992 resultados para AEDES-AEGYPTI DIPTERA
Resumo:
Avaliou-se o efeito residual do temefos (apresentações comerciais A, B, C) e Bacillus thuringiensis israelensis (D e E) sobre larvas de Aedes aegypti, em recipientes com renovação de água. Utilizaram-se 44 béqueres de 1.000ml (8 para cada apresentação e 4 controles). Em cada béquer introduziram-se diariamente 25 larvas. Após 24 horas, contavam-se as larvas mortas, esvaziavam-se os béqueres até 200ml, repunha-se o volume original e acrescentavam-se novas larvas. A duração do efeito residual máximo (100% de mortalidade) foi: A-19; B-39; C-40; D-8; E-19 dias. A razão de mortalidade permaneceu equivalente entre todos os larvicidas durante 25 dias; B e C mostraram RM 2,40 vezes maior do que E entre 46-95 dias; B, comparado com A, mostrou RM 1,90-7,51 vezes maior entre 26-95 dias. Conclui-se pela maior eficácia de duas apresentações do temefos, mesmo em uma situação epidemiológica de longa exposição ao produto e com renovação de água dos recipientes.
Resumo:
A persistência e a eficácia do regulador de crescimento pyriproxyfen foram testadas em concentrações de 0,01 e 0,05ppm, contra larvas de Aedes aegypti, utilizando os recipientes caixas d'água (45 litros), frascos de vidro (5 litros) e baldes de plástico (20 litros). As avaliações foram nos dias 1, 7, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 após o tratamento usando larvas de 3º e 4º estádio de Aedes aegypti. Foi calculado o percentual de mortalidade de larvas, pupas e adultos, percentual de inibição de emergência de adulto e duração dos bioensaios. Observou-se que a persistência foi de 45 dias e 90 dias para concentração final de 0,01 e 0,05ppm de pyriproxyfen, respectivamente. Observamos que a mortalidade de pupas foi significativamente maior que a de larvas e de adultos para todos os recipientes e concentrações.
Resumo:
Avaliou-se a suscetibilidade de Aedes aegypti ao temefós através de amostras de ovos e larvas procedentes de quatro municípios de grande porte do estado do Ceará (Fortaleza, Barbalha, Juazeiro do Norte e Crato). Empregou-se a técnica padronizada pela Organização Mundial de Saúde para ensaios com larvicidas. Determinou-se a CL50 de oito amostras provenientes de populações de Aedes e suas respectivas razões de resistência, comparada à CL50 da cepa suscetível Rockefeller. Todas as populações submetidas ao experimento apresentaram resistência ao temefós, com razões de resistência variando entre 8 e 16. A análise destes resultados reforça evidências anteriores sobre a disseminação de resistência ao temefós em diferentes localidades do estado submetidas a grande pressão de controle nas últimas décadas. O larvicida poderá perder a sua eficácia caso não se busque, com urgência, o restabelecimento da suscetibilidade do Aedes aegypti nestas áreas, afetando sobremaneira as campanhas de controle atualmente em curso.
Resumo:
Fractionation of Piper nigrum ethanol extract, biomonitored by assays on pyrethroid-resistant Aedes aegypti larvae yielded isolation of the larvicidal amides piperolein-A and piperine. Comparing LC50 values, the ethanol extract (0. 98 ppm) was the most toxic, followed by piperolein-A (1. 46ppm) and piperine (1. 53ppm).
Resumo:
Aspectos da dinâmica populacional de Aedes aegypti foram investigados a partir de coletas no decorrer de dois anos na área urbana de Uberlândia, MG. A dinâmica populacional do mosquito foi influenciada por fatores físicos como temperatura e pluviosidade. Altas densidades larvais também influenciaram no desenvolvimento do mosquito.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da competição larval intra e interespecífica entre Aedes aegypti e Aedes albopictus, sobre sobrevivência de larvas, tempo de desenvolvimento e comprimento de asa. O experimento foi realizado em três densidades com 5 proporções das espécies. A sobrevivência de Aedes aegypti apresentou-se superior a de Aedes albopictus em densidade intermediária e inferior em densidade alta. Somente Aedes albopictus teve seu tempo de desenvolvimento afetado. Diferenças encontradas nas comparações das combinações das espécies demonstraram que o comprimento médio de asas de Aedes aegypti, no geral, foi maior que Aedes albopictus. Nas duas espécies, a competição afetou mais o comprimento de asa e a sobrevivência que o tempo de desenvolvimento. Aedes aegypti parece apresentar maior capacidade competitiva em relação a Aedes albopictus em densidade intermediária.
Resumo:
Para avaliar a influência da água de criação larval na oviposição de Aedes aegypti, quatro tipos de águas foram oferecidos a fêmeas grávidas. Foram observados mais ovos na água de criação larval mista (2.837) do que na água de Aedes albopictus (690) e controle (938) porém, semelhante à Aedes aegypti (2.361).
Resumo:
Após detectar larvas de Aedes aegypti em área rural de Manaus, realizou-se durante dois anos consecutivos um trabalho de notificação da ocorrência dessa espécie naquela área, através da vigilância entomológica, ferramenta que representa um importante papel entre as medidas preventivas contra doenças de transmissão por insetos em particular as arboviroses.
Resumo:
INTRODUÇÃO: desde seu registro, em 2005, no município de Fortaleza, o Aedes albopictus tem exibido uma rápida dispersão. Um estudo visando à identificação das áreas de sua ocorrência, os seus criadouros e a associação com Aedes aegypti e outros culicídeos foi realizado durante o ano de 2008. MÉTODOS: foram coletadas, de janeiro a julho de 2008, amostras de formas imaturas de culicídeos provenientes de imóveis situados nos bairros de Fortaleza, ressaltando-se algumas características dos criadouros, tais como localização (intradomicílio ou peridomicílio), presença de cobertura (proteção contra a incidência de raios solares e chuva), turbidez da água (água límpida e não límpida), material constituinte, volume, altura em relação ao nível do solo e presença simultânea de diferentes espécies de culicídeos no mesmo criadouro. RESULTADOS: a localização no intradomicílio foi um fator importante para os criadouros do Aedes albopictus [RP=0,52 IC95% (0,33-0,81)], por outro lado, a turbidez da água e a cobertura do depósito não se mostraram como diferenciadores para a infestação [p>0,05]. Para o Aedes aegypti a ausência de turbidez da água foi significativa para a infestação nos criadouros [RP=1,14 IC95% (1,06-1,22)]. CONCLUSÕES: a ausência de uma das espécies nos criadouros favorecia sua infestação por outra; criadouros não infestados por Aedes albopictus tinham uma prevalência de infestação de 2,05 [IC95%1,72-2,44] vezes maior pelo Aedes aegypti. Não houve associação significativa entre volume e altura do criadouro e infestação por ambas as espécies. As duas espécies encontram-se dispersas por todo o município, ocupando os mais diversos tipos de criadouros. No entanto, pode-se identificar uma ligeira separação física, com uma infestação maior do Aedes albopictus no peridomicílio.
Resumo:
INTRODUÇÃO: A densidade larvária de Aedes aegypti flutua de acordo com as variações climáticas sazonais, elevando-se nas estações de maior pluviosidade, em função do número de potenciais criadouros disponíveis, o que predispõe ao aumento da incidência de dengue. Este estudo teve o objetivo de mostrar a associação entre os casos de dengue, a pluviosidade e o índice de infestação predial. MÉTODOS: Os municípios foram estratificados de acordo com transmissão e risco de dengue, e infestados ou não pelo mosquito. Utilizou-se o índice de infestação predial larvário (IIP) como indicador de risco de transmissão. RESULTADOS: Houve correlação positiva entre o IIP, o número de casos de dengue e a pluviosidade. A transmissão da doença foi maior nos quatro primeiros meses de cada ano estudado, período de elevada pluviosidade, diminuindo, nos meses de junho a setembro, época de poucas chuvas. Os casos de dengue mostraram-se contínuos e crescentes nos meses de janeiro a março de cada ano, declinando nos meses de abril e maio, quando ocorreu a interrupção na maioria dos municípios. A região metropolitana de Goiânia foi responsável por mais de 80% dos casos de dengue em Goiás e a transmissão foi contínua em todos os meses, embora baixa no período de maio a dezembro, mas com aumento nos três últimos meses, os quais, normalmente, apresentam índices baixos de transmissão. CONCLUSÕES: A correlação positiva entre o IIP e a pluviosidade, e o IIP e a incidência de casos, apontaram para uma associação significativa crescente na transmissão e no número de casos de dengue.
Resumo:
INTRODUCTION: To detect dengue virus, eggs of Aedes sp were collected in the city of Belo Horizonte, Brazil, in 2007. METHODS: Egg samples were subsequently hatched and the larvae were tested for the presence of dengue virus RNA by RT-PCR. RESULTS: Among the Aedes aegypti larvae samples, 163 (37.4%) out of 435 were positive, including 32 (10.9%) of 293 individual larvae samples concomitantly positive for two serotypes. CONCLUSIONS: Virological surveillance detecting coinfected vectors in the field could represent an important strategy for understanding the numerous factors involved in the transmission and clinical presentation of dengue.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Dengue é um importante problema de saúde pública, em vários países, e tem como principal vetor o Aedes aegypti, mosquito mais adaptado às áreas urbanizadas. Apresenta-se, pela primeira vez, as alterações ultraestruturais em larvas de 3º estádio, desse mosquito, causadas pelos larvicidas naturais, um diterpeno labdano, extraído de Copaifera reticulata, e uma fração rica em taninos catéquicos, extraída de Magonia pubescens, evidenciando o mecanismo de ação dessas substâncias. MÉTODOS: Os experimentos foram realizados com larvas de 3º estádio em solução de 0,9ppm, do diterpeno (3-β-acetoxylabdan-8(17)-13-dien-15-óico) e de 3,7ppm, da fração majoritária de tanino catéquico de massa molecular 864Da. Obtiveram-se as substâncias através de fracionamentos cromatográficos sucessivos, identificadas por ressonância magnética nuclear de hidrogênio e espectrometria de massas. As larvas que atingiram estado letárgico foram coletadas e dissecadas e seus tubos digestórios fixados, desidratados, emblocados e polimerizados. Cortes ultrafinos foram feitos e contrastados com acetato de uranila 3% e citrato de chumbo, posteriormente, levados ao microscópio eletrônico. RESULTADOS: As principais alterações ultraestruturais provocadas pelos diterpeno e tanino sobre larvas de Aedes aegypti foram vacuolização citoplasmática, desorganização e degeneração celular, mudança estrutural dos microvilos e deslocamento das células da lâmina basal. CONCLUSÕES: O diterpeno e a fração rica em taninos catéquicos provocaram a morte das larvas de Aedes aegypti através da destruição celular no intestino médio.
Resumo:
INTRODUCTION: This study aimed to evaluate the presence of Aedes aegypti in breeding sites located in vacant lots (VLs) and determine the effectiveness of VL cleaning to reduce insect foci. METHODS: Two types of VLs were sampled, the experimental VL, which was cleaned monthly, and the control VL, which was not cleaned. RESULTS: Monthly cleaning of VLs reduced the abundance of immature forms of A. aegypti. CONCLUSIONS: Strategies for combating this vector should include regular cleaning of VLs and educating the public regarding the risks of discarding waste in inappropriate areas.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Em região de alta incidência de dengue, no litoral do Estado de São Paulo, selecionaram-se 9 áreas, com objetivo de avaliar o comportamento de formas imaturas de Aedes aegypti. MÉTODOS: As 9 áreas foram agrupadas em 4 estratos, diferenciados pelo uso e ocupação do solo. Foram coletadas larvas e pupas numa amostra de cerca de 500 imóveis em cada área. RESULTADOS: Apesar do pneu e lona apresentarem as maiores taxas de positividade para Aedes aegypti, o ralo, juntamente com outros recipientes fixos nas edificações foram altamente predominantes entre os recipientes positivos (32 a 76% dos recipientes positivos). As áreas coletivas de prédios e os imóveis não residenciais de grande porte apresentaram as maiores taxas de positividade para Aedes aegypti enquanto os apartamentos, as menores. Os níveis de infestação foram maiores na área residencial com predominância de prédios de apartamentos, onde 76% dos criadouros detectados foram recipientes fixos nas edificações. CONCLUSÕES: Esses conhecimentos são importantes subsídios para a estratégia de controle, pois reforçam a necessidade de atenção especial para determinados tipos de imóveis, bem como da adequação da norma técnica de ralo de água pluvial e da melhoria de manutenção das edificações. Além disso, são necessárias observações sistemáticas que permitam acompanhar a dinâmica de ocupação de diferentes imóveis e recipientes por Aedes aegypti e a incorporação desses conhecimentos nas ações de controle do vetor na região.