963 resultados para Saúde do Adolescente
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo conhecer os sentidos atribudos pelos enfermeiros e agentes comunitrios de saúde da Estratgia Saúde da Famlia do municpio do Rio de Janeiro/RJ acerca das prticas de saúde desenvolvidas na visita domiciliar. um estudo descritivo, de natureza qualitativa e teve como abordagem metodolgica a hermenutica-dialtica. O cenrio foi a cidade do Rio de Janeiro/RJ, em duas Unidades Bsicas de Saúde da Famlia (UBSF) da rea Programtica 3.1. Os sujeitos foram 08 enfermeiros e 07 agentes comunitrios de saúde (ACSs) atuantes nas UBSF selecionadas. A coleta de dados foi realizada entre janeiro e maro de 2010, por meio de entrevistas semi-estruturadas e para a avaliao dos resultados utilizou-se a tcnica de anlise de contedo proposta por Bardin. A partir dos resultados alcanados foi possvel elaborar trs categorias de estudo: a primeira trata das prticas de saúde do enfermeiro e do ACS na Estratgia Saúde da Famlia (ESF); a segunda aborda a visita domiciliar do enfermeiro e do ACS, a qual inclui subcategorias sobre o trabalho em equipe na visita domiciliar, as dificuldades na realizao da visita domiciliar, o planejamento da visita domiciliar, o vnculo entre enfermeiro, ACS e famlia na visita domiciliar e a interao profissional do enfermeiro e do ACS na visita domiciliar; a ltima categoria trata dos sentidos atribudos pelos enfermeiros e ACSs acerca das prticas de saúde desenvolvidas na visita domiciliar, as quais incluem subcategorias sobre as prticas de saúde do enfermeiro e do ACS na visita domiciliar e as opinies sobre a visita domiciliar. Com a anlise dos dados constatou-se que os enfermeiros e os ACS's desenvolvem diversas prticas de saúde na ESF, com destaque para as prticas de cuidado. As prticas de cuidado do enfermeiro na visita domiciliar esto voltadas para a investigao das necessidades de saúde e realizao das atividades assistenciais. J as do ACS esto voltadas para a identificao de demandas. A escuta ativa, a observao da estrutura fsica, da alimentao e das relaes familiares e a educao em saúde so as principais prticas de cuidado realizadas em conjunto por estes profissionais na visita domiciliar. O percentual de visitas domiciliares semanais do enfermeiro est abaixo do esperado, sendo que a principal justificativa para este baixo ndice a sobrecarga de trabalho na UBSF. Ficou evidente que a interao profissional entre enfermeiro e ACS na visita domiciliar pequena, pois diversas vezes, o ACS est presente na visita domiciliar do enfermeiro apenas como acompanhante. Por fim, pode-se constatar que o cuidado desenvolvido por enfermeiros e por ACSs distinto. A prtica de cuidado que o enfermeiro desenvolve na visita domiciliar especfica, destinada s famlias com prioridades de saúde e a que o ACS desenvolve mais ampla, voltada para todas as famlias da microrea. Estas concluses demonstram a necessidade de estimular enfermeiros e ACSs a (re)pensarem as prticas de saúde desenvolvidas na visita domiciliar, bem como a compreenderem e discutirem seus papis e a interao nesta atividade.
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A introduo de espcies em locais fora de sua distribuio natural uma preocupao importante na conservao da biodiversidade. A espcie Callithrix aurita endmica das regies de floresta de altitude da Mata Atlntica do Sudeste do Brasil. Os critrios mais relevantes que a enquadram como espcie ameaada de extino so: destruio do habitat, incapacidade de adaptao a florestas secundrias degradadas, declnio populacional, distribuio restrita e introduo de espcies exticas invasoras. Estes critrios, aliados evidente raridade, explicam a sua incluso na Lista Oficial de Espcies da Fauna Brasileira Ameaadas de Extino. Os objetivos do trabalho so: estimar o tamanho populacional de C. aurita, C. penicillata e seus hbridos no Parque Nacional da Serra dos rgos, avaliar a hibridao entre as espcies por caracteres morfolgicos e laboratoriais, verificar o estado de saúde e confirmar a participao de C. aurita na paternidade dos animais capturados, propor um plano de erradicao e de controle de invaso de C. penicillata no Parque. Os tamanhos populacionais das duas espcies de primatas foram estimados atravs do mtodo Distance Sampling. Um total de sete sagis foi capturado com armadilhas de captura viva para a conteno fsica e qumica e posterior realizao dos procedimentos. Para o hemograma, as dosagens bioqumicas e as anlises genticas, o sangue foi recolhido em um tubo de ensaio contendo anticoagulante e mantido em temperatura de refrigerao at o momento da manipulao / processamento das amostras. Callithrix aurita parece estar bem preservada apenas na rea do Parque correspondente ao trecho situado no municpio de Petrpolis. As anlises citogenticas e moleculares dos hbridos so uma ferramenta til para confirmar se h ou no hibridao, identificando as espcies envolvidas e verificando se h tendncia nos retrocruzamentos. Pode-se sugerir que existe uma tendncia diferenciao das espcies e identificao de indivduos hbridos pelo padro hematolgico e bioqumico, a ser confirmada com uma amostragem maior de animais da espcie C. aurita, preferencialmente da mesma localidade e nas mesmas condies. No caso de C. aurita, as principais recomendaes para sua conservao incluem pesquisas para o registro de outras populaes em reas de distribuio livres de invaso, para que se possa avaliar as chances de recuperao populacional e sobrevivncia da espcie. A criao de novas Unidades de Conservao deve ser estimulada, assim como estudos mais aprofundados sobre a espcie nos locais j conhecidos de ocorrncia, alm de um programa seguro de criao em cativeiro.
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Este estudo teve como objetivos analisar as concepes tericas e prticas docentes de enfermagem no cuidado saúde da mulher a partir da ideia de integralidade e discutir as estratgias utilizadas pelos docentes para inserir o contedo da integralidade no ensino de enfermagem na saúde da mulher. A poltica atual de ateno integral saúde da mulher prope a incorporao do princpio da integralidade como eixo norteador que articule o mundo do ensino ao mundo do trabalho e da realidade social. Neste contexto, muitos sentidos se combinam e se conflitam na formao da ideia de integralidade no cuidado saúde da mulher. A metodologia envolveu a abordagem qualitativa realizada nas Instituies Pblicas de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro que oferecem o Curso de Graduao em Enfermagem. Utilizou-se como tcnica de coleta de dados a entrevista com dezessete docentes de enfermagem da rea de saúde da mulher de acordo com os critrios de incluso selecionados pela pesquisa. Da anlise do material produzido surgiram quatro categorias, a saber: Concepes de integralidade no cuidado saúde da mulher; Integralidade do cuidado no ensino da saúde da mulher; Estratgias utilizadas para inserir a integralidade no ensino de enfermagem na saúde da mulher; Dificuldades para implantar a integralidade no cuidado saúde da mulher. Identificou-se que foram muitos os avanos do Sistema nico de Saúde na ltima dcada. Contudo, no que diz respeito sua consolidao como sistema pblico de saúde, ainda estamos diante de grandes desafios, entre os quais se destaca o relativo incorporao efetiva dos princpios e valores do SUS nos processos de trabalho, bem como nos processos formativos para a enfermagem na rea da saúde da mulher. Desta maneira, faz-se necessrio construir novas formas de trabalhar melhor com a assistncia, perceber como efetivas as polticas publicas na rea da saúde da mulher, considerando as necessidades e demandas locorregionais no pas. evidente a dificuldade em seguir os princpios aqui defendidos, porm a integralidade no cuidado saúde da mulher, s ser possvel quando houver compromisso tico com as aes e relaes necessrias para sua efetivao.
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Trata-se de um estudo do tipo estudo de caso, na abordagem qualitativa, que visa a analisar as vivncias das mulheres que utilizaram as tecnologias no-invasivas de cuidado de enfermagem durante a gravidez e o parto e discutir quais e como essas tecnologias estimularam o empoderamento nelas. Para isso foram utilizadas referncias que abordem conceitos de gnero, empoderamento e tecnologias. Como referencial terico foi utilizado a de Promoo da Saúde de Nola Pender que, a partir da identificao dos fatores biopsicossociais do indivduo, busca influenciar comportamentos saudveis, visando ao bem-estar como proposta de promoo da saúde. O cenrio do estudo foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, localizada no municpio do Rio de Janeiro, e contou com a participao de dez mulheres que pariram na Casa. Para a coleta de dados, foi elaborado um diagrama semelhante ao de Pender, contendo alguns aspectos biopsicossociais das mulheres que pudessem ter influncia na vivncia de empoderamento delas. As entrevistas aconteceram entre os meses de maro e maio de 2010. Os dados produzidos foram analisados e transformados em trs categorias: caractersticas e vivncias individuais da mulher; conhecimentos, sentimentos e influncias, na gravidez e no parto, a partir do uso das tecnologias; e o resultado do empoderamento. A tecnologia relacional, como o acolhimento, o vnculo e a escuta sensvel, influenciou de forma benfica as mulheres desde o momento que elas iniciaram o pr-natal na Casa, j que no incio da gravidez algumas tinham receio com as mudanas do corpo e com as responsabilidades da maternidade. A dor do parto tambm foi outra preocupao citada por desconhecerem a fisiologia do processo. Mas, atravs de tecnologias como a de informao, de apoio, de potencializao de expresso corporal, de favorecimento da presena do acompanhante e de respeito de escolha delas, o parto acabou sendo calmo, tranqilo, acolhedor e prazeroso. Com isso, as tecnologias contriburam para as vivncias de fortalecimento do vnculo com o beb, na maior autoconfiana em parir e no preparo da maternidade que despertou nelas um desejo de serem pessoas de opinies prprias e de terem uma formao profissional para garantir um bom futuro para o filho. Percebeu-se, nesse estudo, que as tecnologias favoreceram o empoderamento delas em parir numa Casa de Parto sendo assistidas por enfermeiras obstetras. No entanto, elas ainda se mostram passivas dominao masculina quando valorizam a capacidade feminina em conquistar o espao pblico masculino, mesmo em detrimento de suas reais necessidades, mostrando a importncia de mais discusso sobre a temtica a fim de vislumbrar novas tecnologias que auxiliem s mulheres a transpor esse empoderamento, adquirido durante a gravidez e o parto, para o seu dia a dia.
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A dissertao trata do acesso aos servios de alta complexidade, particularmente os exames diagnsticos e complementares, estudado entre usurios de planos de saúde privados que buscam atendimento e diagnstico especializado. Desde a dcada de 80 o usurio do sistema pblico de saúde vem procurando a saúde suplementar. Contudo, afirmar que o acesso garantido no domnio privado, atravs da contratao dos planos de saúde, uma incerteza que rodeia a inspirao para esta pesquisa, que se justifica pela relevncia de aes que possibilitem a melhora da qualidade regulatria dos planos de saúde, a partir do controle social de seus usurios. O objetivo geral analisar as percepes do acesso aos exames de alta complexidade nos servios de saúde privados entre usurios de planos de saúde. Os objetivos especficos so descrever as percepes dos usurios de planos de saúde acerca do acesso aos exames de alta complexidade; analisar as motivaes dos usurios de planos de saúde privados para a realizao de exames de alta complexidade atravs da rede privada de assistncia; e analisar o nvel de satisfao dos usurios de planos de saúde quanto ao acesso aos exames de alta complexidade. A metodologia qualitativa-descritiva, onde a amostra foi de trinta usurios de planos de saúde, acima de 18 anos, selecionados no campo de estudo no ano de 2010. O cenrio de estudo foi um laboratrio privado de medicina diagnstica no Rio de Janeiro. As tcnicas de coleta de dados utilizadas foram formulrio e entrevista individual estruturada. A anlise do formulrio foi realizada atravs de estatstica descritiva, e as entrevistas atravs da anlise de contedo temtica-categorial. Os usurios de plano de saúde declararam que o acesso garantido com facilidade para os exames de alta complexidade. Suas principais motivaes para a realizao desses exames na rede privada de assistncia foram caracterizadas pela rapidez de atendimento, flexibilidade e facilidade de marcao pela internet, telefone ou pessoalmente no laboratrio estudado, pronta entrega dos resultados, dificuldade e morosidade do atendimento do SUS, localizao do prestador credenciado prxima de bairros residenciais ou do trabalho, resolutividade diagnstica de imagem de excelncia, possibilidade de escolha pelo usurio entre as modalidades aberta e fechada de ressonncia magntica e tomografia computadorizada, alm da densitometria ssea que foram facilmente acessveis a todos os sujeitos da pesquisa. O nvel de satisfao foi correspondido com a rapidez na realizao dos exames em carter eletivo e de urgncia quase equiparados na escala de tempo de acordo com os usurios. Contudo, embora as notas de avaliao dos usurios quanto aos seus planos de saúde tenham sido altas, foram abordadas algumas dificuldades, tais como: prazos de validade dos pedidos mdicos com datao prvia; solicitaes de senhas de autorizao pela operadora; burocracia nos procedimentos de agendamento; dificuldades de acesso para tratamentos como implantes, fisioterapia, RPG, pilates, home care, consultas de check up; negao de reembolsos; restrio de materiais cirrgicos, em especial as prteses e rteses; e restries especficas de grau para cirurgias de miopia. Conclui-se que o atendimento rpido dos exames de imagem de alto custo na amostra foi descrito como satisfatrio, embora a percepo de rapidez possa variar em funo do tipo de produto do plano de saúde privado contratado, com necessidade de melhoria regulatria em alguns aspectos pontuais da saúde suplementar.
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo reconhecer as experincias de insero do assistente social na Saúde da Famlia e as tendncias da prtica profissional nessa rea. Diante das repercusses da contrarreforma na poltica e nas prticas de saúde, questionamos como o Servio Social tem pautado suas experincias de insero frente s contradies da Saúde da Famlia. Para isso, a pesquisa baseada no referencial crtico dialtico, em que utilizamos a metodologia da pesquisa documental com levantamento quanti-qualitativo. A anlise foi realizada a partir das comunicaes com referncia Saúde da Famlia do Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) e Congresso Nacional de Servio Social em Saúde (CONASSS) entre os anos de 2000 a 2009. Nos trabalhos foram identificados trs eixos temticos: Anlise da Estratgia, Relato de experincia e Reflexo das possibilidades de insero. A partir desses eixos buscamos reconhecer a dimenso terico-metodolgica, tico-poltica e tcnico-operativa. Os resultados apontam que os assistentes sociais tm ocupado predominantemente funes de suporte em equipes de referncia e que esta tem se apresentado como a possibilidade de insero oficial atravs do NASF. Nas abordagens reconhecemos que as experincias pautadas na perspectiva crtica contam com histrico de articulao com os movimentos sociais, com referncia Reforma Sanitria e as discusses da categoria, e na prtica, esses conceitos direcionam o processo de trabalho. Verificamos que h uma tendncia majoritria de incorporao do discurso do Ministrio da Saúde quanto estrutura e processo de trabalho em Saúde da Famlia, o que tem contribudo para a incorporao de instrumentais construdos pela Estratgia na prtica profissional. Essa tendncia aponta que a insero dos assistentes sociais na Saúde da Famlia tem recebido influncias de vertentes neoconservadoras e sofrido os impactos da contrarreforma na poltica de saúde.
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O cncer de colo do tero persiste como um importante problema de saúde em todo o mundo, em particular nos pases em desenvolvimento. Duas vacinas contra o papilomavirus humano (HPV) encontram-se atualmente disponveis e aprovadas para uso em meninas adolescentes, antes do incio da vida sexual: uma bivalente, contra os sorotipos 16 e 18 e outra quadrivalente, contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18. Estes imunobiolgicos tm por objetivo induzir uma imunidade contra o papilomavrus e, desta forma, atuar na preveno primria do cncer do colo de tero. As avaliaes econmicas podem ser um elemento que auxiliem nos processos de tomada de deciso sobre a incorporao da vacina em programas de imunizao nacionais. Estas avaliaes foram o objeto central deste trabalho, que teve como objetivo sintetizar as evidncias procedentes de uma reviso sistemtica da literatura de estudos de avaliao econmica da utilizao da vacina contra o HPV em meninas adolescentes e pr-adolescentes. Foi realizada uma busca na literatura nas bases MEDLINE (via Pubmed), LILACS (via Bireme) e National Health Service Economic Evaluation Database (NHS EED) ate junho de 2010. Dois avaliadores, de forma independente, selecionaram estudos de avaliao econmica completa, que tivessem como foco a imunizao para HPV em mulheres com as vacinas comercialmente disponveis direcionada populao adolescente. Aps a busca, 188 ttulos foram identificados; destes, 39 estudos preencheram os critrios de elegibilidade e foram includos na reviso. Por tratar-se de uma reviso de avaliaes econmicas, no foi realizada uma medida de sntese dos valores de relao incremental entre custos e efetividade. Os 39 artigos includos envolveram 51 avaliaes econmicas em 26 pases. Predominaram estudos de custo-utilidade (51%). Do ponto de vista da perspectiva da anlise, predominou o dos sistemas de saúde (76,4%). A maioria dos trabalhos (94,9%) elegeu meninas, com idade entre 9 e 12 anos, como sua populao alvo e desenvolveu simulaes considerando imunidade para toda a vida (84,6%). Os modelos utilizados nos estudos foram do tipo Markov em 25 anlises, de transmisso dinmica em 11 e hbridos em 3. As anlises de sensibilidade revelaram um conjunto de elementos de incerteza, uma parte significativa dos quais relacionados a aspectos vacinais: custos da vacina, durao da imunidade, necessidade de doses de reforo, eficcia vacinal e cobertura do programa. Estes elementos configuram uma rea de especial ateno para futuros modelos que venham a ser desenvolvidos no Brasil para anlises econmicas da vacinao contra o HPV.
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Baseado na convico de que trabalhar gerir fruto das pesquisas com a perspectiva da Ergologia , procura-se nesta tese pensar gesto como um conceito ampliado, algo que todos os humanos operam ao trabalhar, e no somente como uma funo exclusiva de administradores, no sentido restrito do termo (referido apenas aos chefes, diretores, etc.). Tendo como campo emprico o Sistema nico de Saúde (SUS) e investigando-se as proposies de alguns dos principais autores sobre o tema da Gesto e Planejamento em Saúde, verificou-se que uma exaustiva busca vem sendo empreendida por diversos agentes do campo da Saúde e por pesquisadores para aproximarem-se, compreenderem e desenvolverem melhor as habilidades, os conhecimentos, as competncias e os dispositivos que permitiriam uma gesto mais eficiente do SUS e, mais especificamente, no mbito de uma Unidade de Saúde Pblica no Brasil. Estiveram em anlise as prticas de gesto desenvolvidas em um Centro Municipal de Saúde do estado do Rio de Janeiro (Brasil), no qual o autor da tese, alm das atividades de pesquisa, exercia a funo de diretor geral. A tese teve como objetivo principal analisar, do ponto de vista da atividade, a dimenso gestionria do trabalho na Unidade de Saúde citada, a fim de discutir a viabilidade naquele local e, possivelmente em outras Unidades de Saúde do exerccio de uma ergogesto, isto , uma gesto com base nos princpios propostos pela Ergologia quando o ponto de vista da atividade tem cidadania no meio de trabalho. O referencial terico constituiu-se de algumas abordagens clnicas do trabalho (Ergonomia da Atividade, Psicopatologia do Trabalho, Psicodinmica do Trabalho e Clnica da Atividade, esta ltima em menor proporo) com elementos das contribuies do educador brasileiro Paulo Freire, do psicanalista ingls Donald Winnicott e do bilogo chileno Humberto Maturana, todas colocadas em sinergia dialtica sob a orientao da perspectiva ergolgica. No curso da investigao foram utilizados mtodos e tcnicas pertinentes a este quadro e que objetivaram possibilitar a aproximao e o dilogo com os protagonistas da atividade na Unidade de Saúde em anlise. Destacam-se as influncias da pesquisa-interveno e da pesquisa etnogrfica, sendo o principal dispositivo tcnico utilizado aquele denominado Encontros sobre o Trabalho. A pesquisa empreendida, conjuntamente com a experincia concreta de gerenciamento (como diretor geral), permitiu concluir que o esforo de implantao da modalidade que se denomina ergogesto, privilegiando o ponto de vista da atividade, pde colaborar para promover transformaes positivas no cotidiano da Unidade posta em anlise. Contudo, sua aceitao por um maior nmero de atores e seu desenvolvimento dependem do atendimento de algumas necessidades, apontadas pelo coletivo de trabalho como entraves a superar. Os achados aqui presentes podem contribuir para a construo de um patrimnio de informaes acerca da Unidade. A partir desse patrimnio outras experincias de gerenciamento podem vir a se desenvolver, obtendo-se assim, cada vez maior xito na gesto do processo de trabalho e na melhoria das condies do atendimento oferecido aos usurios.
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HENRIQUES, Regina Lcia Monteiro.2011. 182 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. Este estudo trata dos processos de mudana na formao em saúde, especialmente das questes poltico estruturais da articulao do ensino e da extenso para a construo de estratgias de transformao dos cursos da rea da saúde. Tem por objetivos analisar as perspectiva dos sujeitos envolvidos na transformao curricular no que diz respeito articulao entre prticas de ensino, extenso universitria e saúde, a constituio de novos cenrios de prtica e sua relao com a extenso universitria, assim como examinar os sentidos atribudos pelos sujeitos aos processos polticos internos e externos s instituies de ensino. Parte-se da compreenso de que h em andamento um grande movimento de lutas pela mudana na formao em saúde e de algumas das ideias que tm sido discutidas e difundidas na defesa da reorientao da formao em saúde baseada em princpios e diretrizes consoantes com a poltica de saúde e com a defesa de direitos de cidadania. Baseia-se em concepes de espao cotidiano das instituies de formao superior em saúde e dos servios de saúde e outros cenrios de prtica. Reflete sobre a responsabilidade poltica das instituies formadoras e da extenso universitria como lugar de tornar pblicas as posies e valores defendidos para as prticas do cuidado e da relao social e poltica da universidade. Para a operacionalizao do estudo, foram escolhidas duas instituies universitrias que se apresentaram e que foram selecionadas no programa do Pro-Saúde. Foram realizadas entrevistas com roteiro semi-estruturado com protagonistas de processos de mudana na formao nestas instituies, em trs profisses da rea da saúde, enfermagem, medicina e odontologia. Fez-se analise hermenutica a partir dos sentidos que foram atribudos a estas experincias concretas pelos atores que as empreenderam. Definiu-se trs categorias de anlise, a dimenso das polticas governamentais de incentivo a mudanas na formao em saúde e os efeitos das mesmas para as instituies de ensino; a ampliao de cenrios de prtica, as estratgias de aproximao entre os mundos do ensino e do trabalho e se significaram novas prticas de cuidado; relao existente entre os processos de transformao curricular e a extenso universitria. A extenso vem adquirindo protagonismo na construo de dispositivos de enfrentamento e superao das dificuldades e resistncias nos processos de transformao curricular, alm de criar com relativa liberdade novas possibilidades espaciais e conceituais para o cuidado em saúde, porm pelos prprios sentidos que assume desde a invisibilidade at a redeno da universidade sua baixa institucionalidade e reflexo impede que sua potencialidade seja tomada como aliada nestes processos de modo mais sistemtico e impactante.
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A presena de pacientes crnicos em instituies psiquitricas tem se constitudo como um desafio humano, poltico e programtico para esta rea assistencial. Frente a isto, definiu-se como objetivo geral deste estudo analisar a reconstruo scio-cognitiva do profissional de saúde mental acerca do paciente psiquitrico crnico, contextualizando com a sua permanncia institucional e o processo assistencial. Como objetivos especficos, descrever os contedos e a estrutura das representaes sociais do paciente psiquitrico crnico para os profissionais; identificar a existncia de contedos implcitos nas formaes discursivas dos profissionais de saúde referentes ao paciente crnico institucionalizado; e analisar a perspectiva assistencial implementada na ateno a esses indivduos no contexto institucional a partir das representaes sociais do paciente crnico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com o aporte terico-metodolgico da Teoria das Representaes Sociais em sua abordagem estrutural, em dois hospitais colnias localizados na cidade do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados atravs de evocaes livres em dois momentos. No primeiro, com 159 profissionais e no segundo utilizou-se a tcnica de substituio com 151 profissionais. Os dados gerados foram analisados pelo software EVOC 2003 e organizados pelo quadro de quatro casas. Utilizou-se, ainda, a anlise de similitude. Quanto representao do paciente psiquitrico, a mesma foi organizada ao redor das dimenses assistencial-institucional (cuidado), imagtica (louco) e afetividade positiva (ateno), que se desdobram nos demais quadrantes, com destaque para a primeira e a segunda. A anlise de similitude revelou que o lxico cuidado, obteve o maior nmero de ligaes. Quanto representao do paciente crnico em contexto normativo, a dimenso assistencial-institucional mostrou-se fortemente presente (cuidado, pacincia e dependente), seguida da imagtica (abandonado) e da de necessidade (carncia). No entanto, na anlise de similitude, a afetividade positiva (amor) mostra-se central com maior nmero de ligaes de lxicos. Em contextos contra-normativos, a representao revelou-se negativa (louco, no e medo). A anlise de similitude demonstrou uma representao estruturada atravs de uma imagem e de uma afetividade negativas. Conclui-se que os avanos na rea de saúde mental, nos ltimos 30 anos, no foram capazes de realizar mudanas representacionais sob fenmenos que ancoram em imagens produzidas desde os primrdios da humanidade. Ressalta-se a possvel existncia de uma zona muda acerca do paciente psiquitrico crnico.
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O Centro Cirrgico um servio especializado com estrutura fsica e organizacional complexa, normas e rotinas rigorosas, intensa atividade tcnica, aparato tecnolgico que requer profissionais treinados. A pesquisa teve como objeto de estudo os fatores de riscos ocupacionais e os problemas de saúde decorrentes do trabalho, identificados pelos profissionais de enfermagem de um Centro Cirrgico de um Hospital Universitrio da cidade do Rio de Janeiro. Os objetivos foram: analisar os fatores de riscos ocupacionais que possibilitam o aparecimento de problemas de saúde nos profissionais de enfermagem do Centro Cirrgico segundo esses trabalhadores; descrever as caractersticas sociodemogrficas dos profissionais lotados no Centro Cirrgico; levantar os fatores de risco do ambiente cirrgico identificados pelos trabalhadores de enfermagem do Centro Cirrgico de um Hospital Universitrio; e, discutir a relao entre os riscos do ambiente de trabalho e os problemas de saúde autoreferidos por trabalhadores de enfermagem do Centro Cirrgico. A metodologia usada foi uma pesquisa no-experimental, de natureza descritiva, com abordagem quantitativa, desenvolvida em um centro cirrgico de um hospital universitrio federal da cidade do Rio de Janeiro. A populao escolhida foi composta de trabalhadores da equipe de enfermagem, lotados no mnimo h seis meses neste servio e que aceitassem participar da pesquisa. O questionrio de coleta de dados utilizado foi adaptado por Mauro dos Guias e Avaliao de riscos em indstrias de Boix e Vogel. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitrio em estudo, atravs Parecer Consubstanciado no. 287/10, protocolo no. 217/09. Os dados foram analisados atravs do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), verso 13.0. Os riscos biolgicos foram os mais apontados pelos trabalhadores de enfermagem, seguidos dos riscos qumicos, ergonmicos e de acidentes ou mecnicos. As doenas provocadas pelo trabalho mais referidas foram o estresse, a lombalgia, as varizes, a fadiga muscular e os problemas de articulao. As doenas agravadas pelo trabalho mais citadas foram as varizes, a lombalgia, os problemas de articulao, o estresse, as leses de coluna vertebral, os problemas digestivos e os transtornos do sono. Conclui-se que o Servio estudado possui riscos inerentes s atividades desenvolvidas que caracterizam os problemas relacionados pelos trabalhadores, e que so passveis de controle atravs da intensificao de um Programa de Preveno de Riscos Ambientais voltado para o Centro Cirrgico. A partir da NR 17 e a 32, pode-se consultar as diretrizes para preveno dos riscos encontrados. Uma estratgia de reposio digna de pessoal de enfermagem imprescindvel, assim como estudo e implantao de um Programa de Preveno de Riscos laborais aos trabalhadores do Centro Cirrgico, e utilizao do questionrio aos demais membros da equipe multiprofissional.
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Este estudo traz uma reflexo sobre os desafios de educao permanente dos Agentes comunitrios de Saúde inseridos no projeto Telessaúde/Rio de Janeiro. Temos como objetivo geral discutir o processo de educao permanente desses colaboradores inseridos no Projeto Telessaúde, Ncleo Rio de Janeiro, ressaltando os usos reais e potenciais das ferramentas da educao distncia, na perspectiva da educao crtica. Os objetivos especficos so: descrever o perfil demogrfico de utilizao de ferramentas de educao permanente a distncia de Agente comunitrio de saúde (ACS) do Estado do Rio de Janeiro inseridos no Telessaúde RJ, segundo as regies administrativas do Rio de Janeiro; descrever e analisar a participao dos ACS no Telessaúde RJ durante o ano de 2009 nas atividades de teleconferncias; discutir, com base na participao dos ACS no Telessaúde RJ, o papel da mediao da internet e das ferramentas do Telessaúde RJ no seu trabalho, na perspectiva pedaggica crtica. A metodologia utilizada quali-quantitativa, no intuito de descrever, quantificar e classificar os dados em relao aos ACS que esto inseridos no Telessaúde. A coleta de dados se deu a partir de um relatrio das oficinas presenciais e da anlise de 100 formulrios preenchidos pelos ACS nos workshops realizados nas regies administrativas do Rio de Janeiro e no registro de teleconferncias. Resultados: o relatrio das oficinas nos mostrou que os ACS vem no Telessaúde no s um espao para troca de experincias, mas tambm para a educao permanente em servio. Foi evidenciando na anlise dos formulrios, que a faixa etria na amostra de 100 dos ACS de 23 a 38 anos com 59 ACS. Alm disso, observou-se que os ACS utilizam a internet diariamente, com predominncia do vinculo empregatcio por CLT, acessam SIAB e DATASUS com frequncia, realizam trabalho multidisciplinar com mdicos e enfermeiros, propem temas para capacitaes pelo Telessaúde, em relao assistncia s teleconferncias de 555 ACS no ano de 2009. Conclumos que a insero do ACS no Telessaúde, com vistas educao permanente, uma real possibilidade e o estudo nos mostrou que eles vem esta proposta do Ministrio da Saúde como inovadora e vivel.
Resumo:
A presente dissertao tem como tema a gesto de saúde, segurana, meio ambiente e responsabilidade social em micro e pequenas empresas recicladoras de plsticos PEBD e PET no Estado do Rio de Janeiro. A reciclagem de plstico contribui para minimizar os resduos slidos gerados pelos processos industriais. O objetivo geral deste estudo verificar como as atividades de reciclagem impactam na saúde e na segurana do trabalhador e levantar algumas questes relacionadas com a responsabilidade scio-ambiental, com destaque para o atendimento s normas regulamentadoras, legislao de saúde, segurana e meio ambiente aplicvel e sistemas de gesto. Para atingir tal objetivo, a metodologia do presente estudo foi dividida em: pesquisa bibliogrfica, elaborada atravs de consultas a livros, a artigos, a legislao e a bancos de dados de reconhecida credibilidade; elaborao de um questionrio direcionado; visitas tcnicas, e entrevistas com os encarregados ou donos das empresas, a fim de obter dados para avaliar as condies de trabalho relativas saúde e segurana, meio ambiente e responsabilidade social. Durante esta etapa foram visitadas quatro recicladoras de plstico, todas situadas no Estado do Rio de Janeiro, sendo trs do segmento de PEBD e uma de PET. Os resultados obtidos mostram que, numa avaliao global, apenas 24% dos itens avaliados foram atendidos na sua ntegra, o que demonstra um baixo ndice de atendimento s questes relativas saúde, segurana e meio ambiente e responsabilidade social. Nas avaliaes individuais destes mesmos itens constatou-se que o atendimento foi de 38%, 10% e 54%, respectivamente. Enfim, o presente estudo mostra que h necessidade de maior ateno aos requisitos relativos saúde e segurana do trabalhador, ao meio ambiente e s questes sociais, em funo dos riscos do processo de produo do plstico reciclado
Resumo:
O estudo das dimenses psicossociais do trabalho tem aumentado em importncia nas ltimas dcadas, devido ao novo contexto poltico e econmico mundial de globalizao, que determina mudanas no mundo do trabalho e expe trabalhadores a fatores de risco ocupacional, entre eles o estresse. A categoria profissional do Agente Comunitrio de Saúde (ACS), criada no contexto das reformas sanitrias atravessadas pelo Brasil desde a dcada de 80, tem como um dos principais propsitos atuar na reorganizao do sistema de saúde do pas. O ACS tem como especificidade e pr-requisitos a necessidade de ser morador da regio atendida pela Equipe de Saúde da Famlia, fato este responsvel por um aspecto nico dentro do estudo na rea de saúde do trabalhador. Nesse cenrio o enfermeiro exerce papel de liderana e possui uma caracterstica marcante, que a manuteno de constante contato com a comunidade, realizando atividades de grande interao com os ACS, devendo evitar ou minimizar fatores estressores e possveis agravos saúde no mbito da Saúde do Trabalhador. O presente estudo tem como objeto o trabalho do ACS como gerador de estresse ocupacional no Programa de Saúde da Famlia. Tem como objetivo geral discutir o estresse ocupacional na percepo dos ACS no PSF, numa rea Programtica do Municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo e de abordagem qualitativa. O cenrio do estudo foram Unidades de Saúde da Famlia do Municpio do Rio de Janeiro, e os sujeitos 32 ACS inseridos em trs mdulos do PSF. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas individuais semi-estruturadas, organizadas e analisadas utilizando a metodologia da Anlise de Contedo, a partir da qual foram identificadas as seguintes categorias: frustrao, trabalho do ACS, representao do trabalho, processo de trabalho, o estresse e relao trabalho x saúde. Os resultados identificam o baixo reconhecimento interferindo na produtividade e na auto-estima, excessiva intensidade e ritmo empregados no trabalho, valorizao da burocracia na execuo do trabalho, violncia como fator de insegurana e reconhece a interferncia do estresse na saúde tanto fsica quanto psquica. A anlise do trabalho do ACS atuante no PSF aponta aspectos que dificultam sua plena atuao, assim como a prtica estende-se para alm dos conceitos normatizados contidos nas Portarias e outros instrumentos que regulamentam suas atribuies. O trabalho real representa um universo mais complexo e rico do que o trabalho prescrito, que nesse estudo, apresentou-se como fonte geradora de tenso, adoecimento e mal estar, expresso nas vocalizaes de queixas.
Resumo:
Este estudo teve como objeto as prticas educativas em saúde desenvolvidas no Programa de Saúde da Famlia (PSF), no Municpio do Rio de Janeiro. O objetivo geral foi a compreenso das prticas educativas realizadas pelos profissionais que atuam no PSF. O interesse se deu pelo fato de reconhecer o PSF como espao privilegiado no desenvolvimento de prticas educativas voltadas para a conscientizao popular, nos aspectos sociais, polticos e da saúde, pelas suas caractersticas de atuao em territrio definido, e na lgica de vigilncia saúde. Ressalta-se a importncia da Educao em Saúde como estratgia de interveno por uma sociedade mais saudvel. Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, realizada entre 2007 e 2008. A anlise dos dados foi orientada pelo mtodo de Anlise de Contedo. Os dados foram coletados atravs de entrevista semi-estruturada, com cinco equipes de saúde da famlia, totalizando vinte profissionais. Na anlise foram identificadas quatro categorias: organizao do processo de trabalho, papel do profissional na equipe, organizao da prtica educativa e fatores que interferem na realizao das prticas educativas. Na anlise verificou-se que os profissionais enfrentam dificuldades no planejamento das prticas educativas, relacionadas, principalmente, falta de capacitao pedaggica e dificuldade de organizao do processo de trabalho, centrado no modelo biomdico. Os agentes comunitrios se destacam na realizao das atividades, com o apoio da equipe, principalmente da enfermeira. Os temas so escolhidos, prioritariamente, a partir da identificao das necessidades de saúde dos usurios pelos profissionais. Verifica-se que h dificuldade na definio dos objetivos das prticas educativas. Predomina o formato de grupos, voltados para a promoo da saúde, mas tambm com enfoque preventivista. Verifica-se a presena de prticas com outras formas de relao entre profissionais e usurios, num exerccio de cidadania para a qualidade de vida. A avaliao realizada informalmente, entre os profissionais e, geralmente, se detm quantidade de usurios participantes, ou na constatao de mudana de comportamento do usurio. Os fatores que interferem dizem respeito s relaes estabelecidas entre os profissionais, e entre estes e os usurios. A violncia associada ao narcotrfico surge como fator que prejudica a atividade no territrio. As capacitaes em prtica educativa tambm so mencionadas. Verifica-se que a forma de organizao do processo de trabalho influencia fortemente, visto que a realizao das prticas educativas depende diretamente da dinmica dada ao trabalho, e do espao destinado para essa atividade na diviso do trabalho. As questes relacionadas infra-estrutura so relatadas, principalmente, no que diz respeito escassez de material, recursos financeiros, e espao fsico inadequado. Percebe-se que a falta da sistematizao da prtica educativa parece comprometer as transformaes necessrias para o seu aprimoramento e reflete a falta de compreenso dos profissionais sobre a importncia do processo educativo para a saúde e como instrumento de transformao social e poltica dos sujeitos. Percebe-se, ainda, a necessidade de investimentos para a qualificao do profissional do PSF, no somente em relao s prticas educativas, mas tambm para que seja possvel operar as mudanas necessrias para a reorientao do modelo de ateno saúde proposto pelo PSF.