511 resultados para Raças
Resumo:
Na doença renal crônica (DRC) a manutenção da homeostase de água e sódio é o primeiro problema a ser contornado pelo organismo e com o agravamento das lesões renais surgem outros problemas graves relacionados à homeostase de cálcio e fósforo. O presente estudo tem por escopo avaliar a excreção renal de cálcio, fósforo, sódio e potássio, e o perfil sérico destes eletrólitos em cães normais e em cães com DRC naturalmente adquirida. Foram avaliados três grupos de cães adultos, machos ou fêmeas, de raças variadas. Animais normais compuseram o grupo controle (G1) e os cães com DRC foram distribuídos em dois grupos de acordo com os estágios de comprometimento da função renal (G2 e G3, respectivamente, estágios 1-2 e estágios 3-4, descritos pela IRIS 2006 staging CKD). Os cães do G3 apresentaram aumento das concentrações séricas de cálcio ionizado e fósforo, além de diminuição da concentração sérica de sódio. Quanto à excreção renal dos eletrólitos analisados, os animais dos grupos G1 e G2 apresentaram diminuição de carga filtrada e aumento de excreção fracionada, mas as excreções urinárias não variaram significativamente. Os resultados são indicativos de que os rins de cães com DRC podem manter a excreção urinária dos eletrólitos em valores se melhantes aos dos normais. O mecanismo envolve aumento da excreção fracionada na medida em que haja diminuição da filtração glomerular. Esse processo de compensação, entretanto, pode perder a eficiência nos estágios mais avançados da enfermidade no que se refere à manutenção das concentrações séricas de fósforo e sódio.
Resumo:
Os cães possuem cinco grupos sangüíneos bem estabelecidos, compostos por sete determinantes antigênicos eritrocitários, os quais são denominados de dog erythrocyte antigen (DEA). O grupo DEA 1 (subgrupos 1.1, 1.2 e 1.3) tem sido considerado o mais importante no que se refere às transfusões de sangue. Isto ocorre porque esse grupo possui um alto potencial para estimulação antigênica e, dessa forma, pode estimular a produção de anticorpos se um receptor DEA 1 negativo receber uma transfusão de sangue DEA 1 positivo, levando a uma reação transfusional hemolítica em uma segunda transfusão com hemácias do tipo DEA 1. A freqüência de aparecimento do grupo DEA 1 é bem conhecida em outros países, porém, até então, não havia informações disponíveis sobre o referido grupo no Brasil. No presente estudo, objetivou-se avaliar a prevalência do grupo sangüíneo DEA 1 (subgrupos 1.1 e 1.2) em cães criados no Brasil. Para tanto, 150 cães de raças, sexos e idades diferentes, triados junto ao Hospital Veterinário da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, foram submetidos a tipagem sangüínea para o grupo DEA 1 (subgrupos 1.1 e 1.2) canino, utilizando-se reagentes adquiridos comercialmente junto ao Laboratório de Imunoematologia e Sorologia da Universidade de Michigan (EUA). Os resultados obtidos neste ensaio revelaram que a prevalência geral para o grupo DEA 1 é de 91,3%, consideradas as condições e características da população estudada, compreendendo 51,3% de cães do tipo DEA 1.1, 40% de cães do tipo DEA 1.2, e os 8,7% restantes sendo negativos para o referido grupo. A partir das prevalências encontradas, calculou-se que a probabilidade de um cão DEA 1 negativo receber sangue DEA 1.1, em uma primeira transfusão feita ao acaso, é de aproximadamente 4,5%. Sendo assim, este índice reflete um risco potencial para a sensibilização de um receptor DEA 1 negativo, o que deflagraria a produção de anticorpos. Posteriormente, se este mesmo paciente recebesse uma segunda transfusão de sangue, feita ao acaso, a probabilidade de receber hemácias do tipo DEA 1.1 seria de aproximadamente 2,3%, o que representaria o risco potencial de ocorrência de uma reação transfusional hemolítica aguda. Por outro lado, a probabilidade de este cão receber sangue do tipo DEA 1.2 seria cerca de 1,8%, o que levaria a uma reação transfusional menos grave, porém potencialmente prejudicial. No presente estudo, observou-se que o risco potencial para uma reação transfusional é mínimo, quando se trata de um cão mestiço.
Resumo:
Os efeitos de ano e época de nascimento, propriedade, sexo do bezerro, regime alimentar, idade do bezerro e idade da vaca ao parto, os efeitos aditivos direto e materno da raça Charolesa e o efeito de heterose materna entre as raças Charolesa e zebu foram avaliados pelo método dos quadrados míninos sobre características de importância econômica, como peso, perímetro escrotal e escores visuais de conformação frigorífica, de umbigo e de pelame à desmama em bovinos da raça Canchim. Utilizaram-se dados de 12.334 animais Canchim nascidos de 1999 a 2005. O ano e a época de nascimento, a propriedade, o regime alimentar e a idade da vaca ao parto (linear e quadrático) tiveram efeitos significativos sobre todas as características estudadas. Houve efeitos do sexo sobre o peso do bezerro à desmama e o escore de umbigo; da idade do bezerro sobre peso, perímetro escrotal e escores de conformação frigorífica e de pelame; e das proporções de Charolês no bezerro e na mãe sobre o peso, a conformação frigorífica e a qualidade de pelagem; e da heterozigose materna sobre peso, perímetro escrotal e escores de conformação frigorífica e de umbigo. Os efeitos aditivos diretos da raça Charolesa como desvio do zebu foram negativos sobre peso, conformação frigorífica e qualidade da pelagem à demama, enquanto os efeitos aditivos maternos foram positivos. Os efeitos heteróticos maternos foram positivos sobre peso, perímetro escrotal e escores de conformação frigorífica e de umbigo. em geral, essas fontes de variação devem ser consideradas nas estimativas de parâmetros genéticos e nas avaliações genéticas dos animais Canchim para as características estudadas.
Resumo:
Amostras quinzenais, desde o parto até o final do período de lactação, obtidas de 34 vacas de três diferentes raças e propriedades, foram analisadas quanto à presença de GMP livre. Um pool das amostras quinzenais de cada rebanho foi analisada tanto para o conteúdo de GMP livre quanto para o GMP total (liberado da k-caseína pela ação da renina), correlacionando-os com as condições sanitárias do animal e do úbere, à fase da lactação e à produção de leite. A maioria dos problemas sanitários concentrou-se próximo ao parto, com poucas e espaçadas ocorrências de mastites clínicas. Os resultados do teste de CMT mostraram reações compatíveis às fases da lactação. Para o GMP livre as maiores variações ocorreram em função do período de lactação e em conseqüência de mastites clínicas e subclínicas. Valores elevados foram observados no início da lactação (5,87mg de ácido siálico/L de leite), normalizando para valores próximos de 3,30mg/L já ao final do segundo mês e voltando a elevar-se no terço final da lactação. em média, as mesmas tendências foram observadas para o teor de GMP total liberado pela ação de coalho comercial, iniciando com valores ligeiramente elevados (35,59mg/L), tornando-se normal e assim se mantendo até o sexto mês com valores próximos a 27,15mg/L, e novamente elevando-se gradualmente até o final da lactação, com 58,35mg de ácido siálico/L de leite. Esses resultados mostram-se úteis para a correta interpretação de métodos aplicados à seleção do leite, seja em relação ao status proteolítico da matéria-prima ou mesmo para coibição de fraudes por adição de soro ao leite.
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Com o objetivo de estudar a persistência da resposta sorológica, através das provas de soroaglutinação em placa, rosa Bengala e fixação de complemento, 108 bezerras, com idade ao redor de 18 meses, foram vacinadas com uma dose padrão da vacina preparada com Brucella abortus amostra B 19. Foram obtidas amostras de soro sangüíneo antes da vacinação e após 45 dias, 6, 12 e 18 meses. Antes da vacinação, todas as bezerras apresentaram resultados negativos nos três testes. Após 45 dias, todas apresentaram título a partir de 1/100 na prova de soroaglutinação em placa e todas apresentaram resultado positivo no teste rosa Bengala, ao passo que dois animais apresentaram título 1/2 e os demais apresentaram título a partir de 1/4 na reação de fixação de complemento. Após um ano de vacinação, a grande maioria das bezerras já não apresentava título sorológico significativo. Considerando o risco a que estão sujeitos animais que vivem em áreas endêmicas e em propriedades onde a doença ocorre, e considerando a acentuada redução de título sorológico observada na grande maioria dos animais, pode-se concluir que, no caso bezerras de raças zebuínas em áreas endêmicas e que não tenham sido vacinadas na idade regulamentar, é mais vantajoso vaciná-las com a amostra B 19 aos 18 meses de idade do que deixá-las expostas a um elevado risco de infecção por Brucella.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Pertencente à família Lauraceae, o abacateiro compreende três raças hortícolas: antilhana, guatemalense e mexicana. Os marcadores moleculares são uma ferramenta rápida e eficaz para estudos genômicos, uma vez que detectam o polimorfismo diretamente ao nível do DNA e não sofrem qualquer tipo de influência ambiental. Com base nesse polimorfismo, é possível fazer inferências sobre as relações entre o genótipo e o fenótipo dos indivíduos, o que, em última análise, permite aumentar a eficiência dos programas de melhoramento. Diante o exposto, o objetivo foi investigar a diversidade genética entre sete variedades de abacate a partir de 5 lócus de marcadores moleculares microssatélites (SSR). Nas amostras de abacateiros avaliadas, encontrou-se um total de 18 alelos, com uma média de 3,6 alelos por lócus. O dendrograma gerado a partir de análise de agrupamento UPGMA agrupou, separadamente do resto dos genótipos, a cultivar Geada da raça Antilhana, possivelmente por esta variedade ser uma raça pura, e o restante foi agrupado em dois grandes grupos das raças, a Guatemalense e a Mexicana. Os genótipos das sete variedades de abacate apresentam diversidade genética nos cinco lócus de marcadores moleculares microssatélites (SSR) avaliados, o que indica que são materiais promissores para utilização em futuros programas de melhoramento.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de estimar herdabilidade e repetibilidade para diferentes medidas de eficiência produtiva de vacas e determinar a melhor maneira de calcular as relações de peso, visando a sua utilização como critério de seleção em rebanhos da raça Nelore. Os dados analisados são de animais da raça Nelore, pertencentes ao Projeto de Seleção das Raças Zebuínas e Caracu do Centro APTA Bovinos de Corte, do Instituto de Zootecnia de Sertãozinho. Os animais são selecionados para maior peso ao sobreano (rebanhos NeS e NeT, analisados como um único rebanho) e para peso ao sobreano próximo da média (NeC) do grupo de contemporâneos, desde 1980. As características utilizadas no estudo foram: 1) RPN = relação de peso ao nascer do bezerro / peso da vaca ao parto; 2) RPN2 = relação do peso ao nascer do bezerro / peso metabólico da vaca ao parto; 3) RPD = relação de peso à desmama do bezerro / peso da vaca à desmama; e 4) RPD2 = relação do peso à desmama do bezerro / peso metabólico da vaca à desmama. Os parâmetros genéticos foram estimados considerando dois arquivos: vacas com bezerros (CB) e vacas com e sem bezerros (SB). A RPN e a RPN2 foram calculadas somente no arquivo CB, enquanto que RPD e RPD2 foram calculadas em ambos os arquivos (CB e SB). Os parâmetros genéticos foram estimados pelo método da máxima verossimilhança restrita. As estimativas de herdabilidade para as características RPN; RPN2; RPD_CB; RPD2_CB; RPD_SB e RPD2_SB foram: 0,17±0,02; 0,16±0,02; 0,22±0,04; 0,19±0,03; 0,20±0,01 e 0,16±0,01, respectivamente. As repetibilidades estimadas variaram de 0,22 a 0,68. A utilização das relações de peso como critério de seleção deve promover, a longo prazo, melhorias na eficiência produtiva das vacas. As relações de peso têm sido consideradas apenas como informações para o descarte de vacas em alguns programas de seleção, mas poderiam ser incluídas em índices de seleção, principalmente quando calculada considerando o peso metabólico da vaca à desmama, incluindo tanto as vacas que desmamaram um bezerro, quanto aquelas que falharam em desmamar.
Resumo:
Foram utilizados dados de 66.035 animais das raças Nelore, Hereford, Angus e mestiços Nelore x Angus e Nelore x Hereford, para avaliar a influência da idade da vaca, idade do bezerro e data juliana de nascimento sobre o ganho médio diário dos bezerros no período pré-desmama (GMD). A análise estatística revelou que estas três covariáveis tiveram efeito significativo sobre o GMD. Observou-se também que o ajuste linear para idade à desmama não foi suficiente para retirar o seu efeito sobre o GMD. Estes resultados mostram que tais fatores ambientais podem ser importantes fontes de variação para esta característica nos programas de melhoramento genético.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
O temperamento de quatro raças bovinas foi avaliado utilizando-se o teste de velocidade de fuga (FT) e o escore de comportamento (BST). FT foi definida como o tempo necessário para animais percorrerem uma distância de 2 m após a pesagem. BST foi baseada no comportamento dos animais na balança, amostrando-se quatro categorias de comportamento: movimentos, intensidade de respiração, vocalizações e coices. Os coeficientes de herdabilidade de FT e BST foram estimados com uso de um modelo de máxima verossimilhança restrita, considerando meio irmãos paternos. Caracu apresentou menores médias para BST do que as demais raças. Nelore apresentou resultados intermediários, seguida por Guzerat e Gyr com médias mais elevadas (p < 0,05). Resultados similares foram observados para FT, mas as médias de Caracu e Nelore não diferiram entre si. Observou-se baixa associação entre FT e BST (r p= -0,36; p < 0,01). A correlação entre rank de touros ordenados pelos seus valores preditos (p) para FT e BST foi moderada e negativa (r s = -0,63; p < 0,001). A herdabilidade de FT e BST foi de 0,35 e 0,34, respectivamente. A comparação de rebanhos Nelore com diferentes critérios de seleção para peso corporal mostrou que linhas de seleção podem modular positivamente o temperamento de Bos indicus.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)