920 resultados para Mortality factors
Resumo:
PURPOSE: Concerns were raised about the safety of antiplatelet thienopyridine derivatives after a randomized control trial reported increased risks of cancer and cancer deaths in prasugrel users. We investigate whether clopidogrel, a widely used thienopyridine derivative, was associated with increased risk of cancer-specific or all-cause mortality in cancer patients.
METHODS: Colorectal, breast and prostate cancer patients, newly diagnosed from 1998 to 2009, were identified from the National Cancer Data Repository. Cohorts were linked to the UK Clinical Practice Research Datalink, providing prescription records, and to the Office of National Statistics mortality data (up to 2012). Unadjusted and adjusted hazard ratios (HRs) for cancer-specific and all-cause mortality in post-diagnostic clopidogrel users were calculated using time-dependent Cox regression models.
RESULTS: The analysis included 10 359 colorectal, 17 889 breast and 13 155 prostate cancer patients. There was no evidence of an increase in cancer-specific mortality in clopidogrel users with colorectal (HR = 0.98 95% confidence interval (CI) 0.77, 1.24) or prostate cancer (HR = 1.03 95%CI 0.82, 1.28). There was limited evidence of an increase in breast cancer patients (HR = 1.22 95%CI 0.90, 1.65); however, this was attenuated when removing prescriptions in the year prior to death.
CONCLUSIONS: This novel study of large population-based cohorts of colorectal, breast and prostate cancer patients found no evidence of an increased risk of cancer-specific mortality among colorectal, breast and prostate cancer patients using clopidogrel.
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Os compostos de tributilestanho (TBT) foram utilizados como biocidas em tintas antivegetativas (AV) e amplamente aplicados, durante décadas, de forma a evitar a bioincrustação em superfícies submersas, principalmente em cascos de embarcações. Os seus efeitos deletérios em organismos não-alvo tornaram-se evidentes após o aparecimento de gastrópodes prosobrâquios com imposex – sobreposição de caracteres sexuais masculinos sobre o tracto reprodutivo das fêmeas. Desde então, a expressão do imposex em prosobrânquios tem sido amplamente utilizada como biomarcador da poluição por TBT. Um dos objectivos da presente tese é avaliar se as mais recentes restrições legais na utilização das tintas AV com compostos organoestânicos (OTs) resultaram numa redução da poluição pelos mesmos na costa continental Portuguesa. Para tal, foi levada a cabo a análise da variação temporal do imposex como biomarcador dos níveis ambientais de TBT e a validação de procedimentos, de modo a seguir de forma precisa a evolução da intensidade deste fenómeno ao longo do tempo. O trabalho de investigação teve início no momento em que a ineficácia da legislação anterior (Directiva 89/677/CEE) na redução da poluição por TBT no litoral Português era reportada na literatura e quando estavam já agendados instrumentos decisivos para a diminuição definitiva deste tipo de poluição: o Regulamento (CE) N.º 782/2003 do Parlamento e do Conselho da União Europeia (UE) que bania as tintas AV baseadas em TBT na sua frota a partir de 1 de Julho de 2003; a "Convenção Internacional sobre o Controlo de Sistemas Antivegetativos Nocivos em Navios” (Convenção AFS), adoptada em 2001 pela Organização Marítima Internacional (OMI), que procurava erradicar os OTs da frota mundial até 2008. Os níveis de imposex e as concentrações de OTs nos tecidos de fêmeas de Nucella lapillus foram medidos em 17 locais de amostragem ao longo da costa Portuguesa em 2003, a fim de se avaliarem os impactos do TBT nas populações desta espécie e de se criar uma base de dados para seguir a sua evolução futura. O índice da sequência do vaso deferente (VDSI), o índice do tamanho relativo do pénis (RPSI) e a percentagem de fêmeas afectadas por imposex (%I) foram utilizados na medição da intensidade deste fenómeno em cada local de amostragem e os seus valores variaram entre 0,20-4,04, 0,0- 42,2% e 16,7-100,0%, respectivamente. Foram encontradas fêmeas estéreis em 3 locais de amostragem, com percentagens a variar entre 4,0 e 6,2%. As concentrações de TBT e dibutilestanho (DBT) nas fêmeas variaram respectivamente entre 23-138 e <10-62 ng Sn.g-1 de peso seco, e o conteúdo em TBT nos tecidos revelou-se significativamente correlacionado com o imposex (nomeadamente com o RPSI e o VDSI). Os níveis de expressão do fenómeno e o conteúdo em OTs nos tecidos, foram superiores na proximidade de portos, confirmando as conclusões obtidas anteriormente por outros autores de que os navios e a actividade dos estaleiros são as principais fontes destes compostos no litoral Português. As infra-estruturas associadas ás principais fontes de OTs – portos, estaleiros e marinas – estão geralmente localizadas no interior de estuários, motivo pelo qual estas áreas têm vindo a ser descritas como as mais afectadas por estes poluentes. Por esta razão, foi levado a cabo o estudo pormenorizado da poluição por TBT na Ria de Aveiro, como caso de estudo representativo da poluição por estes compostos num sistema estuarino em Portugal continental. N. lapillus foi usada como bioindicador para avaliar a tendência temporal da poluição por TBT nesta área entre 1997 e 2007. Foi registada uma diminuição da intensidade do imposex após 2003, embora as melhorias mais evidentes tenham sido observadas entre 2005 e 2007, provavelmente devido à implementação do Regulamento (CE) N.º 782/2003 que proibiu a aplicação de tintas AV com TBT em navios com a bandeira da UE. Apesar desses progressos, as análises ao conteúdo em OTs nos tecidos de fêmeas de N. lapillus e em amostras de água colhidas em 2006 indicaram contaminação recente por TBT na área de estudo, evidenciando assim a permanência de fontes de poluição. A utilização de N. lapillus como bioindicador da poluição por TBT na Ria de Aveiro apresenta algumas limitações uma vez que a espécie não ocorre nas áreas mais interiores da Ria e não vive em contacto com sedimentos. Assim, a informação obtida a partir da sua utilização como bioindicador é fundamentalmente relativa aos níveis de TBT na coluna de água. Foi então necessário recorrer a um bioindicador complementar – Hydrobia ulvae – para melhor avaliar a evolução temporal da poluição por TBT no interior deste sistema estuarino e estudar a persistência de TBT nos sedimentos. Não foi registada uma diminuição dos níveis de imposex em H. ulvae na Ria de Aveiro entre 1998 e 2007, apesar da aplicação do Regulamento (CE) N.º 782/2003. Pelo contrário, houve um aumento global significativo da percentagem de fêmeas afectadas por imposex e um ligeiro aumento do VDSI, contrastando com o que tem sido descrito para outros bioindicadores na Ria de Aveiro no mesmo período. Estes resultados mostram que a diferente biologia/ecologia das espécies indicadoras determina vias distintas de acumulação de TBT, apontando a importância da escolha do bioindicador dependendo do compartimento a ser monitorizado (sedimento versus água). A ingestão de sedimento como hábito alimentar em H. ulvae foi discutida como sendo a razão para a escolha da espécie como indicadora da contaminação dos sedimentos por TBT. Foram também estudados os métodos mais fiáveis para reduzir a influência de variáveis críticas na medição dos níveis de imposex em H. ulvae. As comparações de parâmetros do imposex baseados em medições do pénis devem ser sempre realizadas sob condições de narcotização bem standardizadas uma vez que este procedimento provoca um aumento significativo do comprimento do pénis (PL) em ambos os sexos. O VDSI, a % e o PL em ambos os sexos revelaram ser fortemente influenciados pelo tamanho dos espécimes: a utilização de fêmeas mais pequenas conduz à subestimação do VDSI, da %I e do PL, enquanto que diferenças no tamanho dos machos provocam variações no índice do comprimento relativo do pénis (RPLI), independentemente dos níveis de poluição por TBT. Existe, portanto, a necessidade de controlar algumas variáveis envolvidas na análise do imposex que mostraram afectar a fiabilidade dos resultados. Uma vez que N. lapillus é o principal bioindicador dos efeitos biológicos específicos do TBT para a área da OSPAR, foi também estudada a influência de algumas variáveis na avaliação dos níveis de imposex nesta espécie, especificamente as relacionadas com o ciclo reprodutor e o tamanho dos espécimes. O estudo do ciclo reprodutor e a variação sazonal/espacial do comprimento do pénis do macho (MPL) incidiu num único local no litoral Português (Areão – região de Aveiro) de forma a avaliar se o RPSI varia sazonal e espacialmente na mesma estação de amostragem e se tais variações influenciam os resultados obtidos em programas de monitorização do imposex. Nos meses de Dezembro de 2005 a Junho de 2007, foram encontrados espécimes de N. lapillus sexualmente maturos e potencialmente aptos para a reprodução. Contudo, foi também evidente um padrão sazonal do ciclo reprodutor – o estado de desenvolvimento da gametogénese nas fêmeas variou sazonalmente e ocorreu uma diminuição do volume da glândula da cápsula e do factor de condição no final do Verão / início do Outono. Contrariamente, a gametogénese nos machos não apresentou variação sazonal significativa, embora os valores mais baixos do factor de condição, do comprimento do pénis e dos volumes de esperma e da próstata tenham também sido registados no final do Verão / início do Outono. Além disso, o MPL mostrou variar, no mesmo local de amostragem, inversamente com a distância aos ninhos de cápsulas ovígeras; um aumento dos valores do MPL foi também observado em espécimes de maior tamanho. Todas estas variações no MPL introduzem desvios nos resultados da avaliação do imposex quando é usado o RPSI. A magnitude do erro envolvido foi quantificada e revelou-se superior em locais com níveis mais elevados de poluição por TBT. Apesar do RPSI ser um índice que fornece informação importante sobre os níveis de poluição por TBT, a sua interpretação deve ser cuidadosa e realizada complementarmente com os outros índices, destacando-se o VDSI como índice mais fiável e com significado biológico mais expressivo. Novas campanhas de monitorização do imposex em N. lapillus foram realizadas ao longo da costa Portuguesa em 2006 e 2008, e os resultados subsequentemente comparados com a base de dados criada em 2003,de forma a avaliar a evolução da poluição por TBT no litoral Português naquele período. Nestes estudos foram aplicados novos procedimentos na monitorização e tratamento dos dados, de forma a minimizar a variação nos índices de avaliação do imposex induzida pelos factores acima descritos, para seguir com maior consistência a tendência da poluição por TBT entre 2003 e 2008. Foi observado um declínio global significativo na intensidade de imposex na área de estudo durante o referido período e a qualidade ecológica da costa Portuguesa, segundo os termos definidos pela Comissão OSPAR, revelou melhorias notáveis após 2003 confirmando a eficácia do Regulamento (CE) N.º 782/2003. Não obstante, as populações de N. lapillus revelaram-se ainda amplamente afectadas por imposex, tendo sido detectadas emissões de TBT na água do mar ao longo da costa em 2006, apesar da restrição anteriormente referida. Estes inputs foram atribuídos principalmente aos navios que à data ainda circulavam com tintas AV com TBT aplicadas antes de 2003, uma vez que a sua utilização nas embarcações foi apenas proibida em 2008. Considerando que o Regulamento (CE) N.º 782/2003 constitui uma antecipação da proibição global da OMI que entrou em vigor em Setembro de 2008, prevê-se, por analogia, que haja uma rápida diminuição da poluição por TBT à escala mundial num futuro próximo. Na sequência desta previsão, é apresentada uma discussão teórica preliminar relativamente ás possíveis estratégias usadas por N. lapillus na recolonização de locais onde, no passado, as populações terão aparentemente sido extintas devido a níveis extremamente elevados de TBT. Estes locais são tipicamente zonas abrigadas junto de infra-estruturas portuárias, cuja recolonização por esta espécie será provavelmente muito lenta dada a mobilidade reduzida dos adultos e o ciclo de vida não apresentar fase larvar pelágica. Foram então equacionadas duas hipotéticas vias de recolonização de zonas abrigadas por espécimes provenientes de populações de costa aberta/exposta: a migração de adultos e/ou a dispersão de juvenis. No entanto, em ambos os casos, estaria implicada a transposição de um problema amplamente descrito na bibliografia: as populações de N. lapillus de costa aberta podem apresentar um fenótipo muito diferente das de zonas abrigadas, podendo inclusivamente variar no número de cromossomas. A recolonização pode portanto não ter sucesso pelo simples facto dos novos recrutas não estarem bem adaptados aos locais a recolonizar. Para analisar este problema, foram estudados tanto a forma da concha de espécimes de N. lapillus ao longo da costa Portuguesa como o respectivo número de cromossomas. Embora a forma da concha tenha revelado diferenças, de acordo com o grau de hidrodinamismo entre as populações de N. lapillus avaliadas, o cariótipo 2n = 26, típico de zonas expostas, foi registado em todos os locais amostrados. Por outro lado, foi também testada em laboratório a possível mortalidade de juvenis em dispersão no interior menos salino dos estuários. Foi então verificada a ocorrência de mortalidade elevada de juvenis expostos a salinidades baixas (=100% após 1 hora a salinidades ≤9 psu), o que também pode comprometer a recolonização de zonas estuarinas menos salinas por esta via. Mesmo assim, os juvenis mostraram um comportamento de flutuação à superfície da água em condições laboratoriais, que pode ser considerado um benefício específico na colonização de áreas mais internas dos estuários, se tal facto vier a ser confirmado em estudos de campo. As conclusões deste estudo contribuem certamente para a descrição do final da “história do TBT” dado que, uma vez controlados alguns factores determinantes no uso do imposex como biomarcador, a avaliação do declínio da poluição por estes compostos, agora esperado à escala global, se torna mais rigorosa.
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A compreensão dos impactes das alterações climáticas é fundamental para a gestão a longo do prazo dos ecossistemas estuarinos. Esta compreensão só poderá ser efectiva considerando a variabilidade climática natural e o papel relativo das intervenções antropogénicas nestes ecossistemas. Assim, a presente dissertação analisa a influência das alterações climáticas e pressões antropogénicas na qualidade da água e dinâmica ecológica da Ria de Aveiro com base numa abordagem integrada, que combinou a análise de séries temporais dos últimos 25 anos e a modelação numérica de elevada resolução de cenários futuros de alterações climáticas e intervenções antropogénicas. A componente de modelação de qualidade da água e ecológica foi melhorada a vários níveis. A análise de sensibilidade do modelo 3D hidrodinâmicoecológico ECO-SELFE aplicado à Ria de Aveiro e a revisão das constantes de semi-saturação para absorção de nutrientes pelo fitoplâncton contribuíram para a precisão e robustez das aplicações. A concentração do fitoplâncton foi significativamente influenciada pelas taxas de crescimento do fitoplâncton e de mortalidade e excreção do zooplâncton, e apresentou uma sensibilidade reduzida à variação das constantes de semi-saturação na gama identificada para as diatomáceas. O acoplamento do ECO-SELFE a um modelo de campo próximo e a integração do ciclo do oxigénio aumentaram a sua capacidade de representação dos processos e das escalas espaciais relevantes. A validação do ECO-SELFE foi realizada com base num conjunto de campanhas específicas realizadas no canal de Mira. Os padrões espaciais e temporais observados para as várias variáveis (clorofila a, nutrientes, oxigénio dissolvido, salinidade, temperatura da água, correntes e níveis) foram simulados com erros menores ou semelhantes aos obtidos neste tipo de aplicações. A análise dos padrões de variabilidade espacial e temporal da qualidade da água e ecológica na Ria de Aveiro a diferentes escalas, efectuada com base nos dados históricos de 1985 a 2010 complementados pelas campanhas realizadas, sugeriu uma influência combinada da variabilidade climática e das acções antropogénicas. Os cenários futuros de alterações climáticas e intervenções antropogénicas simulados evidenciaram uma influência mais significativa das alterações climáticas quando comparadas com os efeitos das acções antropogénicas analisadas. As variações mais significativas são previstas para os cenários de subida do nível do mar, seguidos dos cenários de alterações dos regimes hidrológicos, evidenciando o papel da circulação (maré e caudal fluvial) no estabelecimento da qualidade da água e dinâmica ecológica na laguna. Para os cenários de subida do nível do mar são previstos decréscimos significativos da clorofila a e dos nutrientes a jusante e nas zonas intermédias do canal, e um aumento significativo da salinidade a montante. Estas alterações poderão favorecer modificações da composição e distribuição das comunidades, afectando a cadeia alimentar e causando uma progressão para montante de espécies marinhas. Os resultados sugerem ainda que os efeitos poderão ser mais significativos em estuários pouco profundos.
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During the last century mean global temperatures have been increasing. According to the predictions, the temperature change is expected to exceed 1.5ºC in this century and the warming is likely to continue. Freshwater ecosystems are among the most sensitive mainly due to changes in the hydrologic cycle and consequently changes in several physico-chemical parameters (e.g. pH, dissolved oxygen). Alterations in environmental parameters of freshwater systems are likely to affect distribution, morphology, physiology and richness of a wide range of species leading to important changes in ecosystem biodiversity and function. Moreover, they can also work as co-stressors in environments where organisms have already to cope with chemical contamination (such as pesticides), increasing the environmental risk due to potential interactions. Therefore, the objective of this work was to evaluate the effects of climate change related environmental parameters on the toxicity of pesticides to zebrafish embryos. The following environmental factors were studied: pH (3.0-12.0), dissolved oxygen level (0-8 mg/L) and UV radiation (0-500 mW/m2). The pesticides studied were the carbamate insecticide carbaryl and the benzimidazole fungicide carbendazim. Stressors were firstly tested separately in order to derive concentration- or intensity-response curves to further study the effects of binary combinations (environmental factors x pesticides) by applying mixture models. Characterization of zebrafish embryos response to environmental stress revealed that pH effects were fully established after 24 h of exposure and survival was only affected at pH values below 5 and above 10. Low oxygen levels also affected embryos development at concentrations below 4 mg/L (delay, heart rate decrease and edema), and at concentrations below 0.5 mg/L the survival was drastically reduced. Continuous exposure to UV radiation showed a strong time-dependent impact on embryos survival leading to 100% of mortality after 72 hours of exposure. The toxicity of pesticides carbaryl and carbendazim was characterized at several levels of biological organization including developmental, biochemical and behavioural allowing a mechanistic understanding of the effects and highlighting the usefulness of behavioural responses (locomotion) as a sensitive endpoint in ecotoxicology. Once the individual concentration response relationship of each stressor was established, a combined toxicity study was conducted to evaluate the effects of pH on the toxicity of carbaryl. We have shown that pH can modify the toxicity of the pesticide carbaryl. The conceptual model concentration addition allowed a precise prediction of the toxicity of the jointeffects of acid pH and carbaryl. Nevertheless, for alkaline condition both concepts failed in predicting the effects. Deviations to the model were however easy to explain as high pH values favour the hydrolysis of carbaryl with the consequent formation of the more toxic degradation product 1- naphtol. Although in the present study such explanatory process was easy to establish, for many other combinations the “interactive” nature is not so evident. In the context of the climate change few scenarios predict such increase in the pH of aquatic systems, however this was a first approach focused in the lethal effects only. In a second tier assessment effects at sublethal level would be sought and it is expectable that more subtle pH changes (more realistic in terms of climate changes scenarios) may have an effect at physiological and biochemical levels with possible long term consequences for the population fitness.
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Tese dout., Ciências e Tecnologias das Pescas, Universidade do Algarve, 2009
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Objectives: To characterize the epidemiology and risk factors for acute kidney injury (AKI) after pediatric cardiac surgery in our center, to determine its association with poor short-term outcomes, and to develop a logistic regression model that will predict the risk of AKI for the study population. Methods: This single-center, retrospective study included consecutive pediatric patients with congenital heart disease who underwent cardiac surgery between January 2010 and December 2012. Exclusion criteria were a history of renal disease, dialysis or renal transplantation. Results: Of the 325 patients included, median age three years (1 day---18 years), AKI occurred in 40 (12.3%) on the first postoperative day. Overall mortality was 13 (4%), nine of whom were in the AKI group. AKI was significantly associated with length of intensive care unit stay, length of mechanical ventilation and in-hospital death (p<0.01). Patients’ age and postoperative serum creatinine, blood urea nitrogen and lactate levels were included in the logistic regression model as predictor variables. The model accurately predicted AKI in this population, with a maximum combined sensitivity of 82.1% and specificity of 75.4%. Conclusions: AKI is common and is associated with poor short-term outcomes in this setting. Younger age and higher postoperative serum creatinine, blood urea nitrogen and lactate levels were powerful predictors of renal injury in this population. The proposed model could be a useful tool for risk stratification of these patients.
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Background: Over the last two decades, mortality from coronary heart disease (CHD) and cerebrovascular disease (CVD) declined by about 30% in the European Union (EU). Design: We analyzed trends in CHD (X ICD codes: I20-I25) and CVD (X ICD codes: I60-I69) mortality in young adults (age 35-44 years) in the EU as a whole and in 12 selected European countries, over the period 1980-2007. Methods: Data were derived from the World Health Organization mortality database. With joinpoint regression analysis, we identified significant changes in trends and estimated average annual percent changes (AAPC). Results: CHD mortality rates at ages 35-44 years have decreased in both sexes since the 1980s for most countries, except for Russia (130/100,000 men and 24/100,000 women, in 2005-7). The lowest rates (around 9/100,000 men, 2/100,000 women) were in France, Italy and Sweden. In men, the steepest declines in mortality were in the Czech Republic (AAPC = -6.1%), the Netherlands (-5.2%), Poland (-4.5%), and England and Wales (-4.5%). Patterns were similar in women, though with appreciably lower rates. The AAPC in the EU was -3.3% for men (rate = 16.6/100,000 in 2005-7) and -2.1% for women (rate = 3.5/100,000). For CVD, Russian rates in 2005-7 were 40/100,000 men and 16/100,000 women, 5 to 10-fold higher than in most western European countries. The steepest declines were in the Czech Republic and Italy for men, in Sweden and the Czech Republic for women. The AAPC in the EU was -2.5% in both sexes, with steeper declines after the mid-late 1990s (rates = 6.4/100,000 men and 4.3/100,000 women in 2005-7). Conclusions: CHD and CVD mortality steadily declined in Europe, except in Russia, whose rates were 10 to 15-fold higher than those of France, Italy or Sweden. Hungary and Poland, and also Scotland, where CHD trends were less favourable than in other western European countries, also emerge as priorities for preventive interventions.
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BACKGROUND: To date, there is no quality assurance program that correlates patient outcome to perfusion service provided during cardiopulmonary bypass (CPB). A score was devised, incorporating objective parameters that would reflect the likelihood to influence patient outcome. The purpose was to create a new method for evaluating the quality of care the perfusionist provides during CPB procedures and to deduce whether it predicts patient morbidity and mortality. METHODS: We analysed 295 consecutive elective patients. We chose 10 parameters: fluid balance, blood transfused, Hct, ACT, PaO2, PaCO2, pH, BE, potassium and CPB time. Distribution analysis was performed using the Shapiro-Wilcoxon test. This made up the PerfSCORE and we tried to find a correlation to mortality rate, patient stay in the ICU and length of mechanical ventilation. Univariate analysis (UA) using linear regression was established for each parameter. Statistical significance was established when p < 0.05. Multivariate analysis (MA) was performed with the same parameters. RESULTS: The mean age was 63.8 +/- 12.6 years with 70% males. There were 180 CABG, 88 valves, and 27 combined CABG/valve procedures. The PerfSCORE of 6.6 +/- 2.4 (0-20), mortality of 2.7% (8/295), CPB time 100 +/- 41 min (19-313), ICU stay 52 +/- 62 hrs (7-564) and mechanical ventilation of 10.5 +/- 14.8 hrs (0-564) was calculated. CPB time, fluid balance, PaO2, PerfSCORE and blood transfused were significantly correlated to mortality (UA, p < 0.05). Also, CPB time, blood transfused and PaO2 were parameters predicting mortality (MA, p < 0.01). Only pH was significantly correlated for predicting ICU stay (UA). Ultrafiltration (UF) and CPB time were significantly correlated (UA, p < 0.01) while UF (p < 0.05) was the only parameter predicting mechanical ventilation duration (MA). CONCLUSIONS: CPB time, blood transfused and PaO2 are independent risk factors of mortality. Fluid balance, blood transfusion, PaO2, PerfSCORE and CPB time are independent parameters for predicting morbidity. PerfSCORE is a quality of perfusion measure that objectively quantifies perfusion performance.
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BACKGROUND: Data from prospective cohort studies regarding the association between subclinical hyperthyroidism and cardiovascular outcomes are conflicting.We aimed to assess the risks of total and coronary heart disease (CHD) mortality, CHD events, and atrial fibrillation (AF) associated with endogenous subclinical hyperthyroidism among all available large prospective cohorts. METHODS: Individual data on 52 674 participants were pooled from 10 cohorts. Coronary heart disease events were analyzed in 22 437 participants from 6 cohorts with available data, and incident AF was analyzed in 8711 participants from 5 cohorts. Euthyroidism was defined as thyrotropin level between 0.45 and 4.49 mIU/L and endogenous subclinical hyperthyroidism as thyrotropin level lower than 0.45 mIU/L with normal free thyroxine levels, after excluding those receiving thyroid-altering medications. RESULTS: Of 52 674 participants, 2188 (4.2%) had subclinical hyperthyroidism. During follow-up, 8527 participants died (including 1896 from CHD), 3653 of 22 437 had CHD events, and 785 of 8711 developed AF. In age- and sex-adjusted analyses, subclinical hyperthyroidism was associated with increased total mortality (hazard ratio[HR], 1.24, 95% CI, 1.06-1.46), CHD mortality (HR,1.29; 95% CI, 1.02-1.62), CHD events (HR, 1.21; 95%CI, 0.99-1.46), and AF (HR, 1.68; 95% CI, 1.16-2.43).Risks did not differ significantly by age, sex, or preexisting cardiovascular disease and were similar after further adjustment for cardiovascular risk factors, with attributable risk of 14.5% for total mortality to 41.5% forAF in those with subclinical hyperthyroidism. Risks for CHD mortality and AF (but not other outcomes) were higher for thyrotropin level lower than 0.10 mIU/L compared with thyrotropin level between 0.10 and 0.44 mIU/L(for both, P value for trend, .03). CONCLUSION: Endogenous subclinical hyperthyroidism is associated with increased risks of total, CHD mortality, and incident AF, with highest risks of CHD mortality and AF when thyrotropin level is lower than 0.10 mIU/L.
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PURPOSE: To determine prognostic factors and evaluate outcomes of transcatheter arterial embolization in severely injured patients in hemodynamically unstable condition with multicompartmental bleeding.¦MATERIALS AND METHODS: Between June 2000 and May 2008, 36 consecutive patients treated with transcatheter arterial embolization for major retroperitoneal bleeding associated with at least one additional source of bleeding were retrospectively reviewed. Mean Injury Severity Score (ISS) was 49.4 ± 15.8. Univariate and multivariate analyses were performed to identify parameters associated with failure of embolization, need for additional surgery to control bleeding, and fatal outcome at 30 d.¦RESULTS: Embolization was technically successful in 35 of 36 patients (97.2%) and resulted in immediate and sustained (> 24 h) hemodynamic improvement in 29 (80.5%). Additional hemostatic surgery was necessary after embolization in six patients (16.6%). Fifteen patients (41.6%) died within 30 d. Failure to restore hemodynamic stability was correlated with the rate of administration of packed red blood cells (P = .014), rate of administration of fresh frozen plasma (FFP; P = .031), and systolic blood pressure (SBP) immediately before embolization (P = .002). The need for additional surgery was correlated with FFP administration rate before embolization (P = .0002) and hemodynamic success (P = .003). Death was correlated with Glasgow Coma Scale score at admission (P = .001), ISS (P = .014), New Injury Severity Score (P = .016), number of injured sites (P = .012), SBP before embolization (P = .042), need for vasopressive drugs before embolization (P = .037), and hemodynamic success (P = .0004).¦CONCLUSIONS: In patients in hemodynamically unstable condition, transcatheter arterial embolization effectively controls bleeding and improves hemodynamic stability. Immediate survival is related to hemodynamic condition before embolization, and 30-d mortality is mainly related to associated brain trauma.
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BACKGROUND: Optimal management of acute pulmonary embolism (PE) requires medical expertise, diagnostic testing, and therapies that may not be available consistently throughout the entire week. We sought to assess whether associations exist between weekday or weekend admission and mortality and length of hospital stay for patients hospitalized with PE. METHODS AND RESULTS: We evaluated patients discharged with a primary diagnosis of PE from 186 acute care hospitals in Pennsylvania (January 2000 to November 2002). We used random-effect logistic models to study the association between weekend admission and 30-day mortality and used discrete survival models to study the association between weekend admission and time to hospital discharge, adjusting for hospital (region, size, and teaching status) and patient factors (race, insurance, severity of illness, and use of thrombolytic therapy). Among 15 531 patient discharges with PE, 3286 patients (21.2%) had been admitted on a weekend. Patients admitted on weekends had a higher unadjusted 30-day mortality rate (11.1% versus 8.8%) than patients admitted on weekdays, with no difference in length of stay. Patients admitted on weekends had significantly greater adjusted odds of dying (odds ratio 1.17, 95% confidence interval 1.03 to 1.34) than patients admitted on weekdays. The higher mortality among patients hospitalized on weekends was driven by the increased mortality rate among the most severely ill patients. CONCLUSIONS: Patients with PE who are admitted on weekends have a significantly higher short-term mortality than patients admitted on weekdays. Quality-improvement efforts should aim to ensure a consistent approach to the management of PE 7 days a week.
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The objective of this analysis was to evaluate mortality among a cohort of 24,865 capacitor-manufacturing workers exposed to polychlorinated biphenyls (PCBs) at plants in Indiana, Massachusetts, and New York and followed for mortality through 2008. Cumulative PCB exposure was estimated using plant-specific job-exposure matrices. External comparisons to US and state-specific populations used standardized mortality ratios, adjusted for gender, race, age and calendar year. Among long-term workers employed 3 months or longer, within-cohort comparisons used standardized rate ratios and multivariable Poisson regression modeling. Through 2008, more than one million person-years at risk and 8749 deaths were accrued. Among long-term employees, all-cause and all-cancer mortality were not elevated; of the a priori outcomes assessed only melanoma mortality was elevated. Mortality was elevated for some outcomes of a priori interest among subgroups of long-term workers: all cancer, intestinal cancer and amyotrophic lateral sclerosis (women); melanoma (men); melanoma and brain and nervous system cancer (Indiana plant); and melanoma and multiple myeloma (New York plant). Standardized rates of stomach and uterine cancer and multiple myeloma mortality increased with estimated cumulative PCB exposure. Poisson regression modeling showed significant associations with estimated cumulative PCB exposure for prostate and stomach cancer mortality. For other outcomes of a priori interest--rectal, liver, ovarian, breast, and thyroid cancer, non-Hodgkin lymphoma, Alzheimer disease, and Parkinson disease--neither elevated mortality nor positive associations with PCB exposure were observed. Associations between estimated cumulative PCB exposure and stomach, uterine, and prostate cancer and myeloma mortality confirmed our previous positive findings.
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Postoperative delirium after cardiac surgery is associated with increased morbidity and mortality as well as prolonged stay in both the intensive care unit and the hospital. The authors sought to identify modifiable risk factors associated with the development of postoperative delirium in elderly patients after elective cardiac surgery in order to be able to design follow-up studies aimed at the prevention of delirium by optimizing perioperative management. A post hoc analysis of data from patients enrolled in a randomized controlled trial was performed. A single university hospital. One hundred thirteen patients aged 65 or older undergoing elective cardiac surgery with cardiopulmonary bypass. None. MEASUREMENTS AND MAINS RESULTS: Screening for delirium was performed using the Confusion Assessment Method (CAM) on the first 6 postoperative days. A multivariable logistic regression model was developed to identify significant risk factors and to control for confounders. Delirium developed in 35 of 113 patients (30%). The multivariable model showed the maximum value of C-reactive protein measured postoperatively, the dose of fentanyl per kilogram of body weight administered intraoperatively, and the duration of mechanical ventilation to be independently associated with delirium. In this post hoc analysis, larger doses of fentanyl administered intraoperatively and longer duration of mechanical ventilation were associated with postoperative delirium in the elderly after cardiac surgery. Prospective randomized trials should be performed to test the hypotheses that a reduced dose of fentanyl administered intraoperatively, the use of a different opioid, or weaning protocols aimed at early extubation prevent delirium in these patients.
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The outcome after primary percutaneous coronary intervention (pPCI) for ST-elevation myocardial infarction (STEMI) is strongly affected by time delays. In this study, we sought to identify the impact of specific socioeconomic factors on time delays, subsequent STEMI management and outcomes in STEMI patients undergoing pPCI, who came from a well-defined region of the French part of Switzerland. A total of 402 consecutive patients undergoing pPCI for STEMI in a large tertiary hospital were retrospectively studied. Symptom-to-first-medical-contact time was analysed for the following socioeconomic factors: level of education, origin and marital status. Main exclusion criteria were: time delay beyond 12 hours, previous treatment with fibrinolytic agents or patients immediately referred for coronary artery bypass graft surgery. Therefore, 222 patients were finally included. At 1 year, there was no difference in mortality between the different socioeconomic groups. Furthermore, there was no difference in management characteristics between them. Symptom-to-first-medical-contact time was significantly longer for patients with a low level of education, Swiss citizens and unmarried patients, with median differences of 23 minutes, 18 minutes and 13 minutes, respectively (p <0.05). Nevertheless, no difference was found regarding in-hospital management and clinical outcome. This study demonstrates that symptom-to-first-medical-contact time is longer amongst people with a lower educational level, Swiss citizens and unmarried people. Because of the low mortality rate in general, these differences in delays did not affect clinical outcomes. Still, tertiary prevention measures should particularly focus on these vulnerable populations.
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Ecological conditions can influence not only the expression of a phenotype, but also the heritability of a trait. As such, heritable variation for a trait needs to be studied across environments. We have investigated how pathogen challenge affects the expression of MHC genes in embryos of the lake whitefish Coregonus palaea. In order to experimentally separate paternal (i.e. genetic) from maternal and environmental effects, and determine whether and how stress affects the heritable variation for MHC expression, embryos were produced in full-factorial in vitro fertilizations, reared singly, and exposed at 208 degree days (late-eyed stage) to either one of two strains of Pseudomonas fluorescens that differ in their virulence characteristics (one increased mortality, while both delayed hatching time). Gene expression was assessed 48 h postinoculation, and virulence effects of the bacterial infection were monitored until hatching. We found no evidence of MHC class II expression at this stage of development. MHC class I expression was markedly down-regulated in reaction to both pseudomonads. While MHC expression could not be linked to embryo survival, the less the gene was expressed, the earlier the embryos hatched within each treatment group, possibly due to trade-offs between immune function and developmental rate or further factors that affect both hatching timing and MHC expression. We found significant additive genetic variance for MHC class I expression in some treatments. That is, changes in pathogen pressures could induce rapid evolution in MHC class I expression. However, we found no additive genetic variance in reaction norms in our study population.