The behavior of dissolved uranium in groundwaters of the Morro do Ferro thorium deposit, Brazil

Groundwater samples were collected for several months in boreholes drilled at Morro do Ferro, a thorium and rare earth deposit located on the Poços de Caldas Plateau, Minas Gerais State, Brazil. An aquifer system has developed in the weathered mantle due to in situ intense alteration. The weathered zone includes a thick argillaceous laterite greater than 100 m thick. The U content and 324U/238U activity ratio were measured in the groundwater samples and in spoil samples of a borehole drilled in the ore body. Some possible mechanisms related to the mobilization of uranium are considered such as complexation with humic substances and adsorption by clays. © 1989.

The fortaleza de minas nickel, copper and platinoids deposit: ore types, tectonics and volcanological aspects

Pós-graduação em Geologia Regional - IGCE

U-Pb SHRIMP and 40Ar/39Ar constraints on the timing of mineralization in the Paleoproterozoic Caxias orogenic gold deposit, São Luís cratonic fragment, Brazil

Caxias é um depósito de ouro orogênico do fragmento cratônico São Luís, que é correlacionável aos terrenos Riacianos do Cráton Oeste-Africano. O depósito se formou após o metamorfismo regional (estimado em 2100 ± 15 Ma) e está hospedado em zona de cisalhamento que secciona xistos do Grupo Aurizona (2240 ± 5 Ma) e o Microtonalito Caxias. O microtonalito foi aqui datado em 2009 ± 11 Ma, e representa um estágio magmático tardio na evolução do fragmento cratônico São Luís. Cristais de zircão com idades de 2139 ± 10 Ma foram herdados da fonte magmática ou são produto de contaminação durante a intrusão. A composição dos isótopos de chumbo sugere que granitoides de arco de ilhas de ca. 2160 Ma são a fonte provável para o Pb incorporado na pirita relacionada com o minério. Sericita hidrotermal mostra idade ⁴⁰Ar/³⁹Ar de 1990 ± 30 Ma, que, combinada com a idade de posicionamento do microtonalito hospedeiro, limita o evento mineralizador ao intervalo 2020-1960 Ma.

The mineralizing fluid in the Piaba gold deposit, São Luís cratonic fragment (NW-Maranhão, Brazil) based on fluid inclusion studies in quartz veins

O depósito aurífero de Piaba tornou-se a primeira mina em operação no fragmento cratônico São Luís, noroeste do Maranhão. Seu ambiente geológico compreende rochas metavulcanossedimentares do Grupo Aurizona e granitoides da Suíte Tromaí, entre outras unidades menores, formadas em ambiente de arcos de ilhas entre 2240 e 2150 Ma, juntamente com outras unidades menores. A mineralização é caracterizada por uma trama stockwork de veios e vênulas de quartzo com seus halos de alteração (clorita + muscovita + carbonato + pirita + calcopirita e ouro) hospedada em um granodiorito granofírico fino (Granófiro Piaba) e em rocha subvulcânica andesítica do Grupo Aurizona. O corpo mineralizado é espacialmente limitado à zona de cisalhamento ENE-WSW rúptil-dúctil (Falha Piaba). Estudos petrográficos, microtermométricos e por espectroscopia microRaman no quartzo definiram inclusões aquo-carbônicas bifásicas e trifásicas, produzidas por aprisionamento heterogêneo durante separação de fases, e fluidos aquosos tardios. A solução mineralizadora corresponde a um fluido aquo-carbônico composto por CO₂ (5 - 24 mol%, densidade de 0,96 - 0,99 g/cm³), H₂O (74 - 93 mol%), N₂ (< 1 mol%), CH₄ (<1mol%) e 5,5 % em peso NaCl equivalente. O minério depositou a 267 - 302ºC e 1,25 - 2,08 kbar, correspondendo a profundidades de 4 a 7 km, em consonância com o regime estrutural. A composição e o intervalo de P-T do fluido mineralizador, combinados com o caráter redutor (log ƒ_O2 -31,3 a -34,3) e a sulfetação da rocha hospedeira, sugerem que o ouro foi transportado como um complexo sulfetado. O minério foi depositado em consequência da separação de fase, redução da atividade de enxofre e da ƒO₂ pela interação fluido-rocha.

The Tocantinzinho gold deposit, Tapajós province, state of Pará: host granite, hydrothermal alteration and mineral chemistry

Este trabalho apresenta dados geológicos, petrográficos e mineralógicos referentes ao granito que hospeda o depósito aurífero Tocantinzinho e objetivou contribuir ao entendimento dos processos hidrotermais associados à sua gênese. O depósito ocorre em biotita monzogranito tardi a pós-tectônico, do subtipo oxidado da série ilmenita, que foi alojado a profundidades de 6 - 9 km. Esse granitoide encontra-se bastante fraturado e localmente brechado, tendo experimentado processos hidrotermais de grau fraco a moderado, os quais geraram duas principais variedades (salame e smoky) sem diferenças mineralógicas ou químicas importantes, porém macroscopicamente muito distintas. Vários tipos de alteração hidrotermal foram reconhecidos nas rochas granitoides, sendo representados principalmente por vênulas e pela substituição de minerais primários. A história hidrotermal teve início com a microclinização, durante a qual o protólito granítico foi em parte transformado na variedade salame. A temperaturas em torno de 330 oC ocorreu a cloritização, que produziu chamosita com X_Fe na faixa de 0,55 - 0,70. Seguiu-se a sericitização, durante a qual os fluidos mineralizadores precipitaram pirita, calcopirita, esfalerita, galena e ouro. À medida que a alteração progrediu, as soluções se saturaram em sílica e precipitaram quartzo em vênulas. No estágio mais tardio (carbonatação), provavelmente houve mistura entre fluidos aquosos e aquocarbônicos, de que teria resultado a reação entre Ca²⁺ e CO₂ e formação de calcita. A maioria dos sulfetos encontra-se em vênulas, algumas em trama stockwork. O ouro é normalmente muito fino e ocorre principalmente como inclusões submicroscópicas ou ao longo de microfraturas em pirita e quartzo. O depósito Tocantinzinho é muito similar aos depósitos Batalha, Palito e São Jorge, e aos do campo Cuiú-Cuiú. Tipologicamente poderia ser classificado como depósito relacionado a intrusões.

Vulcanismo félsico paleoproterozoico do Grupo Iricoumé, Domínio Erepecuru-Trombetas, Província Amazônia Central: dados de campo, caracterização petrográfica e geocronologia Pb-Pb em zircão

O Grupo Iricoumé compreende rochas vulcânicas efusivas e piroclásticas, com texturas e estruturas bastante preservadas, que pertence a um extenso evento vulcano-plutônico que marcou a região central do Cráton Amazônico durante o Orosiriano. Tais rochas estão expostas no noroeste do estado do Pará, na porção meridional do sudoeste do Domínio Erepecuru-Trombetas, sul do Escudo das Guianas. Estudos petrográficos permitiram distinguir um vulcanismo explosivo, predominante e representado por rochas piroclásticas (ignimbritos, reoignimbritos, tufo coignimbrítico de queda e lápili-tufo relacionado a surge), e um efusivo, subordinado, representado por fluxos de lavas coerentes e rochas hipabissais (andesitos, lamprófiros espessartíticos e latitos). A maioria das rochas piroclásticas exibe feições diagnósticas da deposição dos piroclastos sob altas temperaturas, sugerindo que as rochas vulcânicas estão provavelmente relacionadas a ambientes de geração de caldeiras. As idades Pb-Pb de 1888 ± 2,5 e 1889 ± 2 Ma obtidas em zircão de ignimbritos traquidacíticos confirmam que a maioria das rochas estudadas pertence ao Grupo Iricoumé. Por outro lado, a idade Pb-Pb de 1992 ± 3 Ma obtida em zircão de um andesito evidencia um episódio vulcânico efusivo orosiriano mais antigo, já reconhecido, localmente, mais a sul, no Domínio Tapajós. Os dados obtidos demonstram a ampla extensão do vulcanismo Iricoumé e rochas vulcânicas correlatas na porção central do Cráton Amazônico, e constituem argumentos favoráveis para associar esse episódio vulcânico e rochas magmáticas correlatas a uma silicic large igneous province (SLIP), como já vem sendo descrito por alguns autores.

Estimation of deposit and spray distribution in hydro sensible paper and morning glory plant

Herbicides application success depends, besides product correct choice, the observation of environmental conditions and application quality. The work aimed to quantify the effects of surfactant addition in spraying solution, in natural and artificial targets, associated to different nozzle boom angles in relation to application offset, by using distinct evaluation methods. Two experiments were conducted at NuPAM-FCA/UNESP, Botucatu County, São Paulo State, constituted by ten treatments, in factorial scheme 2 × 5, corresponding to two spraying solutions conditions (absence or presence of Aterbane BRTM (0.25% v/v) adjuvant) and five angles of spray nozzle in relation to offset application (-30°, -15°, 90°, +15° and +30°). In Ipomea grandifolia leaves, the distribution and drops deposition of a tracer solution were evaluated by using scores visual and spectrophotometer process. In hydro sensible papers, volumetric medium diameter (VMD), density (cm2 ) and drops medium diameter, covered area (%) and application fees (L ha-1) were evaluated through e-SprinkleTM software. Aterbane BRTM (0.25% v/v) presence or absence, associated or no, to spray nozzles offset did not provide significant differences in I. grandifolia spray deposition. The use of artificial targets presented applicative technical limitations in relation to the use of natural ones as study matrix. Deposit and distribution variables esteem distinct behaviours, independent of target nature.

Witzkeite: A new rare nitrate-sulphate mineral from a guano deposit at Punta de Lobos, Chile

Witzkeite, ideally Na4K4Ca(NO3)(2)(SO4)(4)center dot 2H(2)O, is a new mineral found in the oxidation zone of the guano mining field at Punta de Lobos, Tarapaca region, Chile. It occurs as colorless, tabular crystals up to 140 mu m in length, associated with dittmanite and nitratine. Witzkeite is colorless and transparent, with a white streak and a vitreous luster. It is brittle, with Molts hardness 2 and distinct cleavage on {001}. Measured density is 2.40(2) g/cm(3), calculated density is 2.403 g/cm(3). Witzkeite is biaxial (-) with refractive indexes alpha = 1.470(5), beta = 1.495(5), gamma = 1.510(5), measured 2V = 50-70 degrees. The empirical composition is (electron microprobe, mean of five analyses, H2O, CO2, and N2O5 by gas chromatography; wt%): Na2O 12.83, K2O 22.64, CaO 7.57, FeO 0.44, SO3 39.96, N2O5 12.7, H2O 4.5, total 100.64; CO2 was not detected. The chemical formula, calculated based on 24 O, is: Na3.40K3.95Ca1.11Fe0.05(NO3)(1.93)(SO4)(4.10)(H4.10O1.81). Witzkeite is monoclinic, space group C2/c, with unit-cell parameters: a = 24.902(2), b = 5.3323(4), c = 17.246(1) angstrom, beta = 94.281(7)degrees, V = 2283.6(3) angstrom(3) (Z = 4). The crystal structure was solved using single-crystal X-ray diffraction data and refined to R-1(F) = 0.043. Witzkeite belongs to a new structure type and is noteworthy for the very rare simultaneous presence of sulfate and nitrate groups. The eight strongest X-ray powder-diffraction lines [d in angstrom (I in %) (h k l)] are: 12.38 (100) (2 0 0), 4.13 (19) (6 0 0), 3.10 (24) (8 0 0), 2.99 (7) ((8) over bar 02), 2.85 (6) (8 02), 2.69 (9) ((7) over bar 1 3), 2.48 (12) (10 0 0), and 2.07 (54) (12 0 0). The IR spectrum of witzkeite was collected in the range 390-4000 cm(-1). The spectrum shows the typical bands of SO42- ions (1192, 1154, 1116, 1101, 1084, 993, 634, and 617 cm(-1)) and of NO3- ions (1385, 1354, 830, 716, and 2775 cm(-1)). Moreover, a complex pattern of bands related to H2O is visible (bands at 3565, 3419, 3260, 2405, 2110, 1638, and 499 cm(-1)). The IR spectrum is discussed in detail.

Deposit-feeding in benthic macrofauna : Tracer studies from the Baltic Sea

A low content of organic matter, which is largely refractory in nature, is characteristic of most sediments, meaning that aquatic deposit-feeders live on a very poor food source. The food is derived mainly from sedimenting phytodetritus, and in temperate waters like the Baltic Sea, from seasonal phytoplankton blooms. Deposit-feeders are either bulk-feeders, or selective feeders, which preferentially ingest the more organic-rich particles in the sediment, including phytodetritus, microbes and meiofauna. The soft-bottom benthos of the Baltic Sea has low species biodiversity and is dominated by a few macrobenthic species, among which the most numerous are the two deposit-feeding amphipods Monoporeia affinis and Pontoporeia femorata, and the bivalve Macoma balthica. This thesis is based on laboratory experiments on the feeding of these three species, and on the priapulid Halicryptus spinulosus. Feeding by benthic animals is often difficult to observe, but can be effectively studied by the use of tracers. Here we used the radioactive isotope 14C to label food items and to trace the organic matter uptake in the animals, while the stable isotopes 13C and 15N were used to follow feeding on aged organic matter in the sediment. The abundance of M. balthica and the amphipods tends to be negatively correlated, i.e., fewer bivalves are found at sites with dense populations of amphipods, with the known explanation that newly settled M. balthica spat are killed by the amphipods. Whether the postlarvae are just accidentally killed, or also ingested after being killed was tested by labelling the postlarvae with 14C and Rhodamine B. Both tracer techniques gave similar evidence for predation on and ingestion of postlarval bivalves. We calculated that this predation was likely to supply less than one percent of the daily carbon requirement for M. affinis, but might nevertheless be an important factor limiting recruitment of M. balthica. The two amphipods M. affinis and P. femorata are partly vertically segregated in the sediment, but whether they also feed at different depths was unknown. By adding fresh 14C-labelled algae either on the sediment surface or mixed into the sediment, we were able to distinguish surface from subsurface feeding. We found M. affinis and P. femorata to be surface and subsurface deposit-feeders, respectively. Whether the amphipods also feed on old organic matter, was studied by adding fresh 14C-labelled algae on the sediment surface, and using aged, one-year-old 13C- and 15N-labelled sediment as deep sediment. Ingestion of old organic matter, traced by the stable isotopes, differed between the two species, with a higher uptake for P. femorata, suggesting that P. femorata utilises the older, deeper-buried organic matter to a greater extent. Feeding studies with juveniles of both M. affinis and P. femorata had not been done previously. In an experiment with the same procedure and treatments as for the adults, juveniles of both amphipod species were found to have similar feeding strategies. They fed on both fresh and old sediment, with no partitioning of food resources, making them likely to be competitors for the same food resource. Oxygen deficiency has become more wide-spread in the Baltic Sea proper in the last half-century, and upwards of 70 000km2 are now devoid of macrofauna, even though part of that area does not have oxygen concentrations low enough to directly kill the macrofauna. We made week-long experiments on the rate of feeding on 14C-labelled diatoms spread on the sediment surface in different oxygen concentrations for both the amphipod species, M. balthica and H. spinulosus. The amphipods were the most sensitive to oxygen deficiency and showed reduced feeding and lower survival at low oxygen concentrations. M. balthica showed reduced feeding at the lowest oxygen concentration, but no mortality increase. The survival of H. spinulosus was unaffected, but it did not feed, showing that it is not a surface deposit-feeder. We conclude that low oxygen concentrations that are not directly lethal, but reduce food intake, may lead to starvation and death in the longer term.