999 resultados para Hepatite C Prognóstico
Resumo:
Em 29833 doadores pesquisados encontramos prevalncia de 1,52% para o HBsAg e de 11% para o anti-HBc. A co-positividade anti-HBc/anti-HBs em 2783 doadores HBsAg negativos/anti-HBc positivos foi de 81,9%. A prevalncia para o HBsAg baixa nos doadores de Campinas, enquanto o anti-HBc apresenta-se com prevalncia elevada quando comparado a outros pases. A pesquisa do anti-HCV, em doadores de sangue de Campinas, mostrou prevalncia de 2,6% para este marcador, que bem maior que as observadas nos EUA e Europa. Cerca de 36% dos doadores anti-HCV positivos so anti-HBc reagentes, permitindo inferir, que estas duas viroses acometem simultnea ou sequencialmente os doadores de sangue brasileiros.
Resumo:
Contexto: Nos ltimos anos tem-se verificado um aumento da patologia mdica associada toxicodependncia, em particular infecciosa, condicionando internamento hospitalar. O prprio internamento, por seu lado, muitas vezes complicado por problemas directamente associados ao estado de dependncia fsica e psquica, nomeadamente sndrome de abstinncia, comportamento indisciplinado e alta precoce por abandono. Os autores pretenderam caracterizar o impacto desta populao numa enfermaria de Medicina Interna durante um ano (1998). Mtodos: Foram revistos todos os processos dos doentes internados durante o ano de 1998 numa enfermaria de Medicina Interna. Foram identificados dois grupos: o primeiro constitudo por todos os toxicodependentes (definido como doentes com consumo activo de substncias ilcitas na altura da admisso hospitalar - grupo TD); o segundo pela restante populao internada (grupo controlo). Foram identificados para todos os doentes: motivos do internamento, durao do mesmo, e mortalidade; dados demogrficos (sexo e idade); todos os episdios infecciosos (na admisso e nosocomiais) e serologias positivas para os vrus da imunodeficincia humana, hepatite B e hepatite C. No grupo TD foram ainda caracterizados os hbitos de consumo e as complicaes do mesmo em internamento (em particular sndrome de privao). Resultados: Foram identificados 80 toxicodependentes(5,8% do total de internamentos): 50 homens (7,1 %) e 30 mulheres (4,5%). A idade mdia no grupo TD foi de 31 anos (no grupo controlo foi de 68,5 anos). Em 70% do grupo TD foi identificada serologia positiva para o VIH e em 48,7% para o VHC (no grupo controlo essa prevalncia foi de 2,4% e 1,2%, respectivamente). A mortalidade foi de 11,3% e de 12,7 % respectivamente nos grupos TD e controlo, sendo a demora mdia de 18,7 e de 16,0 dias. Foram identificados 46 casos de tuberculose (18,8% em doentes TD e 2,4 % nos restantes), 293 de pneumonia (28,7% e 21%) e 54 casos de infeco dos tecidos moles (27,5% e 1,5% respectivamente). S foram identificados 4 casos de endocardite (2 em cada grupo) e 6 de hepatite aguda (todos no grupo TD). No grupo TD verificaram-se 33 casos de sndrome de privao (41,3%). 16 das altas (20%) foram precoces; destes doentes, 4 tinham diagnstico de tuberculose. Desta populao 10 doentes (12,5%) eram sem abrigo (9 homens, 1 mulher) e 66 (82,5%) eram consumidores de drogas endovenosas. Concluses: No ano de 1998 os doentes toxicodependentes constituram uma percentagem significativa da populao internada, tendo tido demora mdia e mortalidade semelhantes s da restante populao, embora fossem significativamente mais jovens. A maioria foi internada por patologia infecciosa, sendo de assinalar a alta prevalncia de tuberculose e de infeco pelo VIH e VHC. igualmente relevante o elevado nmero de altas precoces nesta populao, algumas das quais de doentes com patologia potencialmente contagiosa.
Resumo:
Objectivos: Estudar a prevalncia, factores de risco, evoluo clnica e abordagem teraputica da sfilis congnita em recm-nascidos (RN) de risco, nascidos numa maternidade de referncia com apoio perinatal diferenciado. Mtodo: Realizou-se um estudo transversal para clculo de prevalncia nascena de sfilis congnita, entre Janeiro de 1993 e Dezembro de 2004, atravs de recolha de dados registados nos processos clnicos das mes e respectivos RN. De acordo com os critrios definidos pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em 1989, os RN filhos de me com VDRL e/ou TPHA positivo foram divididos em trs grupos de risco. Resultados: Foram identificados 467 recm-nascidos, verificando-se que a prevalncia de risco de sfilis congnita nascena se tem mantido ao longo dos anos (5,6). A maioria dos recm-nascidos (65%) enquadra-se no grupo de maior risco. Dezanove RN (4%) apresentaram sfilis congnita sintomtica ao nascimento, a maioria pertencente ao grupo de maior risco. Outros factores de risco encontrados foram a gravidez no-vigiada, em 30% das mes, toxicodependncia em 9%, coinfeco por vrus da hepatite B em 5%, por vrus da hepatite C em 4,7% e por vrus de imunodeficincia humana em 3,4% dos casos. Em alguns casos existia mais do que um factor de risco associado. Concluses: Verificou-se que a prevalncia de risco de sfilis congnita no sofreu grandes variaes ao longo dos doze anos, pelo que a sfilis continua a constituir um problema de Sade Pblica em Portugal, com custos econmicos e sociais.
Resumo:
Aim: To characterise clinically the patients with C4d in peritubular capillaries deposits (C4dPTCD) and/or circulating anti-HLA class I/II alloantibodies. To determine the correlation between positive C4dPTCD and circulating anti-HLA class I/II alloantibodies during episodes of graft dysfunction. Subjects and Methods: C4d staining was performed in biopsies with available frozen tissue obtained between January 2004 and December 2006. The study was prospective from March 2005, when a serum sample was obtained at the time of biopsy to detect circulating anti-HLA class I/II alloantibodies. Results: We studied 109 biopsies in 86 cadaver renal transplant patients. Sixteen of these (14.7%) presented diffuse positive C4dPTCD. There was a 13.5% rate of +C4dPTCD incidence within the first six months of transplantation and 16% after six months (p>0.05). Half of the +C4dPTCD in the first six months was associated with acute humoral rejection. After six months, the majority of +C4dPTCD (n=7/8) was present in biopsies with evidence of interstitial fibrosis/tubular atrophy and/or transplant glomerulopathy. The C4dPTCD was more frequent in patients with positive anti-HCV antibodies(p<0.0001), a previous renal transplant (p=0.007), and with a panel reactivity antibody (PRA) 50%(p=0.0098). The anti-HCV+ patients had longer time on dialysis (p=0.0019) and higher PRA(p=0.005). Circulating anti-HLA I/II alloantibodies were screened in 46 serum samples. They were positive in 10.9% of samples, all obtained after six months post transplant. Circulating alloantibodies were absent in 92.5% of the C4d negative biopsies. Conclusion: We found an association between the presence of C4dPTCD and 2nd transplant recipients,higher PRA and the presence of anti-HCV antibodies. The presence of HCV antibodies is not a risk factor for C4dPTCD per se, but appears to reflect longer time on dialysis and presensitisation. In renal dysfunction a negative alloantibody screening is associated with a reduced risk of C4dPTCD (<10%).
Resumo:
Introduo: A infeco pelo vrus da hepatite C (VHC) em doentes com coagulopatias congnitas (CC), como consequncia da teraputica empregue entre os anos 70 e 80 com transfuso de derivados de plasma humano, constitui um problema de sade substancial e relevante. Objectivos: Anlise e avaliao da relevncia representada pela infeco VHC e suas complicaes no tratamento duma populao de doentes com CC. Mtodos: Anlise retrospectiva duma srie de 161 doentes com CC tratados no Servio de Imunohemoterapia do Centro Hospitalar de Lisboa Central (Lisboa, Portugal). Reviso sistemtica de processos clnicos. Elaborao duma base de dados compreendendo a informao reunida e estudo estatstico das suas variveis: idade, gnero, tipo e gravidade da coagulopatia e modalidade de tratamento. Relativamente infeco por VHC: genotipo, tipo e durao do tratamento, frequncia de resposta mantida ao tratamento e recidiva, co-infeces e complicaes major e minor. Resultados: Dos 161 doentes 65 (40%) esto infectados pelo VHC. Dos doentes com hemofilia A: 36% so grave e 62% dos quais esto infectados pelo VHC; 9% moderada com 57%; 25% ligeira com 20%. No grupo da hemofilia B: 8% so grave com 23% infectados e 6% moderada ou ligeira com 10%. Relativamente ao grupo com doena de von Willebrand: 12% so tipo 2 com 16% infectados e 4% tipo 3 com 86%. Uma coorte de 26 doentes foi submetida a teraputica para a infeco pelo VHC, com o primeiro doente a receber tratamento em 1993. Destes, 5 eram seropositivos para o VIH. O tratamento variou de monoterapia com interfero a teraputica combinada de interfero ou interfero-peguilado com ribavirina. Concluses: A infeco pelo VHC representa uma complicao significativa do tratamento empregue no passado na populao em estudo. Considerando que a maioria destes doentes foi infectada nos finais dos anos 70 e incio dos anos 80 assim como a evoluo natural da infeco pelo VHC em doentes sem CC, prev-se que a prevalncia de complicaes major dever aumentar significativamente nos prximos anos. de suma importncia a implementao de medidas profilcticas na reviso e adaptao dos protocolos de seguimento de forma a prevenir a progresso da patologia heptica nestes doentes.
Resumo:
Introduo: O rastreio para doenas de transmisso vertical na gravidez contribuiu para a melhoria dos cuidados perinatais. Objectivo: Avaliar o resultado de serologias para infees do grupo TORCH e do rastreio para Streptococcus do grupo B (SGB) numa amostra de grvidas de uma maternidade, estudar a influncia da idade e da nacionalidade, e identificar casos de infeco congnita. Material e Mtodos: Estudo no probabilstico de prevalncia de imunidade e infeco durante a gravidez. Resultados: Registmos 9508 serologias TORCH e 2639 resultados de rastreio para SGB. A taxa de imunidade para rubola foi 93,3%, significativamente mais elevada em portuguesas; 25,7% das mulheres tinham IgG positiva para Toxoplasma goondii; a taxa foi mais elevada nas mulheres mais velhas e entre estrangeiras; encontrmos IgG positiva para vrus citomeglico humano (CMV) em 62,4%; no houve variao com a idade. O VDRL foi reactivo em 0,5%; 2,3% das mes tinham AgHBs positivo, mais frequente nas estrangeiras; 1,4% tinha anticorpos para o vrus da hepatite C e 0,7% tinha VIH positivo. No houve casos declarados de infeo congnita; 13,9% das mulheres eram portadoras de SGB. Discusso: A elevada taxa de imunidade para a rubola resultado da poltica nacional de vacinao. A baixa taxa de imunidade para a toxoplasmose torna mais dispendioso o seguimento das grvidas. A elevada prevalncia do CMV est de acordo com o encontrado na comunidade. Para algumas infees foram encontradas diferenas de acordo com a nacionalidade. Concluso: O conhecimento da imunidade e infeco na populao um instrumento importante para o planeamento dos rastreios durante a gravidez.
Resumo:
AIMS: Data on efavirenz in HIV/viral hepatitis co-infected patients is non-consensual, probably due to liver function heterogeneity in the patients included. METHODS: A case control study was performed on 27 HIV-infected patients, with controlled and homogenous markers of hepatic function, either mono-infected or co-infected with HBV/HCV, to ascertain the influence of viral hepatitis on efavirenz concentrations over a 2-year follow-up period. RESULTS: No differences were found in efavirenz concentrations between groups both during and at the end of the follow-up period: control (2.43 +/- 1.91 mg l(-1)) vs. co-infected individuals (2.37 +/- 0.37 mg l(-1)). CONCLUSION: It was concluded that HBV/HCV infections in themselves do not predispose to an overexposure to efavirenz.
Resumo:
Development of some immune-mediated disorders may depend on dysregulation of the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis. To explore neuropsychologic mechanisms in relation to the abnormal endocrine reactivity in patients with systemic lupus erythematosus (SLE) and chronic hepatitis C (CHC) we used the corticotropin releasing hormone (CRH) test, the Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI), and the Edinburgh Inventory of Manual Preference Inventory (EIMP). Compared to controls, the adrenocorticotrophic hormone (ACTH) response to CRH was reduced in CHC, while SLE presented reduced baseline dehydroepiandrosterone sulfate levels; higher neurotic scores were found in SLE and higher behavior deviant scores in CHC. Peak ACTH levels were a significant factor for the MMPI profile variability, while the manual preference score was a significant factor for the ACTH response. Personality and manual preference contribute to neuroendocrine abnormalities. Different behavioral and neuroimmunoendocrine models emerge for these disorders.
Resumo:
RESUMO:Desde a declarao de Bethesda em 1983, a transplantao heptica considerada um processo vlido e aceite na prtica clnica para muitos doentes com doena heptica terminal, relativamente aos quais no houvesse outra alternativa teraputica. Em 1991, por proposta de Holmgren, professor de gentica, o cirurgio sueco Bo Ericzon realizou em Huntingdon (Estocolmo) o primeiro transplante heptico num doente PAF (Polineuropatia Amilloidtica Familiar), esperando que a substituio do fgado pudesse frenar a evoluo da doena. Nesta doena hereditria autossmica dominante, o fgado, apesar de estrutural e funcionalmente normal, produz uma protena anormal (TTR Met30) responsvel pela doena. A partir de ento, a transplantao heptica passou a ser a nica teraputica eficaz para estes doentes. Portugal o pas do mundo com mais doentes PAF, tendo sido o mdico neurologista portugus Corino de Andrade quem, em 1951, identificou e descreveu este tipo particular de polineuropatia hereditria, tambm conhecida por doena de Andrade. Com o incio da transplantao heptica programada em Setembro de 1992, o primeiro doente transplantado heptico em Portugal, no Hospital Curry Cabral, foi um doente PAF. Desde logo se percebeu que a competio nas listas de espera em Portugal, entre doentes hepticos crnicos e doentes PAF viria a ser um problema clnico e tico difcil de compatibilizar. Em 1995, Linhares Furtado, em Coimbra, realizou o primeiro transplante dum fgado dum doente PAF num doente com doena heptica metasttica, ficando este tipo de transplante conhecido como transplante sequencial ou em domin. F-lo no pressuposto de que o fgado PAF, funcional e estruturalmente normal, apesar de produzir a protena mutada causadora da doena neurolgica, pudesse garantir ao receptor um perodo razovel de vida livre de sintomas, tal como acontece na histria natural desta doena congnita, cujas manifestaes clnicas apenas se observam na idade adulta. A tcnica cirrgica mais adequada para transplantar o doente PAF a tcnica de piggyback, na qual a hepatectomia feita mantendo a veia cava do doente, podendo o transplante ser feito sem recorrer a bypass extracorporal. Antes de 2001, para fazerem o transplante sequencial, os diferentes centros alteraram a tcnica de hepatectomia no doente PAF, ressecando a cava com o fgado conforme a tcnica clssica, recorrendo ao bypass extracorporal. No nosso centro imaginmos e concebemos uma tcnica original, com recurso a enxertos venosos, que permitisse ao doente PAF submeter-se mesma tcnica de hepatectomia no transplante, quer ele viesse a ser ou no dador. Essa tcnica, por ns utilizada pela primeira vez a nvel mundial em 2001, ficou conhecida por Transplante Sequencial em Duplo Piggyback. Este trabalho teve como objectivo procurar saber se a tcnica por ns imaginada, concebida e utilizada era reprodutvel, se no prejudicava o doente PAF dador e se oferecia ao receptor heptico as mesmas garantias do fgado de cadver. A nossa srie de transplantes realizados em doentes PAF a maior a nvel mundial, assim como o o nmero de transplantes sequenciais de fgado. Recorrendo nossa base de dados desde Setembro de 1992 at Novembro de 2008 procedeu-se verificao das hipteses anteriormente enunciadas. Com base na experincia por ns introduzida, a tcnica foi reproduzida com xito em vrios centros internacionais de referncia, que por si provaram a sua reprodutibilidade. Este sucesso encontra-se publicado por diversos grupos de transplantao heptica a nvel mundial. Observmos na nossa srie que a sobrevivncia dos doentes PAF que foram dadores ligeiramente superior queles que o no foram, embora sem atingir significncia estatstica. Contudo, quando se analisaram, apenas, estes doentes aps a introduo do transplante sequencial no nosso centro, observa-se que existe uma melhor sobrevida nos doentes PAF dadores (sobrevida aos 5 anos de 87% versus 71%, p=0,047).Relativamente aos receptores observmos que existe um benefcio a curto prazo em termos de morbi-mortalidade (menor hemorragia peri-operatria) e a longo prazo alguns grupos de doentes apresentaram diferenas de sobrevida, embora sem atingir significncia estatstica, facto este que pode estar relacionado com a dimenso das amostras parcelares analisadas. Estes grupos so os doentes com cirrose a vrus da hepatite C e os doentes com doena heptica maligna primitiva dentro dos critrios de Milo. Fora do mbito deste trabalho ficou um aspecto relevante que a recidiva da doena PAF nos receptores de fgado sequencial e o seu impacto no longo prazo. Em concluso, o presente trabalho permite afirmar que a tcnica por ns introduzida pela primeira vez a nvel mundial exequvel e reprodutvel e segura para os doentes dadores de fgado PAF, que no vem a sua tcnica cirrgica alterada pelo facto de o serem. Os receptores no so, por sua vez, prejudicados por receberem um fgado PAF, havendo mesmo benefcios no ps-operatrio imediato e, eventualmente, alguns grupos especficos de doentes podem mesmo ser beneficiados.---------ABSTRACT: Ever since Bethesda statement in 1983, Liver Transplantation has been accepted as a clinical therapeutic procedure for many patients with advanced hepatic failure Holmgren, professor of genetics, suggested that one could expect that transplanting a new liver could lead to improve progressive neurological symptoms of Familial Amyloidotic Polyneuropathy (PAF). Bo Ericzon, the transplant surgeon at Huddinge Hospital in Stockholm, Sweden, did in 1991 the first Liver Transplant on a FAP patient. FAP is an inherited autosomal dominant neurologic disease in which the liver, otherwise structural an functionally normal, produces more than 90% of an abnormal protein (TTR Met30) whose deposits are responsible for symptoms. Liver Transplantation is currently the only efficient therapy available for FAP patients. Portugal is the country in the world where FAP is most prevalent. The Portuguese neurologist Corino de Andrade was the first to recognize in 1951 this particular form of inherited polyneuropathy, which is also known by the name of Andrade disease. Liver Transplantation started as a program in Portugal in September 1992. The first patient transplanted in Lisbon, Hospital Curry Cabral, was a FAP patient. From the beginning we did realize that competition among waiting lists of FAP and Hepatic patients would come to be a complex problem we had to deal with, on clinical and ethical grounds. There was one possible way-out. FAP livers could be of some utility themselves as liver grafts. Anatomically and functionally normal, except for the inherited abnormal trace, those livers could possibly be transplanted in selected hepatic patients. Nevertheless the FAP liver carried with it the ability to produce the mutant TTR protein. One could expect, considering the natural history of the disease that several decades would lapse before the recipient could suffer symptomatic neurologic disease, if at all. In Coimbra, Portugal, Linhares Furtado performed in 1995 the first transplant of a FAP liver to a patient with metastatic malignant disease, as a sequential or domino transplant. FAP Liver Transplant patients, because of some dysautonomic labiality and unexpected reactions when they are subjected to surgery, take special advantage when piggyback technique is used for hepatectomy. This technique leaves the vena cava of the patient undisturbed, so that return of blood to the heart is affected minimally, so that veno-venous extracorporeal bypass will not be necessary. The advantages of piggyback technique could not be afforded to FAP patients who became donors for sequential liver transplantation, before we did introduce our liver reconstruction technique in 2001. The hepatectomy took the vena cava together with the liver, which is the classical technique, and the use of extracorporeal veno-venous bypass was of necessity in most cases. The reconstruction technique we developed in our center and used for the first time in the world in 2001 consists in applying venous grafts to the supra-hepatic ostia of piggyback resected FAP livers so that the organ could be grafted to a hepatic patient whose liver was itself resected with preservation of the vena cava. This is the double piggyback sequential transplant of the liver. It is the objective of this thesis to evaluate the results of this technique that we did introduce, first of all that it is reliable and reproducible, secondly that the FAP donor is not subjected to any additional harm during the procedure, and finally that the recipient has the same prospects of a successful transplant as if the liver was collected from a cadaver donor. Our series of liver transplantation on FAP patients and sequential liver transplants represent both the largest experience in the world. To achieve the analysis of the questions mentioned above, we did refer to our data-base from September 1992 to November 2008. The reconstructive technique that we did introduce is feasible: it could be done with success in every case ion our series. It is also reproducible. It has been adopted by many international centers of reference that did mention it in their own publications. We do refer to our data-base in what concerns the safety for the FAP donor.Five years survival of FAP transplanted patients that have been donors (n=190) has been slightly superior to those who were not (n=77), with no statistical significance. However, if we consider five year survival of FAP transplanted patients after the beginning of sequential transplant program in our center, survival is better among those patients whose liver was used as a transplant (87% survival versus 71%, p=0.047). In what concerns recipients of FAP livers: Some short-term benefit of less perioperative morbi-mortality mainly less hemorrhage. In some groups of particular pathologies, there is a strong suggestion of better survival, however the scarcity of numbers make the differences not statistically significant. Patients with cirrhosis HVC (83% versus73%) and patients with primitive hepatic cancer within Milan criteria (survival of 70% versus 58%) are good examples. There is one relevant problem we left beyond discussion in the present work: this is the long-term impact of possible recurrence of FAP symptoms among recipients of sequential transplants. In Conclusion: The reconstruction technique that we did develop and introduce is consistently workable and reproducible. It is safe for FAP donors with the advantage that removal of vena cava can be avoided. Hepatic patients transplanted with those livers suffer no disadvantages and have the benefit of less hemorrhage. There is also a suggestion that survival could be better in cirrhosis HVC and primary liver cancer patients.
Resumo:
Descrevem-se pacientes com glomerulonefrites (GNs) associadas infeco pelo vrus da hepatite C (HCV). Entre agosto de 93 e julho de 96 foram observados 4 pacientes, com idade mediana de 41 anos, sendo 2 do sexo masculino. Pesquisaram-se o anti-HCV por ensaio imuno-enzimtico e o HCV-RNA por PCR. Tambm foram pesquisadas crioglobulinas sricas, hemcias dismrficas no sedimento urinrio e proteinria de 24h. Viremia, crioglobulinas, hematria e proteinria foram observadas nos 4 pacientes. As bipsias hepticas revelaram atividade inflamatria nos 3 pacientes em que foram realizadas e as do rim revelaram glomerulonefrite membranoproliferativa em 3 e glomerulonefrite proliferativa mesangial em 1 paciente. Dois pacientes vm recebendo antivirais (IFN associado ribavirina) e evoluindo com melhora. A presena de viremia e de hepatite concomitante com as alteraes urinrias constituem indcios do envolvimento viral na glomerulopatia. Tais achados so reforados pela melhora das alteraes urinrias durante o tratamento especfico. Conclui-se que a pesquisa de marcadores virais em pacientes com GNs assume relevncia na medida em que pode modificar a conduta teraputica.
Resumo:
A polineuropatia desmielinizante inflamatria cnica possui forte associao com a infeco pelo HIV e HCV. Uma rara associao entre PDIC e o tratamento da hepatite C com interferon peguilado alfa foi descrita recentemente. Ns descrevemos o primeiro caso de polineuropatia desmielinizante inflamatria crnica em um paciente branco, sexo masculino infectado por HIV e HCV associado a interferon peguilado alfa 2b. O paciente recuperou-se completamente aps o uso de imunoglobulina hiperimune endovenosa. Infectologistas e hapatologistas devem estar atentos esta rara e grave associao, que exige imediata descontinuao da droga e tratamento precoce.
Resumo:
INTRODUO: O impacto da terapia antirretroviral altamente ativa na progresso da fibrose heptica em pacientes co-infectados com HIV e hepatite C no est totalmente esclarecido. Marcadores no-invasivos de fibrose heptica podem ser considerados promissores no estadiamento e na monitorizao da sua evoluo. MTODOS: Um total de 24 pacientes, divididos em dois grupos: 12 monoinfectados por HIV e 12 co-infectados com HIV e HCV foram acompanhados de julho de 2008 a agosto de 2009, desde o incio de HAART, a cada trs meses, com avaliao de dados clnicos, epidemiolgicos e laboratoriais, assim como o clculo do ndice da relao aspartato aminotransferase sobre plaquetas. O objetivo deste estudo foi comparar a progresso de APRI, marcador no-invasivo de fibrose heptica, entre populaes portadoras do vrus do HIV e co-infectados com HIV e HCV. RESULTADOS: Os grupos estudados no mostraram diferenas quando avaliados idade, sexo, medida de CD4 e carga viral para HIV em todas visitas, tipo de HAART e APRI antes do incio de HAART. O grupo de pacientes co-infectados com HIV e HCV apresentava APRI significativamente maior que o grupo de monoinfectados por HIV no terceiro (0,57 + 0,31 x 0,27 + 0,05, p = 0,02) e sexto ms (0,93 + 0,79 x 0,28 + 0,11, p = 0,04). CONCLUSES: Neste estudo, HAART foi associado com aumento de APRI no terceiro e sexto ms de seguimento nos pacientes co-infectados, sugerindo que nestes pode estar ocorrendo hepatotoxicidade cumulativa e sndrome inflamatria da reconstituio imune aps incio dos antirretrovirais.
Resumo:
OBJETIVO: A cirrose heptica causa alteraes acentuadas na circulao esplncnica. Com o objetivo de investigar as alteraes hemodinmicas na velocidade do fluxo da veia porta, realizamos estudos com eco-Doppler em pacientes com cirrose heptica em estgio final antes, durante e aps transplante heptico ortotpico (THO). MATERIAIS E MTODOS: Cinqenta e quatro pacientes submetidos a THO e eco-Doppler intra-operatrio foram avaliados prospectivamente, entre janeiro de 2002 e julho de 2003. Dezessete pacientes foram excludos devido a dados incompletos relacionados a dificuldades tcnicas para obter medidas ou morte prematura. Os 37 pacientes includos na anlise tinham cirrose heptica associada principalmente a infeco pelo vrus da hepatite C e doena alcolica. Todos os pacientes foram submetidos ao eco-Doppler imediatamente antes do THO, no perodo intra-operatrio aps a reperfuso do enxerto e no primeiro e stimo dias do ps-operatrio. A velocidade mdia do fluxo foi medida no tronco, ramo direito e ramo esquerdo da veia porta. A anlise estatstica foi realizada utilizando-se o teste t pareado e as diferenas foram consideradas significantes se p < 0,05. RESULTADOS: A velocidade mdia observada no pr-THO foi de 16.0 cm/s. As medidas intra-operatrias, realizadas minutos aps a reperfuso do enxerto, mostraram aumento na velocidade do fluxo da veia porta para 84.09 cm/s. A velocidade do fluxo da veia porta foi de 71,0 cm/s e 58,5 cm/s no primeiro e stimo dias do ps-operatrio, respectivamente. As velocidades obtidas no intra e ps-operatrio foram significativamente maiores do que no pr-THO (p < 0,001). No stimo dia do ps-operatrio, a velocidade mdia diminuiu significativamente em comparao aos valores do intra-operatrio (p < 0.05). CONCLUSO: Nos transplantes hepticos ocorre aumento significativo da velocidade mdia de fluxo da veia porta imediatamente aps a reperfuso do enxerto em comparao aos valores pr-THO. De maneira semelhante, aps esse pico mximo parece ocorrer reduo significativa e progressiva na velocidade mdia de fluxo, atingindo valores prximos da normalidade no stimo dia do ps-operatrio.
Resumo:
OBJETIVOS: Correlacionar os achados da bipsia transcutnea heptica guiada por ultrassonografia com os dados ultrassonogrficos modo B e Doppler da veia heptica direita; comparar os padres de onda entre os grupos de estudo (hepatopatas) e controle (sadios); e avaliar se o Doppler da veia heptica direita serve como marcador de hepatopatia crnica. MTODOS: Foram estudados 38 pacientes portadores de hepatopatia crnica comprovada por sorologia e bipsia (grupo de estudo) e dez pacientes sem hepatopatia sorolgica (grupo controle), avaliados pela ultrassonografia modo B e Doppler. Os critrios histolgicos foram a classificao da Sociedade Brasileira de Patologia de Hepatite Crnica. RESULTADOS: A ultrassonografia modo B e o Doppler diferenciaram os indivduos portadores de hepatopatia crnica dos normais (p=0,047). Houve diferena significativa entre o grupo de estudo e o controle na comparao entre os achados histopatolgicos, ultrassonogrficos modo B e o Doppler nos padres de onda da veia heptica direita (p=0,001). CONCLUSO: Foi possvel correlacionar a bipsia heptica com a ultrassonografia modo B e o Doppler da veia heptica direita; os hepatopatas apresentaram alterao no fluxo da veia heptica direita e os normais no, sendo que o padro de onda nos controles saudveis foi trifsico e nos hepatopatas bifsico ou monofsico; e o Doppler da veia heptica direita serviu como marcador de hepatopatia crnica.
Resumo:
OBJETIVO: Verificar a prevalncia de disfuno lacrimal em grvidas, comparando-a com a de mulheres no grvidas. Correlacionar achados de diminuio do filme lacrimal com antecedentes obsttricos. MTODOS: Foram entrevistadas 150 mulheres grvidas e 150 no grvidas para avaliao da presena de sintomas de secura ocular e antecedentes obsttricos. Os dois grupos foram submetidos ao teste de Schirmer I e a um questionrio para sintomas de olho seco. Pacientes com colagenoses, uso de medicamentos associados secura de mucosas, hepatite C e infeco por vrus da imunodeficincia humana, inflamao intraocular prvia ou cirurgia ocular foram excludas. Os dados obtidos foram analisados por testes de Χ2 e Fisher quanto s variveis nominais, e pelo t de Student e Mann-Whitney quando numricos. A significncia adotada foi de 5%. RESULTADOS: Os dois grupos no diferiram quanto aos sintomas relacionados secura ocular. O valor absoluto do teste de Schirmer foi igual nos dois grupos, tanto para olho direito (p=0,3) como esquerdo (p=0,3). Todavia, as mulheres grvidas tiveram maior prevalncia de disfuno lacrimal em pelo menos um olho (p=0,004). A ocorrncia de disfuno lacrimal nos dois grupos (pacientes e controles) estava associada a maior nmero de gestaes a termo por paciente (p=0,04), mas no com nmero de abortos (p=0,9), nem com o tempo da gravidez (p=0,5). CONCLUSES: Mulheres grvidas tm mais disfuno lacrimal do que no grvidas. Nos dois grupos a prevalncia de disfuno lacrimal mais alta em mulheres com maior paridade.