em 81,8% dos pacientes com predominncia para sexo feminino e com um alto grau de consanginidade paterna (86,4%). A hipertenso arterial sistmica e pr-hipertenso foram encontradas em mais da metade dos pacientes (77.3%). O eletrocardiograma e a radiografia de trax no foram teis para identificar a presena de anormalidades cardacas na SBS, em particular a presena de hipertrofia ventricular esquerda. Para identificar o acometimento cardiovascular foi indispensvel o estudo ecodopplercardiografico. Este exame mostrou a presena de hipertrofia concntrica do ventrculo esquerdo (50%), hipertrofia excntrica do ventrculo esquerdo (4,5%) e geometria normal do ventrculo esquerdo (45,5%). Disfuno sistlica do ventrculo esquerdo foi encontrada em apenas um paciente (4,5%) e disfuno diastlica em nenhum. Elevada taxa de arritmia foi evidenciada no Holter, tais como, extra-sstoles ventriculares, extra-sstoles supraventriculares e taquicardia supraventricular sustentada. Incompetncia cronotrpica (54,5%) foi observada no teste ergomtrico. Anormalidades cardiovasculares e metabólicas foram encontradas em elevada prevalncia em indivduos jovens e assintomticos com SBS. Esses achados xii apontam para a necessidade de acompanhamento cardiolgico sistemtico e de medidas preventivas nesse grupo de risco