933 resultados para Conto moderno


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Apoiando-se na análise do conto “Souvenirs occultes” recolhido na obra Contes cruels (1883) de Villiers de l’Isle-Adam (1839-1888), este trabalho tem a intenção de abordar alguns aspectos gerais da prosa poética do autor, tais como a estrutura formal circular característica da poesia, algumas imagens construídas pela sugestão e jogo de palavras, a questão do ponto de vista e algumas características do tempo, do espaço e do herói que revelam a presença de alguns mitos na obra. O conto “Souvenirs occultes” ilustra bem a osmose que se operou entre os gêneros no século XIX; com efeito, o poema em prosa com o título nervaliano “El Desdichado”, de Villiers, representa um esquemada versão defi nitiva do conto “Souvenirs occultes”, no qual cada uma das três estrofes do poema será retomada e desenvolvida. A análise vertical do texto, isto é, aquela em que procuramos depreender os sinais presentes nas palavras e símbolos por ele empregados, mostra, de fato, um autor brilhante que consegue, por meio da elaboração da linguagem, conduzir, o tempo todo, o leitor pela ambigüidade e dele demanda árduo trabalho para que desvende a segunda narrativa construída sob seu discurso simbólico. Palavras-chave: Villiers de l’Isle-Adam. “Souvenirs occultes”. Contes cruels. Literatura francesa. Simbolismo. Prosa poética.

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Confronta-se, neste ensaio, o romance realista do século 19 e o romance de vanguarda, em especial O processo, de Franz Kafka. A intenção é mostrar como, de veículo de afirmação do poder econômico e político da burguesia, o romance passa a veículo de contestação desse mesmo poder, revelando a dissolução e a fragmentação do mundo moderno, em crise permanente. Palavras-chave: Realismo; Naturalismo; Modernismo; vanguarda; romance.

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O artigo analisa o conto Quem conta um conto, de Machado de Assis, à luz dos principais mecanismos de referenciação e seqüenciação sustentadores de sua coesão textual.

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Este texto aborda a trajetória do cômico conforme a modificação sofrida da passagem da Idade Média para o pensamento moderno. A expressão mais alta do cômico, no período medieval, encontra-se nas festas populares, espaço universal da destruição/regeneração, próprio do dinamismo da realidade social. Mas, se no período medieval, o caráter universal do cômico e do riso predominavam, não acontece o mesmo no seio da modernidade, quando o riso se torna sério e voltado para objetos singulares, sofrendo transformações no modo de sua expressão, ou seja, no cotidiano e nos dias de festividade. Tais mudanças suscitam algumas questões: Quais razões foram determinantes para a mudança e o processo engendrado na maneira de pensar e vivenciar o cotidiano? Qual o espaço cedido para o cômico, encarado como o riso sério? O indizível, próprio da percepção de mudanças e crises, encontrou sua manifestação em quais vozes?

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O presente trabalho tem por objetivo a observação da influência de A Condição Pós-Moderna sobre as abordagens do pós-moderno em música realizadas após a 1980. Para tal tarefa, será utilizada a noção lyotardiana de pós-moderno como incredulidade nas metanarrativas de legitimação do saber. Esta influência será observada perante importantes textos relativos ao pós-moderno musical e na maneira como algumas obras da música clássica de concerto realizada na década de 1990 e 2000 se relacionam com tal incredulidade.

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Roxana Guadalupe Herrera Alvarez procura discutir nesta obra o processo de criação artística a partir das questões relativas ao conceito de realidade, desenvolvidas pelo pensador suíço Jean Piaget. A autora destoa, porém, da abordagem mais generalista de Howard Gardner - o primeiro a aplicar Piaget nos estudos sobre a criação artística e de quem se declara seguidora neste trabalho. Aqui ela utiliza a função simbólica piagetiana para analisar especificamente a obra do contista e romancista argentino Julio Cortázar (1914-84). Para a pesquisadora, Cortázar é um excelente ancoradouro para essa proposta: o escritor se revela como um criador de mundos, ao romper com os moldes literários clássicos, especialmente do conto, por meio de narrativas que desafiam a linearidade temporal e onde os personagens adquirem autonomia e profundidade psicológica inédita, inclusive negando o mundo como um lugar absoluto, conhecido e seguro. A produção do autor argentino também é fértil em reflexões constantes sobre o ato criador, o que permite à autora estabelecer, por esta via de mão dupla na obra cortazariana, uma relação profícua entre a criação de uma obra artística e os primórdios da consciência do artista que a criou.

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Preso em 1926 pelo regime fascista de Mussolini, Antonio Gramsci permaneceu recluso durante 11 anos. Foi durante esse período que o então deputado e secretário-geral do Partido Comunista Italiano escreveu seus Cadernos do Cárcere, um apanhado de escritos marcados pela fragmentação e com passagens consideradas herméticas, cuja interpretação ainda hoje suscita discussões entre os estudiosos de sua obra. A partir dos Cadernos, o cientista social Geraldo Magella Neres analisou a teoria gramsciana, que compara o partido revolucionário ao moderno Príncipe, em referência ao célebre livro de Nicolau Maquiavel, do século XVI. Gramsci vê em ambos a função histórica da construção de uma nova ordem - o príncipe-condottiere como configurador do Estado unificado, embrião político da civilização burguesa, e o partido-príncipe, artífice da hegemonia proletária. Para analisar a formulação gramsciana de partido revolucionário, o autor explora o pensamento do intelectual italiano - que nos Cadernos desenvolve ideias formuladas anteriormente - confrontando-o com as concepções de outros protagonistas do movimento comunista dos anos 1900, como Lênin e Rosa de Luxemburgo. A obra também expõe a evolução das teorias sobre o conceito de partido político na história da civilização ocidental.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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The American author Jack London wrote the books The Sea-Wolf and White Fang in 1904 and 1906, respectively. The former portrays the life of a literary critic, Humphrey Van Weyden, who after the wreckage of the ship in which he was is rescued by a seal-hunting schooner, where he is obliged to work and to live with the brutal captain Wolf Larsen, and in doing so he develops a more primitive profile. The latter work portrays the life of the eponymous character, a wolf that leaves the wild world in which it was born to follow its last master in the city, thus developing features of the modern world. This paper aims to conduct an analysis of the aspects that allow the transition between the primitive and the modern world in those works