998 resultados para Planeamento de serviços de saúde mental
Resumo:
Este material compõe a disciplina optativa " Rede de atenção: saúde mental " do Curso de Especialização Estratégia Saúde da Família (2014). A disciplina é composta de quatro seções. A primeira apresenta revisão teórica que procura fundamentar as ações de saúde mental realizadas em território. A segunda discute a rede de atenção em saúde mental e as situações clínicas de mais ocorrência na Atenção Básica, o diagnóstico e as estratégias de atenção em saúde mental. Na seção 3, são discutidos casos clínicos e, na seção 4, estão disponibilizados algumas orientações técnicas em saúde mental comumente utilizadas na Atenção Básica.
Resumo:
Na unidade Agressão e autoagressão você terá a oportunidade de estudar se que a violência, a agressão e a autoagressão são fenômenos refletidos na perspectiva de condições humanas. A patologização desses fenômenos fica evidente quando são promovidas rupturas sociais e quando determinados critérios técnicos são estabelecidos para interpretá-los. O acolhimento, o vínculo, a responsabilidade e a atuação em Rede Intersetorial são premissas para o cuidado nesta especificidade. Na unidade Alterações de comportamento é apresentado as principais alterações destacando-se os estados psicóticos agudos, a ansiedade e a depressão. Esses conceitos se originam de diferentes abordagens teóricas que determinam sua classificação. A organização Mundial da Saúde através do CID 10 é o que prevalece no campo dos diagnósticos descritivos em psiquiatria e saúde mental. O cuidado a pessoa em sofrimento psíquico grave segue a lógica da oferta das ações e serviços através da Rede de Atenção Psicossocial, onde o acolhimento e o Projeto Terapêutico Singular são elementos organizadores desse cuidado. Na unidade que trata de Problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas é abordado os saberes e as práticas relacionados ao uso abusivo de álcool, crack e outras drogas. Assim, foram indicadas as diferentes formas e os modelos de cuidado dos pacientes usuários de substâncias psicoativas, observando-se que apesar de cada uma dessas apresentar sua especificidade, as decisões terapêuticas devem considerar a pessoa que sofre e oportunizar sua participação efetiva na construção de seu projeto terapêutico.
Resumo:
As raízes históricas e culturais da doença mental sempre foram norteadas por forte rejeição, discriminação, preconceito, violência, isolamento social e despreparo dos profissionais atuantes. Isto ainda acontece na rede de atendimento em saúde, o que inclui a Estratégia de Saúde da Família (ESF). O presente trabalho teve por objetivo discorrer sobre a história da reforma psiquiátrica no Brasil e levantar ações estratégicas para atenção em saúde mental na Estratégia de Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório descritivo. Foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados eletrônicas: LILACS e Scielo com unitermos: história, saúde mental, estratégia de saúde da família. Foram também utilizados como fontes de pesquisa os módulos do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família e a Linha Guia em Saúde Mental do Estado de Minas Gerais. Verificou-se que o processo de desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internação psiquiátrica avançou significativamente no Brasil, sobretudo através do Ministério da Saúde, que tem garantido mecanismos seguros para a redução de leitos e a expansão de serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos. Por sua proximidade com famílias e comunidades, as equipes de saúde da família se apresentam como um recurso estratégico para o enfrentamento de importantes problemas de saúde pública, como os agravos vinculados à saúde mental do indivíduo. Inicialmente, é importante realizar a avaliação do indivíduo. As demandas psicossociais na Atenção Básica nem sempre aparecem de forma clara nos atendimentos, nesse sentido, torna-se importante a investigação completa sobre o usuário dentro de uma abordagem bio-psico-socio-espiritual, enfocando o indivíduo como um todo. Em todos os níveis da assistência, o acolhimento é a primeira dimensão a ser considerada. É a primeira abordagem para tratar o indivíduo com transtorno mental, pois possibilita ouvir, simpatizar, empatizar, conhecer a realidade do usuário e identificar os possíveis transtornos que ele possa apresentar. A visita domiciliar é outra estratégia útil na abordagem do indivíduo com sofrimento mental, onde os profissionais de saúde mental podem entender melhor o problema do paciente e a dinâmica familiar, assim como buscar o envolvimento dos familiares no tratamento, o acompanhamento do usuário, sua integração no domicílio, além de identificar alguma relação do adoecimento psíquico com as relações interpessoais no núcleo familiar. A redução do número de internações em hospitais psiquiátricos e a criação de políticas orientando novas formas de atendimento para essa população, como a expansão dos hospitais-dia e dos atendimentos ambulatoriais nos centros de saúde, vieram a transformar o atendimento em grupo no principal recurso terapêutico nesses contextos. Existem várias práticas possíveis em saúde mental que precisam ser mais exploradas e os profissionais que compõem a ESF necessitam aprofundar seus conhecimentos técnicos e científicos acerca destas práticas. Sabe-se que a ESF está estruturada na lógica de atenção básica à saúde, por meio de novas práticas setoriais, que vem afirmar a indissociabilidade entre os trabalhos clínicos e a promoção da saúde.
Resumo:
A Organização Mundial de Saúde (2001) acredita que os transtornos mentais serão a segunda causa de adoecimento da população em 2020. Em virtude disso, observa-se a importância da melhoria dos serviços de saúde dedicados aos pacientes com transtornos mentais nas diversos âmbitos da saúde. O objetivo desse trabalho consiste em realizar uma revisão teórica sobre saúde mental na atenção básica, identificando a importância do acolhimento como porta de entrada das demandas em saúde mental na atenção básica e contextualizando o critério de responsabilização da equipe de saúde da família nas ações em saúde mental. A metodologia utilizada para esse trabalho foi a seleção de artigos de interesse a partir de levantamentos bibliográfico em acervos do sistema informatizado: Bireme, Scielo, Lilacs, nos sites com dados estatísticos oficiais do governo - Datasus e IBGE e na Biblioteca Joaquim Baeta Vianna (UFMG) em Belo Horizonte. A partir da elaboração dessa revisão foi observado que o acolhimento em saúde pressupõe dar atenção ao individuo de maneira que o mesmo se sinta confortável e apto a receber um atendimento ímpar, por meio de parâmetros humanitários, éticos, técnicos e solidários. Sendo assim, o profissional capacitado em prestar um bom acolhimento tem condições de ouvir o paciente de uma forma receptiva, atenciosa e solidária, sendo capaz de promover maior efetividade e eficiência no decorrer do seu trabalho. Concluímos que a inclusão das ações de saúde mental na atenção básica são características essenciais na unidade básica de saúde no país, sendo imprescindível que a equipe de saúde tenha conhecimento e motivação para atuar frente aos pacientes com transtornos mentais. Para que isso ocorra as equipes de saúde da família devem estar em constante treinamento e interlocução com as equipes de saúde mental.
Resumo:
Trata-se de um estudo teórico sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira e os serviços substitutivos, incluindo a história da rede social de saúde mental do município de Guanhães/MG. Por meio de uma descrição acerca do funcionamento da rede de saúde mental no município, elaborou-se uma proposta de intervenção na rede de atenção de saúde mental no município de Guanhães/MG. A Reforma Psiquiátrica provocou e ainda provoca profundas transformações assistenciais nos municípios brasileiros. Os serviços substitutivos CAPS e os PSF são alguns dos serviços que funcionam na rede de saúde mental, e que assumem a frente do cuidado do paciente portador de sofrimento mental, substituindo o tratamento dentro dos hospitais psiquiátricos. Trata-se da transformação da atenção à saúde mental, de apenas curativo, para uma atenção comunitária. Com a Reforma Psiquiátrica, valoriza-se o paciente, seu sofrimento, busca-se sua inserção na comunidade. A rede de atenção, formada pelos serviços substitutivos deve estar permanentemente bem articulada, para que a atenção seja realizada integralmente. O presente plano de intervenção busca apresentar alternativas para a superação de entraves principalmente no que se refere à articulação dos CAPS e PSF no município de Guanhães.
Resumo:
O presente estudo tem por objetivo analisar a Atenção em Saúde Mental e a sua interlocução com a Atenção Primaria, a partir da Reforma Psiquiátrica, e sua contribuição para otimizar a atuação da equipe do Programa Saúde da Família, no município de Pratinha/MG. Foram pesquisados livros, artigos científicos, dissertações, teses, dentre outros por meio do Portal Biblioteca Virtual de Saúde, BIREME, de 2003 a 2010. Os resultados evidenciaram que o município enfrenta diversos impasses na operacionalização da Reforma Psiquiátrica deparando com problemas sociais, políticos, logísticos e de recursos humanos, como a falta de estrutura dos serviços municipais de saúde, da organização de processo de trabalho, a falta de capacitação da equipe e a ausência de políticas municipais de saúde mental. É necessária a participação da gestão política, da equipe, dos usuários, suas famílias e da própria comunidade na implementação de um novo modelo assistencial em saúde mental, alicerçado na desinstitucionalização, na reabilitação e na reinserção social do individuo, através de novas abordagens, novos valores e olhares aos portadores de transtorno mental.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivos refletir a proposta de reorganização da atenção em saúde mental para a atenção primária no município de Governador Valadares/ MG e compreender o contexto em que se inserem essas propostas. A metodologia utilizada para alcançar os objetivos propostos foi análise dos documentos produzidos pelo município, como o relatório da I Conferência Microrregional realizada em 2010. Buscou-se, ainda, fundamentação teórica para subsidiar a análise. O envolvimento expressivo de trabalhadores das UAPS e familiares de portadores de sofrimento mental para o cuidado com a saúde do usuário mostrou ser fator importante na construção das políticas públicas, estabelecendo-se uma rede de serviços no município pautada pelo respeito à dignidade e à liberdade dos portadores de sofrimento mental.
Resumo:
O presente estudo tem como objetivo abordar o cenário da saúde mental no Programa Saúde da Família (PSF) - Areias I - situado no bairro Areias no município de Ribeirão das Neves - MG e compor um plano de ação para que haja a consolidação da saúde mental no município e que ela seja exercida de forma efetiva.O enfoque deste presente estudo será na área da enfermagem em saúde mental como requisito parcial para a conclusão do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Tendo esta última como foco de atenção, pois será através das interações em seu seio que as mudanças ocorrerão e que o portador de transtorno mental encontrará o apoio para adesão ao tratamento e a conquista de sua dignidade. Uma vez que no modelo de atenção atual, a política assistencial vigente preconiza a diminuição da oferta de leitos hospitalares e a criação de serviços substitutivos de atenção à saúde mental, trazendo o portador de transtorno mental para dentro das dinâmicas familiares que antes eram excluídos. Foi elaborado um diagnóstico situacional da área de abrangência da ESF - Areias I, de acordo com o módulo sobre Planejamento e Avaliação das Ações em Saúde do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Será proposto um plano de ação de acordo com o modelo do Planejamento Estratégico (PES) e para o embasamento científico foi realizada uma revisão literária com utilização dos seguintes descritores: "Estratégia de Saúde da Família", "Saúde Mental", em site de busca como o SciELO, Lilacs e Biblioteca Virtual da UFMG sobre o assunto; como critério de inclusão foram utilizados artigos publicados entre os anos de 1990 a 2014. De acordo com o presente estudo foi constatado a importância da Estratégia Saúde da Família na prevenção, promoção e recuperação da saúde dos portadores de transtornos mentais, pois através do vínculo que se adquire com a população adscrita torna-se possível a intervenção nos problemas dos mesmos.
Resumo:
Nos últimos anos o desenvolvimento da Estratégia Saúde da Família (ESF) e a implantação dos novos serviços substantivos em saúde mental - especialmente os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) significam um progresso indiscutível da política do Sistema Único de Saúde (SUS). No ambulatório Padre Chico de Campo do Meio - MG observa-se, nos últimos anos, a necessidade de organizar o atendimento aos pacientes portadores de transtornos mentais na atenção básica já que a unidade de saúde além de conter uma Equipe da ESF também possui atendimento psiquiátrico. Esse trabalho tem como objetivo propor um Projeto Piloto de Matriciamento em Saúde Mental a fim de organizar e melhorar a qualidade dos atendimentos em saúde mental na atenção básica. Para fundamentar a proposta foi efetuada uma revisão bibliográfica utilizando a base de dados da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), publicações, leis e portarias do Ministério da Saúde. O projeto foi pautado nos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Reforma Psiquiátrica Brasileira com o intuito de garantir o acesso ao tratamento e a integração dos portadores de transtornos mentais à comunidade local.
Resumo:
A saúde brasileira vem sofrendo modificações desde a criação do SUS. A partir daí a Atenção Básica foi colocada em evidência para substituir o modelo hospitalocêntrico. O mesmo aconteceu com a Atenção em Saúde Mental. Outras formas de assistência em regime aberto foram criadas e a rede de atenção psicossocial envolveu vários serviços de saúde, inclusive o Programa Saúde da Família. Mas estes serviços apresentam dificuldades nestes atendimentos em saúde mental, álcool e drogas. Após diagnóstico situacional realizado no PSF Santuário, no município de Machado-MG, um dos problemas identificados foi a grande quantidade de tráfico e usuários de drogas na área. A revisão bibliográfica demonstra grande dificuldade em atender este público, tanto em saúde mental, quanto usuários de drogas. Este estudo objetivou elaborar uma proposta de capacitação para os profissionais da Atenção Primária à Saúde do Município de Machado sobre a atuação em Saúde Mental no nível local, no contexto das Redes de Atenção Saúde. Para isso, foi realizado um breve levantamento bibliográfico sobre: a História da Reforma Psiquiátrica e do Programa Saúde da Família; as Redes de Atenção à Saúde; as Redes de Atenção Psicossocial; a Saúde Mental na Estratégia Saúde da Família e a Educação Permanente em Saúde. O Plano de Ação foi desenvolvido especificando todas as etapas, com as justificativas, especificando o local, o tempo necessário, quem ficará responsável por cada etapa, o método e o custo. O plano de capacitar todos os profissionais que compõe a rede de atenção psicossocial é a melhor alternativa para resolver a falta de conhecimento na área de saúde mental. Com o desenvolvimento deste plano de ação a equipe da Rede de Atenção Psicossocial melhorará os seus conhecimentos e a qualidade do serviço prestado a população
Resumo:
Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência de transtornos mentais na população está em torno de 21,4%. No município de Aracaju ainda não existem dados sobre a ocorrência de transtornos mentais, entretanto é a alta sua prevalência, na Rede de Atenção Psicossocial, cerca de 1600 usuários são acolhidos e tratados em todo o sistema e a perspectiva é de aumento. Entretanto é nítida a dependência da saúde mental dos serviços especializados e Centros de Atenção-psicossocial, sendo reduzido o acompanhamento das pacientes nas unidades básicas de saúde. Diante disso foi levantado o problema de: como melhorar o vinculo dos pacientes portadores de sofrimento psíquico com a Unidade de saúde da Família José Machado de Souza, diminuindo assim a dependência aos serviços especializados, e permitindo o tratamento integral destes junto a suas famílias? Visto que é indispensável uma maior participação das Unidades de Saúde da Família no tratamento desses pacientes. Portanto o projeto tem como objetivo consolidar a atenção integral a saúde mental na unidade de saúde José Machado de Souza, Aracaju – Se, através de atividades de treinamento dos profissionais de saúde da unidade, tornando-os aptos para identificar, acolher e quando necessário tratar os usuários portadores de sofrimento psíquico, implantação do Apoio Matricial na unidade e apoio aos pacientes e familiares.
Resumo:
O objetivo deste artigo é analisar as concepções sobre o inconsciente ligadas ao cotidiano da prática terapêutica de rede, como contribuição à clínica em saúde mental. A pesquisa participante foi realizada em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) na cidade de São Paulo. Os resultados mostraram as concepções mais frequentes: o inconsciente como inconsciência, o inconsciente como desconhecimento e o inconsciente como método de escuta do sujeito e das relações na instituição. Demonstram uma flexibilidade teórica que pode permitir articulações complexas nas diversas intervenções no cotidiano da equipe referentes às subjetividades e saberes sobre o inconsciente, psicanalíticos ou não. Conclui-se que a elucidação desse saber prático sobre o inconsciente contribui para o aprofundamento dessa temática no campo da reforma psiquiátrica.
Resumo:
O objetivo foi analisar a evolução do perfil de utilização de serviços de saúde, entre 2003 e 2008, no Brasil e nas suas macrorregiões. Foram utilizados dados da PNAD. A utilização de serviços de saúde foi medida pela proporção de pessoas que procuraram e foram atendidas nas 2 semanas anteriores e pelos que relataram internação nos últimos 12 meses, segundo SUS e não SUS. Foram analisadas as características socioeconômicas dos usuários, o tipo de atendimento e de serviço e os motivos da procura. A proporção de indivíduos que procuraram serviços de saúde não se alterou, assim como a parcela dos que conseguiram atendimento (96%), entre 2003 e 2008. O SUS respondeu por 56,7% dos atendimentos, realizando a maior parte das internações, vacinação e consultas e somente 1/3 das consultas odontológicas. Em 2008, manteve-se o gradiente de redução de utilização de serviços de saúde SUS conforme o aumento de renda e escolaridade. Houve decréscimo da proporção dos que procuraram serviços de saúde para ações de prevenção e aumento de procura para problemas odontológicos, acidentes e lesões e reabilitação. O padrão de utilização do SUS por região esteve inversamente relacionado à proporção de indivíduos com posse de planos privados de saúde.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar as dificuldades de acessibilidade aos serviços de saúde vividas por pessoas com deficiência. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo realizado com pessoas que relataram ter algum tipo de deficiência (paralisia ou amputação de membros; baixa visão, cegueira unilateral ou total; baixa audição, surdez unilateral ou total). Foram entrevistados 25 indivíduos (14 mulheres) na cidade de São Paulo, SP, de junho a agosto de 2007, que responderam perguntas referentes a deslocamento e acessibilidade aos serviços de saúde. A metodologia utilizada para análise foi o discurso do sujeito coletivo e as análises foram conduzidas com recurso do programa Qualiquantisoft. ANÁLISE DOS RESULTADOS: A análise dos discursos sobre o deslocamento ao serviço de saúde mostrou diversidade quanto ao usuário ir ao serviço sozinho ou acompanhado, utilizar carro particular, transporte coletivo, ir a pé ou de ambulância e demandar tempo variado para chegar ao serviço. Com relação às dificuldades oferecidas de acessibilidade pelos serviços de saúde, houve relatos de demora no atendimento, problemas com estacionamento, falta de rampas, elevadores, cadeiras de rodas, sanitários adaptados e de médicos. CONCLUSÕES: As pessoas com algum tipo de deficiência fizeram uso de meios de transporte diversificados, necessitando de companhia em alguns casos. Problemas na acessibilidade dos serviços de saúde foram relatados pelos sujeitos com deficiências, contrariando o princípio da eqüidade, preceito do Sistema Único de Saúde.
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OBJETIVO: Analisar os fatores relacionados à determinação e às desigualdades no acesso e uso dos serviços de saúde por idosos. MÉTODOS: Estudo integrante do Projeto Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE), no qual foram entrevistados 2.143 indivíduos com 60 anos ou mais no município de São Paulo, SP, em 2000. A amostra foi obtida em dois estágios, utilizando-se setores censitários com reposição, probabilidade proporcional à população e complementação da amostra de pessoas de 75 anos. Foi mensurado o uso de serviços hospitalares e ambulatoriais nos quatro meses anteriores à entrevista, relacionando-os com fatores de capacidade, necessidade e predisposição (renda total, escolaridade, seguro saúde, morbidade referida, auto-percepção, sexo e idade). O método estatístico utilizado foi regressão logística multivariada. RESULTADOS: Dos entrevistados, 4,7% referiram ter utilizado a internação hospitalar e 64,4% o atendimento ambulatorial. Dos atendimentos ambulatoriais em serviço público, 24,7% ocorreram em hospital e 24,1% em serviço ambulatorial; dentre os que ocorreram em serviços privados, 14,5% foram em hospital e 33,7% em clínicas. Pela análise multivariada, observou-se associação entre a utilização de serviços e sexo, presença de doenças, auto-percepção de saúde, interação da renda e escolaridade e posse de seguro saúde. A análise isolada com escolaridade apresentou efeito inverso. CONCLUSÕES: Foram observadas desigualdades no uso e acesso aos serviços de saúde e inadequação do modelo de atenção, indicando necessidade de políticas públicas que levem em conta as especificidades dessa população, facilitem o acesso e possam reduzir essas desigualdades.