Estudo Arqueológico dos Códices Iluminados do Fundo Laurbanense. As Intervenções de Conservação num Corpus Medieval

O códice medieval chega-nos, materialmente, como resultado de uma sobreposição de intervenções, induzidas pela necessidade de conservar e transmitir o seu conteúdo intelectual, espiritual e artístico. As sucessivas alterações na aparência dos códices iluminados do fundo medieval do Mosteiro de Lorvão, sobretudo ao nível das encadernações, constitui matéria para uma análise estratigráfica, que nos propomos desenvolver e sistematizar. Este estudo, de modelo arqueológico, utiliza os elementos codicológicos, enquanto elementos de linguagem visual, integrados num determinado sistema cronológico, permitindo descrever o processo de transformação desses manuscritos, ao longo do tempo. Complementamos o estudo arqueológico dos códices laurbanenses com a análise das manchas de manuseamento, sedimentadas sobre as margens do suporte de pergaminho, durante a leitura e acesso continuados. Caracterizadas pelo grau de saturação e interpretadas quanto à sua distribuição no corpo de texto, ampliam a perspectiva sobre o estado de conservação do manuscrito medieval e significado do ‘dano’. Esta abordagem, pretende contribuir com novos dados, de carácter interdisciplinar, para o estudo dos códices medievais, assim como para a reflexão teórica sobre a caracterização e conservação destas alterações temporais.

Inventário e Georreferenciação do mundo funerário rupestre medieval no Centro de Portugal

O presente relatório resultou do estágio efetuado na DGPC, no âmbito da componente não-letiva do Mestrado em Arqueologia. O seu propósito centrou-se no Inventário e Georreferenciação das manifestações funerárias rupestres medievais, enquadradas na região do Centro de Portugal. Este trabalho possibilitou a atualização e introdução de inúmeras ocorrências, respeitantes a sepulturas e necrópoles escavadas na rocha, na base de dados da DGPC – o Endovélico. A concretização deste objetivo assentou essencialmente na consulta de bibliografia especializada, assim como de relatórios técnico-científicos. Ao constar do Endovélico, a informação inserida afigura-se como um contributo para o conhecimento e divulgação deste tipo de património medieval, auxiliando, inevitavelmente, no que concerne à sua salvaguarda e proteção. O processamento e sistematização da vasta informação inventariada e georreferenciada possibilitou o desenvolvimento de uma análise, na perspetiva das sepulturas escavadas na rocha como fenómeno funerário alto-medieval. Esta permitiu a criação de uma imagem, ainda que incompleta, dos tipos de agrupamentos existentes e da relação entre as sepulturas e as zonas envolventes, com lugar numa parte do território de Viseu.

Proceedings of the Ninth Annual Conference of the British Association for Biological Anthropology and Osteoarchaeology, Department of Archaeology, University of Reading

The Proceedings of the Ninth Annual Conference of the British Association for Biological Anthropology and Osteoarchaeology (BABAO) held at the University of Reading in 2007. Contents: 1) A life course perspective of growing up in medieval London: evidence of sub-adult health from St Mary Spital (London) (Rebecca Redfern and Don Walker); 2) Preservation of non-adult long bones from an almshouse cemetery in the United States dating to the late nineteenth to the early twentieth centuries (Colleen Milligan, Jessica Zotcavage and Norman Sullivan); 3) Childhood oral health: dental palaeopathology of Kellis 2, Dakhleh, Egypt. A preliminary investigation (Stephanie Shukrum and JE Molto); 4) Skeletal manifestation of non-adult scurvy from early medieval Northumbria: the Black Gate cemetery, Newcastle-upon-Tyne (Diana Mahoney-Swales and Pia Nystrom); 5) Infantile cortical hyperostosis: cases, causes and contradictions (Mary Lewis and Rebecca Gowland); 6) Biological Anthropology Tuberculosis of the hip in the Victorian Britain (Benjamin Clarke and Piers Mitchell); 7) The re-analysis of Iron Age human skeletal material from Winnall Down (Justine Tracey); 8) Can we estimate post-mortem interval from an individual body part? A field study using sus scrofa (Branka Franicevec and Robert Pastor); 9) The expression of asymmetry in hand bones from the medieval cemetery at Écija, Spain (Lisa Cashmore and Sonia Zakrezewski); 10) Returning remains: a curator’s view (Quinton Carroll); 11) Authority and decision making over British human remains: issues and challenges (Piotr Bienkowski and Malcolm Chapman); 12) Ethical dimensions of reburial, retention and repatriation of archaeological human remains: a British perspective (Simon Mays and Martin Smith); 13) The problem of provenace: inaccuracies, changes and misconceptions (Margaret Clegg); 14) Native American human remains in UK collections: implications of NAGPRA to consultation, repatriation, and policy development (Myra J Giesen); 15) Repatriation – a view from the receiving end: New Zealand (Nancy Tayles).

Scales and voices in World Historical Archaeology

This paper briefly sets the scene for the articles that follow, introducing some key debates that have characterized the recent practice of historical archaeology. The definition of historical archaeology is explored according to parameters of chronology and methodology, drawing a distinction between New World traditions that define the subject as 'post-Columbian' and Old World approaches that establish broader connections with the 'documentary archaeology' of all literate societies. Current issues in European and American historical archaeology are highlighted, including the gradual breakdown of the medieval/post-medieval divide and the call for a global 'modern-world archaeology' to address the 'grand historical narratives' of the period, such as capitalism, economic improvement, and consumerism. The resistance to this global research agenda is explored with reference to archaeologies of diaspora and postcolonialism, which demand local perspectives to explore diversity and meaning. Finally, the innovative use of community archaeology and multi-vocality is introduced, with particular reference to the experimental narratives pursued by American historical archaeologists, in their new role as 'storytellers'.

Introduction: scales and voices in world historical archaeology

This paper briefly sets the scene for the articles that follow, introducing some key debates that have characterized the recent practice of historical archaeology. The definition of historical archaeology is explored according to parameters of chronology and methodology, drawing a distinction between New World traditions that define the subject as 'post-Columbian' and Old World approaches that establish broader connections with the 'documentary archaeology' of all literate societies. Current issues in European and American historical archaeology are highlighted, including the gradual breakdown of the medieval/post-medieval divide and the call for a global 'modern-world archaeology' to address the 'grand historical narratives' of the period, such as capitalism, economic improvement, and consumerism. The resistance to this global research agenda is explored with reference to archaeologies of diaspora and postcolonialism, which demand local perspectives to explore diversity and meaning. Finally, the innovative use of community archaeology and multi-vocality is introduced, with particular reference to the experimental narratives pursued by American historical archaeologists, in their new role as 'storytellers'.