186 resultados para Alienação


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Há, dentre os gêneros jornalísticos, especialmente os praticados na imprensa brasileira, um agrupamento a que José Marques de Melo atribui o nome de jornalismo diversional. Diferenciado por sua finalidade afeita à diversão e por abranger matérias reveladoras de histórias interessantes, a estrutura de seus formatos assimila elementos da literatura e da antropologia. Mas que motivações levam repórteres a desenvolver tal gênero e em quais circunstâncias? Quais métodos são adotados para sua feitura? Que forças agem aí? O estudo apresentado nesta tese buscou compreender como se dá esse processo, observando e comparando os modos de fazer adotados por nove jornalistas brasileiros, escolhidos por se submeterem a dois critérios inter-relacionados: 1) serem reconhecidos pelo meio jornalístico e/ou pelo mercado editorial como figuras que se destacam nesse exercício; e 2) terem produzido textos com as características mencionadas para jornais e/ou revistas e que, posteriormente, foram compilados em livro. A metodologia empregada tem vínculo estreito com a perspectiva teórica do newsmaking, valendo-se da técnica apropriada para uma observação que considera diferentes momentos da história (década de 1950 para cá): a entrevista, no seu tipo semiestruturado. O quadro de jornalistas entrevistados é formado por Audálio Dantas, Carlos Wagner, Consuelo Dieguez, Daniela Pinheiro, Eliane Brum, João Moreira Salles, José Hamilton Ribeiro, Ricardo Kotscho e Zuenir Ventura. Como resultado, defendemos que o gênero aqui posto como tema de pesquisa é cultivado por um seleto grupo de profissionais, capazes de direcionar olhares sensíveis sobre a realidade, para dela extrair detalhes e enredos que toquem nos sentimentos dos leitores, divertindo-os, ao propiciar gratificação estética, em contraponto à alienação que se costuma presumir. Trata-se de produção dependente de criatividade e curiosidade, de talento para redigir textos agradáveis e de métodos de apuração e de escrita altamente subjetivos, mas que aparecem como questão bem resolvida no agir profissional desses sujeitos. Essa capacidade também é que os possibilita conquistar espaço, em meio a embates com editores e diretores de redação, para elaborar matérias em que a autoria se sobressai. Por fim, a função de divertir, atribuída ao gênero, é confirmada pelos profissionais, ainda que de modo implícito.

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A presente pesquisa analisou a posição e ação política nas Assembleias de Deus do Brasil nos períodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 há no interior do pentecostalismo brasileiro posições e intervenções no mundo da política. Tanto no período de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas análises serão realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, aiôn e kairos. No que diz respeito ao primeiro período 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatológico do pentecostalismo a processos de alienação e não envolvimento com a política partidária. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatológicas não foram causa de certo afastamento da esfera pública brasileira, mas sim efeito de processos de exclusão aos quais homens e mulheres de pertença pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotência. Já no segundo período, de 1978-1988, a posição e a ação política que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopolítica. Chamamos de capítulo intermedário ou de transição o período correspondente às datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da política brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa análise a partir de artigos publicados no órgão oficial de comunicação da denominação religiosa em questão, o jornal Mensageiro da Paz. Esse periódico circula desde 1930. Além dos artigos, destacamos também as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que é o início de nossa pesquisa, há posição e ação política nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hipótese é de que no período 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotência. Se a biopolítica é o poder sobre a vida, a biopotência é o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contribuíram para que nos espaços marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperação; eram também espaços de criação de outras narrativas e de crítica a modelos hegemônicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.

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La investigación presenta los conceptos y argumentos más importantes para Cornelius Castoriadis que permitan elucidar el papel de la acción política en la búsqueda de la autonomía individual y colectiva. A partir de la delimitación histórica y conceptual de la reflexión filosófica sobre la autonomía, se muestra las principales críticas de Castoriadis dirigida al determinismo histórico, las tendencias totalitarias en la historia de la filosofía y la alienación promovida por la ideología capitalista. Por lo tanto, es esencial para comprender las categorías utilizadas por él durante toda su camino filosófico: sociedad, imaginación radical, imaginario social, lenguaje y social-histórico. Castoriadis opone a cualquier concepción de la historia que apela a un plan predeterminado, ya sea natural, racional o divino. Continúa la idea de que cada sociedad es el resultado de una tensión permanente entre la sociedad establecida y la sociedad instituyente porque cada sociedad es el resultado de la diferencia entre la sociedad en particular y el imaginario social que promueve su modificación. La historia es creada por la actividad teórica y práctica de los hombres, en la dimensión llamada social-histórico que impone un límite que no se puede superar incluso objeto de cuestionamiento y del constante cambio de la acción humana. Para aclarar el concepto de la democracia presentado por Castoriadis se analizan en profundidad como la imaginación radical se inserta en la formación de la persona y la institución de la sociedad, así como elucidar la forma en que se relacionan los conceptos de autonomía, heteronomia, libertad, igualdad y justicia, explicando el contexto que aparecen en la obra de Castoriadis.

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Há, dentre os gêneros jornalísticos, especialmente os praticados na imprensa brasileira, um agrupamento a que José Marques de Melo atribui o nome de “jornalismo diversional”. Diferenciado por sua finalidade afeita à diversão e por abranger matérias reveladoras de histórias interessantes, a estrutura de seus formatos assimila elementos da literatura e da antropologia. Mas que motivações levam repórteres a desenvolver tal gênero e em quais circunstâncias? Quais métodos são adotados para sua feitura? Que forças agem aí? O estudo apresentado nesta tese buscou compreender como se dá esse processo, observando e comparando os modos de fazer adotados por nove jornalistas brasileiros, escolhidos por se submeterem a dois critérios inter-relacionados: 1) serem reconhecidos pelo meio jornalístico e/ou pelo mercado editorial como figuras que se destacam nesse exercício; e 2) terem produzido textos – com as características mencionadas – para jornais e/ou revistas e que, posteriormente, foram compilados em livro. A metodologia empregada tem vínculo estreito com a perspectiva teórica do newsmaking, valendo-se da técnica apropriada para uma observação que considera diferentes momentos da história (década de 1950 para cá): a entrevista, no seu tipo semiestruturado. O quadro de jornalistas entrevistados é formado por Audálio Dantas, Carlos Wagner, Consuelo Dieguez, Daniela Pinheiro, Eliane Brum, João Moreira Salles, José Hamilton Ribeiro, Ricardo Kotscho e Zuenir Ventura. Como resultado, defendemos que o gênero aqui posto como tema de pesquisa é cultivado por um seleto grupo de profissionais, capazes de direcionar olhares sensíveis sobre a realidade, para dela extrair detalhes e enredos que toquem nos sentimentos dos leitores, divertindo-os, ao propiciar gratificação estética, em contraponto à alienação que se costuma presumir. Trata-se de produção dependente de criatividade e curiosidade, de talento para redigir textos agradáveis e de métodos de apuração e de escrita altamente subjetivos, mas que aparecem como questão bem resolvida no agir profissional desses sujeitos. Essa capacidade também é que os possibilita conquistar espaço, em meio a embates com editores e diretores de redação, para elaborar matérias em que a autoria se sobressai. Por fim, a função de divertir, atribuída ao gênero, é confirmada pelos profissionais, ainda que de modo implícito

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Esta dissertação de mestrado apresenta os resultados da pesquisa sobre Roger Williams – pastor puritano, de origem inglesa, que migrou para a América a fim de participar da constituição da colônia de Massachusetts, no ano de 1631. Pergunta-se, nesta pesquisa, sobre os motivos que levaram Roger Williams a questionar o pensamento dominante, relativo à natureza do ameríndio e à legitimidade da ocupação de suas terras. Parte-se da tese de que a partir das experiências de Roger Williams, primeiro, com o sofrimento dos pobres e com perseguição religiosa na Inglaterra, segundo, suas próprias experiências na América, ele pôde contemplar os ameríndios como vítimas do sistema colonial inglês-puritano. Seu posicionamento seria, portanto, uma abertura à alteridade desses povos. Com isso, o objetivo determinado foi o de analisar a crítica de Roger Williams ao colonialismo inglês e sua defesa aos ameríndios, buscando compreendê-lo frente à alteridade dos ameríndios. Trata-se de uma bibliográfica das obras do autor e também de outros autores que tratam do tema. Como referência teórica, remetemo-nos ao pensamento de Enrique Dussel, principalmente, por meio de algumas categorias da Filosofia da Libertação, como Totalidade, Exterioridade, Alteridade, Alienação, Dominação e Libertação, que possibilitaram pensar o sistema colonial em sua incapacidade de contemplar a exterioridade ameríndia. Também, de Dussel, aplicou-se a reflexão sobre a crítica ética desde a negatividade das vítimas, para poder-se analisar o comportamento do personagem diante da violência colonial. E para a discussão sobre a sujeiticidade de Roger Williams, buscou-se o aporte de Franz J. Hinkelammert quanto à teoria do sujeito. Como resultado, os três capítulos da dissertação apresentam, respectivamente, uma síntese biográfica e contextual do personagem, seguida por uma exposição do debate sobre a humanidade e a civilidade dos ameríndios e sobre a questão da terra e, no terceiro capítulo, uma discussão sobre Roger Williams e a alteridade. Detectou-se, na trajetória do personagem, uma sensibilidade ética que o conduziu à defesa de grupos marginalizados socialmente, primeiro na Inglaterra e depois nas colônias. E diante disso, concluiu-se que a defesa dos ameríndios seguiu esse mesmo critério, possibilitando a Williams distanciar-se das pressuposições europeias quanto à sua superioridade para buscar novos paradigmas que orientassem as relações entre colonos e nativos. Espera-se que este trabalho possa contribuir para as reflexões críticas sobre a gênese do colonialismo e sobre os primeiros sinais de um pensamento crítico no interior do sistema colonial.

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Introdução: Uma relação de vinculação segura implica a presença de um modelo representacional das figuras de vinculação como “disponíveis” e capazes de proporcionar protecção e que a qualidade dos cuidados parentais precoce é fundamental a determinar a saúde mental dos indivíduos. Se esta relação assume um enorme relevância para a saúde mental de qualquer ser humano, a institucionalização de crianças/jovens, envolvendo ameaças em termos da disponibilidade das figuras de vinculação constitui uma condição propícia para atrasos de desenvolvimento e aumento da probabilidade do desenvolvimento de sintomatologia psicopatológica. Os objectivos deste estudo passam, então, por analisar as diferenças na vinculação, mas também na auto-estima, de jovens institucionalizados vs nãoinstitucionalizados. Metodologia: A nossa amostra é constituída por 223 jovens nãoinstitucionalizados de duas escolas do Concelho de Coimbra (média de idades M=15.3; desvio-padrão, DP=1.97) e 47 jovens institucionalizados (M=15.5 DP=1.93). Tanto os jovens institucionalizados como não-institucionalizados preencheram um questionário com questões sóciodemográficas, relacionais, escolares, de saúde e bem-estar (com pequenas particularidades em algumas variáveis conforme a sub-amostra), o Inventory of Parent Attachment (IPPA) e a Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). A sub-amostra de jovens institucionalizados respondeu ainda a questões sobre a sua adaptação/vivência ao/no Lar. Resultados: Os rapazes da amostra não institucionalizada apresentam uma pontuação média mais elevada de auto-estima vs. raparigas. Nos jovens institucionalizados não foram encontradas diferenças de género a este nível. Não existem diferenças de género, em ambas as sub-amostras, na pontuação total do IPPA e suas dimensões. Os rapazes nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados não divergem na pontuação média total de autoestima. O mesmo sucede com as raparigas. Ambas as sub-amostras não divergem na pontuação média total do IPPA e suas dimensões. Na amostra não-institucionalizada quer nos rapazes, quer nas raparigas não existem diferenças na pontuação total média na RSES, entre os jovens mais novos vs. mais velhos. Na amostra institucionalizada também não se verificam diferenças na pontuação total na RSES por idades. Nos jovens não institucionalizados foram encontradas diferenças na pontuação total média no IPPA (e suas dimensões, à excepção da Alienação), por idade, com os mais novos a apresentarem sempre valores médios mais elevados. Na amostra institucionalizada estas diferenças não se verificaram. Nos rapazes e raparigas da amostra não-institucionalizada verificaram-se associações significativas entre a pontuação na RSES e no IPPA e em todas as suas dimensões. O mesmo se verificou na subamostra institucionalizada. Não existe uma associação significativa entre a pertença a dada sub-amostra e a pertença ao grupo “pouco seguro” vs. “muito seguro”. Apesar de outras associações terem sido encontradas, importa reforçar as associações significativas entre a pontuação na auto-estima e na vinculação total e suas dimensões (quer nos rapazes e raparigas não-institucionalizados, como na amostra institucionalizada) e variáveis como a sintomatologia depressiva, a sintomatologia ansiosa e algumas variáveis relacionais. Discussão/Conclusão: De um modo geral parecem não existir diferenças entre jovens nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados em termos de vinculação e de auto-estima. Porém, a uma vinculação insegura e uma menor auto-estima associam-se piores outcomes (e.g. sintomatologia depressiva) em ambas as amostras. Os profissionais trabalhando com adolescentes não-institucionalizados ou institucionalizados devem preocupar-se em avaliar a sua auto-estima e vinculação, procurando, eventualmente, nelas intervir terapeuticamente. / Introduction: It is well kown that a secure attachment relation implies the presence of representational model of the attachment figures as being available and able to provide protection and that the quality of earlier parental care is crucial in determining subjects mental health and there developmental trajectories. If this relation assumes such a big relevance to the mental health of any human being, the institutionalization of children/adolescents, even when truly needed, involving threats in terms of the availability of attachment figures constitutes a condition that might lead to developmental delays and might increase the probability of psychopathological sintomatology developing. The aims of this study are, then, to analyze if there are attachment differences and, also, in self-esteem, between a sub-sample of non-institutionalized and institutionalized adolescents. Methodology: Our sample comprises 223 adolescents non-institutionalized from two schools of Coimbra Council (mean age, M=15.3; standard deviation, SD=1.97) and 47 institutionalized adolescents (M=15.5 SD=1.93). Both sub-samples filled in a questionnaire with sociodemographic, relational, about school, health and well-being questions (with small particularities in some variables, regarding each sub-sample), the Inventory of Parent Attachment (IPPA) and the Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). Institutionalized adolescents also answered questions about the adaptation/life to/in the institution. Results: Boys from the non-institutionalized sub-sample present an higher self-esteem mean score vs. girls. We did not find significant gender differences in self-esteem mean score in the subsample of institutionalized adolescents. There are no gender differences, in both sub-samples, in IPPA (and all its dimensions) total score. Non-institutionalized boys vs. institutionalized boys do not differ in their self-esteem mean score. The same is valid for girls. Both subsamples do not differ in their IPPA (and all its dimensions) mean score. In the noninstitutionalized sample, either in boys, either in girls there are no differences regarding total RSES mean score, between younger (12-15 years old) and older (16-20 years old) adolescents. In the institutionalized sample there were also no differences regarding this score, by age groups. In the non-institutionalized sub-sample we found differences in IPPA total mean score (an in all its dimensions, with the exception of Alienation), by age, with younger adolescents presenting always higher mean scores. In the institutionalized sample there were no differences. Both in boys and girls from the non-institutionalized sample there were significant associations between RSES score and IPPA (and all its dimensions) score. The same result was found in the total institutionalized sample. Although other significant associations were found, we must reinforce the presence of significant associations between self-esteem score and IPPA total score (and of its dimensions) (either in boys and girls noninstitutionalized, either in the institutionalized sub-sample) and variables such as lifetime and depressive symptomatology in the last two weeks, anxious symptomatology in the last two weeks and some relational variables. Discussion/Conclusion: In general, we did not found significant differences between non-institutionalized vs. institutionalized adolescents in terms of attachment and self-esteem. However, a secure attachment and a lower self-esteem are associated with worst outcomes (e.g. depressive symptomatology) in both samples. Professionals working with adolescents, either or not institutionalized must assess their selfesteem and attachment and might, eventually, intervene on these aspects therapeutically.

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A tese trata de dois construtos sócio-históricos Administração e Administrador em face do capitalismo em sua fase flexível. Considerando as mudanças do capitalismo, o texto estabelece como objeto de estudo as concepções de Administração e Administrador, para o campo administrativo, na contemporaneidade. A tese é suportada por uma pesquisa de campo cujo objetivo foi compreender criticamente as concepções do campo administrativo sobre a Administração e o Administrador, em tempos de capitalismo flexível. Epistemologicamente, a pesquisa foi conduzida a partir da perspectiva crítica frankfurtiana, fundamentada em três pares categóricos dialéticos: (i) história versus naturalização; (ii) práxis social versus sistema; e (iii) alienação versus emancipação; privilegiando o pensamento crítico vinculado à primeira geração da Escola de Frankfurt. A literatura prevalente da área de Administração foi revisada mediada pelas duas questões ontológicas que suportam a tese: O que é Administração? e O que é Administrador? para autores como Taylor, Fayol, Drucker, Ohno, Deming, Champy e Mintzberg. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa integralmente qualitativa, com uso de três tipos de entrevistas: (i) entrevista narrativa com história de vida; (ii) entrevista com uso de elementos-estímulo; e (iii) entrevista narrativa ficcional. Para compreensão das narrativas, foi utilizada a técnica de análise hermenêutico-dialética. Os resultados indicam o predomínio da concepção pragmática-instrumental, no tocante à Administração, pela qual ela continua a ser pensada e discursada como uma ação tecnológica e teleológica, que utiliza saberes múltiplos e aprendizagens cambiantes como meios para alcance das finalidades do contexto organizacional mutante. Com relação ao Administrador, há a emergência da concepção estética para apresentá-lo, quando vinculado às organizações. Por esta concepção, há a migração do histórico estereótipo do Administrador controlador e vigilante para a representação do Administrador como um profissional performático. O segundo resultado, que se apresenta como o mais relevante em relação ao Administrador, é o da fuga da profissão. A partir dos pares categóricos dialéticos, esta tese propõe algumas sínteses provisórias críticas: (i) história-naturalização: os sujeitos tomam como naturais a organização empresarial e suas demandas, naturalizando as recentes mudanças que, entre outras coisas, reduzem os postos gerenciais; (ii) práxis social-sistema: pela concepção pragmática-instrumental, as experiências dos Administradores são concebidas a partir do confinamento funcionalista em uma organização-sistema; (iii) emancipação-alienação: tanto a forma naturalizada com que especificam as organizações e sua Administração quanto a práxis interrompida velada em uma experiência reificada mostram-se como fenômenos intrinsecamente e subjetivamente alienantes e contraemancipatórios. Por outro lado, através do movimento de fuga da profissão, os entrevistados parecem (re)significar o silêncio fundador da alienação associada à condição de Administrador: a de pensar como capital, e não se pensar como trabalho. Finalmente, o texto propõe que as possibilidades de emancipação deste profissional residem na tomada de consciência de sua condição como integrante da classe trabalhadora, mesmo em tempos de riscos e incertezas. Assumindo-se como trabalhador, o Administrador poderá lutar pelo seu trabalho, repensando-o em novos termos, em que as dimensões pragmáticas-instrumentais que envolvem sua profissão possam ser dosadas e sempre mediadas por conteúdos substantivos e emancipatórios

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The globalization of markets has confirmed for the processes of change in organizations both in structure and in management. This dynamic was also observed in credit unions because they are financial institutions and are under the rules of the Brazil´s Financial System. Given the context of organizational changes in the financial capital has played the traditional management reform is urgent. In organizations credit unions, given its dual purpose, because in the same organizational environment and capitalism coexist cooperative whose logics are antagonistic, but can live through the balance between instrumental rationality and substantive rationality in credit unions. Based on this concept a new form of management should be thought to be able to accommodate the demand of cooperative, community, government and the market. Hybridization has been observed in management practices` COOPERUFPA into dimensions financial, social and solidarity participation with a trend in paradigmatic form of hybrid management, in that it directly or indirectly affect the management decisions in the credit union. The hybrid management is a trend that has been setting the basis for societal transformation, so that credit unions promote actions of welfare oriented cooperative members and the community around the same time that attend the dynamics of market globalization. These actions, in the context of hybrid management should be implemented by COOPERUFPA from the sociability of the remains and the wide diffusion of solidarity culture between cooperative partnership as a way to recover their participation in trade relations, financial and the social collective developement. For the members of COOPERUFPA financial interest is evidenced in greater relevance for the social interest given its dominant relationship as "mere customer" of the credit union, however, the proactive participation of the life of the cooperative credit union is one of its expectative among of participation of to share power in decisions by general meetings. This passivity`s cooperator of the COOPERUFPA in defending the ideals overshadowed the spread of cooperative principles and values of cooperation among them. Thus his conception for COOPERUFPA in the financial dimension, social and solidarity democracy, performed transversely. The COOPERUFPA for not developing an education policy for the cooperation among its members, contributed to a process of collective alienation of cooperative ideals, since the cooperative do not understand the reality that surrounds them as members of an organization whose mission is to social and financial sustainability of its members

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Contextualização: Recentemente tem-se verificado um aumento do número de estudos que relacionam conceitos da personalidade, tais como os Esquemas Mal-adaptativos Precoces (EMP), com a psicopatologia e com outras condições, tais como a obesidade, a dor crónica e o comportamento sexual agressivo. No entanto, a investigação acerca da relação entre os problemas de sono e os EMP encontra-se ainda numa fase inicial. Objetivos: Os objetivos do presente estudo foram investigar uma potencial relação entre os EMP e a má qualidade de sono em estudantes do ensino superior e observar que EMP apresentavam associações de maior magnitude com a qualidade de sono nesta população específica. Métodos: Estudantes de diversas universidades e institutos de ensino superior de Portugal foram convidados a responder a uma versão online dos questionários Escala Básica de Sintomas de Insónia e Qualidade de Sono (BaSIQS) e Questionário de Esquemas de Young (YSQ-S3). A partir da amostra total obtida de estudantes do ensino superior de nacionalidade portuguesa (N = 1253) foi selecionada uma primeira subamostra (n1 = 409), usando como critérios de inclusão a idade (entre os 18 e os 25 anos) e as pontuações extremas de qualidade de sono da BaSIQS (má versus boa qualidade de sono). A partir da n1 extraiu-se uma segunda subamostra de participantes (n2 = 249), com características de um estudante “típico” do ensino superior (estatuto de aluno ordinário, solteiro, sem filhos, sem problemas de saúde, não medicado). Para estudar a relação entre os EMP, medidos pelo YSQ-S3, e a qualidade de sono foi aplicada uma MANOVA (Análise de Variância Multivariada) para cada um dos cinco domínios esquemáticos (“Distanciamento e Rejeição”, “Autonomia e Desempenho Deteriorados”, “Limites Deteriorados”, “Influência dos Outros” e “Vigilância Excessiva e Inibição”), para ambas as subamostras (n1 e n2). Resultados: No que diz respeito à n2, os estudantes com má qualidade de sono apresentaram níveis significativamente mais elevados dos EMP “Abandono/ Instabilidade”, “Desconfiança/ Abuso”, “Isolamento Social/ Alienação” (Domínio “Distanciamento e Rejeição”), “Vulnerabilidade ao Mal e à Doença” (Domínio “Autonomia e Desempenho Deteriorados”), “Grandiosidade/ Limites Indefinidos” (Domínio “Limites Deteriorados”), “Autossacrifício” (Domínio “Influência dos Outros”) e “Negativismo/ Pessimismo” (Domínio “Vigilância Excessiva e Inibição”). Conclusões: Estes dados mostram que os EMP estão associados à má qualidade de sono. No entanto, são necessários estudos adicionais para melhor compreender esta relação e a sua implicação na prática clínica.

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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2015.

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A tese trata de dois construtos sócio-históricos Administração e Administrador em face do capitalismo em sua fase flexível. Considerando as mudanças do capitalismo, o texto estabelece como objeto de estudo as concepções de Administração e Administrador, para o campo administrativo, na contemporaneidade. A tese é suportada por uma pesquisa de campo cujo objetivo foi compreender criticamente as concepções do campo administrativo sobre a Administração e o Administrador, em tempos de capitalismo flexível. Epistemologicamente, a pesquisa foi conduzida a partir da perspectiva crítica frankfurtiana, fundamentada em três pares categóricos dialéticos: (i) história versus naturalização; (ii) práxis social versus sistema; e (iii) alienação versus emancipação; privilegiando o pensamento crítico vinculado à primeira geração da Escola de Frankfurt. A literatura prevalente da área de Administração foi revisada mediada pelas duas questões ontológicas que suportam a tese: O que é Administração? e O que é Administrador? para autores como Taylor, Fayol, Drucker, Ohno, Deming, Champy e Mintzberg. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa integralmente qualitativa, com uso de três tipos de entrevistas: (i) entrevista narrativa com história de vida; (ii) entrevista com uso de elementos-estímulo; e (iii) entrevista narrativa ficcional. Para compreensão das narrativas, foi utilizada a técnica de análise hermenêutico-dialética. Os resultados indicam o predomínio da concepção pragmática-instrumental, no tocante à Administração, pela qual ela continua a ser pensada e discursada como uma ação tecnológica e teleológica, que utiliza saberes múltiplos e aprendizagens cambiantes como meios para alcance das finalidades do contexto organizacional mutante. Com relação ao Administrador, há a emergência da concepção estética para apresentá-lo, quando vinculado às organizações. Por esta concepção, há a migração do histórico estereótipo do Administrador controlador e vigilante para a representação do Administrador como um profissional performático. O segundo resultado, que se apresenta como o mais relevante em relação ao Administrador, é o da fuga da profissão. A partir dos pares categóricos dialéticos, esta tese propõe algumas sínteses provisórias críticas: (i) história-naturalização: os sujeitos tomam como naturais a organização empresarial e suas demandas, naturalizando as recentes mudanças que, entre outras coisas, reduzem os postos gerenciais; (ii) práxis social-sistema: pela concepção pragmática-instrumental, as experiências dos Administradores são concebidas a partir do confinamento funcionalista em uma organização-sistema; (iii) emancipação-alienação: tanto a forma naturalizada com que especificam as organizações e sua Administração quanto a práxis interrompida velada em uma experiência reificada mostram-se como fenômenos intrinsecamente e subjetivamente alienantes e contraemancipatórios. Por outro lado, através do movimento de fuga da profissão, os entrevistados parecem (re)significar o silêncio fundador da alienação associada à condição de Administrador: a de pensar como capital, e não se pensar como trabalho. Finalmente, o texto propõe que as possibilidades de emancipação deste profissional residem na tomada de consciência de sua condição como integrante da classe trabalhadora, mesmo em tempos de riscos e incertezas. Assumindo-se como trabalhador, o Administrador poderá lutar pelo seu trabalho, repensando-o em novos termos, em que as dimensões pragmáticas-instrumentais que envolvem sua profissão possam ser dosadas e sempre mediadas por conteúdos substantivos e emancipatórios

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Tese de Mestrado em Tradução e Interpretação Especializadas Área Científica de Línguas e Culturas

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The globalization of markets has confirmed for the processes of change in organizations both in structure and in management. This dynamic was also observed in credit unions because they are financial institutions and are under the rules of the Brazil´s Financial System. Given the context of organizational changes in the financial capital has played the traditional management reform is urgent. In organizations credit unions, given its dual purpose, because in the same organizational environment and capitalism coexist cooperative whose logics are antagonistic, but can live through the balance between instrumental rationality and substantive rationality in credit unions. Based on this concept a new form of management should be thought to be able to accommodate the demand of cooperative, community, government and the market. Hybridization has been observed in management practices` COOPERUFPA into dimensions financial, social and solidarity participation with a trend in paradigmatic form of hybrid management, in that it directly or indirectly affect the management decisions in the credit union. The hybrid management is a trend that has been setting the basis for societal transformation, so that credit unions promote actions of welfare oriented cooperative members and the community around the same time that attend the dynamics of market globalization. These actions, in the context of hybrid management should be implemented by COOPERUFPA from the sociability of the remains and the wide diffusion of solidarity culture between cooperative partnership as a way to recover their participation in trade relations, financial and the social collective developement. For the members of COOPERUFPA financial interest is evidenced in greater relevance for the social interest given its dominant relationship as "mere customer" of the credit union, however, the proactive participation of the life of the cooperative credit union is one of its expectative among of participation of to share power in decisions by general meetings. This passivity`s cooperator of the COOPERUFPA in defending the ideals overshadowed the spread of cooperative principles and values of cooperation among them. Thus his conception for COOPERUFPA in the financial dimension, social and solidarity democracy, performed transversely. The COOPERUFPA for not developing an education policy for the cooperation among its members, contributed to a process of collective alienation of cooperative ideals, since the cooperative do not understand the reality that surrounds them as members of an organization whose mission is to social and financial sustainability of its members

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Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, Programa de Pós Graduação em Geografia, 2015.

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Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, 2016.