809 resultados para Mulheres Saúde e Higiene


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Este estudo tem por objeto a compreenso do reconhecimento profissional e social do Agente Comunitrio de Saúde (ACS) destacando-se as influncias das relaes sociais impostas, mas que ao mesmo tempo trazem para o cenrio o fruto destas relaes, a desigualdade social, que remete ao conceito de classes sociais nas relaes entre Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) e favela. O objetivo geral estudar e analisar a percepo dos ACS na Estratgia de Saúde da Famlia das reas programticas (AP) 2.1, 3.1 e 5.2 do municpio do Rio de Janeiro acerca do seu reconhecimento social e profissional a partir das categorias de reconhecimento e classe social. O estudo desenvolvido por meio de uma abordagem qualitativa, com base nas narrativas do trabalho, reconhecimento, classe social e gnero, com organizao e anlise segundo a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Os campos de pesquisas utilizados foram s reas programticas (A.P.) 2.2, 3.1 e 5.2. Os resultados geraram dois eixos temticos: Percepo do que levou este trabalhador a ser ACS; Falta de reconhecimento e valorizao. O fato de estar desempregado ou inserido em formas de subemprego surgiu como a maior motivao para ser tornar ACS; A divulgao do processo seletivo pblico leva o ACS a acreditar que ser contratado por um estatuto, gerando a expectativa em ser funcionrio pblico e ter garantias trabalhistas slidas, afastando a possibilidade de voltar a estar desempregado. Na segunda categoria, as questes destacadas incluem: A ACS morador de uma favela e pertence classe trabalhadora. A grande maioria destes trabalhadores so mulheres, que precisam estar perto de casa para exercer seu papel tambm como educadora dos filhos, mas tambm para aumentar sua renda ou at mesmo exercer seu papel como provedora de uma famlia inteira, o que tambm possui determinao de classe social. O ACS se percebe desvalorizado como mediador no trabalho educativo. Esta desvalorizao denota a compreenso do trabalho do ACS como de baixa complexidade. A questo salarial tambm um fato ao qual o ACS atribui sua desvalorizao como trabalhador, e retrata um pertencimento econmico a uma determinada classe social, a classe explorada pelo capital. Conclui-se que o que a insero de trabalhadores comunitrios, via seleo e contratao de ACS na ateno bsica aproveita as redes sociais de integrao pr-formadas nas comunidades para inserir e dar eficcia s aes de saúde. O atual contexto de trabalho do ACS representa um modo de produo da saúde que aliena este trabalhador, destituindo-o do seu processo de trabalho e reforando a estrutura de classes presente na sociedade, interferindo no reconhecimento social e profissional do ACS.

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Este estudo tem como objeto de pesquisa as aes de cuidar da enfermeira na Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) diante da vulnerabilidade feminina para o Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV) considerando o contexto familiar. Discutir a vulnerabilidade para o HIV, ainda constitui um desafio social, principalmente considerando a mesma, a partir das relaes de gnero existente em nossa sociedade no que diz respeito ao papel social e sexual de homens e mulheres no interior de suas famlias. Esta pesquisa tem como objetivos: descrever a percepo sobre o HIV no contexto familiar para a enfermeira da ESF; compreender a percepo da enfermeira da ESF sobre a vulnerabilidade feminina para o HIV no contexto familiar e analisar as aes de cuidar da enfermeira da ESF acerca da vulnerabilidade feminina. Trata-se de uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, a qual teve como sujeitos da pesquisa onze enfermeiras que foram selecionadas e atuavam na ESF no ano 2012, na rea Programtica 2.2 do municpio do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) Percepes das enfermeiras em relao ao HIV e o contexto de familiar; b) Percepes das enfermeiras em relao vulnerabilidade feminina para o HIV; c) Aes de cuidar das enfermeiras relacionadas vulnerabilidade feminina para o HIV considerando o contexto familiar. Constatamos que o HIV para as enfermeiras, o determinante de uma doena grave, de difcil acompanhamento, que no tem cura, de carter complexo e tambm como um agravo que impe limites em relao a sobrevida. As enfermeiras pouco valorizam as questes de gnero e o contexto social sobre a condio de vulnerabilidade das mulheres, responsabilizando-as por sua contaminao. A preveno do HIV realizada em grande parte nas atividades de educao em saúde desenvolvidas pelas enfermeiras da ESF, entretanto ela no abordada considerando especificamente cada contexto familiar e social da mulher. Os valores pessoais ainda interferem nas aes das enfermeiras, e o HIV apontado como um agravo possuidor de estigmas tanto sociais quanto culturais. Considerando a ESF uma ao governamental que tem por objetivo a autonomia do sujeito, as mudanas de paradigmas em relao saúde dos indivduos, e importante aliada na minimizao dos problemas de saúde pblica como a vulnerabilidade para o HIV necessrio que as enfermeiras estejam mais sensibilizadas e capacitadas (educao permanente), nas questes sociais (gnero) especificas da populao feminina, para que suas aes possam minimizar a vulnerabilidade ao HIV nessa populao.

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A menopausa definida pelo momento em que a menstruao cessa permanentemente como conseqncia da falncia ovariana. Uma vez estabelecida, h um aumento no risco de doena coronariana, doena de Alzheimer, osteoporose e fraturas e sua antecipao est relacionada a maiores ndices de mortalidade. Com o envelhecimento geral da populao mundial, as mulheres passaram a viver de um tero a metade de suas vidas no perodo ps-menopusico e, conseqentemente, a pesquisa de condies associadas menopausa ganham importncia. A idade da menopausa e os fatores que a influenciam variam entre os diversos estudos e poucos estudos brasileiros abordam o tema. O fumo tem sido associado Antecipao da idade da menopausa. O objetivo deste estudo analisar as diversas dimenses de associao entre o fumo e a idade da menopausa, levando em considerao possveis relaes de dose-resposta. Com base em dados do Estudo Pr-Saúde, foi realizado um estudo seccional utilizando-se para a anlise o modelo de sobrevida paramtrico de riscos proporcionais com distribuio de Weibull. Os resultados apontam para uma reduo em 32% do risco de menopausa entre fumantes ativas, que a alcanam 2,5 anos mais tarde que nunca fumantes, ajustando-se para escolaridade e paridade. Entre fumantes ativas, no entanto, foram sugeridos aumentos de risco de 123% e 192% para fumantes de 10 a 20 cigarros por dia e de mais de 20 maos-ano respectivamente, quando comparadas s fumantes de menos de 10 cigarros por dia e menos de 10 maos-ano. Nesses grupos, a menopausa foi antecipada em 3,3 anos e 4,4 anos, respectivamente. Em relao ao tempo decorrido entre cessar o tabagismo e a idade menopausa, durao do fumo ou idade de incio, no foram encontradas associaes. Neste estudo, em possveis efeitos de dose-resposta, o fumo apresenta-se como fator associado antecipao da idade da menopausa em alguns aspectos, embora no em outros.

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O perodo pr-natal uma poca de preparao fsica e psicolgica para o parto e a maternidade e, como tal, um momento de intenso aprendizado e oportunidade para os profissionais da equipe de saúde desenvolverem a educao como dimenso do processo de cuidar. O Ministrio da Saúde preconiza que a ateno obsttrica e neonatal prestada pelos servios de saúde deve ter como caractersticas essenciais o acolhimento, a qualidade e a humanizao; o profissional deve ser um instrumento para que a gestante adquira autonomia no agir, aumentando a capacidade de enfrentar situaes de estresse e crise, e decida sobre a vida e a saúde. Entre os procedimentos do pr-natal, importncia especial precisa ser dada a um conjunto de orientaes sobre questes ligadas aos cuidados durante a gestao e com o beb, que vo desde as recomendaes para o aleitamento materno at as relativas ao uso de medicamentos durante a gestao. Isso s se torna possvel quando o profissional escuta as queixas e dvidas apresentadas pelas mulheres. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a percepo das mulheres sobre o atendimento recebido no pr-natal, parto e ps-parto, avaliar as prticas assistenciais voltadas ao acolhimento, humanizao e integralidade, e conhecer as representaes de acolhimento, humanizao e integralidade da assistncia articuladas pelos profissionais de saúde envolvidos no atendimento s mulheres. Por fim, so analisadas as representaes profissionais sobre as necessidades e prticas no atendimento s demandas reais das mulheres. A anlise comparou sobretudo as narrativas das mulheres com as diretrizes preconizadas para o pr-natal na perspectiva da construo da integralidade e da autonomia das mulheres. As narrativas das entrevistadas mostraram a ausncia de sistematizao na assistncia pr-natal, com grande diversidade de posturas dos profissionais. Muitos temas que deveriam ser objeto de conversa durante o pr-natal no foram tratados nos atendimentos, e diversas mulheres utilizaram outras fontes de informao que no os servios de saúde para sanar suas dvidas. Na concluso, destaca-se a dificuldade de praticar de modo eficaz as orientaes preconizadas no pr-natal, e busca-se, a partir das pistas obtidas ao longo do trabalho, indicar possveis fatores-chave para a superao dessa dificuldade.

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O Cncer de mama um dos problemas de saúde pblica mais importantes em nosso pas. So estimados, para 2010, 49.400 novos casos de cncer de mama no Brasil, com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres. A estratgia de tratamento das pacientes com tumores de mama pode passar pelo uso de quimioterapia. A doxorrubicina uma das drogas mais ativas para o cncer de mama, pertencendo ao grupo das antraciclinas. A famlia das antraciclinas apresenta como efeito colateral dano ao miocrdio que pode chegar a 36% dependendo da dose utilizada. O efeito sobre o miocrdio costuma ocorrer mais comumente durante ou logo aps o ltimo ciclo de quimioterapia podendo, entretanto ocorrer aps vrios anos do ltimo ciclo de quimioterapia. O objetivo deste estudo foi analisar as alteraes da funo diastlica ventricular esquerda em mulheres usurias de antraciclnicos no tratamento do cncer de mama. Realizamos um estudo prospectivo, em uma coorte de mulheres entre 18 e 69 anos, com cncer de mama e indicao de quimioterapia com doxorrubicina. Acompanhamos por perodo no inferior a 18 meses um grupo de 38 pacientes que cumpriram os critrios de elegibilidade. A dose de doxorrubicina utilizada variou de 50 a 60 mg/m/SC. Todos os pacientes so do sexo feminino, e portadores do tipo histolgico carcinoma ductal infiltrante. Duas pacientes faleceram durante o estudo, de causa no cardaca. Em nossa avaliao, ao final do estudo observamos que os parmetros: dimenses do trio esquerdo, dimenses do ventrculo esquerdo na distole, dimenses do ventrculo esquerdo na sstole, velocidade da onda E, relao da fase de enchimento rpido pela sstole atrial, velocidade diastlica tardia do anel mitral, velocidade diastlica precoce do anel mitral, tempo de desacelerao e a relao da velocidade de enchimento rpido precoce de VE pela velocidade diastlica precoce do anel mitral demonstraram serem parmetros de grande utilidade para seguimento da leso cardaca por antraciclnicos. J o que no ocorreu com: a frao de encurtamento, frao de ejeo, volume do AE, volume do AE corrigido pela superfcie corporal, velocidade diastlica tardia, tempo de relaxamento isovolumtrico, velocidade sistlica do anel mitral, que no apresentaram alteraes significativas neste estudo. A anlise da funo diastlica utilizando o ecocardiograma mostrou ser um mtodo eficaz, que em conjunto com a da funo sistlica possibilita detectar precocemente o possvel dano miocrdico, oriundo ao uso da quimioterapia com antraciclnicos, favorecendo uma interveno teraputica precoce e adequada.

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A Violncia entre Parceiros ntimos (VPI) tem sido reconhecida como um importante problema de saúde pblica e um fator de risco para agravos a saúde de mulheres e crianas. Os servios de saúde desempenham importante papel na deteco precoce da VPI, especialmente em momentos da vida nos quais se preconiza o atendimento sistematizado, como na gestao e primeira infncia. Esta dissertao tem como objetivo principal estimar a probabilidade de ocorrncia de Violncia Fsica entre Parceiros ntimos (VFPI) durante a gestao e/ou ps-parto em populao atendida em Unidades Bsicas de Saúde (UBS), segundo diferentes caractersticas scio-econmicas e demogrficas da clientela. Trata-se de um estudo transversal, realizado com usurias de 5 UBS da cidade do Rio de Janeiro no ano de 2007. Foram entrevistadas 811 mes de crianas de at cinco meses de idade, que no possuam nenhuma contra-indicao formal para a amamentao e que relataram ter tido pelo menos uma relao amorosa um ms ou mais durante a gestao ou no perodo do ps-parto. Condies socioeconmicas e demogrficas e relativas aos hbitos de vida do casal foram consideradas como potenciais preditores de violncia. Utilizou-se a verso em portugus da CTS2 para identificar as situaes de VPI. A varivel de desfecho foi analisada em trs nveis: ausncia de VFPI, presena de VFPI no perodo da gestao ou do ps-parto e presena de VFPI em ambos os perodos. Utilizou-se um modelo logito-multinomial para as projees de prevalncias segundo os descritores selecionados. Os fatores que mais aumentaram a probabilidade de ocorrncia de violncia durante a gestao e/ou nos primeiros cinco meses de vida da criana foram: idade materna < 20 anos, escolaridade materna inferior ao 2 grau completo, ter 2 ou mais filhos menores de cinco anos, tabagismo materno, uso inadequado de lcool pela me e/ou companheiro, uso de drogas pela me e/ou companheiro e percepo materna sobre a saúde do beb aqum da esperada. Entre mes com todas estas caractersticas, a estimativa de prevalncia projetada de VFPI na gestao e/ou no ps-parto chegou a 96,4%, sendo 59,4% a estimativa de ocorrncia em apenas um dos dois perodos e 37% em ambos. Por outro lado, a probabilidade de ocorrncia de VFPI cai a 3,6% em famlias sem estas caractersticas. Os resultados indicam que a presena de certas caractersticas da criana e de sua famlia aumenta enormemente a probabilidade de ocorrncia de VFPI, devendo ser levadas em considerao ao se estabelecer estratgias de interveno que visem deteco precoce e uma efetiva interveno.

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A violncia sexual demanda dos servios de saúde um cuidado integral e resolutivo. Temos assistido, ao longo dos anos, implantao de um nmero crescente de servios de atendimento violncia sexual que se estruturam de acordo com a Norma Tcnica do Ministrio da Saúde. Por outro lado, a grande maioria dos profissionais neste servio so mulheres, e a no-ateno para este fato no treinamento e superviso pode ter consequncias danosas, seja para as mulheres usurias, seja para as profissionais. Sendo assim, os objetivos deste estudo so: identificar possveis mudanas na trajetria de vida e do entendimento das profissionais sobre a violncia contra a mulher, a partir dos atendimentos em violncia sexual, e discutir que tipo de relaes intersubjetivas so desenvolvidas entre as profissionais de saúde e as mulheres em situao de violncia sexual. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem descritiva, que foi desenvolvida numa maternidade municipal do Rio de Janeiro de referncia para o atendimento na violncia sexual contra a mulher. Os sujeitos do estudo foram as profissionais de saúde inseridas na equipe interdisciplinar para atendimento violncia sexual, totalizando trs mdicas, duas assistentes sociais e uma enfermeira. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista, e para a anlise foi empregada a tcnica de anlise de contedo. Com esta pesquisa, conclui-se que o aspecto relacional de gnero interfere na identificao com as mulheres em situao de violncia sexual. Essa identificao benfica, mas pode gerar sofrimento nas profissionais e comprometer a relao. O atendimento tcnico, em alguns casos, utilizado como ferramenta para superao das dificuldades, mas no garante qualidade, enquanto que as fichas de primeiro atendimento e de acompanhamento da violncia sexual so artifcios utilizados para a substituio da fala.

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Este estudo tem como objetivo entender como as prticas de saúde das mulheres so desenvolvidas pelos profissionais de saúde, frente ao princpio de integralidade, em unidades bsicas de saúde de um municpio do Estado do Paran. O estudo teve como suporte terico a integralidade da ateno, no s como princpio do SUS, mas tambm como exerccio de boas prticas de produo de cuidado que devem estar presentes no atendimento das necessidades de saúde das mulheres, em busca da conquista de uma saúde mais digna e solidria para todos. O Sistema nico de Saúde deve estar orientado e capacitado para a ateno integral saúde da mulher, numa perspectiva que contempla a promoo da saúde, a proteo e a preveno s necessidades de saúde da populao feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do direito saúde. Por esta razo, a humanizao e a qualidade da ateno implicam promoo, reconhecimento e respeito aos direitos humanos, garantindo a saúde integral e seu bem-estar. A metodologia envolveu uma abordagem qualitativa realizada em duas unidades bsicas de saúde do municpio de Toledo-PR. Utilizou-se como tcnica de coleta de dados a observao a 15 atendimentos mdicos a mulheres em ginecologia e clnico geral e entrevista com 10 mulheres freqentadoras de duas unidades de saúde. A anlise do material produzido foi organizada em torno de certos aspectos-chave de certas categorias. Identificamos, nos atendimentos observados, que h uma cordialidade desintegral dos profissionais que atendem s mulheres com certa gentileza, mas que ao mesmo tempo so desatentos a certos aspectos fundamentais de um atendimento integral. Deixam a desejar do ponto de vista tcnico, comprometendo a integralidade do atendimento, focando sua ateno na queixa principal trazida pela mulher, com atendimentos restritos somente na conversa, ou exame clnico centrado na queixa principal, no explorando aspectos para a preveno. Tornam, assim, o atendimento seletivo e centralizado, mas cercado por uma cordialidade junto s mulheres, que classificam tal cordialidade como uma sensao de bom atendimento, satisfao ilusria do ponto de vista tcnico, em que a ateno clnica no responde a suas necessidades. Estas mulheres no reconhecem esta m prtica, relatando uma resolutividade no atendimento diante da resoluo da queixa imediata, como o acesso a alguns exames, medicamentos. Identificamos tambm que algumas mulheres sonham com um atendimento integral, e em alguns atendimentos se percebe a tentativa do profissional de buscar uma ateno que v alm da queixa principal, buscando entender com se d o modo de andar a vida de certas mulheres. Conclumos que desafios ainda so colocados quando olhamos para a organizao dos servios de saúde na perspectiva da ateno integral. Considera-se fundamental a organizao dos servios de saúde para estarem pautados em cuidados efetivos saúde da mulher, em busca da produo da integralidade que ser traduzida em mais saúde para as mulheres.

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As mudanas nos hbitos alimentares tm causado efeitos impressionantes na saúde pblica, diretamente relacionados ao aumento da ingesto de refeies ricas em gorduras, principalmente gorduras saturadas. A principal consequncia desse consumo o estado prolongado e excessivo da lipemia ps-prandial (LPP), considerada um dos fatores relacionados s anormalidades metablicas e aos danos vasculares. O objetivo do estudo foiavaliar o efeito da sobrecarga lipdica na reatividade microvascular em mulheres obesas. Das 41 participantes deste estudo, 21 apresentavam o diagnstico de obesidade, com IMC de 32,41,6 kg/m2 (mdia SD) e idade 31,65 anos e 20 mulheres saudveis, com IMC de 21,91,7 kg/m2 e idade 27,25,5 anos. Aps a avaliao clnica e laboratorial, as participantes tiveram a microcirculao examinada por dois mtodos: a dinmica do leito periungueal, para avaliao da densidade capilar funcional (DCF), velocidade de deslocamento das hemcias no basal (VDH) e aps uma isquemia de 1 min (VDHmax) e tempo de reperfuso (TVDHmax). A segunda tcnica foi a do dorso do dedo para avaliao da DCF no repouso, durante a hiperemia reativa e aps ocluso venosa. Foi feita a coleta de sangue para avaliao do colesterol total (CT), triglicerdeos (TG), HDL-c e cidos graxos livres (AGL), glicose, insulina e viscosidade plasmtica em 30 e 50 rotaes por minuto (rpm). Tambm foram medidas a presso arterial sistlica (PAS), diastlica (PAD) e frequncia cardaca (FC). Aps essas anlises no repouso, todas as participantes receberam uma refeio rica em lipdios, e aps 30, 60, 120 e 180 minutos da ingesto da refeio, os exames de videocapilaroscopia e a coleta de sangue foram novamente realizados.As participantes com obesidade apresentaram, aps a sobrecarga lipdica, valores significativamente menores do que no jejum para: DCF basal do dorso do dedo (p=0,02); DCF durante hiperemia reativa (p=0,02), DCF ps-ocluso venosa (p=0,02), HDL-c (p<0,0001), LDL-C (p<0,0001) e AGL (p<0,0001) e valores elevados para: VDH (p<0,0001), VDHmax(p=0,003), TVDHmax (p=0,004), glicose (p<0,0001), insulina (p<0,001), CT (p=0,03), TG (p<0,0001) e FC (p=0,03). Alteraes na viscosidade no foram observadas no grupo OB aps a refeio quando comparado aos seus valores basais em 30 e 50 rpm (p=0,87 e p=0,42, respectivamente). A PAS foi elevada nas participantes OB aps a sobrecarga quando comparada s saudveis em todo tempo de estudo. Conclumos que alimentos ricos em lipdios podem aumentar ainda mais a disfuno microcirculatria e as alteraes metablicas j presentes em mulheres obesas.

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prestados s mulheres em situao de aborto, em um hospital pblico, vale pontuar, que no processo de amadurecimento da pesquisa, durante o trabalho de campo, optamos em incluir, mulheres em suspeita de aborto e demais observaes das prticas dos referidos profissionais. A discusso do aborto polmica, difcil e est em pauta em distintos cenrios, sendo esta discusso reflexo do debate presente na sociedade e assim, considerando que mulheres em situao de aborto, necessitam serem atendidas nos servios de saúde com respeito e responsabilidade por todos os profissionais, a postura do profissional de saúde no atendimento prestado fundamental, logo, este estudo buscou analisar as prticas dos profissionais nestes atendimentos. A metodologia adotada foi da observao participante, onde o setor escolhido foi a emergncia da unidade, chamada de admisso, que a porta de entrada, um setor de grande rotatividade, tanto de profissionais, como de pessoas a serem atendidas. Buscou-se desvendar a partir dos encontros que acontecem na admisso, as normas, rotinas e o perfil dos atendimentos prestados s mulheres em situao de aborto. O estudo apontou para processos vividos no cotidiano das prticas, que expomos atravs das seces: charminho?; Invisibilidade Ningum percebe; No Julgar, ?; Silenciamento; Sabe que errado...; Dilogo entre os sentados; Como garantir o atendimento? - O lado artstico da populao Eles vo ter que resolver isso... e A evocao do direito; Pares?; Ser bom? Voc viu quantos papis temos que preencher? Identificou questes de tensionamento sobre o no dito, algo que encontra-se naturalizado no cotidiano das prticas. Um diagnstico da situao de invisibilidade do outro e de suas questes, bem como de silenciamento dos profissionais de saúde. Somente foi possvel o encontro com esta percepo, atravs do estranhamento daquilo que nos era familiar, sendo esta vivncia um espao de tensionamento de posturas tomadas por ns profissionais no cotidiano das prticas.

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Os miomas uterinos (MU) so considerados os tumores mais comumente encontrados no sistema reprodutor feminino. Este estudo buscou investigar associao entre o ganho de peso na idade adulta e a ocorrncia de miomas. Esta relao foi explorada em estudos internacionais na maior parte americanos. No Brasil nenhum estudo havia abordado este tema at o trmino desta dissertao. Para investigar como a associao entre o ganho de peso na idade adulta afeta o risco de miomas, foi conduzido um estudo transversal referente aos dados da linha de base (1999-2001) do estudo longitudinal Pr-Saúde onde 2594 servidores tcnico-administrativos de uma universidade pblica do Rio de Janeiro so participantes, entre eles foram selecionadas 1560 mulheres com diagnstico mdico autorrelatado de MU e que tiveram seus pesos aos vinte anos de idade autorrelatados em questionrio autopreenchvel cujas idades variaram entre 22 a 67 anos. Foi avaliada a mudana de peso desde os 20 anos at o momento da entrada no estudo. As prevalncias de miomas encontradas neste grupo foram23.3% (IC95% - 21,2; 25,4), situando-se em posio intermediria quando comparada as prevalncias encontradas nos estudos norte-americanos. A maior prevalncia de ganho de peso foi encontrada no 4 quintil cujos valores variaram entre ganho maior que 0,7 Kg/ano e menor que 1,1 Kg/ano. A faixa etria com maiores prevalncias de diagnstico mdico auto-relatado de miomas ficou compreendida entre 45 a 54 anos (39,1%).Os valores de peso aos 20 anos informados pelas respondentes variaram entre 30,0 e 96,0 kg. O IMC aos 20 anos de idade se situou est dentro da categoria de normalidade entre a maior parte das participantes. Os resultados no sugerem associao entre o ganho de peso na idade adulta e miomas nesta populao de estudo

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O Transtorno do estresse ps-traumtico (TEPT) um transtorno mental que ocorre em resposta a um evento traumtico que coloca em risco a vida do indivduo ou de outras pessoas. O TEPT no perodo ps-parto foi documentado pela primeira vez em 1978. Porm, h poucos estudos sobre o tema, principalmente em gestantes de alto risco materno e fetal. Visando preencher essa lacuna, essa dissertao tem por objetivo estimar a magnitude de TEPT no perodo ps-parto em uma maternidade de alto risco fetal no municpio do Rio de Janeiro e identificar subgrupos vulnerveis ao transtorno. Trata-se de um estudo transversal, cuja populao de estudo foi composta por 456 mulheres que tiveram o parto no Instituto Fernandes Figueira e realizaram a consulta de reviso ps-parto entre fevereiro e julho de 2011. Casos suspeitos de TEPT foram identificados por meio de dois instrumentos: Trauma History Questionnaire (THQ) utilizado para a captao de situaes potencialmente traumticas ao longo da vida e Post-Traumatic Stress Disorder Checklist (PCL-C) para rastreio de sintomas de TEPT. A prevalncia agregada de TEPT no perodo ps-parto foi de 9,4%. Subgrupos considerados vulnerveis foram: mulheres com trs ou mais partos anteriores (15,1%), com o recm-nascido com APGAR menor ou igual a 7 no primeiro minuto (13,6%), com histrico de psicopatologia anterior (29,0%) ou concomitante gestao (36,7%), com depresso ps-parto (31,5%), mulheres que sofreram violncia fsica (19,8%) e psicolgica (11,6%) perpetrada por parceiro ntimo durante a gestao, mulheres que sofreram abuso sexual na infncia (25,7%) e com histrico de 5 ou mais situaes traumticas anteriores (25,9%). A elevada prevalncia de TEPT encontrada entre as mulheres entrevistadas pode ser, em parte, atribuda s particularidades da populao assistida nessa instituio, de reconhecido risco materno e fetal. A alta prevalncia de casos suspeitos de depresso ps-parto entre as mulheres com suspeio de TEPT um fator de preocupao adicional, j que dificulta o manejo clnico dos casos e afasta a mulher e a criana dos servios de saúde. TEPT no perodo ps-parto no um evento raro e merece ateno. Rpido diagnstico e tratamento so fundamentais para a melhor qualidade de vida da me tornando-a apta aos cuidados do recm-nascido.

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Alguns estudos vm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depresso; entretanto, esta associao ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalncia de sintomas depressivos numa amostra probabilstica de mulheres e investigou se existe uma associao entre nveis de TSH e a presena de sintomas depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no municpio do Rio de Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilstica por conglomerado, em trs estgios de seleo, tendo por base os setores censitrios do municpio. A funo tireoidiana foi medida pelo TSH srico, a partir das amostras coletadas no domiclio. Para avaliao da presena/ausncia de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram tambm coletados dados scio demogrficos e outras informaes de saúde da participante. A prevalncia de sintomas depressivos, frequncias e associaes foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos especficos do pacote SAS (verso 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de no-resposta igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalncia de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relao aos nveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (&#8805;6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A anlise ajustada mostrou que mulheres com nvel de TSH&#8805;6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da anlise as participantes que auto-referiram diagnstico prvio de doena tireoidiana, a associao entre nveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significncia. Concluindo, foi observada alta prevalncia de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com nveis elevados de TSH. Os resultados chamam ateno para a importncia de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana.

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O presente trabalho visa caracterizar os acidentes com envolvimento de motocicletas no permetro urbano de Paranava-PR, em 2007, e estimar o impacto econmico das internaes advindas destes, na perspectiva do Sistema nico de Saúde (SUS) e para o Seguro obrigatrio que cobre danos pessoais causados por veculos automotores de via terrestre (DPVAT). Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, que se baseia em buscas e anlises das bases de dados do Servio integrado de atendimento ao trauma e emergncia (SIATE), do DPVAT e do Sistema de informaes sobre internaes do SUS (SIH-SUS), com vias a anlise das variveis: gnero, idade, tipo de acidente, condio da vtima no acidente, ms da ocorrncia, gravidade, frequncia de internao hospitalar, custo, componentes de custo, bitos e tempo mdio de permanncia no SUS. A busca ocorreu, primeiramente, no sistema do SIATE para conhecer todos os acidentados com envolvimento de motocicletas no permetro urbano de Paranava, no ano de 2007. De posse desses nomes, as buscas seguintes ocorreram no sistema interno do DPVAT e no SIH-SUS. O profissional do SIATE, no momento da abordagem da ocorrncia julga a gravidade da vtima conforme cdigos, sendo 1 para ferimentos leves, 2 para graves sem risco vida, 3, graves com risco vida e 4, os bitos. A populao estudada constou de 655 vtimas (440 homens e 215 mulheres), com mdia de idade de 29,5 anos, sendo que 598 (91,3%) saram lesionadas e 11 (1,7%) vieram a bito. O condutor de motocicleta foi o mais acometido e o tipo de acidente mais comum aconteceu entre um automvel e uma motocicleta. Com relao frequncia da internao hospitalar (pelo SUS, DPVAT ou ambos), foi, em mdia, de 27% (177 de 655). Do total de vtimas internadas verificou-se que 106 tiveram cobertura do DPVAT, 58 do SUS e 13 de ambos. As internaes pelo DPVAT geraram um custo total de R$ 191.423,43, custo mdio de R$ 1.608,60 por internao. Com relao aos custos das internaes do SUS, os referidos acidentes geraram o pagamento de R$ 42.342,20, perfazendo a mdia de R$ 450,44 por AIH e de R$ 596,37 por paciente. O custo mdio da internao dos acidentes de trnsito com envolvimento de motocicletas foi de R$ 1.321,00, sendo que para o cdigo 1 foi de R$ 885,00, para o cdigo 2 de R$ 1.377,00 e para o cdigo 3 de R$ 2.034,00. Portanto, foi possvel caracterizar os acidentes e chegar a estimativas de quanto se gasta com as internaes advindas destes, alm disso, este um indicativo claro da necessidade de adotar polticas pblicas que priorizem a aplicao dos recursos financeiros e humanos na reduo dos acidentes e da sua gravidade.

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O objeto deste estudo trata das manifestaes de violncia no cotidiano das mulheres cadeirantes. Ao reportarmos este fenmeno para Pessoas com Deficincia (PcD) faz-se necessrio considerar uma sociedade segregante que valoriza o belo e que atravessa um processo de transformao para a aceitao da diversidade. Compreende-se que estruturas sociais vulnerabilizantes, isolamento, preconceito e violao de direitos aumentam a vulnerabilidade deste grupo e podem deflagrar situaes de violncia. A violncia s mulheres com deficincia parte da questo maior que envolve a violncia s PcD, pois associa fatores socioculturais com as desigualdades de gnero. Partindo do desafio em desvelar a relao das mulheres com sua prpria deficincia, com a cadeira de rodas - que traz consigo um importante arsenal simblico, e suas percepes acerca da violncia cotidiana, delimitou-se como participantes deste estudo mulheres com deficincia fsica cadeirantes. A relevncia e as particularidades da violncia s mulheres cadeirantes definiu o objetivo geral: discutir as violncias vivenciadas por mulheres cadeirantes em seu cotidiano, considerando a perspectiva de gnero e dos estigmas sociais. Objetivos especficos: descrever as perspectivas da mulher cadeirante sobre sua condio; analisar as situaes de violncia vivenciadas pela mulher cadeirante, em seu cotidiano. Desenvolveu-se uma pesquisa descritivo-exploratria, com abordagem qualitativa, onde optou-se pelo mtodo denominado Narrativa de Vida - referencial metodolgico de Daniel Bertaux que contempla de forma ampla a expresso das participantes selecionadas. Para produo dos dados realizou-se treze entrevistas, em dois cenrios que atendem PcD. Para complementar a captao das participantes, utilizou-se a tcnica "bola de neve". Deste processo emergiram duas categorias analticas: "A condio de mulher e cadeirante: necessidades e possibilidades" e "As violncias cotidianas vivenciadas pela mulher cadeirante". Categorias estas que contemplam nossos objetivos. guisa da concluso, verificou-se que o entendimento destas mulheres acerca das manifestaes de violncia revelou aspectos que fazem parte de seus cotidianos que, primariamente no seriam consideradas situaes de violncia, e sim situaes que envolvem a relao mulher-deficincia, o reconhecimento de um "novo corpo" e sua ligao com a cadeira de rodas. Destacaram-se questes concernentes gnero que para mulheres com deficincia seriam ainda mais complexas, principalmente no que se referem as questes relativas sexualidade/maternidade. Quanto s percepes das situaes de violncia, emergiram manifestaes intrafamiliares, interpessoais e sexuais. No entanto, as violncias institucionais e as que se relacionam com o cuidado em saúde prevaleceram. Grande parte das manifestaes encontradas se relacionariam de alguma forma com a natureza psicolgica da violncia. Situaes estigmatizantes narradas expuseram episdios reveladores, no que se refere ao comportamento de uma sociedade excludente que reage s diferenas. Conhecer o processo de "construo de uma situao de violncia" pode significar um instrumento fundamental para a formao de vnculos e uma futura relao dialgica com os profissionais de saúde, particularmente enfermeiros. A enfermagem e suas prticas renem subsdios que podem dar incio ao preenchimento da lacuna da assistncia em saúde estas mulheres, no tocante violncia.