404 resultados para Psicopedagogia Geriátrica
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo identificar as atividades políticas implementadas pela enfermagem gerontológica no Brasil, para sua consolidação como especialidade no atendimento ao idoso, no período de 1970 a 1996. Trata-se de um estudo descritivo-qualitativo, com abordagem histórica, que utiliza a história oral temática e que se realizou com catorze enfermeiras pioneiras na área. As categorias encontradas foram: 1. Organização política da área; e 2. Relação da área com o Estado. Os resultados identificam como exemplos de atividades políticas: a realização das jornadas brasileiras, com objetivo de agregar pesquisadores interessados na temática; criação do Departamento Científico de Enfermagem Gerontológica; e a participação efetiva da enfermagem na elaboração de políticas públicas no país. A especialidade tem consciência da relevância política para sua construção e vem empreendendo esforços para alcançar reconhecimento como área do conhecimento na equipe multidisciplinar de atendimento ao idoso.
Resumo:
Foi objetivo desta pesquisa analisar a produção científica de fatores de risco para quedas, a partir do diagnóstico da North American Nursing Diagnosis Association, na literatura científica brasileira e estrangeira, de 2005 a 2010. Revisão integrativa, na qual foram utilizados os descritores: acidente por quedas e idoso, nas bases de dados da Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, sendo selecionados 32 artigos para análise de conteúdo. Os resultados são apresentados conforme os fatores de riscos indicados na North American Nursing Diagnosis Association, sendo eles: fatores de riscos ambientais, como recinto com móveis e objetos/tapetes espalhados pelo chão, pouca iluminação, piso escorregadio; fatores de riscos cognitivos, tais como estado mental rebaixado; fatores de riscos em adultos, como idade acima de 65 anos; fatores de riscos fisiológicos, como equilíbrio prejudicado, dificuldades visuais, incontinência, dificuldade na marcha, neoplasia; fatores de riscos para uso de alguns medicamentos. A análise dos fatores de risco de quedas nos idosos evidência a necessidade de desenvolvimento de novas estratégias modificadoras dos ambientes e componentes intrínsecos.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo a verificação de depressão entre idosos institucionalizados. Empregou-se o método transversal utilizando-se a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage em cinco instituições de longa permanência do Distrito Federal para verificar sintomas de depressão. Foram estudados ao todo 299 indivíduos. Destes, 181 não atenderam os critérios de inclusão e 16 se recusaram a participar do estudo. Dos 102 idosos com condições de participar do estudo, 49,0% apresentavam depressão. Destes, 36,3% com depressão leve a moderada e 12,7% com depressão severa. Verificou-se associações entre sintomas de depressão e aumento da idade, sexo feminino, limitação/dependência e insatisfação com a instituição. Houve ainda associação significativa entre depressão e insônia, taquicardia, parestesia, tontura e suor excessivo. A depressão é altamente prevalente entre idosos institucionalizados, é mais comum entre as mulheres, e relaciona-se a uma série de sinais e sintomas que podem auxiliar em um diagnóstico precoce, subsidiando uma assistência de enfermagem mais efetiva.
Resumo:
Os objetivos deste estudo foram caracterizar os idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência quanto ao uso de medicamentos e verificar a existência de polifarmácia. Trata-se de estudo descritivo e quantitativo, realizado por meio de dados de um banco originado da pesquisa Perfil de idosos residentes numa Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPIs): proposta de ação de enfermagem/saúde. Foram selecionados 39 idosos que faziam uso de medicação. Os achados evidenciaram predominância de mulheres, com idade entre 80 e 89 anos, que sabem ler e são viúvas. As doenças do aparelho circulatório foram as mais frequentes. Os idosos usavam em média 3,7 medicamentos e 30,8% deles utilizavam polifarmácia. Os medicamentos mais usados foram para as intercorrências do sistema cardiovascular. Verificou-se a presença de medicamentos considerados impróprios para idosos. Espera-se sensibilizar os profissionais de saúde a promoverem o uso racional e cuidadoso de medicamentos para os idosos institucionalizados.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi identificar fatores de risco para o trauma em idosos a partir de abordagem quantitativa e transversal, utilizando análise de regressão logística. Foi realizado no pronto-socorro de dois hospitais da cidade de Curitiba-PR. Foram entrevistados 261 idosos, sendo 56,7% mulheres e 43,3% homens. A idade variou de 60 a 103 anos, com maior concentração em idosos menores de 70 anos (44,8%). Os mecanismos de trauma mais frequentes foram: queda (75,9%), atropelamento (9,6%), trauma direto (5,4%) e acidente automobilístico (3,8%). A análise multivariada permitiu afirmar que, o gênero feminino, a presença de cuidador, medicação de uso contínuo e problemas auditivos aumentam significativamente a probabilidade de trauma por queda. Problemas de visão sem uso de óculos e idosos com renda de até três salários mínimos tendem a ter maior probabilidade de trauma por queda. Os fatores que mais interferem no trauma em idosos podem, se avaliados durante a consulta de enfermagem, possibilitar ações de saúde para a sua prevenção.
Resumo:
O presente estudo analisou a relação entre percepção de estresse, sintomas depressivos e autoestima em idosos com e sem queixa subjetiva de comprometimento de memória. Foram incluídos 204 idosos (104 sem e 100 com queixa de memória) avaliados a partir do instrumento Memory Assessment Complain Questionnaire (MAC-Q). O protocolo de estudo incluiu a Escala de Estresse Percebido (EEP), a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (EAE). Os idosos com queixa de comprometimento apresentaram escores significativamente maiores na EEP e GDS e menores na EAE (p < 0.001). Foi observada correlação negativa entre o escore do MAC-Q e EPP (p < 0.001) e EAE (p = 0.01). A análise de regressão multivariada identificou somente o estresse como fator preditor da queixa subjetiva de memória. Esses dados sugerem que a percepção de estresse e os sintomas depressivos estão associados com a queixa de memória em idosos.
Resumo:
Os objetivos do estudo foram identificar a prevalência e os fatores associados ao uso de psicotrópicos entre os idosos do Município de São Paulo. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, cujos dados foram obtidos do Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. A amostra foi constituída de 1.115 idosos de 65 anos ou mais, os quais foram entrevistados por meio de instrumento padronizado. Na análise dos dados utilizou-se regressão logística univariada e múltipla stepwise forward e nível de significância de 5%. A prevalência de uso de psicotrópicos foi 12,2% e os fatores associados foram sexo feminino (OR=3,04 IC95%=1,76-5,23) e polifarmácia (OR=4,91 IC95%=2,74-8,79). O uso de psicotrópicos por idosos deve ter sua avaliação risco-benefício muito bem estabelecida. Mulheres idosas, especialmente as submetidas à polifarmácia merecem atenção diferenciada, no ajuste posológico e tempo de tratamento, visando à minimização dos desfechos adversos a que estão sujeitas.
Resumo:
Este artigo teve como objetivo descrever como as enfermeiras percebem a construção de seu fazer gerontológico no âmbito da Estratégia Saúde da Família em um distrito de Belém-PA. Os dados foram coletados entre ago/2009 a fev/2010, por meio de entrevista com catorze enfermeiras, e tratados pelo método de análise de conteúdo, gerando temas (entre eles a matéria do presente artigo - construindo o fazer gerontológico) e subtemas: consulta de enfermagem, visita domiciliar, atenção à família, parcerias para ações integradas e atuação em ações consolidadas. Do resultado infere-se que as vivências do fazer gerontológico das enfermeiras em seu cotidiano de trabalho são dificultadas principalmente pela insegurança no trabalho devido à violência urbana, pela deficitária estrutura funcional dos serviços e falta de capacitação específica em gerontogeriatria. Contudo, elas vêm construindo um fazer gerontológico peculiar, criando estratégias de ações integradas, possíveis em cada situação que se apresenta no processo do trabalho, com base em conhecimentos gerais de enfermagem que advêm de formação geral.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a sobrecarga dos cuidadores de idosos com acidente vascular cerebral (AVC), assim como correlacioná-la com as horas de cuidado, a idade e a independência funcional dos idosos. Trata-se de estudo transversal feito com 62 idosos com AVC e seus cuidadores. O instrumento continha variáveis sociodemográficas e econômicas, Mini-Exame do Estado Mental, Medida da Independência Funcional (MIF) e a Escala de Zarit. A possível correlação entre os escores da escala de Zarit e as outras variáveis foi avaliada por meio do Coeficiente de Correlação de Pearson. A maioria dos cuidadores era adultos, filhos, casados e do sexo feminino. A média do escore de Zarit foi 34,92 (15,8). A MIF apresentou correlação negativa com a sobrecarga do cuidador, porém, não houve correlação com a idade e as horas de cuidado. A sobrecarga da maioria dos cuidadores variou de moderada a severa e parece estar relacionada ao nível de independência funcional dos idosos.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi analisar o padrão de utilização dos serviços de saúde por idosos cadastrados nos serviços públicos de Guarapuava-PR. Realizou-se inquérito domiciliar com 359 idosos selecionados por meio de amostragem estratificada proporcional. As entrevistas foram aplicadas entre janeiro e abril de 2010 no domicílio do idoso, utilizando-se as seções I e III do questionário BOAS (Brazil Old Age Schedule). Para apreciação aplicou-se análise de associação por meio do teste χ². Os serviços de saúde mais utilizados pelos idosos nos últimos três meses foram à consulta médica (49,6%) e os exames clínicos (38,4%). As mulheres utilizaram mais os serviços de saúde (p=0,0240); 55,6% dos idosos relataram não procurar os serviços dentários. Conclui-se que a população idosa é grande usuária dos serviços de saúde e a rede pública do município necessita se organizar frente a uma demanda crescente por procedimentos diagnósticos terapêuticos.
Resumo:
Este estudo objetivou descrever as variáveis sociodemográficas e comparar as morbidades e a qualidade de vida (QV) dos idosos com diabetes mellitus (DM) residentes nas zonas urbana e rural. A amostra foi composta de 271 idosos da zona urbana e 104 da rural que autorreferiram DM. Utilizou-se análise descritiva e, na comparação das localidades, realizou-se ajuste para a idade por meio de regressão logística e linear múltipla (p < 0,05). Os idosos da zona rural eram mais jovens, casados e possuíam maior escolaridade e renda em relação àqueles da área urbana. Além disso, apresentaram maior escore de QV nos domínios físico e relações sociais e nas facetas autonomia, atividades passadas, presentes e futuras e intimidade, em relação aos do espaço urbano, nos quais se verificou maior número de comorbidades. Os idosos com DM da zona rural apresentaram, de forma geral, melhores condições de saúde em comparação aos que residiam na área urbana.
Resumo:
O presente estudo objetivou verificar a prevalência de idosos com indicativo de depressão, segundo sexo e faixa etária, e identificar os fatores associados ao indicativo de depressão. Estudo analítico, transversal e observacional, realizado com 850 idosos residentes na zona rural de um município de Minas Gerais. Para a análise dos dados aplicou-se a fórmula de taxa de prevalência e o modelo de regressão logística (p<0,05). O Projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. A prevalência de indicativo de depressão correspondeu a 22%, com maior ocorrência entre o sexo feminino e na faixa etária entre 60├70 anos. O sexo feminino, o maior número de comorbidades e de incapacidade funcional para o desempenho de atividades instrumentais da vida diária permaneceram associados ao indicativo de depressão. Esses resultados reforçam a necessidade de se implementarem ações de promoção de saúde e prevenção de agravos, com enfoque para a depressão.
Resumo:
Estudo qualitativo com abordagem da fenomenologia social que objetivou a compreensão da vivência da mulher idosa, suas necessidades de cuidado e expectativas nesse período da vida. Participaram nove mulheres, cujos depoimentos foram obtidos de fevereiro a maio de 2011, por meio de entrevista semiestruturada. A mulher idosa refere limitações de ordem física, mental e social, e valoriza a preservação de sua autonomia nas atividades diárias e no cuidado consigo mesma. Refere a família como suporte fundamental e tem expectativas e necessidades de se manter saudável, da busca pelo lazer e de ter melhor acesso aos serviços de saúde para receber informações e atendimento qualificado. Nessa fase, a ausência de perspectivas relaciona-se à perda de pessoas significativas e da saúde. Este estudo revelou facetas da vivência da mulher idosa, suscitando novas investigações e a adequação do ensino, prática e gestão às reais necessidades dessa mulher.
Resumo:
Verificar os aspectos tacêsicos importantes para serem observados ao tocar o idoso. Estudo de campo, qualitativo e exploratório desenvolvido com 117 graduandos e profissionais de saúde participantes da capacitação em comunicação não verbal em gerontologia. Os resultados revelam que a maioria conseguiu identificar, pelo menos, um fator de atenção que precisa ser respeitado ao tocar o idoso. Os discursos permitiram a construção de nove categorias apontando condições necessárias ao cuidado afetivo e de qualidade prestado no âmbito da tacêsica; quais sejam: autorização para que o toque ocorra; localização do toque; intensidade do toque; condição do idoso; intencionalidade e tipo de toque; duração do toque; sexo e idade de quem toca e quem é tocado; frequência do toque e características das mãos que tocam. O tocar faz parte do cotidiano dos profissionais da saúde e expressa zelo e sentimentos consequentemente, revela a qualidade da assistência prestada.
Resumo:
Inquérito domiciliário, transversal e analítico que objetivou descrever as características sociodemográficas, de saúde e a qualidade de vida de homens idosos e verificar os fatores socioeconômicos e de saúde associados à qualidade de vida. Participaram 804 homens idosos. Os dados foram coletados pelos instrumentos: Older Americans Resources and Services(OARS), World Health Organization Quality of Life - Bref (WHOQOL-BREF) e Health Organization Quality of Life Assessment for Older Adults(WHOQOL-OLD). Foram realizados análise descritiva, teste t-Student, correlação de Pearson e regressão linear múltipla (p <0,05). Predominaram idosos com 60├ 70 anos, casados, 4├ 8 anos de estudo e renda de um salário mínimo. Os menores escores de qualidade de vida foram no domínio físico e na faceta autonomia e estiveram associados a ausência de companheira e de escolaridade, baixa renda, maior número de morbidades e incapacidade funcional. A incapacidade funcional foi o que mais influenciou a qualidade de vida, excetuando-se o domínio físico e a faceta intimidade.