1000 resultados para Pressão de preconsolidação
Resumo:
FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é uma doença de massa, com conseqüências para o aparelho cardiocirculatório, pois suas complicações elevam as taxas de morbi-mortalidade. Controlar a pressão arterial (PA) diminui complicações e pode preservar a qualidade de vida (QV) dos pacientes. Estudos mostram os efeitos positivos da música como coadjuvante no tratamento de diversas patologias. OBJETIVO: Avaliar o efeito da musicoterapia na QV e no controle da PA de pacientes hipertensos. MÉTODOS: Realizou-se um ensaio clínico controlado que avaliou pacientes de ambos os sexos, maiores que 50 anos, HA estágio 1, em uso de medicação, matriculados em serviço multiprofissional para tratamento da HA. Divididos em grupos experimental (GE) e controle (GC). O GE, além do tratamento convencional, participou de sessões musicoterápicas semanais por doze semanas. O GC permaneceu sob tratamento padrão do serviço. Antes e após a intervenção foi aplicado nos dois grupos o questionário SF-36 e verificada a PA. A voz, importante elemento da comunicação, reflexo do estado físico, psíquico e emocional, foi o principal recurso utilizado. Estatística: testes t-Student e Wilcoxon (significantes p<0,05). RESULTADOS: Os grupos eram inicialmente semelhantes quanto a sexo, idade, escolaridade e QV avaliada. Na comparação inicial e final dos pacientes do GE observamos melhora significativa na QV (p<0,05) e no controle da PA (p<0,05). Sem modificações na adesão. CONCLUSÕES: A musicoterapia contribuiu para a melhora da QV e do controle da PA, sinalizando que essa atividade pode representar um reforço na abordagem terapêutica em programas de atendimento multidisciplinar ao paciente hipertenso.
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FUNDAMENTO: O estudo de variáveis de risco cardiovascular em populações jovens é fundamental para estratégias de prevenção primária OBJETIVO: Avaliar a pressão arterial (PA), perfil antropométrico e metabólico em jovens do Estudo do Rio de Janeiro, acompanhados por 17 anos. MÉTODOS: Foram avaliados 115 indivíduos (64 masculinos) em três momentos (seguimento 212,23±16,0 meses): A1 (12,97±1,48 anos), A2 (21,90±1,71 anos) e A3 (30,65±2,00 anos) e divididos em dois grupos: GN (n=84) com pelo menos duas medidas de PA normais nas três avaliações; GH (n=31) com pelo menos duas medidas de PA anormais nas três avaliações. Nas três ocasiões foram obtidos: PA e índice de massa corporal (IMC). Em A2 e A3: glicose, triglicerídeos, colesterol total e frações. Em A3 acrescentou-se a circunferência abdominal (CA). RESULTADOS: 1) As médias da PA, IMC e CA (p<0,0001) e as prevalências de hipertensão arterial (HAS) e sobrepeso/obesidade (S/O) (p<0,003) foram maiores no GH nas três avaliações; 2) As médias de LDL-c e glicemia (p<0,05) em A2 e a prevalência de síndrome metabólica (SM) em A3 foram maiores no GH; 3) A associação HAS+S/O foi mais prevalente no GH enquanto a associação PA+IMC normais foi mais prevalente no GN (p<0,0001) nas três avaliações; 4) HAS em A1 (RR=5,20 = 5,20; p<0,0007), gênero masculino (RR=5,26 = 5,26; p<0,0019) e S/O em A1 (RR=3,40 = 3,40; p<0,0278) determinaram aumento de risco para HA na fase adulta jovem (A3). CONCLUSÃO: Após 17 anos de acompanhamento, a PA de indivíduos jovens mostrou relação significativa com as variáveis de risco cardiovascular e a ocorrência de SM na fase adulta jovem.
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FUNDAMENTO: Pacientes que são submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) apresentam risco maior para desenvolver complicações pulmonares, como atelectasias, pneumonia e derrame pleural. Estas complicações podem aumentar o tempo de internação hospitalar, a necessidade de recursos financeiros e também se associam com a redução da qualidade de vida e da capacidade funcional a longo prazo. OBJETIVO: Testar se o uso de espirometria de incentivo (EI) associada com pressão positiva expiratória na via aérea (EPAP), após CRM melhora a dispneia, a sensação de esforço percebido e a qualidade de vida 18 meses após a CRM. MÉTODOS: Dezesseis pacientes submetidos a CRM foram randomizados para o grupo controle (n=8) ou para o grupo EI+EPAP (n=8). O protocolo de EI+EPAP foi realizado no período pós-operatório imediato e durante mais 4 semanas no domicílio. Dezoito meses após a CRM foram avaliadas a força da musculatura respiratória, a capacidade funcional, a função pulmonar, a qualidade de vida e o nível de atividade física. RESULTADOS: Após o teste de caminhada de seis minutos (TC6), o escore para dispneia (1,6±0,6 vs 0,6±0,3, P<0,05) e a sensação de esforço (13,4±1,2 vs 9,1±0,7, P<0,05) foram maiores no grupo controle comparado com o grupo EI+EPAP. Na avaliação da qualidade de vida, o domínio relacionado às limitações nos aspectos físicos foi melhor no grupo EI+EPAP (93,7±4,1 vs 50±17, P<0,02). CONCLUSÃO: Pacientes que realizam EI+EPAP apresentam menos dispneia e menor sensação de esforço após o TC6 e também melhor qualidade de vida 18 meses após a CRM.
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FUNDAMENTO: Medidas válidas da pressão arterial, em situações clínicas e na comunidade, são essenciais para a monitoração dessa variável em nível populacional. OBJETIVO: Avaliar a validade de um monitor digital de pulso para mensuração da pressão arterial em adolescentes, em comparação com um esfigmomanômetro de mercúrio. MÉTODOS: Um estudo de validação foi realizado na cidade de Pelotas, região sul do Brasil. A pressão arterial foi medida duas vezes, utilizando-se dois esfigmomanômetros diferentes: um aparelho digital de pulso OMRON e um aparelho de mesa BD de mercúrio. Metade da amostra foi medida primeiro através do manômetro digital e depois pelo de mercúrio, enquanto a outra metade foi avaliada na ordem inversa. A concordância entre as duas medidas foi avaliada através do método de Bland & Altman. RESULTADOS: 120 adolescentes com idade entre 14 e 15 anos foram incluídos no estudo (50% de cada sexo). A pressão sistólica média entre os meninos foi de 113,7 mmHg (DP 14,2) usando o manômetro de mercúrio e 115,5 mmHg (DP 15,2) usando o aparelho digital. Os valores equivalentes para a pressão diastólica foram 61,5 mmHg (DP 9,9) e 69,6 mmHg (10,2), respectivamente. Entre as meninas, a pressão sistólica média foi de 104,7 mmHg (DP 10,1) usando o manômetro de mercúrio e 102,4 mmHg (DP 11.9) usando o aparelho digital. Os valores equivalentes para a pressão diastólica foram 60,0 mmHg (DP 10,4) e 65,7 mmHg (DP 7,7), respectivamente. CONCLUSÕES: O manômetro digital apresentou alta concordância com o manômetro de mercúrio para medir a pressão arterial sistólica. A concordância foi menor para a pressão arterial diastólica. O uso de equações de correção pode ser uma alternativa para estudos utilizando esse monitor digital de pulso em adolescentes.
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FUNDAMENTO: Mudanças no comportamento do ritmo circadiano podem ser deletérias, levando à lesão de órgãos-alvo, o que sugere ser de importante significado prognóstico e, eventualmente, podem também demandar intervenção terapêutica. OBJETIVO: Descrever e comparar os ritmos circadianos de pressão arterial (PA) entre mulheres idosas normotensas e portadoras de hipertensão do avental branco (HAB). MÉTODOS: Estudo transversal em uma amostra de 36 pacientes, com idades entre 60-83 anos, submetidas à monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) durante 24 horas. Dezenove idosas normotensas e 17 com HAB foram comparadas quanto à queda noturna e variabilidade de PA, ascensão matinal da PAS, pressão de pulso, hipotensão pós-prandial e correlação de médias de PA de 24 horas. Na análise estatística, utilizou-se o teste t de Student, teste do qui-quadrado, teste exato de Fisher e teste de correlação linear de Pearson. RESULTADOS: As idosas com HAB apresentaram níveis mais elevados de PAS do que as normotensas, entre 8-12 horas (133 ± 8,0 mmHg vs 123 ± 9,0 mmHg, respectivamente, p < 0,001). A variabilidade da PA foi mais elevada no grupo de HAB apenas no período de vigília (entre 7-23 horas, p = 0,02). Constatou-se correlação positiva entre o IMC e as médias de PAS, à noite, apenas nas idosas com HAB (r = 0,578; p = 0,015 e r = 0,488; p = 0,055, respectivamente). CONCLUSÃO: As idosas portadoras de HAB apresentaram médias de PAS e PAD mais elevadas na vigília. Nas primeiras horas da manhã, as idosas com HAB apresentaram médias significativamente mais altas de PAS.
Incapacidade para atividades habituais: relação com pressão arterial e terapêutica anti-hipertensiva
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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial desempenha papel determinante na ocorrência de eventos clínicos graves, porém há controvérsias quanto ao impacto dos níveis da pressão arterial ou das medicações anti-hipertensivas no cotidiano dos indivíduos. OBJETIVO: Verificar se a elevação dos valores pressóricos ou a terapia farmacológica anti-hipertensiva determinam incapacidade temporária para atividades habituais. MÉTODOS: Análise de dados seccionais de 2.953 participantes, em 1999-2001, de coorte de funcionários de universidade no Rio de Janeiro (Estudo Pró-Saúde). A ocorrência e duração da incapacidade nos 14 dias anteriores à coleta de dados foram avaliadas segundo o valor aferido da pressão arterial, como variável contínua, e com a estratificação dos participantes em quatro grupos, combinando as informações quanto à pressão arterial (< ou > 140/90 mmHg) e o uso relatado de medicação anti-hipertensiva. Realizamos regressão logística multinomial, com ajuste múltiplo para sexo, idade cor/raça, renda domiciliar per capita, e relato de comorbidades. RESULTADOS: A razão de chances ajustada para a relação entre uso de anti-hipertensivos e incapacidade de 8 a 14 dias foi de 2,08 (IC 95%: 1,25-3,48), e para a relação entre aumento de 10 mmHg da pressão sistólica e incapacidade de até 7 dias foi de 0,92 (IC 95%: 0,84-1,01). CONCLUSÃO: Incapacidade temporária por 8 a 14 dias associada à medicação anti-hipertensiva pode estar relacionada aos seus efeitos adversos. Entre outras razões, a sugestiva associação inversa entre pressão sistólica e incapacidade por até 7 dias pode relacionar-se ao fenômeno de hipoalgesia por vezes descrita entre hipertensos.
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FUNDAMENTO: Estudos epidemiológicos têm mostrado um aumento da prevalência da hipertensão arterial na faixa etária pediátrica. Hoje se sabe que os fatores de risco poderiam ter sido detectados na infância, o que auxiliaria na prevenção da doença. OBJETIVO: Avaliar fatores de risco e de proteção relacionados à elevação da pressão arterial na infância. MÉTODOS: Foram avaliadas crianças de 3 a 10 anos moradoras dos distritos sanitários leste e sudoeste de Goiânia, Goiás. Obtiveram-se os seguintes dados: peso ao nascer, aleitamento materno, história familiar de hipertensão e obesidade, peso, estatura, índice de massa corporal (IMC) e pressão arterial. Utilizaram-se os testes de U de Mann-Whitney para comparar a variação da pressão arterial quanto às variáveis descritas. RESULTADOS: Na amostra estudada, 519 crianças foram avaliadas, 246 (47,4%) do sexo masculino. Avaliação do IMC identificou 109 (21%) com excesso de peso, das quais 53 (10,3%) eram obesas. O aleitamento materno predominante e/ou exclusivo por tempo inferior a 6 meses foi encontrado em 242 (51,2%). As médias da pressão sistólica se encontraram significativamente mais elevadas naquelas crianças com aleitamento materno exclusivo e/ou predominante por tempo inferior a 6 meses (p = 0,04), história familiar positiva para hipertensão (p = 0,05) e excesso de peso (p < 0,0001). Esses dados foram confirmados na análise multivariada. CONCLUSÃO: Na amostra estudada, excesso de peso e fatores hereditários podem estar associados à elevação da pressão arterial, e o tempo em aleitamento materno superior a 6 meses parece conferir um efeito protetor.
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FUNDAMENTO: Apesar de os estudos demonstrarem a ocorrência da hipotensão pós-exercício (HPE) em exercícios resistidos, ainda não há consenso sobre um protocolo ideal. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de diferentes intervalos de recuperação (IR) entre séries de exercício resistido (ER) na pressão arterial (PA) pós-exercício. MÉTODOS: Dezesseis homens jovens sedentários e não hipertensos realizaram, de forma contrabalanceada três protocolos de ER com 1 (P1), 2 (P2) e 3 (P3) minutos de IR entre as séries, e um protocolo controle (CON). Os protocolos de ER consistiram em três séries de oito repetições em seis exercícios. As cargas utilizadas na 1ª, 2ª e 3ª série dos exercícios foram respectivamente 80, 70 e 60% de 1 repetição máxima (1RM). As medidas foram realizadas em repouso (REP), 15 (T15), 30 (T30), 45 (T45), 60 (T60), 75 (T75) e 90 (T90) minutos após a sessão. Foi realizada uma análise de variância fatorial (ANOVA) com post hoc LSD. RESULTADOS: Não foi encontrada alteração significativa na PA sistólica após os protocolos. Foi encontrado um aumento significativo da PA diastólica, após o CON, nos momentos T45 e T90. Ocorreu redução significativa na PA diastólica após P1 e P3, com duração de 30 e 15 minutos respectivamente. Não foram encontradas diferenças significativas nas respostas da PA sistólica e diastólica entre os protocolos com diferentes IR. CONCLUSÃO: Parece que o IR não influencia a redução da PA sistólica após uma sessão de ER. No entanto, foi encontrada uma queda na PA diastólica (P1 e P3) com duração de até 30 minutos.
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FUNDAMENTO: Existem evidências indicando que o controle pressórico é mais efetivo na redução de complicações macrovasculares do diabete melito (DM) do que o controle glicêmico. No entanto, a redução da PA para os níveis recomendados pelas diretrizes é difícil na prática clínica. OBJETIVO: Avaliar o percentual de pacientes que apresentavam simultaneamente DM tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica (HAS), atendidos em hospital terciário, com controle pressórico adequado, e determinar os fatores clínicos e laboratoriais associados. MÉTODOS: Estudo transversal com 348 pacientes com DM tipo 2 e HAS atendidos no ambulatório de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os pacientes foram submetidos à anamnese, exame físico, com medida da pressão arterial (PA), e foi coletada amostra de sangue e urina para análise laboratorial. Os pacientes foram divididos em três grupos: controle pressórico ideal (< 130/80 mmHg), regular (130-139/80-89 mmHg) ou inadequado (≥ 140/90 mmHg). RESULTADOS: A média de idade foi de 61,2 ± 10,1 anos (46% homens, 80% brancos) e a duração do DM, 14,8 ± 9,5 anos. Do total de pacientes, 17% apresentavam valores ideais de PA, 22% regulares e 61% inadequados. Os pacientes com controle inadequado da PA apresentavam maior duração do DM, cintura abdominal e glicemia de jejum. As demais variáveis foram semelhantes nos três grupos. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes avaliados apresentou controle inadequado da PA. Valores mais elevados de PA estão associados a um perfil clínico adverso, representado por maior duração do DM, obesidade abdominal, maior glicemia de jejum e complicações crônicas do DM.
Pressão arterial obtida pelos métodos oscilométrico e auscultatório antes e após exercício em idosos
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FUNDAMENTO: Diferentes métodos de medida da pressão arterial (PA) têm sido utilizados em avaliações clínicas e científicas. Entretanto, os métodos empregados apresentam limitações e particularidades a serem consideradas. OBJETIVO: Avaliar se valores semelhantes de PA são obtidos em idosos hipertensos submetidos ao exercício resistido, ao usarem-se os métodos oscilométrico (Omron-HEM-431) e auscultatório (esfigmomanômetro de mercúrio). MÉTODOS: Dezesseis idosos hipertensos realizaram três sessões experimentais randomizadas com diferentes volumes: as sessões controle (C: 40 minutos), exercício 1 (E1: 20 minutos) e exercício 2 (E2: 40 minutos). A PA foi medida simultaneamente pelos dois métodos, a cada 5 minutos durante 20 minutos antes das sessões e durante 60 minutos após as mesmas. RESULTADOS: No período pré-intervenção houve boa concordância entre as medidas da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) obtidas pelos dois métodos, havendo também elevada concordância geral após as sessões (Coeficiente de Lin = 0,82 e 0,81, respectivamente). Houve melhor concordância da PAD após a sessão controle do que após as sessões de exercício. A diferença entre as medidas obtidas entre os dois métodos foi maior para a PAD do que para a PAS após todas as sessões (p < 0.001). Independentemente do método, pode-se verificar a queda da PAS e da PAD que ocorreram nos primeiros 60 minutos após a realização dos exercícios. CONCLUSÃO: Os métodos auscultatório e oscilométrico foram concordantes antes e após as sessões controle e de exercícios, havendo, no entanto, maiores diferenças da PAD do que da PAS, sendo esta última muito semelhante entre métodos.
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FUNDAMENTO: O controle da pressão arterial (PA) é fundamental na hipertensão arterial (HA). OBJETIVO: Conhecer o porcentual de pacientes exigindo metas específicas de controle da PA, atendidos em consultórios no Brasil. MÉTODOS: Cada pesquisador, em número de 291, deveria avaliar, por medida convencional da PA, em cinco dias consecutivos, os dois primeiros pacientes atendidos. Determinou-se o número de hipertensos tratados por, pelo menos, quatro semanas, e com controle da pressão arterial, de acordo com as metas desejadas para o grupo de risco a que pertenciam. RESULTADOS: Foram avaliados 2.810 pacientes, em 291 centros. Os indivíduos obedeceram à seguinte distribuição, por grupo: A (HA estágios 1 e 2, risco adicional baixo e médio) = 1.054 (37,51%); B (HA e PA limítrofe, risco adicional alto) = 689 (24,52%); C (HA e PA limítrofe risco adicional muito alto, incluindo diabéticos) = 758 (26,98%) e D (HA com nefropatia e proteinúria > 1 g/l) = 309 (11%). As médias de PA na população foram: 138,9 ± 17,1 e 83,1 ± 10,7 mmHg. Fatores relacionados ao menor controle da PA: idade, circunferência abdominal, diabete, tabagismo e doença coronariana. Os porcentuais de controle da PA em cada um dos grupos foram, respectivamente: 61,7; 42,5; 41,8 e 32,4. CONCLUSÃO: O baixo controle da PA segundo as metas predefinidas, como explicitado nos resultados, reforça a necessidade de medidas que promovam melhores taxas de controle.
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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é associada com um grande número de comorbidades, dentre elas, a obesidade. A correlação entre essas duas variáveis tem sido alvo de investigação. OBJETIVO: Analisar a correlação entre a perda de massa corporal e redução pressórica em hipertensos submetidos a programa de exercícios físicos (PEF). MÉTODOS: Cento e onze hipertensos com sobrepeso ou obesidade, divididos aleatoriamente em um grupo experimental (GE), com 57 (58 ± 8,9 anos) que participaram de um PEF de três meses, três vezes por semana, em sessões de exercício aeróbio de 50% a 70% do VO2pico, por 30 a 60 minutos, além de exercícios resistidos; e um grupo controle (GC), com 54 (60 ± 7,7 anos) que não participaram do PEF. No GE, a pressão arterial (PA) foi aferida antes de cada sessão e a mensuração das variáveis antropométricas (VA) no início do programa e após três meses. No GC a PA e as VA foram avaliadas em consultório médico no início e fim do estudo. Os dados foram expressos por média ± desvio padrão (DP), usou-se teste t e correlação de Pearson. Considerou-se significativo p < 0,05. RESULTADOS: No GC não ocorreu diferença significativa nas VA e PA no início e fim do estudo. No GE não ocorreu alteração significativa nas VA, no entanto, a redução pressórica de 12% na PA Sistólica (-17,5 mmHg; p = 0,001) e de 9% na PA Diastólica (-8,1 mmHg; p = 0,01) ao final do estudo. Não houve correlação entre as VA e queda da PA (r = 0,1). CONCLUSÃO: A redução pressórica não se correlacionou com redução das medidas antropométricas após período de exercício físico.
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FUNDAMENTO: Excessos de peso e de gordura corporal são atualmente reconhecidos como os maiores determinantes da elevação da pressão arterial em crianças e adolescentes. OBJETIVO: Identificar associação e correlação entre obesidade - identificada por meio da circunferência da cintura (CC), da prega cutânea do tríceps (PCT) e do índice de massa corporal (IMC) - pressão arterial elevada (PAE) em crianças e adolescentes. MÉTODOS: Estudo epidemiológico transversal, de base populacional escolar, em crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 7 e 17 anos, selecionados aleatoriamente. Protocolo: questionário estruturado; medidas de peso, altura, espessura da prega tricipital, circunferência da cintura, pressão arterial; diagnóstico de obesidade por meio de IMC, PCT e CC; diagnóstico de PAE. Análise estatística: qui-quadrado. RESULTADOS: Foram avaliados 1.253 estudantes (547 do sexo masculino, média de idade 12,4 ± 2,9 anos), e identificou-se uma prevalência de obesidade (IMC, PCT, CC), respectivamente, de 13,7%, 14,8% e 9,3%. A PAE foi identificada em 7,7% dos jovens. Houve associação significante de obesidade (IMC, PCT, CC) com PAE (*p < 0,0001). Observou-se correlação forte (*p < 0,01) entre CC e IMC; moderada entre CC e PCT, CC e PAS, IMC e PAS (*p < 0,01); fraca entre PAD e CC, PCT e IMC, e entre PAS e PCT (*p < 0,05). CONCLUSÃO: A associação e correlação significantes entre PAE e excesso de gordura corporal por qualquer dos métodos utilizados estabelecem a importância de sua utilização na avaliação de crianças e adolescentes, com vistas à prevenção da HAS nessa faixa etária, sugerindo-se, para isso, a utilização do IMC associado a, pelo menos, um outro método antropométrico.
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FUNDAMENTO: O hipotireoidismo manifesto está associado com elevação da pressão arterial diastólica; entretanto, a associação entre o hipotireoidismo subclínico (HS) e alteração da pressão arterial (PA) é desconhecida. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) por 24 horas em pacientes normotensos com HS em comparação a indivíduos normotensos eutireóideos (EU). MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 50 participantes (HS = 30 e EU = 20) que não apresentavam diferenças em relação a fatores de risco para hipertensão. A monitorização ambulatorial de pressão arterial foi realizada com um monitor Dynamapa®, utilizando-se um método oscilométrico validado pela AAMI (Association for the Advancement of Medical Instrumentation) e pela BHS (British Hypertension Society). RESULTADOS: Os níveis séricos médios de TSH e T4 livre foram respectivamente 6,9 ± 2,2 µUI/ml e 1,1 ± 0,2 ng/dl em pacientes com HS. Apesar de não haver diferença em relação à média da pressão arterial sistólica e diastólica entre os dois grupos, houve uma correlação positiva entre os níveis de pressão arterial diastólica média (PADM) e os valores séricos de TSH em pacientes com HS (r:0,477; p = 0,004). Essa correlação foi detectada por medidas diurnas (r:0,498; p = 0,002) e noturnas (r:0,322; p = 0,032). CONCLUSÃO: A pressão arterial não diferiu entre pacientes com ou sem HS; contudo, os resultados sugerem que a progressão de hipotireoidismo subclínico para níveis mais elevados de TSH pode aumentar o risco cardiovascular através do aumento da pressão arterial diastólica.