1000 resultados para adubação organomineral
Resumo:
As recomendações de adubação para a cultura da bananeira devem ser mais confiáveis do ponto de vista técnico e, principalmente, mais propensas a ajustes com bases científicas, em relação às tabelas. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema para estimar doses de nutrientes a serem recomendadas para a cultura da bananeira (FERTICALC®-Bananeira), por meio da modelagem do balanço nutricional. O balanço nutricional é obtido pela diferença entre o requerimento do nutriente pela cultura e seu suprimento pelo solo e resíduos vegetais. Se o requerimento for maior que o suprimento, recomenda-se a aplicação de fertilizante; se for inferior ou igual ao suprimento, não se recomenda a aplicação de fertilizante. Simulações mostraram que as doses de nutrientes a serem recomendadas pelo FERTICALC®-Bananeira aumentam continuamente com o aumento da produtividade esperada e com a diminuição dos teores desses nutrientes no solo, sendo maiores no primeiro ciclo e menores a partir do segundo ciclo. Considerando a lógica envolvida em sua constituição e as variáveis utilizadas na modelagem do FERTICALC®-Bananeira, este sistema constitui importante alternativa para recomendação de adubação para a cultura da bananeira.
Resumo:
Avaliaram-se os efeitos da densidade de plantas e doses de adubação na produção de palmito de pupunheira, em condições de campo, na Fazenda Yuricam, Rio Preto da Eva (AM). O delineamento experimental foi de blocos casualizados com três repetições, com os tratamentos em arranjo fatorial 3 x 5, sendo avaliados os fatores: densidade de plantas (10.000; 5.000 e 3.333 plantas ha-1) e doses de adubação NPK (0-0-0; 112,5-12,5-90; 337,5-38-270; 225-90-180, 225-25-180 em kg ha-1 de N, P2O5 e K2O, respectivamente). Os resultados do primeiro ano de produção de palmito, em termos de estipes colhidas, para efeito das doses de adubação NPK, foram: 225-90-180 (66 %); 225-25-180 (57 %); 337,5-38-270 (50 %); 112,5-12,5-90 (26 %); 0-0-0 (1 %) - os números entre parênteses indicam os percentuais de plantas coletadas em relação às plantadas - e para efeitos de densidade: 3.333 plantas ha-1 (58 %); 5.000 plantas ha-1 (28 %); 10.000 plantas ha-1 (40 %). O tempo médio para extração de palmito foi menor na densidade de 3.333 plantas ha-1 (18,4 meses) e na dose de adubação NPK de 225-90-180 (18,1 meses). O efeito simples da adubação NPK dentro da densidade de 10.000 plantas ha-1 com a adubação 225-90-180 e 225-25-180 apresentou maior produção de palmito, com 841 e 779 kg ha-1, e de 1.154 e 1.223 kg ha-1 de estipe tenro, respectivamente, nas duas adubações.
Resumo:
A distribuição espacial de plantas por área é um recurso para aumentar a produtividade. Para materiais de alta produtividade, são necessárias mais informações quanto à resposta à adubação nitrogenada. Assim, avaliou-se na cultura do milho a influência do espaçamento, da densidade populacional e de doses de nitrogênio no teor de nitrogênio nas folhas, estimativa do teor de clorofila, número de grãos por espiga, massa de 1.000 grãos, produtividade e teor de proteína nos grãos. O trabalho foi instalado no ano agrícola 2000/2001 e constou de tratamentos representados pela combinação de dois espaçamentos entre as linhas (0,80 e 0,60 m) com três densidades populacionais (40, 60 e 80.000 plantas ha-1) e quatro doses de nitrogênio em cobertura (0, 50, 100 e 150 kg ha-1 N). O aumento na doses de N em cobertura promoveram acréscimo no teor de N foliar, na estimativa do teor de clorofila, no número de grãos por espiga, na massa de 1.000 grãos, na produtividade e no teor de proteína nos grãos de milho. A maior produtividade de grãos foi obtida de acordo com as doses crescentes de N em cobertura juntamente com o espaçamento entre as linhas de 0,80 m e 80.000 plantas ha-1.
Resumo:
Em casa de vegetação, foram estudados os efeitos de níveis de fertilidade, poda de raízes e adubação localizada sobre o crescimento da parte aérea e do sistema radicular de plantas de cafeeiro cultivar Catuaí Vermelho. Amostras subsuperficiais (30 a 70 cm) de um LVA de Viçosa-MG foram acondicionadas em colunas de PVC compostas por três anéis de 15 cm de altura e 20 cm de diâmetro. Quatro tratamentos com três níveis de fertilidade [baixo (FB); médio (FM); alto (FA) e médio sem corte de raízes, em apenas dois anéis (FM2)], foram instalados antes do plantio, utilizando três níveis de calagem e três doses de esterco de galinha. As doses de P e K aplicadas no plantio foram inversamente proporcionais aos níveis de fertilidade propostos. Oito meses após o plantio, o anel inferior foi retirado, podando-se o sistema radicular. As amostras de solo do anel inferior foram substituídas por novas amostras nas quais foram aplicadas quatro adubações localizadas [baixa (AB); média (AM); alta (AA) e média mais esterco de galinha (AM2)]. Dezessete meses após o plantio, foram feitas avaliações da parte aérea e do sistema radicular. A altura das plantas e o número de ramos decresceram linearmente com o nível de fertilidade, em razão das menores doses de P e K adicionadas na adubação de plantio. Esta tendência também foi observada na produção de matéria seca da parte aérea; entretanto, o crescimento do sistema radicular não foi afetado. A poda de raízes não influiu no crescimento e na produção de matéria seca da parte aérea e das raízes, exceto quando se adicionou esterco de galinha na adubação localizada no nível de fertilidade média, promovendo, neste caso, efeito negativo. As adubações localizadas no nível de fertilidade baixo não afetaram o crescimento da parte aérea nem do sistema radicular; no nível médio, verificou-se efeito quadrático positivo e, no nível alto, observou-se aumento linear no crescimento das plantas de café, mostrando que as adubações de plantio baseadas nos níveis de fertilidade foram suficientes no nível baixo, equilibradas no nível médio e insuficientes no nível alto.
Resumo:
Os sistemas de manejo do solo modificam a dinâmica do fósforo alterando o conteúdo das diferentes formas de P. Objetivou-se avaliar o efeito de sistemas de cultivo em longo prazo (16 anos de plantio) sobre as diferentes formas de P no solo. Os tratamentos constaram de combinações entre dois sistemas de cultivo: milho exclusivo (M) e milho consorciado com feijão (MF), com duas doses (0 e 40 m³ ha-1 ano-1) de adubo orgânico (AO), e três doses (0, 250 e 500 kg ha-1) de N-P-K, 4-14-8 (AM). Solo sob um fragmento de Floresta Atlântica foi utilizado como referência de um estado em equilíbrio. Os valores de P orgânico total (Pot) variaram de 184,2 a 280,2 e de 147,9 a 282,9 mg kg-1, em amostras de solo das camadas de 0-10 e 10-20 cm, respectivamente, sendo os maiores valores observados para combinação 500 kg ha-1 + adubação orgânica, correspondendo, em média, a 26,4 % do P total no solo. Houve tendência da relação C/Pot manter-se constante, entre os tratamentos, constatando-se aumento dos valores de Pot com o aumento do teor de carbono orgânico total no solo. O adubo mineral promoveu incremento do P na biomassa microbiana (Pbm) apenas no sistema de milho exclusivo. Em média, o aumento do Pbm foi de 262 e 164 % para o sistema que recebeu o composto orgânico no sistema de milho exclusivo e consorciado com feijão, respectivamente. Em média, a fração de P orgânico solúvel em meio ácido correspondeu a 90 % do Pot predominando sobre a fração solúvel em base. Nos tratamentos com 500 kg ha-1 de 4-14-8 e 500 kg ha-1 + composto orgânico, no sistema de consórcio, foram obtidos aumentos nos valores de P total lábil de 53 e 157 %, respectivamente, comparados aos da testemunha. O P orgânico lábil (Pol) correspondeu, em média, a 3,7 % do Pot para os sistemas de cultivo, já para a Floresta Atlântica, esta relação foi de 10,7 %, nas duas profundidades. Os aumentos nos teores das formas mais lábeis de P, proporcionados pela adubação orgânica, evidenciam a importância deste sistema de manejo no favorecimento da ciclagem de P.
Resumo:
A calagem e a adubação orgânica podem reduzir a adsorção/precipitação de P no solo, aumentando sua disponibilidade para a absorção vegetal. Visando avaliar o efeito da calagem e do esterco bovino sobre a adsorção de fósforo no solo, foram realizados em casa de vegetação quatro experimentos no delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 4 x 5, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por quatro doses de calcário (0; 0,5; 1 e 2 vezes a dose recomendada para atingir V = 60 %) e cinco doses de esterco bovino (0; 2,5; 5,0; 7,5 e 10 % do volume total de solo), aplicados em amostras de 4 dm³ de Neossolo Quartzarênico órtico (RQo), Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico textura média (LVAd-1), Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico textura argilosa (LVAd-2) e Latossolo Vermelho distrófico textura muito argilosa (LVd), sendo cada solo um experimento. Foram avaliados os teores de fósforo remanescente (P-rem), a capacidade máxima de adsorção de P (CMAP) e o índice tampão de P (ITP) dos solos, os quais foram submetidos ao ajuste de modelos de regressão múltipla, considerando as doses de calcário e de esterco bovino aplicadas. A aplicação de calcário e esterco bovino promoveu a redução da CMAP e o aumento do P-rem e ITP. A alteração nesses valores foi condicionada à mineralogia e à textura, sendo a adsorção de P incrementada com o caráter oxídico dos solos. Com esses resultados, demonstra-se a importância da adoção de sistemas de manejo que contemplem a correção da acidez e elevação dos teores de matéria orgânica dos solos para a otimização do uso do P pelas culturas.
Resumo:
No Agreste paraibano, a batata (Solanum tuberosum L.) é importante cultura comercial, embora seja limitada pela variabilidade e escassez de chuvas e pela baixa fertilidade do solo. O esterco é a principal fonte de nutrientes utilizada para fertilização do solo, porém geralmente não é disponível em quantidade suficiente nas propriedades rurais para suprir a demanda das culturas agrícolas. Como alternativa tem sido recomendada a adubação verde com Crotalaria juncea L. Realizou-se um experimento, de 1996 a 2002, em um Neossolo Regolítico, com o objetivo de quantificar a produtividade da batata e o estoque de nutrientes no solo, após incorporações anuais de esterco e, ou, crotalária. Os tratamentos consistiram de: incorporação da crotalária (C), adição de 15 t ha-1 de esterco caprino (E), incorporação de crotalária + 7,5 t ha-1 de esterco (CE) e testemunha (T). No final do experimento, o tratamento E promoveu aumentos de 73, 45, 221 e 43 % nos teores de N total, P total, P e K extraíveis (Mehlich-1) do solo, respectivamente, em relação à testemunha. Os tratamentos C e CE aumentaram o N total do solo em 76 e 63 %, mas não aumentaram o teor dos outros nutrientes. Os acúmulos médios de massa seca, N, P e K na parte aérea da crotalária nos tratamentos, ao longo dos cinco anos, foram de 3.550, 69, 6 e 55 kg ha-1, respectivamente. As produtividades médias de tubérculos, ao longo dos cinco anos de colheita, foram de 15.204, 12.053, 11.085 e 7.926 kg ha-1 nos tratamentos CE, C, E e T, respectivamente. Apesar de a adição de 15 t ha-1 de esterco ter proporcionado os maiores aumentos nos nutrientes do solo, as maiores produtividades de tubérculos ao longo do período do estudo foram obtidas quando se combinou o plantio e a incorporação de crotalária com a adição de 7,5 t ha-1 de esterco.
Resumo:
Os solos do Agreste paraibano têm baixa fertilidade e a prática usual de adubação é a incorporação de esterco na época do plantio. Entretanto, dependendo da qualidade do esterco, essa prática pode causar a imobilização de nutrientes do solo durante os primeiros meses de cultivo. É possível que o cultivo e incorporação de Crotalaria juncea, combinado com o esterco, possa promover mineralização mais sincronizada com a demanda de nutrientes pelas plantas. No presente estudo, realizado em 2003, foram conduzidos experimentos de campo e em casa de vegetação para testar essa hipótese. As parcelas de campo foram previamente cultivadas com batata no período de 1996 a 2002 e submetidas anualmente aos seguintes tratamentos: plantio e incorporação da crotalária na época da floração (C); adição de 15 t ha-1 de esterco (E); plantio e incorporação de crotalária + 7,5 t ha-1 de esterco (CE); e testemunha, sem esterco ou crotalária (T). Em 2003, foram aplicados os mesmos tratamentos de adubação orgânica e foi avaliada a dinâmica da decomposição e liberação de nutrientes pelo material vegetal e esterco contidos em sacolas de náilon incorporadas ao solo das parcelas de campo. Também se avaliou a dinâmica da disponibilidade de N, P e K no solo das parcelas de campo, por meio de coletas periódicas de solo. No ensaio em casa de vegetação, foram realizados cultivos sucessivos de capim-buffel (Cenchrus ciliaris L.) por um período de 300 dias, utilizando-se amostras do solo das parcelas de campo. As perdas de massa e nutrientes do material incorporado ao solo foram maiores nos primeiros 30 dias da incubação, em todos os tratamentos. No final do ensaio, as proporções de matéria seca e nutrientes remanescentes foram maiores nos tratamentos E e CE que nos tratamentos C e T. No solo das parcelas de campo, o tratamento E aumentou os teores de P e K extraíveis (Mehlich-1) do solo ao longo do período do estudo, porém provocou a imobilização de N do solo nas primeiras semanas. O tratamento C aumentou o teor de N mineral do solo no período imediatamente após a incorporação, mas não aumentou o teor de P e K extraíveis. No ensaio em casa de vegetação, o capim-buffel acumulou mais biomassa aérea e nutrientes no primeiro corte, 35 dias após o transplantio do capim, no solo do tratamento CE. Nos cortes subseqüentes, o tratamento E levou à maior produção de biomassa e acumulação de nutrientes, indicando que a limitação de N no período inicial após a incorporação de esterco ao solo prejudicou o crescimento do buffel. Os resultados corroboram a hipótese de que o plantio e incorporação da crotalária, combinado com a aplicação de apenas a metade da dose usual de esterco caprino, promoveu mineralização de nutrientes mais sincronizada com as necessidades das culturas agrícolas, pois foi capaz de evitar a imobilização de N do solo no período inicial de cultivo e elevou os teores de P e K disponíveis ao longo de todo o período.
Resumo:
Na região Oeste de Santa Catarina, é comum o uso de esterco de suínos como fonte de nutrientes para as plantas. Este trabalho objetivou avaliar o efeito do esterco de suínos sobre as características químicas de um latossolo sob sistema plantio direto (SPD). O estudo constou de dois experimentos com doses de esterco de suínos (0, 40 e 115 m³ ha-1 ano-1), que foram realizados com a cultura do milho em Latossolo Vermelho distroférrico, em Chapecó, de 2000 a 2004, e em Guatambu, de 2001 a 2004, na região Oeste de Santa Catarina. Após a safra de milho de 2003/04, foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20, 25-35, 40-50, 70-80 e 100-110 cm, em três repetições, nas quais foram analisados pH, P e K disponíveis, Ca, Mg e Al trocáveis, CTC e teores de argila e matéria orgânica. Foram calculadas a acidez potencial (H + Al) e a saturação por alumínio. O esterco de suínos, aplicado na superfície do solo, teve efeito restrito às camadas superficiais, acarretando significativos aumentos nos teores de P até a profundidade de 10 cm. Observou-se que, mesmo com altos teores de P nas camadas superficiais, não houve significativa migração do nutriente para as camadas inferiores do perfil. Os demais atributos do solo analisados não foram significativamente afetados pelas doses de esterco; os maiores teores de K, Ca e Mg também ocorreram nas camadas superficiais (0-20 cm).
Resumo:
Este experimento foi realizado no Campo Experimental de Bebedouro, da Embrapa Semi-Árido, em Petrolina-PE, de janeiro de 1999 a dezembro de 2001, num Argissolo Amarelo eutrófico textura arenosa, com o objetivo de avaliar o efeito de adubos verdes associados à calagem e adubação mineral e orgânica nos atributos químicos do solo e na produtividade e qualidade do melão (Cucumis melo) irrigado. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os tratamentos alocados nas parcelas constituíram-se dos adubos verdes: (1) milho (Zea mays) com retirada da palhada do local, como testemunha (MI); (2) mucuna-preta (Mucuna aterrima) (MP); (3) milho + caupi (Vigna unguiculata) (MC); e (4) adubos verdes diferentes em cada ano: dois cultivos sucessivos de crotalária (Crotalaria juncea) no primeiro ano, milheto (Pennisetum glaucum) + caupi no segundo e crotalária + caupi no terceiro (RA). Nas subparcelas, os tratamentos corresponderam a: dose completa de calagem e adubação mineral e orgânica conforme a análise do solo (DC); e metade da dose do tratamento anterior (MD). Os cultivos dos adubos verdes foram realizados no primeiro semestre, seguidos do cultivo do melão no segundo. Todos os adubos verdes proporcionaram aumentos nos valores de Ca e da CTC do solo nas camadas de 0-10 cm e 10-20 cm em relação à testemunha (MI), com exceção da MP para CTC na primeira profundidade. Na camada de 0-10 cm, houve aumento também nos teores de K e matéria orgânica do solo, exceto nos teores de K do MC. Em 2001, ano em que o meloeiro atingiu a maior produtividade, o adubo verde RA proporcionou maior rendimento de melão que o adubo MP e a testemunha. Da mesma forma, o tratamento DC promoveu maior produtividade que o MD. Nesse mesmo ano, os teores de sólidos solúveis totais dos frutos foram mais elevados no tratamento com MP que na testemunha.
Resumo:
O nitrogênio (N) é um dos nutrientes mais requeridos pelo trigo e, muitas vezes, não é suprido nem na quantidade nem na época ideal. Devido à importância da adubação nitrogenada no trigo e à carência de informações disponíveis no Paraguai, foi desenvolvido este trabalho com o objetivo de propor uma recomendação nitrogenada para trigo sob sistema plantio direto. Cinco experimentos em rede foram realizados a campo, durante dois anos, em três departamentos do Paraguai, abrangendo os principais solos (Oxisols, Inceptisols e Ultisols) e regiões produtoras (Alto Paraná, Itapúa e Missiones). Os tratamentos utilizados no trigo (Triticum aestivum) foram cinco doses de N (0, 30, 60, 90 e 120 kg ha-1) após o milho (Zea mays) e a soja (Glycine max), sendo também investigado o efeito residual de N aplicado no milho (0, 60, 120, 180 e 240 kg ha-1) na nutrição do trigo, em parcelas de 5 x 8 m, em delineamento de blocos ao acaso com três repetições. O trigo respondeu economicamente, em média, à dose de 35 kg ha-1 de N após a soja para produtividades em torno de 3.100 kg ha-1; após o milho, respondeu economicamente, em média, até 30 kg ha-1 de N, atingindo produtividade de 2.100 kg ha-1. No solo com teor de matéria orgânica maior que 4 %, verificou-se capacidade de suprir, sem adubação nitrogenada mineral, quantidade suficiente de N para alcançar produtividades de até 2.500 kg ha-1. O trigo respondeu à adubação residual de N aplicado no milho, elevando a produtividade de 1.800 (0 kg ha-1) para 2.300 kg ha-1 (com a dose estimada de 213 kg ha-1 de N aplicado no milho, na média de todos os locais).
Resumo:
Informações sobre a eficiência de uso dos nutrientes aplicados na adubação orgânica são ainda escassas. As recuperações aparentes dos nutrientes aplicados como esterco bovino e como restos de Egeria densa foram comparadas. Grande massa de egéria é retirada dos lagos do sistema hidrelétrico de Paulo Afonso e seu descarte tem sido problemático. Foram feitos cinco plantios consecutivos de milho, por 45 dias cada, em casa de vegetação, após aplicação única de doses equivalentes a 0, 10, 20, 30 e 40 Mg ha-1 de matéria seca. As adições de egéria e de esterco bovino aumentaram as quantidades de fitomassa seca e os conteúdos de N, P e K das plantas, de forma proporcional às doses aplicadas, porém o efeito da egéria foi 3 a 10 vezes maior que o do esterco, exceto quanto ao P, que foi semelhante. Os incrementos com a egéria começaram desde o primeiro plantio, e os do esterco, só no terceiro. No quinto plantio, ambos foram muito pequenos. A eficiência de recuperação dos nutrientes aplicados foi maior quando se utilizaram restos de egéria (N, 34-39 e 7-22 %; P, 47-103 e 9-11 %; e K, 55-76 e 26-34 %, respectivamente), mas, mesmo com a egéria, sobraram nutrientes no solo, que foram absorvidos em pequena proporção no quinto plantio. A liberação de nutrientes dos restos de egéria é mais rápida que no esterco bovino, e seu aproveitamento como adubo orgânico é recomendável.
Resumo:
A distribuição das formas de P nos diferentes compartimentos do solo (lábil, pouco lábil e não-lábil) é amplamente influenciada por processos geoquímicos e biológicos e, também, por ações antrópicas. Visando avaliar a influência da calagem e do esterco bovino sobre a distribuição do P nos diferentes compartimentos do solo, foram realizados em casa de vegetação quatro experimentos no delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 4 x 5, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por quatro doses de calcário (0; 0,5; 1; e 2 vezes a dose recomendada para atingir V = 60 %) e cinco doses de esterco bovino (0; 2,5; 5,0; 7,5; e 10 % do volume total de solo), aplicadas em amostras de 4 dm³ de Neossolo Quartzarênico órtico (RQo), Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico textura média (LVAd-1), Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico textura argilosa (LVAd-2) e Latossolo Vermelho distrófico textura muito argilosa (LVd), sendo cada solo um experimento. Foram avaliados os teores de P Mehlich-1, P lábil (P resina + Pi e Po-NaHCO3), P pouco lábil (Pi e Po-NaOH) e P não-lábil (P-HCl + P-residual). De maneira geral, a adição de calcário e esterco bovino incrementou os teores de P Mehlich-1, principalmente nos solos menos oxídicos e com textura mais arenosa. Houve aumento em todas as formas de P nos solos, sendo a contribuição das formas pouco lábeis (Po ligado a compostos húmicos e Pi ligado a Fe e Al) bastante substancial, predominando, porém, as formas não-lábeis de P.
Resumo:
O N é o nutriente absorvido em maior quantidade pelo milho, o que mais influencia a produtividade de grãos e o de manejo mais complexo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de doses e parcelamentos de N, na forma de uréia 15N, sobre a produtividade de grãos, o aproveitamento do N do fertilizante e a quantidade de N nativo do solo absorvida pelo milho em um Latossolo Vermelho. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com nove tratamentos e quatro repetições, compreendido de cinco doses de N: 0, 55, 95, 135 e 175 kg ha-1 de N, aplicando-se 15 kg na semeadura e o restante em diferentes estratégias de parcelamentos: 40 e 80 kg ha-1 no estádio de oito folhas ou ½ no estádio de quatro folhas + ½ no estádio de oito folhas; 120 kg ha-1 fracionados em ½ + ½ ou ¹/3 + ¹/3 + ¹/3 no estádio de quatro, oito ou 12 folhas; e 160 kg ha-1 parcelados em ¼ + ³/8 + ³/8 ou ¼ + ¼ + ¼ + ¼ no estádio de quatro, oito, 12 folhas ou de florescimento e polinização. O aproveitamento do N do fertilizante pelo milho foi, em média, de 39 % e o solo foi a principal fonte do nutriente para a cultura. A aplicação de 135 kg ha-1 de N parcelados em três vezes, até o estádio de oito folhas, proporcionou maior aproveitamento do N do fertilizante (52 %) e maior produtividade de grãos.
Resumo:
Apesar das diferenças químicas entre as faixas de adubação e entrelinhas de pomares de laranjeiras, o critério para a calagem superficial entre esses dois locais ainda é desconhecido. O objetivo deste estudo foi quantificar as alterações químicas temporais nas faixas de adubação e entrelinhas, nutrição e produção de laranja "Pêra" após calagens superficiais, em um Argissolo Vermelho distrófico latossólico, no noroeste do Paraná. Quatro calagens superficiais foram realizadas entre 1996 e 1999 para elevar a saturação por bases a 70 %, a partir da primeira colheita de frutos de laranja. Os calcários dolomítico e calcítico foram distribuídos sobre seis sistemas de manejo de plantas de cobertura permanente nas entrelinhas e nas faixas de adubação, as quais foram manejadas com roçadas mecânicas e herbicida pós-emergente, respectivamente. No período de 1996 a 2004 foram coletadas amostras de tecido foliar e do solo nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm e avaliou-se a produção de laranja. As máximas alterações químicas na camada de 0-20 cm de profundidade e no tecido foliar das laranjeiras (Ca) ocorreram quatro anos após sucessivas calagens superficiais anuais. A produção de laranja correlacionou-se negativamente com Al3+ e positivamente com pH-CaCl2, Ca2+ e Mg2+ das faixas de adubação e do centro das entrelinhas. As calagens superficiais elevaram a saturação por bases na camada de 0-20 cm de profundidade até 46 % nas faixas de adubação e 64 % nas entrelinhas.