995 resultados para Militares Palavras e expressões
Resumo:
Atravs deste ensaio procuramos enfatizar alguns dos principais modelos interpretativos da chamada cultura poltica de matriz ibrica e a sua relao com o enraizamento da democracia. Expe-se, enquanto manifestao dessa tendncia cultural,a caracterizao da ideia de cordialidade, melhor expressa, no contexto cabo-verdiano, atravs da categoria Morabeza. Tanto argumentos apologticos quanto argumentos crticos so apresentados, no que concerne relao dessa corrente cultura com o aprofundamento da ordem scio-poltica democrtico-moderna.
Resumo:
Quando iniciei, no Bairro do Alto da Cova da Moura, o trabalho que deu origem a esta tese, apercebi-me que era ali que os tambores se poderiam reinventar, que os ritmos anteriormente vividos ou escutados se recriavam na batida do pilo, na forma de fazer rap, no funan, na msica rap ou no Col S. Jon. Foi neste contexto ambguo de construes culturais simultaneamente reflexivas e experienciais que procurei uma estadia longa no terreno, a passagem para o interior do bairro, espao-tempo da pesquisa, a construo de um objeto de estudo e de um percurso metodolgico. A experincia de campo mostrava-se-me como um processo dialctico e dinmico, como construo dialgica e pragmtica, atravs da qual trabalhava o terreno como um meio simultaneamente de comunicao e conhecimento e procurava encontrar nos mtodos modos de reconstruo das condies de produo dos saberes. Residia a o problema do espao afetivo e intelectual, vital e ao mesmo tempo cognitivo, que a observao de terreno enquanto dilogo e processo de palavra. Havia que ter em conta a experincia pragmtica e comunicativa de terreno, atravs das resistncias e da receo afvel, dos mal entendidos e compromissos, dos rituais interativos, da tomada de conscincia da observao do observador, que esto na base da construo e da legitimao do terreno como espao-tempo da pesquisa. A insero no terreno permitiu-me a viagem por muitos temas possveis, por muitas reas de investigao. O percurso realizado conduziu-me a este trabalho que constitui uma abordagem dos processos de produo e reproduo de um ritual cabo-verdiano, Col S. Jon, na Cova da Moura, um dos bairros da periferia urbana de Lisboa. A tese uma construo etnogrfica, por comparao e contraste, de mltiplos fazeres, (re)fazeres a muitas vozes. Vozes dos que o fazem, repetem, dizem. Vozes do quotidiano ou escrita de poetas que o consideram, prenda m grande dum pve e que t faz parte de s vida(Frusoni). Saber dos antroplogos que o dizem imagem e metfora da forma como os cabo-verdianos se representam, modo como se contam a si, para si, para os outros. tambm representao de uma comunidade que se explica a si mesma, e ao explicar-se se constri para si e para os outros a partir de dois eixos, de duas histrias que simultaneamente se cruzam e diferenciam: uma explicitada pelas palavras e simbolizada pela dana do col, veiculando o contexto social e cultural das interaes e dos processos sociais; outra sugerida pela dana do navio, representando a historicidade de um povo - o cruzamento dos destinos de homens e mulheres que atravessando os mares atrados pela aventura, arrastados ou empurrados pela tragdia se juntaram e plantaram na terra escassa e pobre das Ilhas, no centro do Atlntico, da partindo ainda hoje, numa repetio incessante do ciclo da aventura, da tragdia ou da procura, na terra longe, da esperana de uma vida melhor. A reconstituio do Col S. Jon, fora do pas de origem, confrontada com outras realidades sociais adquire, neste contexto, novas dimenses e sublinha outras j existentes. Adquire a forma elegaca da recordao, espcie de realidade ontolgica da origem fixada num tempo e num espao; a de lugar de tenso dialctica com a sociedade recetora no processo migratrio e de conscincia reflexiva da diversidade e alteridade resultante do encontro ou do choque com outra cultura; a de simulacro tornando-se objeto repetvel, espetculo em que ressaltam sobretudo a forma esttica ou fora dramtica, um real sem origem na realidade ou produto de outra realidade, a da praxis ou convenincia poltica distante da participao dos seus atores. A tese coloca-nos perante o questionamento, o olhar reflexivo, da pesquisa antropolgica: simultaneamente experincia social e ritual nica, relao dialgica com os atores sociais, processo de mediao, de comunicao, e a consequente dimenso epistemolgica, tica e poltica da antropologia. Coloca-nos tambm perante a viagem ritual - passagem ao terreno, imagem e escrita e a consequente procura de reconhecimento e aceitao do percurso realizado. O processo de produo do filme Col S. Jon, Oh que Sabe! completa-se com o da escrita, sntese de uma experincia e aparelho crtico do filme. Ambos tem uma matriz epistemolgica comum. Resultam da negociao da diferena entre o Eu e o Outro e da complexa relao entre a experincia vivida no terreno, os saberes locais, os pressupostos tericos do projeto antropolgico. Ao mesmo tempo que recusam a generalizao, refletem uma construo dialgica, uma necessria relao de tenso e de porosidade entre experincias e saberes, uma ligao ambgua entre a participao numa experincia vivida e a necessria distanciao objetivante que est subjacente em qualquer atividade de traduo ou negociao intercultural, diatpica.
Col S. Jon, oh que sabe!: as imagens as palavras ditas e a escrita de uma experincia ritual e social
Resumo:
Quando iniciei, no Bairro do Alto da Cova da Moura, o trabalho que deu origem a esta tese, apercebi-me que era ali que os tambores se poderiam reinventar, que os ritmos anteriormente vividos ou escutados se recriavam na batida do pilo, na forma de fazer rap, no funan, na msica rap ou no Col S. Jon. Foi neste contexto ambguo de construes culturais simultaneamente reflexivas e experienciais que procurei uma estadia longa no terreno, a passagem para o interior do bairro, espao-tempo da pesquisa, a construo de um objeto de estudo e de um percurso metodolgico. A experincia de campo mostrava-se-me como um processo dialctico e dinmico, como construo dialgica e pragmtica, atravs da qual trabalhava o terreno como um meio simultaneamente de comunicao e conhecimento e procurava encontrar nos mtodos modos de reconstruo das condies de produo dos saberes. Residia a o problema do espao afetivo e intelectual, vital e ao mesmo tempo cognitivo, que a observao de terreno enquanto dilogo e processo de palavra. Havia que ter em conta a experincia pragmtica e comunicativa de terreno, atravs das resistncias e da receo afvel, dos mal entendidos e compromissos, dos rituais interativos, da tomada de conscincia da observao do observador, que esto na base da construo e da legitimao do terreno como espao-tempo da pesquisa. A insero no terreno permitiu-me a viagem por muitos temas possveis, por muitas reas de investigao. O percurso realizado conduziu-me a este trabalho que constitui uma abordagem dos processos de produo e reproduo de um ritual cabo-verdiano, Col S. Jon, na Cova da Moura, um dos bairros da periferia urbana de Lisboa. A tese uma construo etnogrfica, por comparao e contraste, de mltiplos fazeres, (re)fazeres a muitas vozes. Vozes dos que o fazem, repetem, dizem. Vozes do quotidiano ou escrita de poetas que o consideram, prenda m grande dum pve e que t faz parte de s vida(Frusoni). Saber dos antroplogos que o dizem imagem e metfora da forma como os cabo-verdianos se representam, modo como se contam a si, para si, para os outros. tambm representao de uma comunidade que se explica a si mesma, e ao explicar-se se constri para si e para os outros a partir de dois eixos, de duas histrias que simultaneamente se cruzam e diferenciam: uma explicitada pelas palavras e simbolizada pela dana do col, veiculando o contexto social e cultural das interaes e dos processos sociais; outra sugerida pela dana do navio, representando a historicidade de um povo - o cruzamento dos destinos de homens e mulheres que atravessando os mares atrados pela aventura, arrastados ou empurrados pela tragdia se juntaram e plantaram na terra escassa e pobre das Ilhas, no centro do Atlntico, da partindo ainda hoje, numa repetio incessante do ciclo da aventura, da tragdia ou da procura, na terra longe, da esperana de uma vida melhor. A reconstituio do Col S. Jon, fora do pas de origem, confrontada com outras realidades sociais adquire, neste contexto, novas dimenses e sublinha outras j existentes. Adquire a forma elegaca da recordao, espcie de realidade ontolgica da origem fixada num tempo e num espao; a de lugar de tenso dialctica com a sociedade recetora no processo migratrio e de conscincia reflexiva da diversidade e alteridade resultante do encontro ou do choque com outra cultura; a de simulacro tornando-se objeto repetvel, espetculo em que ressaltam sobretudo a forma esttica ou fora dramtica, um real sem origem na realidade ou produto de outra realidade, a da praxis ou convenincia poltica distante da participao dos seus atores. A tese coloca-nos perante o questionamento, o olhar reflexivo, da pesquisa antropolgica: simultaneamente experincia social e ritual nica, relao dialgica com os atores sociais, processo de mediao, de comunicao, e a consequente dimenso epistemolgica, tica e poltica da antropologia. Coloca-nos tambm perante a viagem ritual - passagem ao terreno, imagem e escrita e a consequente procura de reconhecimento e aceitao do percurso realizado. O processo de produo do filme Col S. Jon, Oh que Sabe! completa-se com o da escrita, sntese de uma experincia e aparelho crtico do filme. Ambos tem uma matriz epistemolgica comum. Resultam da negociao da diferena entre o Eu e o Outro e da complexa relao entre a experincia vivida no terreno, os saberes locais, os pressupostos tericos do projeto antropolgico. Ao mesmo tempo que recusam a generalizao, refletem uma construo dialgica, uma necessria relao de tenso e de porosidade entre experincias e saberes, uma ligao ambgua entre a participao numa experincia vivida e a necessria distanciao objetivante que est subjacente em qualquer atividade de traduo ou negociao intercultural, diatpica.
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La transformacin de los regmenes latinoamericanos en democracias liberales, a partir de la dcada de los ochenta, ha sido un proceso que ha ocupado una buena parte de los esfuerzos de los estudios sobre Amrica Latina. Existe no obstante, la duda de si las Fuerzas Armadas, que gobernaron ilegtimamente muchos de esos pases, han transitado satisfactoriamente hasta la democracia. Una condicin crucial para el xito de las transiciones a la democracia es la transformacin del papel de los militares. El anlisis de estos cambios y la asuncin de nuevos roles se analizaron el ao 2010 en el seminario: Las relaciones civiles-militares en sociedades en transformacin: Amrica Latina y Europa. El resultado de lo all discutido ve la luz en este nmero 36 de Documentos CIDOB. Amrica Latina y en la obra Debating Civil Military Relations in Latin America.
Resumo:
Este es el objeto de la presente investigacin: analizar de qu manera y hasta qu punto el fenmeno EMSP queda cubierto y le son aplicables las normas de derecho internacional humanitario. Para ello, dividimos el trabajo en tres grandes partes. La primera, de carcter introductorio, hace un repaso sobre el fenmeno clsico del mercenarismo y cmo la respuesta que le ha dado el derecho internacional no solo ha sido tarda, sino que no resulta de excesiva utilidad para los modernos contratistas privados. En la segunda parte abordamos el origen, proliferacin y funciones de las empresas militares y de seguridad privadas, as como las diferencias que las caracterizan en comparacin con el mercenarismo clsico. Asimismo, tratamos de dilucidar cul debera ser el estatuto jurdico de estas personas en el contexto de su participacin en conflictos armados, cuestin que no tiene una respuesta clara y que seguramente se encuentra entre los ms claros argumentos a favor de una regulacin ad hoc del fenmeno. Finalmente, el segundo captulo se cierra con un breve anlisis de las distintas iniciativas de regulacin a las que hemos hecho referencia en el prrafo anterior. La tercera parte del estudio analiza de forma pormenorizada los principios y normas de derecho internacional humanitario que se ven afectadas por la presencia y participacin de EMSP en conflictos armados. Tomando como base normativa el derecho humanitario consuetudinario que ha sido identificado por el CICR (Henckaerts y Doswald Beck 2007), y teniendo en cuenta tanto la prctica conocida como las propuestas regulatorias mencionadas, este captulo identifica los grados de exigibilidad de las principales normas de derecho humanitario a las EMSP. Terminamos con las pertinentes conclusiones, de las que se va a desprender un deber genrico de respeto del derecho internacional humanitario tanto por la empresa como por sus empleados; un principio que solo se excepta en aquellas normas de derecho humanitario que solo corresponde aplicar al estado soberano en tanto que tal y que cabe matizar en algunas otras. Observaremos sin embargo que la inmensa mayora de los principios y normas de derecho internacional humanitario son perfectamente aplicables y deberan ser exigibles a las EMSP y sus empleados.
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La externalizacin mediante actores privados del uso de la fuerza en conflictos internos e internacionales es un fenmeno creciente que el artculo analiza desde la perspectiva de sus repercusiones en el respeto de las normas internacionales de proteccin de los derechos humanos y tomando como caso de estudio en conflicto en Irak.
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Criado pela Portaria 154/GM de 24 de janeiro de 2008, o Ncleo de Apoio Sade da Famlia (Nasf) visa aumentar a capacidade das equipes de Estratgia da Sade da Famlia (ESF), de forma a responder s necessidades da populao abrangida pelo territrio delimitado para cada equipe. Baseado nos princpios da integralidade e da interdisciplinaridade, o que o diferencia dos outros programas j implantados a proposta de clnica ampliada. O Nasf composto por profissionais de diversas reas - fonoaudilogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores fsicos e psiclogos -, admitidos conforme a necessidade de cada regio abrangida pelas equipes de ESF. Esse novo campo abre as portas para esses profissionais atuarem numa lgica de matriciamento, exercendo um trabalho diferenciado que deve ser explorado desde a graduao. Considerando tal proposta, este artigo relata as observaes de uma estudante de Fonoaudiologia acerca de sua experincia de atuao em um projeto piloto no Ncleo de Apoio Sade da Famlia da Universidade do Vale do Itaja (SC) no ano de 2008.
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Este artigo prope uma discusso inicial acerca do valor das preces nos rituais funerrios e, sobretudo, como as palavras sagradas podem ser transformadas, para alm do sentido primrio que possuem, em importantes instrumentos no processo ritual post mortem. Neste sentido, o trabalho apresenta alguns detalhes sobre o ritual funerrio judaico e suas preces, especialmente a partir da orao central, o Kaddish.
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OBJETIVO: Traduzir e adaptar a verso 3.0 do questionrio Peds QL TM - End Stage Renal Disease para a lngua portuguesa. METODOLOGIA: A metodologia adotada foi proposta pelo idealizador do questionrio original e composta por 4 fases: traduo da verso original, retraduo para o idioma ingls, aplicao em grupos de pacientes e prova de leitura e finalizao, sendo que, as tradues e a reviso foram realizadas por profissionais especialistas nas lnguas portuguesa e inglesa. Os questionrios so compostos pelas verses de relato da criana e do adolescente e relato dos pais, e divididos em faixas etrias de 2 a 4 anos (apenas relato dos pais), 5 a 7 anos, 8 a 12 anos e 13 a 18 anos. Ao todo, foram realizadas 35 entrevistas, sendo 15 de crianas e adolescentes e 20 dos responsveis. CONCLUSES: O processo de traduo e adaptao cultural, que consistiu na equivalncia semntica (equivalncia entre as palavras), equivalncia idiomtica (expressões equivalentes no encontradas ou itens que precisavam ser substitudos) e equivalncia experimental (palavras e situaes adequadas ao contexto cultural brasileiro), resultaram em uma verso de fcil compreenso e administrao.