999 resultados para Literatura História e crítica Teoria, etc.
Resumo:
A temtica do negro na literatura tem ocupado cada vez mais espao nas discusses e debates em torno da questo da valorao da cultura negra no Brasil, especialmente no que tange a aspectos tais como o desmascaramento de determinados esteretipos h muito alicerados, mas, acima de tudo, tem assumido particular relevncia o papel da resistncia negra, que ora analisamos a partir da perspectiva de um vis social, perpassando os enfoques histrico, religioso e cultural. Cada um desses enfoques adiciona uma importncia diferente para a presena negra na poesia de Bruno de Menezes, nosso objeto de investigao, da ser possvel deduzir, o que acreditamos ser de fundamental importncia, no nos subtrairmos a nenhuma das abordagens ressaltadas. A obra que doravante analisaremos intitula-se Batuque, do poeta supracitado, obra esta responsvel por inscrever no contexto da literatura amaznica, e mais que isso, no seio da cultura de cunho nacional, um novo captulo, isto , uma nova perspectiva acerca da condio do negro na sociedade brasileira. Aliando-se a essas perspectivas, acrescentaremos o ponto de vista do filsofo alemo Friedrich Nietzsche, como arcabouo terico para as problematizaes que pretendemos levantar no decorrer do texto. A presente pesquisa teve por objetivo investigar a influncia do processo civilizador europeu versus negro e os cerceamentos (culturais/religiosos) decorrentes dessa influncia, assim como as consequncias negativas que incidiro sobre a perspectiva que o negro tem acerca de seu prprio corpo e lugar na cultura, muitas delas tambm provenientes da viso de mundo crist que lhes foi imposta.
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Este trabalho visa a discutir alguns aspectos da crítica literria produzida em larga escala nos jornais de meados do sculo XX, conhecida como crítica jornalstica ou de rodap, mais precisamente a contribuio crítica de Franklin de Oliveira (1916-2001) para as trs primeiras publicaes literrias do autor Guimares Rosa (1908-1967), Sagarana (1946), Corpo de baile (1956) e Grande serto: veredas (1956), verificando quais teorias e mtodos eram usados por esse crtico para analisar um conjunto de obras que se mostrava, primeira vista, como desafio aos atentos crticos da poca. Franklin de Oliveira, mencionado por Benedito Nunes, em Rumos da crítica (2000), como injustamente esquecido nas referncias das publicaes acadmicas, deixou um vastssimo conjunto de ensaios humansticos sobre msica, literatura, poltica, entre outros, do Ocidente, esclarecendo a importncia da arte e da literatura para a formao de um homem total, no alienado e consciente de sua humanidade. Os seus ensaios, de alta erudio, refletem a complexidade da obra rosiana sob o prisma filosfico, poltico e, principalmente, esttico, pois tem o entendimento de que as situaes externas obra literria devem emergir no gnero literrio considerando artisticamente o fato exposto. Por isso, para Franklin de Oliveira, Guimares Rosa foi um escritor revolucionrio, por ter realizado uma mmesis que no ficou presa ao seu tempo presente, e, por meio do elemento lingustico, literrio e metafsico, conseguiu promover a transcendentalizao da prosa literria brasileira. Assim, esta dissertao est estruturada em um panorama geral dos assuntos aqui apresentados e em trs captulos, quais sejam: Por uma definio de crítica literria, Do intelectual ao crtico jornalista: Franklin de Oliveira, um humanista por excelncia e Legado de Franklin de Oliveira crítica rosiana: sob o foco da revoluo rosiana, a fim de alcanar o entendimento sobre a importncia de se estudar as anlises escritas em outra poca a respeito das obras de um autor de literatura, como Guimares Rosa, que ainda hoje so muito lidas e discutidas. Para tanto, um dos pressupostos tericos para este estudo tem em vista o experienciar dinmico da obra literria por parte do leitor, algo salientado pela Esttica da recepo no livro A história da literatura como provocao a teoria literria (1994), de Hans Robert Jauss, este trabalho possibilita questionar ou legitimar a tradio de uma crítica por meio da trade hermenutica do compreender, interpretar e aplicar.
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Este trabalho parte de pesquisas realizadas no peridico Dirio de Notcias, de Belm, Par, no perodo que vai de 1881 a 1893, com o objetivo de recuperar textos ficcionais em prosa, em especial, o romance-folhetim, gnero que surge da relao prxima entre literatura e jornal, muito intensa no decorrer do sculo XIX. Nesse perodo, o jornal aparece como importante meio de divulgao poltica e cultural nas vrias regies do pas, considerando que seu custo era bem mais acessvel que o do livro. O romance-folhetim alcana, nesse veculo, uma grande popularidade entre os leitores. Dentre os romances-folhetins catalogados, optamos por analisar o Negro e cor de rosa: o canto do cysne, do francs Georges Ohnet, publicado no perodo de julho a agosto de 1887, na coluna Folhetim do j citado peridico. A anlise foi baseada nos estudos de Jsus Martn-Barbero sobre os dispositivos de enunciao do gnero folhetim. A partir de nossa pesquisa, procuramos investigar como se caracterizava o circuito editorial da Belm oitocentista, averiguando a relao entre o gosto do pblico e a presena ostensiva de narrativas francesas, bem como, a relao mercadolgica entre editores e livreiros. Assim, ressalta-se a relevncia dos estudos da História do Livro e da Leitura no Brasil por permitir-nos a recuperao de informaes que contribuiro para o registro da História da Literatura Brasileira.
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Trabalho pela pluralidade do texto de Dalcdio Jurandir, Chove nos campos de Cachoeira (1941). O trabalho uma prtica semiolgica, principalmente com R. B. par lui-mme (1975) de Roland Barthes, a sua teoria do texto plural. Assim, persigo a teoria do texto de Dalcdio Jurandir, a que a sua prpria, a que nasce da sua prpria prtica significante, Dalcdio Jurandir por Dalcdio Jurandir. Nesse passo, Dalcdio Jurandir com Augusto e Haroldo de Campos, com Roman Jakobson, Dalcdio Jurandir um poeta na prosa; com Maurice Blanchot, com a tradio de inveno, Dalcdio Jurandir produtor de metalinguagem; com a antropologia e a geopotica, Dalcdio Jurandir das paisagens do arquiplago do Maraj. Tudo em funo da abertura dos sentidos do seu texto. O texto de Dalcdio Jurandir contradiz todo empreendimento ledor que o submete determinao referencial e ao fechamento dos seus sentidos. O texto de Dalcdio Jurandir est sempre para ganhar novos campos de experincia. O texto de Dalcdio Jurandir solicita que se continue a escrev-lo.
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Este trabalho tem por objetivo explorar as relaes entre diferentes linguagens artsticas literatura, cinema, artes plsticas e desenho , investigando o funcionamento das tcnicas de colagem (termo originrio das artes plsticas) e montagem (tcnica cinematogrfica) e de que forma foram transpostas para a literatura. Para tal, tomaremos como objeto de anlise os romances Galvez imperador do Acre ([1977] 1983) e A resistvel ascenso do Boto Tucuxi (1982), do escritor amazonense Mrcio Souza.
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A presente dissertao enfoca as relaes entre a literatura e a história, tendo por objetivo identificar e analisar os aspectos recorrentes em contos que ficcionalizam o relato da tortura ligada ao Regime Militar brasileiro de 1964. Para tanto, elegemos como corpus desta pesquisa os textos Acudiram trs cavaleiros, de Marques Rabelo (1967); O mar mais longe que vejo, de Caio Fernando Abreu (1970); Pedro Ramiro, de Rodolfo Konder (1977); O jardim das oliveiras, de Nlida Pion (1980); Saindo de dentro do corpo, de Flvio Moreira da Costa (1982); O leite em p da bondade humana, de Haroldo Maranho (1983); No passars o Jordo, de Luiz Fernando Emediato (1984); e A mancha, de Luis Fernando Verssimo (2003). Tais narrativas apresentam como ncleo narrativo cenas de tortura relacionadas ditadura civil-militar instalada no Brasil em 1964. Partimos da hiptese de que esses contos se apropriam de aspectos composicionais do testemunho verdico e os reelaboram esteticamente nos textos, muitas vezes, rompendo o que se teoriza sobre o testemunho verdico, na tentativa de se traduzir em palavras as aporias da rememorao do trauma provocado pela tortura. Para dar conta de tais proposies, elegeu-se como percurso a contextualizao histrica realizada no primeiro captulo, com o intuito de pontuar as relaes existentes entre as produes e o contexto histrico. Em seguida, no captulo dois, realizou-se a reviso do referencial terico que baseia a pesquisa, centrando nas formulaes propostas acerca da teoria do testemunho. Por fim, no terceiro captulo, realizou-se a anlise do corpus, com base em trs aspectos recorrentes nas narrativas: a composio dos personagens, a organizao da narrativa e a seleo vocabular. Para tal anlise iremos nos pautar, principalmente, nas formulaes de Seligmann-Silva (2003; 2008), Valeria de Marco (2004) e Elcio Loureiro Cornelsen (2011), acerca do testemunho de catstrofes histricas e da dimenso ficcional dessas produes; nas proposies de Maria Rita Kehl (2004) sobre o corpo torturado; e nas consideraes de Sigmund Freud (1920), sobre trauma.
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Nesta tese, pretendemos analisar comparativamente a reconstruo histrica da Cabanagem e da Guerra Civil Moambicana nos romances Lealdade (1997), de Mrcio Souza e As duas sombras do rio (2003), de Joo Paulo Borges Coelho. Para tanto, apresentaremos um breve percurso histrico da colonizao brasileira e moambicana, bem como o perodo da independncia e ps-independncia, alm do percurso terico sobre o romance histrico, resistncia, memria, bem como a teoria sobre o espao, nesse caso o rio, que utilizamos como ferramenta de anlise. Utilizando o rio como fio condutor de nossa anlise. Na obra de Borges Coelho, a anlise foi feita a partir das travessias das personagens pelos rios que foram desencadeadas pela chegada da guerra civil. Fixamos nossa leitura em Lenidas Ntsato personagem que metaforiza Moambique dividido em dois pela guerra civil e destacamos o papel do narrador neste romance. Na narrativa de Mrcio Souza acompanhamos as viagens de Fernando, narrador do romance, que tem sua biografia entrelaada aos acontecimentos que desencadearo a Cabanagem anos mais tarde. Cada um com seu estilo, os dois romancistas revisitam as agruras das duas guerras que tem como palco o Norte do Brasil e de Moambique que so espaos perifricos desde os tempos coloniais.
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Ps-graduao em Letras - IBILCE
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Ps-graduao em Letras - IBILCE
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Literatura e história distinguem-se tanto pelo discurso quanto pelas diferentes formas de abordagem e compreenso do ser social e do processo histrico. No obstante serem de natureza e modalidades distintas, ambas produzem conhecimento, alm de representaes aproximativas, confluentes e complementares. Exemplos dessa aproximao so as obras de A. Gramsci (Il Risorgimento) e de G. di Lampedusa (Il Gattopardo); a primeira, de anlise histrico-poltica e a segunda, de fico. Ambas tratam do mesmo perodo e processo histrico: o Risorgimento ou a construo do moderno estadonacional italiano desencadeada em 1860.Palavras-chave: Literatura; história; revoluo passiva; estado-nacional italiano; aristocracia; burguesia; transformismo.
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Mediante problematizao do movimento histrico de constituio da literatura infantil como campo de conhecimento e a partir da hiptese de que a superao de sua condio de menoridade encontra-se diretament e relacionada com a assuno, por parte dos pesquisadores interessados, de uma atitude interdisciplinar decorrente das inexorveis relaes entre a produo de literatura infantil e a situao de formao (escolar) do leitor previsto, o objetivo destas notas apresentar uma proposta de leitura crítica dos textos do gnero, como contribuio para o desenvolvimento de pesquisas acadmicas que visem construo da identidade especfica desse campo de conhecimento e conquista do reconhecimento da legitimidade de seu estatuto acadmico-cientfico.Palavras-chave: Literatura infantil; leitura crítica; configurao textual.
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O objetivo deste trabalho discutir questes literrias e histricas postas em pauta pelo livro Formao da literatura brasileira de Antonio Candido, cuja primeira edio de 1959. Essa obra ao reelaborar e procurar superar antigas referncias vinculadas s dataes e explicaes das origens da literatura nacional apresenta carter inovador, o que, de um lado, a levou a ser um paradigma fundamental para a história e a crítica literria no pas e, de outro lado, provocou muitas polmicas e objees. Partindo, portanto, da herana histrico-crítica precedente e incorporando muitos de seus elementos, o crtico repensa os marcos histricos, literrios e culturais do surgimento da literatura no Brasil, ou seus momentos decisivos, tendo em vista a noo de sistema literrio. Cinquenta anos aps a publicao desse estudo, oportuno e necessrio, cremos, rediscutir e redefinir as demarcaes histrico-literrias da criao ou da formao da literatura brasileira, por meio de uma leitura diversa do processo de organizao do Estado e da nao no Brasil.
Resumo:
Ps-graduao em Letras - FCLAS