A pesca do bacalhau durante o período do Estado Novo (1933-1974) : contributo para as relações interculturais

A presente dissertação tem como objeto de estudo a pesca do bacalhau feita por portugueses sob a bandeira de Portugal durante o período do Estado Novo (1933-1974). Investigou-se as razões para um investimento e um protecionismo tão forte à indústria da pesca do bacalhau. É indissociável do estudo da demanda portuguesa por este peixe, à época muito abundante no noroeste atlântico, as políticas autárcicas e de subsistência pilares da economia do Estado Novo, assim como a implantação e robustecimento da Instituição Corporativa. Subjacente a estas linhas de matriz económica mas paradigmáticas do novo regime, estava também a reconstrução da identidade portuguesa, a sacralização do trabalho e a heroicidade do pescador português do bacalhau. A existência da tentativa de revivificação da glória dos descobrimentos na pesca do bacalhau. A criação de um ambiente social, político e religioso que levaram à persecução destas políticas e consequentemente do engrandecimento da estrutura do Estado Novo, resultando até na sedimentação de apoio popular. O desenvolvimento da frota de pesca longínqua foi quase uma única janela de oportunidades para o conhecimento de novos mundos. A montante e a jusante da atividade piscatória também se desenvolveram indústrias e comércio internacional. A participação em organizações internacionais de regulação das pescas proporcionou contatos Institucionais com outras nações, não raro utilizados para quebrar isolamentos e propagandear o Estado Novo e as suas manifestações culturais e identitárias que suscitaram relacionamentos interculturais. Para além destes contatos mais formais, também se desenvolveram contatos informais, que se repercutiram na criação e manifestação de conhecimento mútuo e claro de condições para a gestação da interculturidade. Estes desenvolvimentos de relações informais, de contatos profissionais também geraram relações culturais que se manifestaram em projetos individuais de vida associados às migrações.

The world to come: stories

In 1738, English preacher, Isaac Watts wrote ‘The world to come’, a Christian tract about departed souls, death, and the glory or terror of the resurrection. Almost 300 years later the world to come still fascinates readers. It’s not only climate change, it’s the climate of everything: from technological ‘advances’ that threaten to create an immortal humanity; to an endless ‘war on terror,’ which means that, though we may never know war, nor will we ever truly know peace; to a thousand visions of post-Apocalyptic life in the media. The world to come is everywhere; it is with us now… In this anthology, twenty-one writers respond to the world to come – the one just around the corner, the hereafter and the everywhen.

Primary Joint Arthroplasty Surgery: Is the Risk of Major Bleeding Higher in Elderly Patients? A Retrospective Cohort Study

Increased risk of bleeding after major orthopedic surgery (MOS) has been widely documented in general population. However, this complication has not been studied in elderly patients. The purpose of this study is to determine whether the risk of major bleeding after MOS is higher in elderly patients, compared with those operated at a younger age. Methods: This retrospective cohort study included total hip and total knee arthroplasty patients operated during 5 consecutive years. The main outcome was the occurrence of major bleeding. Patients with other causes of bleeding were excluded. Relative risks (RRs) and confidence intervals (CIs) were calculated, anda multivariate analysis was performed. Results: A total of 1048 patients were included, 56% of patients were hip arthroplasties. At the time of surgery, 553 (53%) patients were older than 70 years. Patients aged >70 years showed an increased risk of major bleeding (RR: 2.42 [95% CI: 1.54-3.81]). For hip arthroplasty, the RR of bleeding was 2.61 (95%CI: 1.50-4.53) and 2.25 (95% CI: 1.03-4.94) for knee arthroplasty. After multivariate analysis, age was found to be independently associated with higher risk of major bleeding. Conclusion: According to European Medicines Agency criteria, patients aged 70 years are at a higher risk of major bleeding after MOS, result of a higher frequency of blood transfusions in this group of patients. Standardized protocols for blood transfusion in these patients are still required.