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Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estudar, por locos isoenzimáticos, a diversidade e a estrutura genética espacial de genótipos de Myracrodruon urundeuva em duas populações naturais, uma no Sudoeste (Selvíria-SEL) e outra no Sudeste (Paulo de Faria-PFA) do Brasil. Para isso, foram avaliados cinco sistemas isoenzimáticos, 25 e 30 indivíduos adultos das populações SEL e PFA, respectivamente. A estimativa da divergência genética entre populações foi baixa (=0,043). As heterozigosidades observada e esperada foram altas nas populações (0,317 e 0,511, respectivamente), e o excesso significativo de heterozigotos foi detectado na população PFA (= -0,252). A análise da distribuição genética espacial dos genótipos a partir do índice I de Moran revelou estruturação significativa até 5.224 m na população mais explorada (SEL, =0,09) e tendência à distribuição aleatória na população menos explorada (PFA, = -0,02). A provável causa da estruturação na população SEL foi a dispersão de sementes próxima às árvores-matriz, associada ao processo de recolonização a partir de sementes oriundas de poucos genótipos remanescentes. As implicações dos resultados são discutidas do ponto de vista da conservação e do melhoramento genético.
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O sistema de reprodução de duas populações de Eschweilera ovata foi quantificado por análise de isoenzimas em estrutura de progênies usando os modelos misto de reprodução e cruzamentos correlacionados. Desvios do modelo misto de reprodução foram evidenciados entre as freqüências alélicas dos óvulos e do pólen e pela heterogeneidade nas freqüências alélicas do pólen que fecundou as diferentes árvores. A taxa de cruzamento multilocos foi alta em ambas populações Camarugipe (t m =0,999±0,004) e Itaparica (t m=0,985±0,023). A alta variação na taxa de cruzamento individual (t variando de 0,320 a 1,000) indicou que a espécie não é auto-incompatível. Diferenças positivas e significativamente diferentes de zero foram detectadas entre a taxa de cruzamento multiloco e uniloco, indicando cruzamentos endogâmicos em ambas populações Camarugipe (t m-t s =0,066±0,014) e Itaparica (t m-t s =0,073±0,016) e possível estruturação genética espacial. Valores altos de cruzamentos biparentais foram detectados nas populações (Camarugipe, r p=0,577±0,088; Itaparica r p =0,423±0,070), demonstrando que as progênies são constituídas principalmente por misturas de meios-irmãos e irmãos-completos. O coeficiente de coancestria nas progênies de ambas as populações (Camarugipe, tetaxy=0,211; Itaparica tetaxy =0,191) foi superior ao esperado em progênies de meios irmãos (0,125). Os resultados foram discutidos sob a ótica de amostragens para melhoramento, conservação genética e coleta de sementes para recuperação ambiental.
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O potencial de produção de óleo-resina extraído de Copaífera spp foi avaliado em duas populações naturais do sudoeste da Amazônia brasileira (municípios de Tarauacá e Xapuri), nos anos de 2000 e 2001. Foram selecionadas 388 árvores adultas de copaíbas das duas populações, sendo identificados em cada árvore o diâmetro à altura do peito (DAP), a produção de óleo-resina, a posição da árvore no relevo local (baixio ou terra firme) e a tipologia florestal local (floresta aberta ou densa), além do nome regional da copaíba, com base em características morfológicas da casca: Copaifera reticulata: copaíba-branca, vermelha, amarela e preta e Copaifera paupera: mari-mari. Os resultados indicam que a copaíba mari-mari possui maior proporção de indivíduos produtivos (80%), enquanto os demais morfotipos apresentaram apenas de 22 a 40% de seus indivíduos produtivos. Com relação a todas as árvores amostradas, a produção de óleo-resina variou de 0 a 18 L árvore-1, com a copaíba mari-mari tendo a maior produção média (1,33 L árvore-1), porém sem diferir significativamente dos demais morfotipos. Após excluir da análise as árvores não produtivas, a copaíba-preta apresentou significativamente a maior produção média de óleo-resina (2,92 L árvore-1). A tipologia florestal, posição da árvore no relevo e o DAP não se mostraram relacionados a produção de óleo-resina.
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Calophyllum brasiliense Camb. é uma espécie predominante de áreas com alta saturação hídrica, sendo comum nos ambientes cilares do sul de Minas Gerais. Com o intuito de se estudar a variabilidade genética dessa espécie, 20 indivíduos reprodutivos de C. brasiliense foram amostrados de duas populações localizadas a montante do Reservatório Hidroelétrico do Funil, localizado no Município de Lavras,MG. A análise de eletroforese isoenzimática permitiu a obtenção de 17 alelos, distribuídos entre oito locos, sendo estes representados em cinco sistemas enzimáticos: alfa-esterase, beta-esterase, fosfatase ácida, glutamato oxalacetato, malato desidrogenase e transaminase. Os índices de diversidade revelaram um baixo número de alelos por loco em ambas as populações (1,75 e 1,50). A porcentagem de locos polimórficos (P) foi de 37,5% e 50% nas populações I e II, respectivamente. A heterozigosidade média observada foi de 0,119 e 0,111 e a esperada, de 0,131 e 0,112. O número de migrantes (Nm) encontrado entre as populações foi de 2,70. O tamanho efetivo estimado foi de 18 indivíduos para a população I e 19 para a II.
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Este trabalho objetivou investigar a dinâmica populacional de 12 espécies lenhosas de Cerrado sentido restrito. O estudo foi executado nas áreas de reserva legal (fragmentos 1 e 2) do Projeto de Colonização Gerais de Balsas, no sul do Maranhão, no período de 1995 a 2002. A maioria das espécies estudadas apresentou distribuição de freqüência dos indivíduos nas classes de diâmetro em forma de J invertido, característica de populações auto-regenerativas. As populações das espécies Byrsonima coccolobifolia, Sclerolobium paniculatum e Vochysia rufa, no fragmento 1, e B. coccolobifolia, Byrsonima crassa, Davilla elliptica e Qualea parviflora, no fragmento 2, destacaram-se por apresentar altas taxas de recrutamento que compensaram as elevadas taxas de mortalidade. Os maiores valores de incremento em diâmetro foram registrados nas espécies B. crassa, Q. parviflora, S. paniculatum e V. rufa, em ambos os fragmentos. As espécies que apresentaram alto recrutamento e alto incremento em diâmetro provavelmente permanecerão ocupando posição de destaque na estrutura da comunidade. No entanto, as populações das espécies Connarus suberosus, D. elliptica, Hirtella ciliata e Erythroxylum deciduum, no fragmento 1, e Salvertia convallariaeodora, no fragmento 2, não mostraram altas taxas de recrutamento e podem ter sua sobrevivência comprometida no futuro, caso as tendências detectadas neste estudo permaneçam.
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Fava d'anta (Dimorphandra mollis Benth) é uma planta nativa do Cerrado brasileiro utilizada na extração da rutina, quercetina e ramnose, produtos usados nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos. O norte do Estado de Minas Gerais produz cerca de 23% da rutina nacional. A obtenção dessa espécie tem sido de forma predatória pelos extrativistas, e estudos da variabilidade genética dessas populações podem fornecer subsídios para estratégias de conservação e manutenção da espécie. O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade genética dessa planta por meio da técnica de RAPD. Para isso, foram coletadas folhas jovens de fava d'anta em sete localidades diferentes (Januária, Patis, Mirabela, Lontra, CAA, Jequitaí e Morro Alto) da região Norte de Minas Gerais. Nessa análise, testaram-se 43 primers. A análise de variância molecular (AMOVA) indicou que 10,3% e 89,7% da variação genética foi distribuída entre e dentro das populações, respectivamente. A diversidade genética de Nei (Ĥe) variou de 0,1736 (população de Morro Alto) a 0,2867 (população de Mirabela). Já a análise genética permitiu a construção de um dendrograma com formação de grupos distintos, cujas informações poderão ser utilizadas na criação de um banco de germoplasma e contribuir para a preservação da espécie.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura diamétrica arbórea de um remanescente de Floresta Atlântica Submontana no Município de Silva Jardim, RJ. Foram utilizadas 20 parcelas de 100 x 5 m, em que todas as árvores com DAP > 5 cm foram amostradas. A estrutura diamétrica foi analisada em toda a comunidade e nas principais populações (determinadas segundo o VI), a partir de histogramas com intervalos de classes definidos pela fórmula de Spiegel. A análise também considerou os grupos sucessionais das espécies (pioneiras: PI; secundárias iniciais: SI; e secundárias tardias: ST). As curvas (J-reverso) e valores do quociente "q" indicaram ausência de problemas de regeneração das principais populações, a maioria de espécies SI. Entretanto, foi observada tendência de saída de algumas das principais populações de ST (ex. Plathymenia foliolosa e Euterpe edulis), paralelamente à entrada de outras SI. Os resultados complementam as análises florísticas desenvolvidas anteriormente no remanescente, o que indica que a estrutura diamétrica também foi alterada pela fragmentação e pelas perturbações antrópicas pretéritas. Ações coibindo novas perturbações e o enriquecimento através do plantio de mudas das espécies mais afetadas são urgentes, visando à recuperação da qualidade ambiental desse remanescente.
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Dimorphandra mollis é uma espécie nativa do Cerrado com grande potencial econômico e tem sido alvo de intensa exploração, principalmente de seus frutos por causa do princípio ativo do composto rutina, importante para a produção de fármacos. Algumas propostas têm surgido para uma coleta controlada desses frutos, de forma a minimizar a perda de diversidade genética, entretanto existem poucas informações sobre aspectos ecológicos e genéticos da espécie. Nesse sentido, realizou-se o estudo da estrutura genética por meio de marcadores aloenzimáticos, visando dar subsídios a propostas de conservação de populações naturais de D. mollis. Dez locos polimórficos foram utilizados para estimar as frequências alélicas referentes a 180 indivíduos, distribuídos em três populações naturais (Campina Verde, Vargem da Cruz e Pau de Fruta) no Município de Jequitaí, Norte de Minas Gerais, Brasil. Os resultados indicam alta diversidade genética da espécie ( ou = 0,463), sendo pequena a variabilidade genética entre populações (
> ou = 0,025). Foi verificada ausência de endogamia dentro das populaçõe s(
ou = -0,018 (
0,007). O fluxo gênico estimado no conjunto das populações foi alto, com
igual a 4,0, e suficiente para contrapor os efeitos da deriva genética. a alta diversidade genética nas populações da espécie indica potencial para a conservação genética in situ e também para o seu manejo. As estratégias de manejo da espécie devem considerar o tamanho efetivo populacional, no intuito de manter os níveis de variabilidade genética observados e a regeneração natural nas áreas. Palavras-chave: Fava d'anta, Marcadores aloenzimáticos e Variabilidade genética.
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Objetivando caracterizar possíveis flutuações nos padrões de distribuição diamétrica foram analisadas, num intervalo de cinco anos (2000-2005), a comunidade e as populações das 15 espécies mais abundantes do compartimento arbóreo de um remanescente de Floresta Semidecídua. A distribuição diamétrica da comunidade apresentou alta concentração nas classes menores e diminuição acentuada no sentido das maiores (J-invertido), em ambos os inventários. As populações apresentaram padrões distintos, arbitrariamente distribuídos em dois grupos: Grupo 1, formado por espécies de menor porte e abundantes no sub-bosque, como Galipea jasminiflora, Allophylus edulis, Sebastiania commersoniana, Dendropanax cuneatus e Mollinedia widgrenii, e também espécies de árvores altas e pioneiras, como Acacia polyphylla e Piptadenia gonoacantha, cujas distribuições diamétricas seguiram o modelo J-invertido. Com exceção de Calycorectes acutatus, todas as demais espécies do Grupo 2 (Platycyamus regnellii, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum, Machaerium villosum, Copaifera langsdorffii, Persea major e Cassia ferruginea) eram de maior porte, cujos adultos predominavam no dossel da floresta, elevando a área basal e apresentando densidade de indivíduos menor nas classes diamétricas inferiores. No intervalo considerado, apenas D. cuneatus alterou seu padrão de distribuição (Grupo 1-Grupo 2), enquanto as demais os acentuaram. No Grupo 1, a síndrome de dispersão preferencial era anemocórica ou autocórica, ao passo que no Grupo 2 predominava a zoocoria. Assim, o remanescente, por apresentar área pequena, forma alongada e localização semiurbana associada a um regime de intensas perturbações, pode ter ocasionado empobrecimento da fauna dispersora, prejudicando a taxa de recrutamento.
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O objetivo deste trabalho foi investigar a diversidade, a estrutura genética e o tamanho efetivo, retido em um banco de germoplasma, de duas populações de Myracrodruon urundeuva Fr. All. (aroeira), procedentes de Aramina-SP e Selvíria-MS. As populações foram avaliadas a partir da amostragem de 25 progênies de polinização aberta de cada população. De cada progênie, 17 a 20 indivíduos foram amostrados e genotipados para oito locos microssatélites. Os maiores valores para o número total de alelos (At), número médio de alelos por loco (A), número efetivo de alelos (Ae), heterozigosidade observada (H0) e esperada (He) foram detectados na população Selvíria (At = 105, A = 13,13, Ae = 3,98, H0 = 0,669 e He = 0,749), enquanto Aramina teve At = 94, A = 13,75, Ae = 3,10, H 0 = 0,535 e He = 0,678. A diferenciação nas frequências alélicas das duas populações, com relação ao pólen cruzado (0,159) e do óvulo (0,235), indica que cerca de 84% e 77%, respectivamente, da diversidade genética está dentro das populações. O coeficiente médio de coancestria foi maior (Selvíria Θ = 0,165, Aramina Θ = 0,169) e o tamanho efetivo médio das progênies (Selvíria Ne(v) = 3,04, Aramina Ne(v) = 2,69) foi menor do que o esperado em progênies de populações panmíticas (Θ = 0,125, Ne(v) = 4). O tamanho efetivo total retido no banco ex situ foi estimado em 67,5 na população Selvíria e 71,1 na população Aramina, valores menores do que o requerido (Ne = 150) para a conservação de populações em curto prazo. Entretanto, as duas populações apresentaram alta diversidade genética, o que as qualifica para serem utilizadas em programas de conservação e melhoramento genético da espécie, desde que seja aumentado o tamanho efetivo populacional conservado ex situ.
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A Mauritia flexuosa (buriti) é considerada espécie-chave no ambiente de veredas, sendo escassas as informações sobre sua estrutura populacional para subsidiar a elaboração de estratégias de manejo e conservação. Neste trabalho são avaliadas seis populações da espécie em áreas de veredas com diferentes graus de antropização nos municípios de Bela Vista de Goiás, Silvânia e São Miguel do Passa Quatro, GO, na região nuclear do Cerrado brasileiro. Foram coletados dados de altura de 584 indivíduos, desde plântulas até adultos, sendo amostrados 100 indivíduos por população, com exceção de uma, para a qual foram amostrados 84 indivíduos. A maioria das populações estudadas apresentou curvas de distribuição dos indivíduos em classes de altura em forma de J invertido, característica de populações autorregenerativas. A maior proporção de indivíduos mortos ocorreu no menor intervalo de classe de altura, com a maior expectativa de vida no intervalo de classe de altura entre 3,5 m e 7 m.
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Este estudo teve como objetivo quantificar o impacto da herbivoria por caprinos sobre as populações naturais de Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. f. (Bromeliaceae), espécie endêmica da Caatinga. Os estudos de campo foram desenvolvidos na localidade de Caboclo (8º28'56,4"S, 40º56'6,9"W, 588 m alt.), Município de Afrânio, Pernambuco. Essa área é considerada de alta importância biológica e, portanto, prioritária para a conservação. A análise quantitativa desse impacto foi realizada a partir do inventário de 10 parcelas com 2.000 m², ao longo de uma trilha pré-existente na área de estudo, e consistiu em contabilizar os indivíduos de B. laciniosa em floração e o porcentual de indivíduos que tiveram suas inflorescências forrageadas pelos caprinos. Adicionalmente, também foram obtidas informações referentes à fenologia, à morfologia floral e às taxas de formação de frutos e sementes dessa Bromeliaceae. Verificou-se que, dos 246 indivíduos inventariados, 65,8% tiveram suas inflorescências forrageadas por esses animais. A estimativa do número de flores consumidas foi de 8.748 e o número provável de frutos e sementes que deixaram de ser produzidos, de aproximadamente 7.227 e 252.945, respectivamente. O forrageamento das inflorescências diminuiu as taxas de formação de frutos e sementes, podendo, desse modo, interferir diretamente na conservação dessa bromélia.
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O objetivo deste estudo foi descrever a diversidade genética de S. adstringens em três populações localizadas em Unidades de Conservação do Estado de Minas Gerais, utilizando-se marcadores isoenzimáticos. Foram amostradas as populações dos Parques Estaduais (PE) do Biribiri e Serra Nova e Parque Nacional (PN) das Sempre Vivas. Foram empregados 14 marcadores isoenzimáticos, dos quais nove locos foram polimórficos (est-2, est-3, est-4, got-1, pgi-1, mdh-4, idh-1, adh-1 e skdh-1). Os testes de ajustamento às proporções genotípicas de EHW, teste exato de Fisher e χ² não foram significativos nos locos isoenzimáticos das três populações, exceto est-4 no PE Serra Nova, mdh-4 e idh-1 no PE do Biribiri. Os valores de heterozigosidade média esperada (He) variaram entre 0,217 e 0,255, estando próximos dos encontrados em espécies arbóreas tropicais (0,204 e 0,211) com as mesmas características de distribuição geográfica de S. adstringes. O índice de fixação (F) foi significativamente menor do que zero na população do PE do Biribiri (-0,149) e não significativo no PN das Sempre Vivas (-0,031) e no PE Serra Nova (-0,138). O excesso significativo de heterozigotos estimado na população do PE do Biribiri pode significar seleção a favor desses genótipos, porém, para verificar tal possibilidade, são requeridos estudos que consideram variáveis ambientais.
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Os estudos de diversidade genética em populações naturais são imprescindíveis para a elaboração de estratégias de conservação. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar geneticamente, por meio de marcadores Random Amplified Polymorphic DNA (RAPD), populações naturais de Ziziphus joazeiro Mart., localizadas na região do Baixo São Francisco sergipano. Foram empregados 20 oligonucleotídeos e, a partir do polimorfismo observado, foram estimadas a porcentagem de polimorfismo, a variabilidade genética e a similaridade genética (Sgij), por meio do coeficiente de Jaccard. O teste de Mantel foi realizado para avaliar a correlação entre a similaridade genética e a distância geográfica; sendo o fluxo gênico também estimado. O polimorfismo observado nas populações de Z. joazeiro variou de 58,1 a 66,5% e a similaridade genética, de 44 a 54%. A similaridade genética não está correlacionada com a distância geográfica, e os valores observados para o índice de diversidade genética de Nei, para o índice de Shannon e para os parâmetros HS, HT e GST foram considerados altos e semelhantes aos encontrados em outras espécies arbóreas. A porcentagem de locos polimórficos foi considerada baixa. Maior identidade genética foi encontrada entre as populações de Canindé do São Francisco e Santana do São Francisco; e a maior distância genética entre as populações de Canhoba e Canindé do São Francisco. O fluxo gênico foi maior que 1. Com base nos resultados, pode-se afirmar que há alta variabilidade genética entre as populações e que estas podem estar geneticamente estruturadas.
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A agricultura de precisão busca gerenciar os recursos disponíveis, enfatizando o aumento na produtividade e mantendo ou reduzindo a quantidade de insumos. Entre as técnicas para a aplicação em taxa variável, está aquela baseada na recomendação de um insumo em função da variabilidade espacial da oferta ambiental. O objetivo deste trabalho é avaliar a metodologia e analisar a viabilidade do uso de unidades de aplicação, variando a população de plantas de milho e a dose de fertilizante formulado na operação de semeadura, comparando a aplicação em taxa fixa e em taxa variável em relação à produtividade de grãos e ao total de insumos gastos. Foram realizados três experimentos: em dois deles, as doses de fertilizante formulado NPK foram aplicadas em taxas variadas envolvendo largura de faixas com metodologias diferenciadas e, no outro, variando a população de plantas de milho. Os resultados obtidos mostraram que a metodologia com a utilização de faixas largas intercaladas é mais prática do que com faixas da largura da semeadura, e que o controlador de dosagem deve ser conectado a um receptor de GPS para a variação automática da dosagem. Além disso, a aplicação de fertilizante formulado NPK, considerando apenas um nutriente, causou desequilíbrios nutricionais, afetando o desenvolvimento da cultura.