660 resultados para Bureaucratic itineraries


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Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Contabilidade e Administração do Porto para a obtenção do grau de Mestre em Empreendedorismo e Internacionalização, sob orientação da Professora Doutora Maria Clara Ribeiro

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Este relatório conclui o estágio no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em que o meu contributo passou por programar três percursos que valorizassem o património cultural da Universidade de Lisboa, no atual contexto. Através destes passeios, é pretendido envolver o público, em geral, no mundo universitário, dando a conhecer toda a riqueza e diversidade patrimonial, toda a história dos espaços pertença de cada uma das Faculdades da Universidade de Lisboa e o cruzamento possível e desejável com a história do País. Estes são alguns dos percursos possíveis, tendo em conta todo o património da Universidade de Lisboa, muito diverso, riquíssimo e em alguns casos pouco conhecido do grande público. É agora necessário que este património seja, também, incorporado em visitas turísticas.

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RESUMO - A gestão empresarial dos hospitais é uma velha aspiração do sistema e dos profissionais da saúde em Portugal. Já o Estatuto Hospitalar de 1968 previa a organização e a gestão dos hospitais «em termos de gestão empresarial». A Lei de Bases da Saúde, de 1990, relembrava que a administração das unidades de saúde deveria obedecer a «regras de gestão empresarial». O Hospital Fernando da Fonseca, criado desde 1991, foi objecto de concessão de gestão por contrato, precedendo concurso público, a uma entidade privada, em 1995. Em 1997, o relatório do Grupo de Trabalho sobre o Estatuto Jurídico do Hospital recomendava a adopção da figura de instituto público com natureza empresarial, adequada autonomia de gestão e forte responsabilidade, podendo regular-se, em alguns domínios, por normas de direito privado. Em 1998 foi criado o Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, com formas inovadoras de gestão, utilizando meios de gestão maleáveis. Em 1999 foi criada a Unidade Local de Saúde de Matosinhos, englobando não apenas o Hospital de Pedro Hispano, naquela cidade, mas também os quatro centros de saúde da sua área de atracção. Em 2001 foi criado o Hospital do Barlavento Algarvio, em moldes semelhantes aos do Hospital de São Sebastião. Os restantes hospitais públicos mantiveram a estrutura e regras de funcionamento convencionais. Observa-se que o modelo de gestão convencional do hospital público tem hoje consequências desfavoráveis para os cidadãos, para os profissionais que nele trabalham e também para o sistema de saúde no seu conjunto. Em 2002, uma nova lei alterou disposições da Lei de Bases da Saúde de 1990 e aprovou um novo regime jurídico de gestão hospitalar. De acordo com ele, a rede de prestação de cuidados de saúde passou a integrar vários modelos de hospitais: hospitais SPA, hospitais EPE, hospitais SA, clínicas privadas com ou sem nome de hospital, instituições e serviços geridos por entidades públicas ou privadas, mediante contrato de gestão e hospitais PPP. Analisam-se os ganhos introduzidos pelo modelo inovador de hospital SA, no que respeita ao estatuto, dotação de capital, poderes especiais, regras de controlo financeiro, regimes laborais, órgãos sociais, instrumentos de gestão e direcção técnica. Finalmente, antecipa-se um quadro analítico de oportunidades e riscos sobre este modelo. As críticas têm-se concentrado sobre a estratégia de mudança e sobre o mecanismo de escolha dos dirigentes e das respectivas chefias intermédias. Em relação à estratégia, conclui-se ser a questão mais empírica do que conceptual. Em relação à forma de identificação dos dirigentes, recomenda-se o acompanhamento crítico da experiência, salientando-se, a par do que ela pode trazer de positivo, os riscos de partidarização e instabilidade.

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RESUMO - Este artigo descreve a evolução do estatuto jurídico do hospital público português, com o intuito de o caracterizar, em especial do ponto de vista da sua autonomia. Considera-se que, pelo menos em parte, o estatuto jurídico do hospital público português é responsável pela limitada autonomia de que estas instituições gozaram nos últimos sessenta anos, com as consequentes ineficiências na produção e produtividade, fraca equidade no acesso e aumento de custos com a prestação de cuidados, de discutível qualidade. Nessa medida, várias reformas foram implementadas com o intuito de conferir ao hospital maior autonomia: ao nível da gestão, do financiamento e também reformas organizacionais. De um sistema regionalizado, estabelecido em 1946, até ao Serviço Nacional de Saúde e ao hospital dos nossos dias foram adoptados diversos modelos estatutários. A reforma de 2002 pretende estabelecer uma clara fronteira entre o hospital público, administrativo, burocratizado e aquele que assume natureza empresarial, numa clara viragem — demasiado precoce? — com as «experiências inovadoras » subsequentes à Lei de Bases da Saúde, que permitiram concluir que à maior autonomia correspondiam atitudes e resultados pró-activos e positivos. Por outro lado, ultima-se a preparação da construção de dez novos hospitais com recurso a parcerias público-privadas (PPP), sem ainda estarem definidos quais os estatutos, grau de autonomia e forma de gestão destas entidades. Ainda é cedo para avaliar esta última reforma; não deverá, no entanto, perder-se de vista que a implementação de um novo estatuto jurídico para os hospitais terá necessariamente de permitir a sua renovação sem descurar a sua secular missão de solidariedade.

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Dissertação de Mestrado em Gestão e Políticas Públicas

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Over the past several decades, many theories have been advanced as to why efforts to reform the public service have met with only limited success. Clearly, the role of leadership with respect to reform must be examined, since successful organizational leaders should be extremely accomplished in the promotion and protection of the values that underlie decision-making. The issue of effective leadership is particularly significant for the future of the public service of Canada. Large numbers of public servants in the executive ranks are due to retire within the next five years. Given their central role, it is vital that there be enough dedicated and committed public servants to staff future vacancies. It is also essential that future public service leaders possess the competencies and values associated with a world-class public service and, a new type of public organization. Related to this point is the importance of people-management skills. People management in the public service is an issue that has historically faced - and will continue to face - major challenges with respect to recruiting and retaining the leaders it requires for its continued success. It is imperative that the public service not only be revitalized and be seen as an employer of choice, but also that the process by which it accomplishes this goal - the practice of human resource management - be modernized. To achieve the flexibility needed to remain effective, the public service requires the kind ofleadership that supports new public service values such as innovation and which emphasizes a "people- first" approach. This thesis examines the kind of public service leadership needed to modernize the human resource management regime in the federal public service. A historical examination of public service values is presented to help determine the values that are important for public service leaders with respect to modernizing human resource management. Since replenishing the 2 ranks of public service leaders is crucial to ensure the quality of service to Canadians, leadership that supports career planning will be a major focus of this paper. In addition, this thesis demonstrates that while traditional public service values continue to endure, innovative leaders must effectively reconcile new public service values with traditional values in order to increase the possibilities for successful reform as well as achieve business objectives. Much of the thesis is devoted to explaining the crucial role of post-bureaucratic leadership to successful reform. One of the major findings of the thesis is that leaders who demonstrate a blending of new public service values and traditional values are critical to creating effective employment relationships, which are key to modernizing human resource management in the federal public service. It will be apparent that public service leaders must ensure that an appropriate accountability framework is in place before embarking on reform. However, leaders who support new public service values such as innovation and empowerment and who emphasize the importance of people are essential to successful reform.

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ABSTRACT Canada is an aging society. The number of people aged sixty-five and over is rising, while the number of people under twenty is declining. These two concurrent changes in the age structure have produced a sh~ft in the demographic composition of Canada which is commonly referred to as the aging phenomenon. Regardless of whether or not the number of people under twenty continues to decline, the number of elderly in Canada will almost double over the next twenty years. This rapidly growing elderly clientele will doubtless have an impact on Canadian governments. Federal, provincial and municipal governments are presently providing a variety of programs that have a special bearing on the aged and most senior citizens are beneficiaries of one or more of these programs. The ramifications of a rapidly growing elderly clientele are obvious. In order to cope with the impact of a significant increase in the number of elderly persons, the development and implementation of aging policy must be co-ordinated at each level of government and between and among levels of government. If aging policy is not co-ordinated, the results are likely to be: inappropriate policy decisions; duplication and overlap; and, ineffective and irresponsive services. No one benefits from these results. The need for co-ordination is apparent. The purpose of this thesis is to examine existing governmental efforts to co-ordinate policy in the field of aging. These efforts are examined by focusing on interactions directed at co-ordination between and among major actors in aging policy. A framework is used to structure the description and analysis of these interactions. The variables of formalisation and intensity and the concept of power are instrumental in analysing interactions for co-ordination. The underlying intent of this thesis is to discover some of the main gaps in existing governmental efforts to co~ordinate aging policy. Gaps are, in fact, discovered. Several explanations for the existence of gaps in interactions for co-ordination are discussed. A major hypothesis involving a relationship between a bureaucratic form of organisation and interactions for coordination is suggested. Finally, three recommendations for improving co-ordination in aging policy are offered.

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Efforts to reform the public sector reflect the social, political and economic environment within which government must function. The recent demands by the public for more consensual decision-making, as well as more efficient, effective and responsive public service, have resulted in a number of reform initiatives, including an emphasis on partnership development. The purpose of this thesis is to examine partnership arrangements within the public sector. Specifically, the thesis will assess the value of partnerships and their impact on government by examining six partnership arrangements involving the Ontario Ministry of Natural Resources (OMNR). The OMNR, having recently been awarded the 1992 Institute of Public Administration of Canada Award for Innovative Management, on the theme of partnership development, is being lauded as an example for other government agencies considering similar alliances. The thesis begins by introducing the concept and practice of partnership within the public sector in general and the OMNR specifically. Descriptive analysis of six OMNR partnerships is provided and a number of criteria are used to determine the success of each of these arrangements. Special attention is paid to the political implications of partnerships and to those attributes which appear to contribute to the successful establishment and iii maintenance of partnership arrangements. The conclusion is drawn that partnerships provide the government with an opportunity to address public demands for greater involvement in decision-making while accommodating government's limited financial resources. However, few truly collaborative partnerships exist within the public sector. There are also significant political implications associated with partnerships which must be dealt with both at the political and bureaucratic levels of government. Lastly, it is argued that while partnerships within the OMNR are experiencing some difficulties, they constitute a genuine attempt to broaden the base of decision-making and to incorporate the concerns of stakeholders into resource management.

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Abstract This research takes the lens of social reproduction as a starting point for an examination of the effects of recent social welfare reforms on the lives o.fsingle mothers. As the cumulative effects o.f diminishing state provided benefits take hold, tensions are heightened as single mothers internalize the insecurity of earning an income in 11 capitalist labour market, while trying to carry out all that is involved in social reproduction with inadequate means of survival. Through interviewing single mothers who are the recipients of mUltiple state provided benefits (social assistance, student loans, subsidized housing and subsidized childcare), this thesis illuminates the cOl1linued regulation of women in an effort to assure that social reproduction is occurring at the lowest cost possible. State provided benefits are set lip in such a way that it is near impossible for single mothers to make ends meet without entering the labour force or entering into co-residential relationships. This push towards the labour force and/or marriage via punitive welfare policies illuminates the devaluation of the labour that is done at home. Through interviewing 5 single mothers, I will demonstrate the extensive labour that goes into maintaining their households. In addition .J case managers are interviewed. The employees of social assistance, subsidized hOllsing, subsidized childcare and student loans, have much agency in deeming who is worthy of receiving benefits. The employees of these agencies have the ability to make these women's lives easier or more complicated by how the workers interpret the policy regulations. Social policies are of paramount importance in the quest for women's equality and thus have consequences for how women's daily lives are organized. The rules and regulations that govern the individual policies are complex and bureaucratic and have implications for the ways in which women must organize their lives in order to survive. The shifts in social policy have been guided by neo-liberal assumptions with a focus on individual responsibility and a market-modeled welfare state. The caring work that is involved in raising children to be productive in a capitalist society is ignored or devalued in current policies. The emphasis in each polic.:v is on getting women who receive benefits into the paid work force, with little facilitation or investment into the caring work these women do on a daily basis that in turn supports capitalism. Policies, such as social assistance, subsidized housing, subsidized childcare and student loans, are set up in such a way that ignores the reality of women's day-to-day lives and devalues the necessary work done at home. It takes an abundance of labour and strategizing for women to seek out necessary means of survival, labour that is amplified when a woman is dealing with mUltiple slate provided benefits.

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Cette recherche a pour objet l'étude de la dynamique de transformation du métier d'ingénieur dans le contexte algérien saisi à travers le rapport au travail. Elle repose sur une approche théorique s'inspirant d'une sociologie des groupes professionnels avec une démarche alliant méthodes quantitatives et qualitatives. Prenant appui sur des données recueillies à l'aide d'un questionnaire et d'entretiens approfondis menés dans Sonatrach, la plus grande entreprise d'Algérie, notre étude s'est attachée à faire ressortir les facteurs qui agissent au niveau individuel, organisationnel et sociétal sur les pratiques professionnelles pour deux générations d'ingénieurs. La première a eu pour mission de bâtir le pays à travers les grands projets de développement qui ont caractérisé la période après l'indépendance. La deuxième est arrivée sur le marché de l'emploi, à la fin des années 80, dans un contexte de crise et a payé un lourd tribut à la détérioration de la conjoncture économique. Les pratiques professionnelles se construisent tout d'abord dans le travail, mais aussi dans l'exercice des activités quotidiennes, les relations avec les autres et enfin la satisfaction à l'égard du travail. Tels ont été les points focaux de notre démarche d'explicitation du rapport au travail chez nos ingénieurs. Nous avons mis en lumière l'effet de la position hiérarchique au sein de l'organisation et des types de fonction. La satisfaction tient de la fierté d'appartenir à une entreprise prestigieuse. Chez les jeunes, elle s'exprime aussi dans les avantages matériels et une vision du métier fondée sur la maîtrise technique. Les plus âgés, encore marqués par l'idéologie nationaliste, mettent l'accent sur la participation à l'édification du pays, mais aussi sur la réalisation de soi et la fidélité à l'entreprise. Le rapport au travail s'élabore également au fil du temps dans son cheminement professionnel. Nous l'avons abordé, dans une deuxième étape, en documentant les processus d'intégration et de mobilité au sein de l'entreprise. Les trajectoires professionnelles sont régies par des politiques et des procédures de gestion qui en définissent les modalités, mais elles obéissent également à des opportunités et à des pratiques informelles qui jouent un rôle tout aussi important dans la détermination des profils de carrière. Enfin, le rapport au travail est tributaire de facteurs qui dépassent le cadre de l'entreprise. Dans une troisième étape, nous avons analysé les transformations du système éducatif et leur impact sur la certification des ingénieurs, la crise économique et ses effets en termes de chômage et de précarité et enfin la montée du discours religieux et ses manifestations chez les ingénieurs. Ces facteurs liés au contexte sociétal modifient les représentations et modèlent les attitudes et comportements au travail et à l'égard de celui-ci. Comme le montre notre recherche, le rapport au travail articule, dans une composition complexe, parcours individuels et histoires collectives vécus dans des environnements en évolution. La pratique d'un métier se trouve liée aux différents contextes de socialisation qui traversent les individus. Elle se situe, dans le cas algérien, au croisement d'une formation scientifique et technique qui montre peu de réactivité aux besoins mouvants de l'opérateur économique qu'elle est censée satisfaire, d'une entreprise bureaucratique dans son organisation et dans son fonctionnement où le contournement des règles peut s'ériger en principes de gestion et enfin d'un contexte sociétal qui oscille entre modernité et tradition. Cette dernière est réinterprétée de manière orthodoxe par les mouvements religieux en action dans la société. Ainsi, les ingénieurs investis initialement d'une mission de développement et considérés alors comme "vecteur de modernité" connaissent une détérioration de leur statut et la crise touche la profession vécue cependant différemment selon les générations.

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Le thème de la mobilisation totale est au cœur de la réflexion actuelle sur le renouvellement des modes de subjectivation et des manières d’être-ensemble. En arrière-plan, on trouve la question de la compatibilité entre les processus vitaux humains et la modernité, bref, la question de la viabilité du processus de civilisation occidental. Au cœur du diagnostic: l’insuffisance radicale de la fiction de l’homo oeconomicus, modèle de l’individu privé sans liens sociaux et souffrant d’un déficit de sphère. La « communauté qui vient » (Agamben), la « politisation de l’existence » (Lopez Petit) et la création de « sphères régénérées » (Sloterdijk) nomment autant de tentatives pour penser le dépassement de la forme désormais impropre et insensée de l’individualité. Mais comment réaliser ce dépassement? Ou de manière plus précise : quelle traversée pour amener l’individu privé à opérer ce dépassement? Ce doctorat s’organise autour d’une urgence focale : [E]scape. Ce concept suggère un horizon de fuite immanent : il signe une sortie hors de l’individu privé et trace un plan d’idéalité permettant d’effectuer cette sortie. Concrètement, ce concept commande la production d’une série d’analyses théoriques et artistiques portant sur des penseurs contemporains tels que Foucault, Deleuze ou Sloterdijk, l’album Kid A de Radiohead ainsi que sur le cinéma et l’art contemporain chinois (Jia Zhangke, Wong Kar-Wai, Wong Xiaoshuai, Lou Ye, Shu Yong, Huang Rui, Zhang Huan, Zhu Yu, etc.). Ces analyses sont conçues comme autant de passages ou itinéraires de désubjectivation. Elles posent toutes, d’une manière ou d’une autre, le problème du commun et de l’être-ensemble, sur le seuil des non-lieux du capitalisme global. Ces itinéraires se veulent liminaux, c’est-à-dire qu’ils se constituent comme passages sur la ligne d’un dehors et impliquent une mise en jeu éthopoïétique. Sur le plan conceptuel, ils marquent résolument une distance avec le paradigme de la politique identitaire et la critique des représentations interculturelles.

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La réforme des secteurs de sécurité est au cœur du processus de reconstruction postconflictuelle et du rétablissement de l’État de droit. Souvent implantées par des acteurs internationaux, ces réformes sont nécessaires au développement socio-économique des sociétés sortant de conflit. L’objectif premier de ce travail est d’établir si la coordination des forces militaires et policières internationales a une influence sur la réussite de la réforme des secteurs de sécurité dans le cadre des missions de paix de l’ONU. L'hypothèse de départ est la suivante : la coordination entre les policiers et les militaires sur le terrain, facilitée par la coopération entre les composantes policières et militaires du Département des opérations de maintien de la paix de l'ONU (DOMP), favorise le succès de la RSS. C’est la culture bureaucratique de l’ONU qui influencera la qualité et le degré de coopération entre les composantes policières et militaires du DOMP. Cela sera vérifié à travers l’étude en deux temps de l’aide internationale apportée à la réforme des secteurs de sécurité en Haïti de 1993 à 1997, puis de 2004 à aujourd’hui. La qualité de la coordination entre policiers et militaires dépend de facteurs internes à la mission plutôt que des initiatives mises de l’avant par les quartiers généraux de l’ONU. De plus, la coordination militaropolicière sur le terrain facilite certains aspects de la réforme des secteurs de sécurité, comme la professionnalisation des forces policières locales et le rétablissement de la sécurité.

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Le recours à la stratégie du recentrage sur le cœur de métier (core business) par les entreprises fait apparaître, en discours comme en pratique, trois mouvements qui déstabilisent les ensembles bureaucratiques: la réorganisation de la grande firme en « centres de profits », la multiplication des relations inter-firmes et un changement d’ordre qualitatif dans les termes de l’échange. L’avènement et le maintien de ce que nous convenons d’appeler l’« entreprise réseau » demeurent à ce jour problématique : soit cette forme organisationnelle serait le résultat d’une adaptation unilatérale à son environnement; soit la dynamique sociale serait réglée par la confiance entre les acteurs. Notre démarche inductive et exploratoire d’un cas d’entreprise réseau québécoise veut contribuer au démontage de la notion, puis à la compréhension sociologique du phénomène. Nous constatons que cette forme d’entreprise ne peut être comprise que lorsque nous la mettons en perspective avec l’entreprise bureaucratique.

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Thèse de doctorat réalisée dans le cadre d'une cotutelle entre l'Université de Montréal et l'École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris