245 resultados para Cholera


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A diversidade étnica no Grão-Pará, na época da cólera, está estampada nas categorias anotadas pelos profissionais de saúde, pelos viajantes e pelos publicistas que registraram as nuanças relativas à cor e à etnia de cada uma das vítimas da epidemia. Arrolados como indígenas, as vítimas caboclas, índias, e tapuias somam 205 almas; e, como negros, vítimas cafuzas, mamelucas, mulatas, pardas e pretas chegam a 646, enquanto os brancos somam 184. As gentes de cores abatidas pela epidemia constituem 82% dos mortos sepultados na Soledade. A cólera "escolhe" ou não suas vítimas? É cega em relação à condição social, à cor e à etnia dos grupos que flagela? São as perguntas que se fazem tendo como campo empírico a epidemia ocorrida no século XIX, e o acesso aos socorros públicos na Belém do Grão-Pará, trabalhando documentos depositados no Arquivo Público do Estado do Pará (APEP) e no Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP).

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O incremento da epidemia do cólera, em 1855, no Grão-Pará, desencadeou acirrada polêmica entre os doutores da Província em torno de instruções e tratamentos a serem observados pelos enfermos. Em meio à contenda acadêmica surgiram, através da imprensa, instruções e guias médicos que auxiliaram sobremaneira no combate à epidemia. Os documentos divulgados revelam a capacidade pedagógica e persuasiva dos profissionais de saúde. No Grão-Pará, as vozes eram ouvidas através do Treze de Maio e do Diario do Gram-Pará. Já no Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, os contendedores utilizavam as páginas do Jornal do Commercio e do Diario do Rio de Janeiro. O trabalho apresenta a trama da divulgação científica apoiada na autoridade médica dos profissionais que atuavam no Grão-Pará flagelado pelo cólera.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Obrigados a enfrentar uma grave crise epidêmica desencadeada ao longo de quase toda a segunda metade do século XIX, os habitantes de Belém assistem, a partir daquele momento, a uma intensa mobilização social em prol da preservação da saúde pública, que há muito deixara de ser objeto de interesse do Governo Provincial e que agora se via ameaçada pela fúria da febre amarela, da cólera e da varíola, que vinham desordenadamente fazendo suas vítimas pela cidade. Diante disso, esta dissertação procura analisar alguns mecanismos empregados para conter o aumento dos casos das doenças na Capital da Província do Pará, destacando as estratégias sanitárias propostas pelos facultativos ligados à ciência médica, levadas a cabo, muitas vezes sem resultado, pelo poder público, mas que interferiram e modificaram significativamente as práticas de assistência aos enfermos mais necessitados, que geralmente eram socorridos em nome da caridade no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. A falta de conhecimento sobre a etiologia das moléstias trouxe à tona ainda um acirrado conflito ideológico entre os médicos, que divergiam quanto aos possíveis fatores que motivaram as epidemias e o tipo de terapêutica a ser aplicada aos doentes, ao mesmo tempo em que o perigo da contaminação aguçou também a “compaixão” e a “caridade” de todos que se viram direta ou indiretamente ameaçados por aqueles males.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O final do século XIX mostrou duas características importantes na área da saúde. A primeira indicava a continuidade da ocorrência de doenças ocasionadas por agentes infecciosos que incluíam a febre amarela, malária, cólera e varíola. Por outro lado, a situação econômica do Estado do Pará com o início da perda da exclusividade na produção extrativista do maior gerador de riquezas para o Estado, a borracha, levou a uma situação em que se tornava cada vez mais difícil e cara a formação de novos médicos paraenses no exterior ou em outros Estados brasileiros. O início do século XX trouxe a abertura de faculdades na cidade de Belém, incluindo duas na área da saúde (Farmácia e Odontologia), além de uma regulamentação nacional para a criação e abertura de cursos de medicina. O Estado do Pará, sob a influência do esforço de Oswaldo Cruz com o seu trabalho de eliminação da febre amarela na cidade de Belém, em uma aplicação prática dos novos conhecimentos gerados pela descrição de agentes infecciosos nas formas de transmissão por meio de vetores e a aplicação de novas maneiras de prevenção e controle de doenças (saneamento e vacinas), após se organizar, a princípio por meio de uma sociedade científica de forma inovadora, cria a oitava escola de medicina do país, em 9 de janeiro de 1919 com o nome de Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Vibrio cholerae, agente etiológico da cólera, é uma bactéria nativa de ambientes aquáticos de regiões temperadas e tropicais em todo o mundo. A cólera é endemica e epidemica em países da África, Ásia e Americas Central e do Sul. Neste trabalho o objetivo foi estudar a diversidade genética de isolados desta espécie, de ambientes aquáticos da Amazônia brasileira. Um total de 148 isolados de V.cholerae não-O1 e não-O139 (NAGs) e O1 ambientais da Amazônia, obtidos entre 1977 e 2007, foram caracterizados e comparados a linhagens clínicas de V.cholerae O1 da sexta e sétima pandemias. Utilizou-se os perfis de macrorestrição definidos em eletroforese em gel de agarose em campo pulsado (PFGE), para determinar a relação clonal entre V.cholerae non-O1 e O1 ambientais e clínicos. A presença de genes de virulência (hlyA/hem, hlyB, hlyC, rtxA, rtxC, tcp, ctx, zot, ace, stn/sto) e integrons de classe 1, 2 e 3 (intI 1, 2 e 3), foi analisada utilizando-se a reação em cadeia da polimerase. A análise dos perfis de macrorestrição revelou que os NAGs apresentaram uma grande diversidade genética comparada aos V.cholerae O1. Isolados de NAGs e O1 segregaram em distintos grupos e a maioria dos O1 ambientais apresentou relação clonal com isolados clínicos da sétima pandemia de cólera. A distribuição dos genes de virulência entre os NAGs é diferente a dos O1, os quais, em geral, foram positivos para todos os genes de virulência estudados exceto stn/sto e integrons de classe 1, 2 e 3. Alguns V.cholerae O1 ambientais pertencentes a linhagem da sétima pandemia, apresentaram uma extensiva perda de genes. Diferentes NAGs foram stn/sto+ e intI 1+. Dois alelos do gene aadA foram encontrados: aadA2 e aadA7. De modo interessante os V.cholerae O1 ambientais pertencentes à linhagem pandêmica, só foram isolados durante o período da última epidemia de cólera na região Amazônica brasileira (1991-1996).

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O V.cholerae é um microorganismo autóctone do ambiente aquático e os sorogrupos O1 e O 139 estão ligados a pandemia e epidemia de cólera. Os V.cholerae não O1 e não O139 ou vibrios não aglutinantes (NAGs) estão envolvidos em casos isolados e surtos de diarréia semelhantes à cólera. No decorrer da sétima pandemia houve o surgimento de diversos isolados “El Tor atípicos”. Entre estes se encontra a variante bioquímica do V.cholerae O1 que não fermenta a sacarose no TCBS em 18 a 24 horas que é o tempo de incubação convencional. Neste trabalho foram estudados 138 isolados de V.cholerae O1 e não O1 não fermentador da sacarose no TCBS de procedência clínica e ambiental, obtidos entre 1994 e 1995 na Amazônia Brasileira (Estados do Pará, Amapá e Amazonas). Avaliou-se a fermentação da sacarose no TCBS e em caldo; o perfil de suscetibilidade a oito diferentes antimicrobianos em ágar difusão; a relação clonal entre os V.cholerae O1 e NAG clínicos e ambientais pelo PFGE e a presença de genes de virulência ctxAB e tcpA pela reação em cadeia da polimerase. Observou-se que as amostras de V.cholerae não fermentaram a sacarose em 24 de incubação no ágar TCBS e em caldo, 43% utilizaram a sacarose em 24 horas e 57% a fermentavam tardiamente (tempo superior a 24 horas). Os isolados apresentaram baixo percentual de resistência a antimicrobianos (8,7%) e nenhum caso de multiresistência. Em relação aos genes de virulência, de um modo geral, os isolados de V.cholerae O1 apresentavam o tcpA e o ctxAB. Nos não O1 estes estavam ausentes, com exceção de um isolado clínico não O1 (gene tcpA+). A análise do PFGE revelou pulsotipos distintos entre os O1 e NAGs, embora dois destes últimos tenham apresentado relação clonal com os O1 clínicos. Todos os O1 clínicos apresentaram relação clonal com isolados de referência da sétima pandemia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Na epidemia de cólera no Pará, em 1991, o número de vítimas foi elevado, e embora os enfermos se recuperassem rapidamente, relutavam em deixar o hospital. As condições de vida no século XIX eram, guardadas as proporções, semelhantes às enfrentadas pelos coléricos agora atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). No século XX, a doença parecia presa a antigas estruturas e produzia preocupações descabidas, uma vez que o tratamento hoje é rápido e eficaz. Logo emergiram as histórias de outrora, apresentando terríveis imagens da epidemia de cólera ocorrida em 1855. Analisaram-se memórias dos coléricos, de seus parentes e demais protagonistas, e compulsaram-se documentos. Encontraram-se indicações que possibilitam a comparação entre epidemias ontem e hoje, permitindo prever a repetição de tragédias devidas à permanência de condições de vida a que estavam submetidos os pobres nos séculos XIX e XX.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

From the very beginning of Nebraska's agricultural development its farmers have recognized that the production of swine must of necessity accompany the growing of corn. The latter, one of the state's most important staples, cannot be marketed in a more economical manner than after having been transformed into pork, bacon, and lard. As a result the state has for many years maintained a rather dense swine population mainly divided into large herds kept on relatively small areas of land. This density of population, as well as certain practices in management and selective breeding, has brought about conditions favorable for the propagation of a number of microbic or parasitic diseases which, in a costly manner, force themselves to our attention. The various factors which affect the incidence of swine diseases are numerous and in a given situtation may be so intricately interwoven as to baffle the observer. This extension circular discusses these factors and how to prevent the spread throughout the swine population.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

We recently demonstrated that Angiotensin-(3-4) [Ang-(3-4)], an Ang II-derived dipeptide, overcomes inhibition of plasma membrane Ca2+-ATPase promoted by nanomolar concentrations of Ang II in basolateral membranes of renal proximal tubule cells, with involvement of a so far unknown AT(2)R-dependent and NO-independent mechanism. The present study investigates the signaling pathway triggered by Ang-(3-4) that is responsible for counteracting the inhibitory effect of Ang II, and attempts to elucidate the functional interaction of the dipeptide with Ang II at the level of AT(2)R. Stimulation by cholera toxin of G(s)alpha protein structurally linked to AT(2)R as revealed by their co-immunoprecipitation mimicked the effect of Ang-(3-4) on Ca2+-ATPase activity. Furthermore, addition of dibutyril-cAMP (db-cAMP) mimicked Ang-(3-4), whereas the specific PKA inhibitor, PKAi((5-24)) peptide, suppressed the counter-regulatory effect of Ang-(3-4) and the AT(2)R agonist, CGP42112A. Membrane-associated PKA activity was stimulated by Ang-(3-4) or CGP42112A to comparable levels as db-cAMP, and the Ang-(3-4) effect was abrogated by the AT(2)R antagonist PD123319, whereas the AT(1)R antagonist Losartan had no effect. Ang-(3-4) stimulated PKA-mediated phosphorylation of Ca2+-ATPase and activated PKA to comparable levels. Binding assays demonstrated that Ang-(3-4) could not displace H-3-Ang II from HEK 293T cells expressing AT(2)R, but 10(-10) mol/L Ang-(3-4) resulted in the appearance of a probable higher-affinity site (picomolar range) for Ang II. The results presented herein demonstrate that Ang-(3-4), acting as an allosteric enhancer, suppresses Ang II-mediated inhibition of Ca2+-ATPase through an AT(2)R/cAMP/PKA pathway, after inducing conformational changes in AT(2)R that results in generation of higher-affinity sites for Ang II. (C) 2012 Elsevier B.V. All rights reserved.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The mesopontine rostromedial tegmental nucleus (RMTg) is a mostly ?-aminobutyric acid (GABA)ergic structure believed to be a node for signaling aversive events to dopamine (DA) neurons in the ventral tegmental area (VTA). The RMTg receives glutamatergic inputs from the lateral habenula (LHb) and sends substantial GABAergic projections to the VTA, which also receives direct projections from the LHb. To further specify the topography of LHb projections to the RMTg and VTA, small focal injections of the anterograde tracer Phaseolus vulgaris leucoagglutinin were aimed at different subdivisions of the LHb. The subnuclear origin of LHb inputs to the VTA and RMTg was then confirmed by injections of the retrograde tracer cholera toxin subunit b into the VTA or RMTg. Furthermore, we compared the topographic position of retrogradely labeled neurons in the RMTg resulting from VTA injections with that of anterogradely labeled axons emerging from the LHb. As revealed by anterograde and retrograde tracing, LHb projections were organized in a strikingly topographic manner, with inputs to the RMTg mostly arising from the lateral division of the LHb (LHbL), whereas inputs to the VTA mainly emerged from the medial division of the LHb (LHbM). In the RMTg, profusely branched LHb axons were found in close register with VTA projecting neurons and were frequently apposed to the latter. Overall, our findings demonstrate that LHb inputs to the RMTg and VTA arise from different divisions of the LHb and provide direct evidence for a disynaptic pathway that links the LHbL to the VTA via the RMTg. J. Comp. Neurol. 520:12781300, 2012. (C) 2011 Wiley Periodicals, Inc.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

In mammals, the suprachiasmatic nucleus (SCN) and the intergeniculate leaflet (IGL) are the main components of the circadian timing system. The SCN is the site of the endogenous biological clock that generates rhythms and synchronizes them to environmental cues. The IGL is a key structure that modulates SCN activity and is responsible for the transmission of non-photic information to the SCN, thus participating in the integration between photic and non-photic stimuli. Both the SCN and IGL receive projections of retinal ganglion cells and the IGL is connected to the SCN through the geniculohypothalamic tract. Little is known about these structures in the primate brain and the pregeniculate nucleus (PGN) has been suggested to be the primate equivalent of the rodent IGL. The aim of this study was to characterize the PGN of a primate, the common marmoset (Callithrix jacchus), and to analyze its retinal afferents. Here, the marmoset PGN was found to be organized into three subsectors based on neuronal size, pattern of retinal projections, and the distribution of neuropeptide Y-, GAD-, serotonin-, enkephalin- and substance P-labeled terminals. This pattern indicates that the marmoset PGN is equivalent to the IGL. This detailed description contributes to the understanding of the circadian timing system in this primate species considering the importance of the IGL within the context of circadian regulation. (C) 2012 Elsevier B.V. All rights reserved.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Recombinant NcPDI(recNcPDI), NcROP2(recNcROP2), and NcMAG1(recNcMAG1) were expressed in Escherichia coli and purified, and evaluated as potential vaccine candidates by employing the C57Bl/6 mouse cerebral infection model. Intraperitoneal application of these proteins suspended in saponin adjuvants lead to protection against disease in 50% and 70% of mice vaccinated with recNcMAG1 and recNcROP2, respectively, while only 20% of mice vaccinated with recNcPDI remained without clinical signs. In contrast, a 90% protection rate was achieved following intra-nasal vaccination with recNcPDI emulsified in cholera toxin. Only 1 mouse vaccinated intra-nasally with recNcMAG1 survived the challenge infection, and protection achieved with intra-nasally applied recNcROP2 was at 60%. Determination of cerebral parasite burdens by real-time PCR showed that these were significantly reduced only in recNcROP2-vaccinated animals (following intraperitoneal and intra-nasal application) and in recNcPDI-vaccinated mice (intra-nasal application only). Quantification of viable tachyzoites in brain tissue of intra-nasally vaccinated mice showed that immunization with recNcPDI resulted in significantly decreased numbers of live parasites. These data show that, besides the nature of the antigen, the protective effect of vaccination also depends largely on the route of antigen delivery. In the case of recNcPDI, the intra-nasal route provides a platform to generate a highly protective immune response.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

We showed that when CA3 pyramidal neurons in the caudal 80% of the dorsal hippocampus had almost disappeared completely, the efferent pathway of CA3 was rarely detectable. We used the mouse pilocarpine model of temporal lobe epilepsy (TLE), and injected iontophoretically the anterograde tracer phaseolus vulgaris leucoagglutinin (PHA-L) into gliotic CA3, medial septum and the nucleus of diagonal band of Broca, median raphe, and lateral supramammillary nuclei, or the retrograde tracer cholera toxin B subunit (CTB) into gliotic CA3 area of hippocampus. In the afferent pathway, the number of neurons projecting to CA3 from medial septum and the nucleus of diagonal band of Broca, median raphe, and lateral supramammillary nuclei increased significantly. In the hippocampus, where CA3 pyramidal neurons were partially lost, calbindin, calretinin, parvalbumin immunopositive back-projection neurons from CA1-CA3 area were observed. Sprouting of Schaffer collaterals with increased number of large boutons in both sides of CA1 area, particularly in the stratum pyramidale, was found. When CA3 pyramidal neurons in caudal 80% of the dorsal hippocampus have almost disappeared completely, surviving CA3 neurons in the rostral 20% of the dorsal hippocampus may play an important role in transmitting hyperactivity of granule cells to surviving CA1 neurons or to dorsal part of the lateral septum. We concluded that reorganization of CA3 area with its downstream or upstream nuclei may be involved in the occurrence of epilepsy.