998 resultados para Independencia americana
Resumo:
A região do litoral norte do Estado de São Paulo registrou 14, 30 e 104 casos de leishmaniose tegumentar americana nos anos de 1993, 1994 e 1995 respectivamente. Com objetivo de caracterizar a fauna e a distribuição sazonal e horária das espécies de flebotomíneos foram realizadas coletas quinzenais de formas adultas durante o período de dezembro de 1995 a novembro de 1996, utilizando-se armadilhas luminosas do tipo CDC, no interior da residência, no peridomicílio e na mata durante 12 horas a partir do crepúsculo vespertino. No peridomicílio foi utilizada, durante 6 horas também a partir do crepúsculo vespertino, armadilha de Shannon instalada a 100 metros da casa. A cada 3 meses esta armadilha foi utilizada durante 12 horas. Foram observadas flutuações das densidades populacionais, bem como as ocorrências intra e extradomiciliar das espécies predominantes. Lutzomyia intermedia foi a espécie mais abundante nas diferentes armadilhas utilizadas e nos ambientes investigados.
Resumo:
Neste estudo, descrevemos etapas iniciais de padronização de uma nova metodologia para detecção de anticorpos antipromastigotas vivas de Leishmania (Viannia) braziliensis, pela citometria de fluxo e a análise de sua aplicabilidade para estudos clínicos. Foram avaliados 39 indivíduos com sorologia convencional (RIFI) positiva para leishmaniose, classificados quanto à ausência/presença de lesão (L- e L+). Os resultados foram expressos sob a forma de percentual de parasitas fluorescentes positivos (PPFP). A análise dos dados, na diluição 1:1.024, permitiu distinguir 95% dos pacientes L+ como um grupo de alta reatividade (PPFP>50%) e 72% dos indivíduos L- como um grupo de baixa reatividade (PPFP<50%). A análise dos títulos da reação de imunofluorescência indireta não demonstrou nenhuma relação com a ausência/presença de lesão. Em conjunto, nossos dados sugerem a aplicabilidade da citometria de fluxo na identificação dos casos de infecção ativa, o que não tem sido possível através das reações sorológicas convencionais.
Resumo:
A co-infecção leishmaniose tegumentar americana e AIDS é de relato recente na literatura, observando-se diversidade quanto ao comportamento clínico e imunológico destes pacientes. Relatamos quatro casos acompanhados no Hospital Universitário de Brasília, com diagnóstico de infecção por parasitas do gênero Leishmania e pelo vírus da imunodeficiência humana, ilustrando diferentes apresentações clínicas, evoluções e respostas terapêuticas.
Resumo:
A leishmaniose tegumentar americana permanence endêmica em vastas áreas da América Latina. Os agentes causadores da doença são a L. (Viannia) braziliensis, L. (L. mexicana), L. (V.) panamensis, e outras espécies relacionadas. A apresentação clínica da doença varia dentro de um espectro amplo, incluindo úlceras cutâneas múltiplas ou única, leishmaniose cutânea difusa e lesões mucosas. Os principais reservatórios da L. (V.) braziliensis e da L. (Viannia) spp. são os pequenos roedores silvestres. A doença acomete mais freqüentemente os trabalhadores que invadem as florestas tropicais ou moram próximo a elas. O período de incubação varia de duas semanas a vários meses. As lesões cutâneas constituem úlceras rasas, circulares com bordas elevadas e bem definidas e com o assoalho da úlcera de aspecto granular. Nas infecções pela L. (V.) braziliensis a linfoadenopatia regional geralmente precede o surgimento das úlcerações por uma a doze semanas. O diagnóstico definitivo depende da identificação de amastigotas em tecido ou promastigotas em meios de cultura. Os anticorpos anti-leishmania podem ser identificados no soro utilizando-se as técnicas de ELISA, imunofluorescência e testes de aglutinação mas os títulos revelam-se baixos na maioria dos casos. A intradermorreação de Montenegro torna-se positiva durante a evolução da doença. Os antimoniais pentavalentes continuam sendo as drogas de escolha no tratamento da leishmaniose. A anfotericina B encontra indicação nos casos mais graves ou nos indivíduos que não respondem ao tratamento com os antimoniais. A imunoterapia e a imunoprofilaxia constituem alternativas promissoras no tratamento e profilaxia da leishmaniose tegumentar americana.
Resumo:
Os autores relatam a ocorrência de óbito em paciente portador da forma cutânea da LTA no município de Caxias-MA. Trata-se de paciente do sexo masculino, 22 anos, gari, portador de lesão ulcerada no membro inferior (perna esquerda), diagnosticado, após encontro do parasita (Leishmania) na lesão, tratado com stibogluconato de sódio BP88® (Shandong Xinhua) na dose de 10mg/Sb+5/kg/dia/20 dias. Após a 3ª dose apresentou dores articulares, naúseas, mal estar geral. Com a continuação da medicação houve agravamento do quadro com dor epigástrica e no hipocôndrio direito irradiando-se para o hemitórax homolateral. Após a 7ª dose apresentou dispnéia associado à dor torácica de leve intensidade. Na 9ª dose houve piora do quadro, mesmo assim continuou a usar o medicamento até a 11ª dose quando seu estado agravou-se. Foi internado, necessitando de tratamento intensivo. Nos exames realizados apresentou: 4,4 milhões de eritócitos, 10,6% de hemoglobina, 35% de hematócrito, 26.400 de leucócitos, basófilos e mielócitos (0), 59% de segmentados, 30% de linfócitos, 2% de monócitos, plaquetas (normais), glicose 42mg%, uréia 73mg%, creatinina (2,4mg%), eletrocardiograma (bloqueio de ramo direito). Veio a falecer tendo como causa do óbito, insuficiência cárdio respiratória. O relato atual mostra a necessidade de esclarecimento das equipes de saúde quanto ao uso dos Sb+5 e também lembrar o Ministério da Saúde quando da aquisição de novos produtos, preocupar-se com a qualidade e procedência do mesmo.
Resumo:
Setenta e nove pacientes com leishmaniose tegumentar americana, forma cutânea, foram divididos em dois grupos: o grupo experimental (I), formado por 38 pessoas que receberam isotionato de pentamidina, 4mg/kg/dia, três aplicações, IM, durante uma semana, e o grupo controle (II), formado por 41 doentes tratados com N-metilglucamina, 20mgSbV/kg/dia por 20 dias, EV. Foram identificados, por técnica de anticorpos monoclonais, 21 isolados com predominância de Leishmania (Viannia) braziliensis. Encontrou-se cura clínica em 71,05% do grupo experimental e 73,17% do grupo controle (p=0,47). Alterações de ECG foram mais freqüentes utilizando antimonial pentavalente, com significância (p<0,05). O tratamento com a pentamidina mostrou eficácia semelhante quando comparado ao antimonial e apresenta vantagens como duração reduzida de tratamento e baixa toxicidade cardiológica.
Resumo:
Os treinamentos militares na selva amazônica constituem importantes fatores na incidência de leishmaniose tegumentar americana na região. Este trabalho descreve 48 casos de leishmaniose tegumentar americana em pacientes militares nos quais a doença se manifestou após operação de treinamento na Amazônia. O período de incubação médio foi de 27,6 dias. Houve predomínio de lesões nos membros superiores, face e pescoço. A maioria dos indivíduos apresentou duas lesões, sendo as úlceras as manifestações mais freqüentes. O diagnóstico foi realizado pelo exame de escarificação das lesões, sendo confirmado pela demonstração do parasito em 43 (89,6%) casos.