999 resultados para Processo Saúde Doença
Resumo:
O Programa Saúde da Família ou PSF conhecido hoje como Estratégia da Saúde da Família visa mudar o modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento emergencial, para um modelo onde o enfoque é a família no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. Tem como membro de sua equipe de saúde os Agentes Comunitários de saúde ( ACS). O objetivo deste trabalho buscou investigar qual preparação é atribuída ao profissional Agente Comunitário de Saúde para realizar as suas funções, respeitando-se a privacidade e confidencialidade das informações dos usuários. Utilizou-se o método de revisão bibliográfica que consiste na pesquisa em livros e artigos científicos de acordo com o tema e a proposta previamente idealizada para a pesquisa. Os estudos selecionados, no total de 33, apontaram que cabe ao ACS realizar visitas domiciliares às famílias cadastradas, com objetivo de conhecer a situação social de cada uma delas e, assim, segundo suas necessidades, oferecer alguma ação de saúde. Ele deve ter bom relacionamento com a comunidade e saber trabalhar com a grande diversidade de situações e com as questões relacionadas a preconceitos, sigilo e ética profissional uma vez que recebe informações privativas das famílias e/ou pessoas cadastradas na sua área de abrangência. Precisa cultivar relação de confiança entre ele e usuários, dentre outros. Considera-se, portanto, que cursos de capacitação e educação permanente para os ACS devem abordar todos esses aspectos bem como os fatores culturais e religiosos que possam influenciar no comportamento dos indivíduos com relação à sua saúde
Resumo:
Este Trabalho de conclusão de curso refere-se a uma proposta de intervenção no acompanhamento e assistência da Estratégia de Saúde da Família - 1 de Fronteira - MG a pacientes portadores de pé diabético. Executado conforme as exigências da Universidade Federal do Triângulo Mineiro para obtenção do Certificado de Especialista em Enfermagem em Atenção Básica e Saúde da Família, têm como objetivo a prevenção, promoção em saúde, acolhimento e assistência sistematizada a pacientes predispostos às amputações não traumáticas ocasionadas ao Diabetes Melitus. Através do método de estimativa rápida, entrevista, informantes chaves, observação ativa, por levantamento de dados secundários e sistemas de informação: de Mortalidade (SIM), da Atenção Básica (SIAB) e o programa HIPERDIA, o diagnóstico situacional foi obtido. Entre Julho de 2011 à Março de 2014, iniciamos a coleta de dados e a implantação da proposta, encontramos portadores de diabetes: sedentários, com doenças como cardiopatias, hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, obesidade e transtorno depressivo. Identificamos que, até o inicio do projeto existia um processo de trabalho e modelo de assistência desestruturado, onde a ausência de grupos operativos e educacionais em atenção primária contribuía para o desconhecimento dos pacientes sobre o processo saúde - doença. Parte dessa responsabilidade deu-se devido à ausência de profissionais de saúde capacitados, a não realização de reuniões com a gestão e a falta de assistência multiprofissional ao paciente incluído neste perfil. O êxito do trabalho de não haver incidência em amputações nos últimos 06 meses, ou seja, apenas 01 caso, se dá devido aos instrumentos de trabalhos e recursos críticos que renovam este cenário com ações como: Manual de Normas e Rotinas de Atendimento ao Diabético; Educação Continuada aos Profissionais de Saúde; Trabalho Multiprofissional e referenciamento de casos; Reuniões e participação ativa da gestão; Grupos educacionais e busca ativa dos usuários, ao contrário do que houve no passado quando esse número se totalizou em 07 intervenções cirúrgicas no periodo de 01 ano
Resumo:
O trabalho de grupos de educação em saúde em atenção primária é um poderoso instrumento para trabalhar a compreensão do processo saúde-doença, estimulando o autocuidado e a adesão ao tratamento e minimizando também o sofrimento e a incapacidade. Reconhecendo essa importância, a origem deste projeto de intervenção se deu na percepção da falta de estímulo dos profissionais de saúde para a realização de grupos de educação em saúde: para sua formação, condução e manutenção em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Este projeto tem então como objetivo a sensibilização e capacitação das equipes da Saúde da Família da USF de Gato Preto sobre a importância e a realização dos grupos de educação em saúde. Propõe-se que isto será realizado através de encontros com as equipes, onde serão discutidos temas de educação em saúde e o trabalho em grupos através da leitura de textos e artigos, exposição de vídeos e realização de dinâmicas. Como resultado, espera-se conseguir sensibilizar e capacitar as equipes a implementarem um grupo na unidade.
Resumo:
No Brasil e no mundo a utilização de medicamentos psicotrópicos é considerada exacerbada e indiscriminada. O consumo destes teve um aumento significativo nos últimos 10 anos. O aumento de transtornos mentais tratados com psicotrópicos tem sido atribuído à ocorrência de eventos estressantes relacionados principalmente a questões socioeconômicas e questões familiares. Pela grande demanda de procedimentos, as unidades de saúde na atenção primária possuem um papel relevante quanto ao acesso e uso racional de medicamentos. É ressaltado que este uso racional de medicamentos psicotrópicos ultrapassa a área clínica e tornou-se uma questão de saúde pública. A literatura cita que a Estratégia de Saúde da Família através de seus valores, conceito ampliado de saúde, determinação social do processo saúde-doença, empoderamento, apontam um caminho para a superação da cultura medicalizante. Observa-se na prática diária das equipes em Saúde da Família o crescente número de pacientes que utilizam psicotrópicos, e então a importância da discussão sobre o uso indiscriminado de psicotrópicos na Atenção primária. Portanto, partindo destas considerações, o projeto de intervenção na equipe 022 do PSF Vila Jurandir, município de São João de Meriti-RJ - Rio de Janeiro buscou então identificar as dificuldades e construir o conhecimento para melhor abordagem dos casos pelos membros da equipe através das discussões sobre a correta indicação, efeitos colaterais, o enfoque também na medicalização da vida cotidiana e a possibilidade de desmedicalização.
Resumo:
O diabetes mellitus tipo 1 (DM 1) é definido como uma doença crônica que acomete principalmente crianças e adolescentes. Tal patologia é caracterizada pela destruição das células beta, levando ao estágio de deficiência absoluta de insulina, sendo necessário a administração de insulina para prevenir cetoacidose, coma e morte. A presença de uma doença crônica, como o diabetes, na adolescência caracteriza uma crise existencial, representada pela enfermidade incurável e respectiva necessidade de tratamento continuado. Foi abordada a importância do médico da família na comunidade, na realização do diagnóstico e na abordagem de doenças crônicas nas Unidades de Saúde, através de um estudo de um paciente, 13 anos, sexo masculino, com Diabetes Mellitus tipo 1 sem tratamento adequado. A doença implicou em mudanças no contexto familiar, social, psicológico e biológico, mudanças estas de difícil enfrentamento para este adolescente. Esse fato implica na necessidade de se prestar um atendimento multiprofissional e interdisciplinar, interferindo positivamente no processo saúde-doença daquela e de outras famílias. A pesquisa foi de natureza descritiva, exploratória e de abordagem qualitativa uma vez que esta possibilita maior aproximação com o cotidiano e as experiências.
Resumo:
No cenário da atenção básica à saúde no Brasil, a Estratégia de Saúde da Família tem se constituído importante espaço para desenvolver estratégias de promoção de saúde elemento inseparável entre padrão de vida e bem estar. A comunidade do território da área de abrangência da equipe de saúde familiar vinte e dois Município Cariacica, Estado Espirito Santo adoece das condições de bem estar biopsicossocial. Objetivou-se promover saúde para melhorar a qualidade de vida desta população. O projeto de intervenção pretende ampliar os conhecimentos o entendimento da população do processo saúde-doença para prevenção e controle dos fatores de risco e das doenças com participação social e comunitária essencial na produção de saúde além da superação dos membros da equipe. Serão desenvolvidas ações/estratégias em unidade básica de saúde, igrejas dos bairros do território adscrito, por equipe multiprofissional direcionada ao público em geral, grupos específicos, de hipertensos, diabéticos, idosos, gestantes, adolescentes, líderes da comunidade e agentes comunitárias de saúde. Os tipos de estratégia a desarrolhar serão ás grupal e comunitário, com frequência semanal ou mensal com diversos recursos conceituais, corporal e cultural. Visando mudanças das condições, estilos e qualidade de vida dos indivíduos a família, com protagonismo comunitário.
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O Programa Saúde da Família ou PSF conhecido hoje como Estratégia da Saúde da Família visa mudar o modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento emergencial, para um modelo onde o enfoque é a família no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. Tem como membro de sua equipe de saúde os Agentes Comunitários de saúde ( ACS). O objetivo deste trabalho buscou investigar qual preparação é atribuída ao profissional Agente Comunitário de Saúde para realizar as suas funções, respeitando-se a privacidade e confidencialidade das informações dos usuários. Utilizou-se o método de revisão bibliográfica que consiste na pesquisa em livros e artigos científicos de acordo com o tema e a proposta previamente idealizada para a pesquisa. Os estudos selecionados, no total de 33, apontaram que cabe ao ACS realizar visitas domiciliares às famílias cadastradas, com objetivo de conhecer a situação social de cada uma delas e, assim, segundo suas necessidades, oferecer alguma ação de saúde. Ele deve ter bom relacionamento com a comunidade e saber trabalhar com a grande diversidade de situações e com as questões relacionadas a preconceitos, sigilo e ética profissional uma vez que recebe informações privativas das famílias e/ou pessoas cadastradas na sua área de abrangência. Precisa cultivar relação de confiança entre ele e usuários, dentre outros. Considera-se, portanto, que cursos de capacitação e educação permanente para os ACS devem abordar todos esses aspectos bem como os fatores culturais e religiosos que possam influenciar no comportamento dos indivíduos com relação à sua saúde
Resumo:
As equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) são uma realidade e uma bem sucedida modalidade de atenção básica. Em 2000, foi criado o incentivo a saúde bucal pelo Ministério da Saúde que propiciou a inserção das Equipes de Saúde Bucal (ESB) na ESF. Esta estratégia se constitui atualmente numa fonte de emprego em expansão para o cirurgião-dentista no Brasil. Entretanto, o cirurgião-dentista que trabalha na ESF vê-se frequentemente diante de muitos desafios, sentindo-se, em alguns momentos, inseguro e despreparado para exercer as suas atividades devido, em grande parte, pela formação recebida, muita das vezes voltada para as ações curativas e técnicas clínicas, com pouca ênfase para os fatores socioeconômicos e psicológicos envolvidos no processo saúde-doença e no desenvolvimento de atividades de promoção da saúde. Trabalhar estes aspectos desde a formação acadêmica tornará o profissional da Odontologia do futuro preparado para enfrentar esse enviar momento da saúde bucal. Diante disso, realizou-se uma revisão bibliográfica para subsidiar o projeto de inserção de estudantes de odontologia do 1º ao 5º períodos nas Unidades de Saúde da Família, durante o Estágio Supervisionado. Com isso preparar os acadêmicos de Odontologia para a atuação no campo da atenção básica. O envolvimento dos alunos diante da nova realidade observada enriquece a formação profissional, como o conhecimento do processo de trabalho e das diretrizes utilizadas nas ESF, além da participação nas atividades desenvolvidas na unidade, tanto no âmbito odontológico, quanto geral
Resumo:
A prevenção e o diagnóstico do câncer de colo uterino podem ser feitos pela colheita de material citopatológico, que detecta precocemente lesões pré-cancerosas, rastreando dessa maneira a população feminina que pode ser exposta a essa comorbidade (mulheres jovens, sexualmente ativas e em idade reprodutiva). As mulheres que se enquadram no perfil para realizar o exame preventivo no rastreio do câncer de colo uterino na ESF Setor Norte, buscam a unidade de saúde devido a várias problemáticas. Cabe a toda equipe multidisciplinar realizar um acolhimento adequado, respeitando os anseios e buscando resolubilidade para o problema atual, porém, além disso, devem-se promover ações de esclarecimento e educação em saúde para que as mulheres tenham consciência da formação do processo saúde-doença e possam intervir sobre ela.O objetivo desde projeto de intervenção é que todas as mulheres no território da ESF Setor Norte tenham consciência da importância e realizem o exame preventivo do câncer de colo de útero. Melhorando assim os indicadores de saúde, possibilitando o tratamento precoce, além de diminuir gastos para o estado.
Resumo:
A educação e a saúde é um importante instrumento para promover a participação ativa das pessoas na conquista de sua autonomia. Trata-se de um Plano de Intervenção a partir de um estudo pautado em uma revisão da literatura com os temas o perfil e prática do ACS junto a promoção da saúde bucal. A metodologia para a realização do Plano de intervenção, após revisão da literatura, é pelo método do PES. O PES é um planejamento estratégico situacional, ou seja, é um planejamento realizado pelo método da estimativa rápida a partir da coleta de dados em registros da unidade e fontes secundárias, entrevista realizada com informantes chaves da comunidade e observação ativa da área. O Programa Saúde da Família ou PSF no Brasil, conhecido hoje como "Estratégia da Saúde da Família", por não se tratar mais apenas de um "programa", teve início, em 1994 como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção primária. A Estratégia de Saúde da Família propõe a mudança do modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. Estabelece que a família seja o objeto de atenção, no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. Em Guará- SP foi observado pelos dados registrados no SIAB um alto número de atendimentos odontológicas de urgências por demanda espontânea e baixo número de consulta odontológica programada. A ESB do Jardim Itapema deu a devida importância a este fato, o que motivou a ESF a elaboração de um plano de ação para o enfrentamento do problema. Foi elaborado inicialmente um diagnóstico situacional da área de abrangência da ESF Jardim Itapema, de acordo com o módulo sobre Planejamento e Avaliação das Ações em Saúde do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família e para o embasamento científico foi realizada uma revisão literária com utilização dos seguintes descritores: "treinamento e capacitação, agente comunitário, saúde bucal" com a busca realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME), na base de dados eletrônica (LILACS) e (SciELO), Google acadêmico e no site do Ministério da Saúde
Resumo:
A inclusão da Odontologia na Estratégia Saúde da Família trouxe à população a garantia de acesso aos princípios do Sistema Único de Saúde também na Saúde Bucal, ampliando o processo saúde/doença para todos os setores que causam impacto na melhoria da qualidade de vida. Sendo assim, a atuação da equipe de Saúde Bucal deve ir além do trabalho técnico, pois as ações de vigilância à saúde devem ser contínuas no acompanhamento das famílias sob risco social, de forma a se estabelecer um cuidado social, que envolva criação de vínculo, priorização de atenção, estímulo ao autocuidado, detecção de barreiras e busca de soluções para a manutenção da saúde bucal. É importante que, nesse sentido, a Equipe de Saúde da Família prepare seus profissionais para atuarem como multiplicadores. Tendo em vista a importância da priorização da atenção para as famílias com maior risco em Saúde Bucal e com o objetivo de reorganizar e oferecer subsídios para o planejamento da atenção em Saúde Bucal no município de Prata - MG será desenvolvido um projeto, na Unidade Básica de Saúde do bairro Cruzeiro do Sul. Este projeto será baseado em levantamento epidemiológico situacional, por meio de busca ativa e aplicação do Inquérito de Sinais e Sintomas em Saúde Bucal, para que as ações sejam efetivadas de acordo com as prioridades identificadas no diagnóstico em Saúde Bucal, de acordo com a classificação por grau de risco da família pelo método do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde
Resumo:
A Estratégia da Saúde da Família, criada pelo governo federal é uma reformulação do modelo assistencial da atenção básica, substituindo o modelo tradicional com foco nas doenças por um processo centrado na Vigilância à Saúde, tendo a família como foco de suas ações, objetivando melhor compreensão do processo saúde doença. As doenças crônico-degenerativas como a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus apresentam grande impacto na qualidade de vida dos pacientes além de grande representatividade nos gastos do Sistema Único de Saúde. O sistema HIPERDIA tem como objetivo orientar o manejo adequado a cada paciente levando em consideração suas particularidades e fatores de risco modificáveis ou não. A efetivação do programa HIPERDIA, através da estratificação de risco e manejo adequado a cada paciente, tem como objetivo o tratamento dessas doenças e de prevenir complicações, além de ações de promoção à saúde. O presente estudo justifica-se pois, após implantação do HIPERDIA de forma efetiva e resolutiva, irá proporcionar melhores condições de saúde à população e, consequentemente, reduzir o número de morbidades e mortalidades decorrentes da hipertensão e diabetes, além de melhorar a qualidade de vida da população e contribuir para melhoria nos indicadores de saúde pública do município. O trabalho teve como objetivo elaborar um projeto de Intervenção com a finalidade de efetivar a implantação do programa HIPERDIA, propondo plano de ação para resolução do problema. Inicialmente foi realizado o diagnóstico situacional da Equipe Verde, no Distrito de Cachoeira do Vale, por meio de reunião entre a equipe, análise de dados do SIAB e da produção da equipe, para identificar os principais problemas enfrentados e, assim, definir as prioridades. Para a fundamentação teórica foi realizada uma revisão bibliográfica sobre ESF, hipertensão, diabetes e o programa HIPERDIA. Espera-se que a implantação do HIPERDIA na Equipe Verde possibilite o manejo adequado da hipertensão arterial e da diabetes mellitus pela equipe e que possa funcionar de acordo com programa proposto pelo Ministério da Saúde e assim, trazer resultados para a promoção da saúde e qualidade de vida da população e melhora nos indicadores de saúde pública do município
Resumo:
São discutidas algumas características das entrevistas domiciliárias em sua utilização nas investigações sobre o processo saúde-doença e no ensino da Epidemiologia. É feito um relato sucinto de algumas experiências de pesquisa e ensino desenvolvidas no Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo-USP e no Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP, relacionadas a entrevistas domiciliárias. São feitas considerações sobre o elevado interesse do uso de entrevistas domiciliárias para o conhecimento da realidade de saúde dos grupos sociais que constituem a população brasileira, bem como para o desenvolvimento da própria Epidemiologia. É mostrado o enorme potencial relacionado ao ensino da Epidemiologia, a nível de graduação e pós-graduação, que pode ser desenvolvido com investigações epidemiológicas a nível da população.
Resumo:
Procura-se demonstrar que é possível operacionalizar o conceito de classe social de forma a utilizá-lo em estudos epidemiológicos. Foi adaptado às características da formação social de Pelotas, RS (Brasil), modelo de classificação desenvolvido para o México e comparado com o desenvolvido para Ribeirão Preto, SP (Brasil). Mediu-se o poder discriminatório das duas classificações em termos do processo saúde-doença, tendo como variável dependente o crescimento de 5.384 crianças nascidas em 1982. As duas classificações estão associadas com diferenças significativas (P<0,001) no crescimento infantil, mas o modelo do México mostra melhor poder discriminatório do que a classificação de Ribeirão Preto. Quando ambas foram incluídas em uma análise multivariada do peso e da altura das crianças, o efeito do modelo do México foi altamente significativo (P<0,001), ao contrário do efeito da classificação, modelo Ribeirão Preto.
Resumo:
A complexidade do objeto epidemiológico tem suscitado, ao longo do tempo, discussão sobre alguns elementos que o compõem, assumindo, muitas vezes, a forma de antinomias. Utilizando-se como substrato textos fundamentais, analisaram-se, no âmbito da epidemiologia social, a formulação e a proposta de solução para as antinomias biológico-social e individual-coletivo. Criticou-se a validade teórica das saídas apontadas pelo discurso epidemiológico-social para resolver o "conflito de leis" que permeia o referido objeto. Destacou-se o conceito marxista-helleriano de indivíduo para contribuir com a "sutura" dos três planos da realidade: o universal, o particular e o singular.