734 resultados para Profilaxia na esquistossomose


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Estimou-se o número de portadores da infecção por Schistosoma mansoni no Brasil baseando-se no resultado de exames parasitológicos de fezes realizados pela Fundação Nacional de Saúde nos anos de 1996 e 1997 e os dados de população de 18 estados da federação no levantamento do IBGE. Os dados permitiram estimar em 7,1 milhões de portadores de esquistossomose em 1996 e em 6,3 milhões em 1997. Esses números podem não representar a realidade, pois a amostra da população examinada não foi selecionada visando este objetivo. A ausência de dados precisos indica a necessidade de adequado levantamento nacional da prevalência da esquistossomose que continua a ser importante endemia parasitária, justificando esforços maiores para o seu controle no Brasil.

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O Sertão de Pernambuco não é área endêmica nem focal para esquistossomose mansônica. O presente trabalho registra a ocorrência de Biomphalaria straminea em açude da região, constatando que suas águas têm características físico-químicas favoráveis à proliferação destes moluscos. Chama a atenção para a possibilidade da introdução da doença no semi-árido, diante da crescente multiplicação de barragens.

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O objetivo desse trabalho foi determinar a prevalência das parasitoses em escolares de Bambuí, através de exames coprológicos (direto e Kato-Katz) e reavaliar os criadouros de moluscos descritos no município. Dos 2.901 escolares examinados, 20,1% estavam parasitados, sendo que Giardia lamblia, Entamoeba coli, Ascaris lumbricoides e ancilostomídeos foram os parasitas mais freqüentes, com prevalências de 6,2%, 6,2%, 4,8% e 1,4%, respectivamente. Os ancilostomídeos foram significativamente mais freqüentes na zona rural e nos alunos com mais de 14 anos, enquanto a prevalência da E. coli foi maior na zona urbana e a G. lamblia mais freqüente na faixa etária de 0-6 anos. Somente três crianças eliminavam ovos de Schistosoma mansoni. O único hospedeiro intermediário encontrado foi a Biomphalaria glabrata e nenhuma delas estava eliminando cercárias de S. mansoni . Comparando-se estes dados a de levantamentos realizados anteriormente no município, observou-se uma queda na prevalência de todos os parasitas. Algumas hipóteses para tentar explicar esta queda são discutidas tais como: processo intenso de urbanização e a melhoria das condições sócio-sanitárias do município.

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Este estudo discute a evolução da esquistossomose na área endêmica de Pernambuco utilizando dados secundários levantados pelos programas nacionais de saúde entre 1977 e 1996, período em que foram realizadas cinco campanhas de controle quimioterápico. A análise dos dados mostrou que: a) os municípios com prevalência acima de 25% foram proporcionalmente em maior número na zona Litoral-Mata do que no Agreste; b) a prevalência diminuiu em ambas as zonas mesmo quando o intervalo entre as campanhas era superior a cinco anos. Apesar de a última avaliação (1996) ter indicado uma predominância de municípios com prevalência abaixo de 25%, a maioria destes ainda possui localidades com prevalência acima de 50%. Uma proposta é apresentada para identificar as localidades problemáticas, onde medidas complementares à quimioterapia, tais como controle sistemático de moluscos vetores, saneamento ambiental, educação para a saúde e mobilização comunitária ainda são necessárias.

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Uma tentativa para se julgar da importância das pesquisas sobre esquistossomose, feitas no Brasil, desde 1908 até hoje, revela quão difícil e imprecisa é esta tarefa quando são postos em prática os critérios com que a produção científica é hoje em dia avaliada. Todavia, sem desmerecer a grande importância da contribuição internacional, os conhecimentos gerados sobre a esquistossomose no Brasil, neste quase um século de pesquisas, aparecem suficientes para atender a todas as nossas necessidades práticas e cientificas no setor.

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A localidade de Taquarendi (Bahia) está situada em zona de caatinga, porém com pequena faixa de terra irrigada, onde se encontram caramujos Biomphalaria glabrata. Dos 1.532 habitantes, 1.105 (72,1%) submeteram-se ao exame clínico e, destes, 1.058 (95,7%) fizeram exame parasitológico de fezes. A prevalência da esquistossomose foi de 73,1%, sendo que 16,2% destes eliminavam mais de 1.000 ovos por grama de fezes. O exame clínico mostrou que o lobo esquerdo do fígado estava aumentado e/ou endurecido em 54% dos pacientes e o baço foi palpado em 21,8%. Foram classificados como hepatosplênicas 9,8% dos examinados e como portadores da forma hepatintestinal avançada 3,7%. Houve relação direta entre estas formas clínicas da doença e a intensidade da carga parasitária acima de 1.000 ovos de S. mansoni por grama de fezes.

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Define-se a hipertensão porta pela presença de um gradiente de pressão venosa hepática superior a 5mmHg. Ela é causada geralmente pelo aumento da resistência do leito vascular porta-hepático em decorrência de obstrução ao fluxo sanguíneo. Nas formas graves da esquistossomose há aumento progressivo da pressão porta e o desenvolvimento de varizes nos órgãos intra-abdominais, no retroperitônio e na parede do abdômen. A principal complicação desse processo é o sangramento digestivo, proveniente, na maioria dos casos, das varizes esofágicas e gástricas. Para o tratamento, diversos procedimentos clínicos (propranolol, somatostatina e octeotrida), endoscópicos (escleroterapia, clipes e ligaduras de varizes), vasculares (TIPS - shunt intra-hepático transjugular portasistêmico) e cirúrgicos (derivações portassistêmicas e desconexões portavarizes) têm sido propostos. Neste artigo, o autor apresenta revisão crítica sobre os vários tratamentos propostos, enfatizando os procedimentos cirúrgicos.

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De 1.020 estudantes submetidos a exame coproparasitológico (método de Lutz), 938 (92%) apresentaram positividade para pelo menos uma espécie de enteroparasito. Seis meses pós-tratamento, 383 (37,5%) estudantes foram reavaliados e 347 (90,6%) apresentaram exames positivos. Não houve diferença significativa nas prevalências antes e após tratamento específico, entretanto poliparasitismo foi significativamente menor na segunda análise.

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Investigamos em portadores de esquistossomose hepatoesplênica após esplenectomia com ou sem auto-implante esplênico: índice de aderência, produção de superóxido (SP) e de TNF-alfa em monócitos, tratados ou não com tuftsina. Avaliamos três grupos: voluntários sadios CG (grupo controle) (n=12); esplenectomizados com auto-implante AG (n=18) e esplenectomizados sem auto-implante WAG (n=9). Índice de aderência e TNF-alfa não diferiram entre os grupos. SP foi semelhante em CG e AG na 1ª hora após estimulação celular. SP foi maior em todos intervalos de tempo nos grupos CG e AG, comparados ao WAG. O tratamento com tuftsina recuperou o padrão de normalidade de SP em AG, com aumento da 1ª para a 2ª hora nos níveis do CG. O tratamento com tuftsina não alterou SP em WAG, permanecendo reduzida em todos intervalos. O auto-implante esplênico parece recuperar e manter os parâmetros imunológicos avaliados, que têm participação importante na resposta do hospedeiro às infecções.

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No Brasil, índices elevados da esquistossomose mansônica correspondem, na grande maioria dos casos, à presença da espécie Biomphalaria glabrata, principal transmissora do Schistosoma mansoni, nas localidades endêmicas. Foi realizado estudo em 40 municípios endêmicos do Estado de Alagoas, com o objetivo de verificar a existência da espécie e sua importância na manutenção da esquistossomose nesse Estado. Desses municípios, 28 são pertencentes à mesorregião do leste Alagoano e 12 à mesorregião do Agreste Alagoano. Os moluscos procederam de diversos tipos de criadouros: riachos, córregos, valas, açudes, brejos e poços. As coletas foram realizadas no período de fevereiro de 1996 a dezembro de 1998. Para a identificação de Biomphalaria glabrata, foi efetuado o exame anatômico das partes moles, após remoção das conchas. A detecção de cercárias do Schistosoma mansoni foi realizada através da técnica de esmagamento, calculando-se o percentual de infecção. Em 32 (80%) dos municípios estudados foi encontrada Biomphalaria glabrata, seis deles apresentando moluscos infectados com cercárias do parasita. Penedo apresentou a maior (6,6%) taxa de infecção, seguindo-se Ibateguara (5,6%). Taxas menores foram observadas em Chã Preta (2,7%), em Murici (2,5%), Porto Real do Colégio (0,1%) e Igreja Nova (0,1%). O inquérito copro-parasitológico efetuado pela Fundação Nacional de Saúde em 1997, 1998/1999 e 2000, confirmou a importância da endemia nessas regiões do Estado.

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Relatamos o caso de uma mulher de 38 anos, assintomática, que procurou atendimento médico devido à infertilidade. No exame ginecológico, observou-se pólipo endocervical de 1,0 x 0,8 x 0,5cm que foi biopsiado. O exame histológico evidenciou granulomas contendo ovos de Schistosoma mansoni.

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Caso raro de forma tumoral da esquistossomose mansoni cerebelar diagnosticada pela biópsia, em um paciente de 15 anos, que apresentou sinais e sintomas neurológicos 60 dias antes da cirurgia. A tomografia computadorizada revelou lesão expansiva, hiperdensa, localizada no cerebelo, sugestiva de glioma. O exame histopatológico mostrou numerosos ovos de S. mansoni envolvidos por reação inflamatória granulomatosa na fase necrótico-exsudativa, confluentes, localizados principalmente na camada interna, granular, do cerebelo, formando pseudotumor no verme cerebelar e hemorragia recente na ponte. Foram medidas as áreas dos granulomas.